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  • há 6 dias
Tudo sobre arte conceitual, esse estilo interessantíssimo da arte contemporânea
Transcrição
00:00Atenção, por favor!
00:01Professor na tela! Oi, gente!
00:04Mais uma vez em formato novo, experimentando, né?
00:07E vamos ver quando é que a gente chega naquele lugar que fica ideal para as nossas aulas acontecerem,
00:13com qualidade de imagem e qualidade de conteúdo também, né, gente?
00:17Bem-vindos de volta ao Arte ou Nada, seu canal de arte, cultura e um monte de coisa.
00:21Hoje teremos mais uma aula da nossa série Gabaritando com Arte, e o tema de hoje é Arte Conceitual.
00:28Sabe aquela obra de arte da banana colada na parede, que foi vendida por 36 milhões de reais?
00:34E aquela escultura invisível vendida por 93 mil reais?
00:38Você não entende por que essas obras de arte são vendidas por um preço tão caro,
00:42enquanto obras lindas, maravilhosas, nem são reconhecidas?
00:45Esse vídeo vai te explicar o porquê.
00:47Se segura na cadeira, porque a gente vai embarcar nessa viagem da Arte Conceitual.
00:56Ó, então vamos lá.
00:57Primeira coisa sobre a Arte Conceitual é entender que o conceito por detrás da obra
01:02é mais importante do que a obra que a gente vê.
01:05Então na Arte Conceitual, não importa aquilo que a gente está observando,
01:10importa a ideia que aquilo que a gente observa transmite pra gente.
01:16Lembra quando eu falei que muitas obras de arte são experimentos dos artistas?
01:20Inclusive eu estou fazendo isso como exemplo.
01:22A cada vídeo eu experimento uma coisa nova pra ver qual é o formato que fica melhor pra gente.
01:28O artista gosta de experimentar coisas.
01:31Na Arte Conceitual também é assim.
01:33Um experimento acaba virando uma obra.
01:35Na Arte Conceitual, o experimento tem tanto valor ou mais do que a coisa pronta.
01:40Esse é um dos exemplos pelo qual a Arte Conceitual tem um valor mais alto do que uma Arte Linda Maravilhosa.
01:47Mas tem outros motivos e eu vou falar todos eles nesse vídeo.
01:50Fica aí.
01:50Bom, já falei que o conceito é mais importante do que a própria obra.
01:54E aqui tem outro elemento importante também, gente.
01:56Na aula passada, eu falei que no Minimalismo, material, forma, cor, tudo isso importa.
02:03Aqui na Arte Conceitual, nada disso importa.
02:06Você pode fazer Arte Conceitual com qualquer objeto.
02:09Por isso eu falei no início do vídeo, da obra de arte feita com banana, da obra de arte invisível.
02:14Qualquer material serve.
02:16Porque o importante não é o material, é o conceito.
02:19O importante não é a cor, é o conceito transmitido pela cor.
02:22O importante não é a forma, é a ideia transmitida pela forma.
02:27A ideia é sempre muito mais importante do que qualquer outra coisa.
02:30E aí vale lembrar também, gente, que eu já falei.
02:33Eu falo e eu falarei o tempo todo nesse canal.
02:37O que o artista quer?
02:38Que você pense.
02:40Essa é a obra de arte que eu falei.
02:42Que é uma obra de arte invisível.
02:44Foi vendida por cerca de 93 mil reais.
02:47E o sono, ou eu sou em português, é o nome da obra.
02:51Uma obra invisível, ela ocupa o espaço de um cubo de um metro e meio.
02:57Se é um cubo, todos os lados têm um metro e meio.
02:59Ela não é um cubo, tá?
03:01Ela é uma escultura que existe na cabeça do seu inventor.
03:04O artista italiano chamado Salvatore Garau.
03:08Falei errado.
03:09Enfim.
03:10O Salvatore, ele jura que a obra existe.
03:13E ele pode até descrever a obra pra você.
03:16Mas você vai construir essa obra de arte, essa escultura invisível, com a sua mente, com a sua imaginação.
03:22Então, qual é o conceito dessa obra de arte?
03:24É que existem coisas que não existem no mundo real.
03:28Mas a gente acredita.
03:29Vou dar um exemplo.
03:30Lobisomem, vampiro, fada.
03:32Tudo a gente sabe que não existe.
03:33Mas a gente até consegue imaginar e criar filme e criar livro e criar histórias sobre esses personagens.
03:39Um outro exemplo que o Salvatore usa é de falar que a gente acredita muito em Deus.
03:44A gente nunca viu, não tem uma noção de qual é a sua forma real.
03:47Mas a gente acredita.
03:49Então, se a gente consegue acreditar em coisas que a gente não viu, por que a gente não vai acreditar que naquele espaço ali tem uma obra de arte?
03:56Essa é a ideia do Salvatore.
03:58É isso que ele tá discutindo com essa escultura dele, tá?
04:03Essa escultura do Salvatore, ela já traz pra gente uma noção muito importante.
04:07Que reforça o que eu falei lá no início sobre esse conceito, sobre o que é a arte conceitual.
04:12Pra fazer a arte conceitual, o ingrediente mais poderoso é a Sacada Genial.
04:16Talvez algum artista até tenha pensado isso, mas não colocou a prova.
04:23O que é colocar a prova?
04:24É fazer a própria escultura invisível.
04:27Talvez algum artista tenha pensado em fazer uma... colar uma banana na parede.
04:33Mas ninguém fez.
04:34Quem fez foi o outro artista, que eu vou mostrar daqui a pouco.
04:36Então, quando você tem uma Sacada Genial, ou seja, quando você pensa algo que ninguém pensou,
04:42essa sua obra de arte conceitual, ela vai valer muito.
04:46Agora, se você pensa algo que alguém já pensou, isso diminui o valor da sua obra de arte conceitual.
04:52Então, a gente pensa também que a gente precisa pensar e precisa entender que na obra de arte conceitual a gente quer a exclusividade da coisa.
05:00A exclusividade do pensamento, visto que o pensamento, o conceito vai valer muito mais do que a obra de arte em si.
05:07Bom, eu já estou fazendo mais ou menos um histórico aqui, mas de forma muito abreviada.
05:12Arte conceitual é uma arte contemporânea.
05:15Ela surge ali na década de 1960, 1970, com vários outros movimentos.
05:21Alguns eu já falei em aulas passadas.
05:23Essa arte conceitual, ela veio principalmente para questionar essa instituição arte.
05:27Toda arte contemporânea veio questionar arte tradicional, né?
05:31A arte tem que ficar no museu, a arte é só pintura, a arte é só escultura, a arte...
05:36Então, vocês estão vendo que questionar a instituição arte, questionar o lugar da arte,
05:42questionar o que é arte e o que não é, faz parte da arte contemporânea.
05:47A arte conceitual questiona isso tudo.
05:49O que tem de diferente e de quase que de exclusivo na arte contemporânea,
05:55na arte contemporânea não, na arte conceitual,
05:57é que a gente tem aqui uma crítica ao comércio de arte.
06:01A ideia de que a arte tem que ser feita para vender.
06:05A ideia de que a arte tem que ser feita para atender um mercado.
06:08Isso é muito criticado pelos artistas da arte conceitual.
06:11Como é que os artistas fazem a crítica ao mercado de arte?
06:15Primeiro, a ideia lá na origem é
06:18vamos fazer uma arte que dificulte a venda,
06:22mas ao mesmo tempo que dificulta a venda, facilita o acesso.
06:25Porque a gente vai colocar essa obra de arte num local onde todo mundo pode ver.
06:30Vamos colocar num museu, vamos colocar em alguma instituição.
06:32Então, quem vai comprar nossa obra de arte?
06:34Quem vai sustentar o artista conceitual?
06:36Não é a pessoa que compra a obra de arte,
06:39mas é uma instituição que aí sim vai contratar, vai chamar essa pessoa, vai comprar a obra,
06:44e várias pessoas vão ver.
06:46Então, vai aumentar o fluxo de pessoas observando e contemplando aquela obra de arte.
06:51E vocês vão ver que tem artista que consegue criar estratégias de fazer com que a arte circule
06:56mesmo por várias mãos,
06:59mesmo sem uma galeria ou um museu de arte.
07:02Não tinha como não falar dessa obra,
07:04porque ela foi muito polêmica na época do leilão
07:07e ela foi muito polêmica desde seu surgimento.
07:09Então, eu precisava falar sobre a comédia ou comediante.
07:13Bom, a questão, o conceito, qual é o conceito por trás dessa obra?
07:17Por que uma obra de arte vale tanto?
07:20Por que a gente atribui tanto valor a uma obra de arte?
07:23E aí, o que ele faz aqui é algo que o Duchamp já havia feito com a fonte.
07:27Pesquise aí na internet.
07:30Fonte Duchamp.
07:31Vocês vão ver que escultura que é essa.
07:33O que o Duchamp fez foi deslocar um objeto de seu uso cotidiano,
07:39colocando ele dentro de um museu.
07:41E isso fez com que o objeto fosse valorizado.
07:44Então, o que esse cara tá fazendo, né,
07:46é um outro artista italiano que faz arte conceitual.
07:50O que ele tá fazendo é mostrar pra gente que,
07:53ao deslocar uma banana de seu lugar cotidiano e de seu uso cotidiano,
07:59a gente consegue meio que supervalorizar esse objeto.
08:04Quando um objeto perde a função, ele se torna arte.
08:07Então, ele se torna muito mais valioso.
08:09E é muito estranho, né?
08:10Imagina que, assim, a gente deveria valorizar o objeto pela sua função.
08:14E não por ele ser desfuncional.
08:17Porque a banana não foi feita pra comer.
08:18Se ela tá na parede como obra de arte, ela perdeu a função.
08:22Bom, então, é uma obra de arte que questiona o valor que damos às coisas.
08:26Tem aquela expressão a preço de banana?
08:28A preço de banana porque é uma fruta barata, ou que deveria ser.
08:32E aí a gente tem ela caríssima.
08:34Ela foi leiloada por um valor absurdo.
08:38Ela foi feita em três versões.
08:40Eu vou falar mais pra frente.
08:41E aí eu tenho os valores pra vocês verem como é que foi a coisa muito absurda.
08:46E o que o artista queria fazer, ele conseguiu fazer o que ele queria fazer.
08:49Pegar o objeto, tirar do lugar comum, do lugar de uso, do lugar cotidiano.
08:54E por isso, exatamente por isso, aquele objeto tem um valor enorme.
08:59O objeto perde a função.
09:01E perder a função atribui mais valor do que quando ele tá funcionando pra aquilo que ele foi feito.
09:07Faz sentido isso?
09:08Tem lógica isso?
09:09Essa é a pergunta que o artista faz.
09:12Essa foi a sacada genial.
09:14Por isso essa obra valeu tanto.
09:15Bom, gente, agora eu vou sair um pouquinho da aula de arte.
09:19Vou entrar na coisa do mercado de arte.
09:21Estão vendo esse jornal aqui atrás de mim?
09:23Esse jornal, ele tá falando sobre o roubo da Mona Lisa.
09:26Sim, a Mona Lisa, pintura, ela já foi roubada em 1911.
09:31Aqui nesse canto, vocês têm todas as informações pra poder entender sobre esse roubo.
09:38A Mona Lisa já estava no Louvre, já era uma obra conhecida como tantas obras do Louvre.
09:42Ela foi roubada, durante dois anos ficou desaparecida.
09:46E durante esses dois anos, mídia.
09:48Onde é que tá a Mona Lisa?
09:50Pra onde ela foi?
09:51Quem roubou?
09:52Como ela foi roubada do Louvre, uma instituição tão conceituada aqui da França.
09:57E aquilo ficou em Mona Lisa, Mona Lisa, Mona Lisa.
10:01Todos começaram a ouvir esse nome, essa pintura, Leonardo da Vinci, nananã.
10:06Quando a Mona Lisa foi recuperada, ela já tava tão conhecida e tão famosa, que ela deixou
10:12de ser uma pintura ao lado de outras e passou a ter uma sala própria.
10:17Uma super segurança.
10:19E todo mundo queria ver qual era essa imagem roubada que durante dois anos ficou aparecendo
10:23na mídia do mundo todo.
10:24Consequência, o roubo da Mona Lisa, todo o burburinho que aconteceu e o seu retorno
10:31fizeram com que ela ficasse muito mais valorizada do que ela era antes de ser roubada.
10:37Então, o que isso aqui mostra pra gente?
10:39Que uma obra de arte tem que ser roubada pra ser valorizada?
10:41Não.
10:42Uma obra de arte pra ser valorizada, ela precisa ser vista, ela precisa ser conhecida.
10:47E se ela for vista e conhecida através de uma polêmica, melhor, porque polêmica espalha
10:51muito mais rápido.
10:51Isso aqui é uma dica pra você que vem de arte, que quer viver de arte, que quer trabalhar
10:57ali com...
10:58Eu não tô falando arte, né?
11:00Artistas.
11:01Tô falando você que vem dos seus desenhos, sua pintura.
11:04Você tem que ser visto, você tem que ser conhecido.
11:07Não é só você, seu rosto, mas a obra que você faz.
11:10Cada obra de arte que você faz tem que ser muito divulgada, tem que ser espalhada,
11:15porque quanto maior o contato com pessoas, cada obra de arte que você fez tiver,
11:21mais famosa ela vai ficar, quanto mais conhecida, mais cara.
11:25Dei uma dica.
11:26Com ela você faz o que você quiser.
11:29Vamos voltar pra aula.
11:30Bom, então voltando aqui à obra da banana, como eu falei, eu falei da Mona Lisa, que
11:34a polêmica toda fez com que ela fosse valorizada, e chegou a ser a obra que é hoje, com o valor
11:40que ela tem hoje por conta da polêmica lá de 1911.
11:43Olha só, foram três versões dessa obra comédia.
11:46Na primeira versão, que foi exibida, exposta, né?
11:51Em Miami, essa obra foi leiloada, foi vendida, por cerca de 660 mil reais.
11:57Ela foi feita numa segunda vez, e foi doada ao museu, uma instituição chamada Guggenheim.
12:02E a terceira, gente.
12:04O artista anunciou que iria fazer.
12:06O artista anunciou que iria pra um leilão.
12:08Todo aquele burburinho.
12:09A oportunidade de comprar essa obra de arte.
12:11O que vocês acham que aconteceu?
12:13No leilão, a expectativa era que ela chegasse ali por volta de um milhão.
12:16Ela foi vendida por cerca de 36 milhões de reais.
12:21Tudo porque, na primeira versão que ela foi exposta, quando ela foi exibida e vendida
12:26por 660 mil, teve gente que achou tão absurdo, que começou a criticar e reclamar, e a jornal
12:32anunciando e falando, uma banana na parede, que coisa ridícula.
12:35Teve ativista que foi reclamar.
12:37Teve gente que pegou a banana da parede.
12:39Isso aconteceu por duas vezes.
12:41Ela tava lá exposta.
12:42A pessoa foi lá, pegou a banana e comeu.
12:45E aí tiveram que colocar uma outra banana no lugar.
12:47Por que que pode colocar uma outra banana no lugar?
12:50Porque não é a banana e a fita.
12:52É a ideia.
12:53Eu posso montar isso aí à vontade.
12:55O importante é a ideia.
12:57Quem teve a ideia?
12:58O artista.
12:58Se eu fizer a mesma coisa aqui em casa, não vai ter o mesmo valor.
13:02Eu não sou o artista que teve essa ideia.
13:04Eu peguei a ideia dele e copiei.
13:06Então tá vendo como é que é importante a ideia original?
13:09Ela equivale na arte contemporânea.
13:12Bom, e aqui a gente tem Félix Gonzales Torres, que é um artista cubano que foi pros Estados
13:17Unidos e tem essa dupla nacionalidade.
13:20E aí ele também é um artista conceitual.
13:23Nessa obra conceitual dele, o que a gente vê é um amontoado de bala, balinha, docinha.
13:29Amontoado ali num canto de uma galeria de arte, ou de um museu, ou de uma instituição
13:35desse tipo.
13:36Qualquer pessoa pode ir lá e pegar uma bala e levar pra casa e comer na hora e fazer
13:41o que quiser.
13:42E a instituição tem a responsabilidade de ficar repondo essas balinhas.
13:47Vamos pensar lá na banana.
13:49Se é o objeto que é arte, a partir do momento em que eu tenho essa liberdade de ir lá e
13:53pegar uma balinha, eu destruí a arte.
13:56Mas na arte conceitual isso não é destruição.
13:59Na arte aqui do Gonzales, ele tá questionando essa ideia de posse, de pertencimento, de manutenção
14:08mesmo.
14:08Ele teve várias perdas ao longo da vida, perdas importantes.
14:11Então, foi a forma como ele teve de refletir sobre essa coisa da perda, do luto e por
14:17aí vai.
14:18Não é só perda de gente, é perda de tudo.
14:20A vida dele foi marcada.
14:22E todo mundo perde coisa o tempo todo.
14:24E aí, o que é nosso de verdade?
14:26Se a gente tá perdendo coisa o tempo todo, se a gente tá mudando o tempo todo?
14:30É exatamente esse tipo de questão que ele tá levantando aí.
14:33A obra de arte de verdade é aquele amontoado de bala primeiro?
14:37Que já ficou ruim?
14:38Que já apodreceu?
14:39Que teve que ser trocado?
14:39O que que aconteceria se eu pegasse um amontoado de bala e colocasse aqui na minha casa?
14:44Comprasse com meu dinheiro e montasse?
14:46Seria uma obra de arte?
14:47Esse é o tipo de questionamento que a obra faz, tá?
14:49Que a obra de arte conceitual também faz o tempo todo.
14:52Bom, gente, esse é outro artista conceitual brasileiro.
14:55Já falei sobre o Silvio Meirelles.
14:57Agora eu quero falar sobre um outro trabalho dele.
15:01Que foram intervenções que ele fez carimbando coisas.
15:05Eu conheço a intervenção do carimbo nas notas de dinheiro da época.
15:10E conheço as intervenções carimbando garrafas de vidro, aquela que é retornável.
15:16Qual que é a ideia do Silvio aqui?
15:18Você tem uma obra, você pega um objeto comum, tira ele dessa função.
15:23Dinheiro foi feito pra pagar.
15:24Agora ele tá sendo feito pra levar mensagem.
15:27Levar mensagem pra quem?
15:28A quem interessar possa.
15:29Porque o dinheiro vai passando de mão em mão.
15:32A garrafa vai voltar pra fábrica, vai encher.
15:34Outra pessoa vai comprar, vai ler a mensagem do Silvio.
15:37Então ele vai usar, é como se ele usasse o sistema contra o próprio sistema.
15:42Porque ele não tá passando mensagem, ai, dinheiro é bom, não, ele tá passando mensagens ali contra a ditadura.
15:48Durante a ditadura.
15:49Fazendo essas mensagens circularem, esses pensamentos circularem.
15:52Então é a ideia de usar o sistema contra o próprio sistema.
15:56Mas o Silvio, ele tá fazendo uma coisa aqui que é muito interessante, que é...
16:02Ele tá produzindo arte fora do circuito de arte.
16:05Com objetos que não são de arte.
16:07Com esculturas, e aí pinturas, e aí você vai chamar isso como você quiser.
16:13Que nem sequer passaram por um museu.
16:16Mas continuam sendo obra.
16:18O museu teve que adquirir isso.
16:20Ou do Silvio, ou de alguém.
16:21O museu teve que descobrir que ele tava fazendo isso.
16:23Porque ele não dependia de nenhuma instituição de arte.
16:27Ele não dependia de nenhuma curadoria.
16:30Ele não dependia de nada pra poder fazer a obra dele.
16:33Então é muito interessante também ver que na arte conceitual, o Silvio, ele conseguiu cumprir essa missão de fazer com que a obra de arte circulasse fora do circuito da arte.
16:45Fazer com que a obra chegasse às mãos de alguém, é, entre muitas aspas, de graça.
16:50Porque se você trabalhou, você vai receber o dinheiro que você trabalhou.
16:55E esse dinheiro pode vir com uma mensagem do Silvio.
16:57Que tira ele do status de dinheiro, de moeda circulante.
17:01E coloca no status de obra de arte.
17:03A não ser que você pegue esse dinheiro e pague uma outra pessoa.
17:06Que aí ele continua sendo dinheiro, já não é mais obra de arte.
17:09Então o Silvio conseguiu fazer exatamente isso que a arte contemporânea, que a arte conceitual quer.
17:15Que a arte contemporânea também quer.
17:17Mas que a arte conceitual tanto quer.
17:19Que é fazer a arte circular entre as pessoas.
17:23Ser vista pelas pessoas consumidas por todo mundo.
17:27Não só por um ou outro.
17:30Não só um estilo específico.
17:32Gente, eu vou deixar aqui um resumo.
17:35Que na verdade é uma atividade.
17:36Fazendo essa atividade, com certeza vocês vão conseguir resumir o que eu quis dizer aqui ao longo de toda a aula.
17:44Bom, eu quero que vocês avaliem a obra.
17:47A última ceia, tá?
17:48É flores.
17:49Essa obra do Nelson Leirne.
17:52Enfim.
17:53E eu quero que vocês comentem aqui nesse vídeo.
17:56Qual foi a conclusão ou quais foram as conclusões que vocês chegaram.
18:01E aí eu vou comentar depois também.
18:04Isso já vai ser o seu resumo.
18:06Porque essa é uma obra conceitual.
18:08É uma pintura.
18:09Eu não mostrei nenhuma pintura aqui na obra de arte conceitual.
18:12Vocês vão ver que ela tem um formato bem curioso.
18:16O próprio nome já está indicando muita coisa.
18:19A última ceia, flores.
18:21E eu quero que vocês reflitam.
18:22Por que do Nelson Leirne ter pintado a última ceia como ele pintou.
18:29E comenta aqui.
18:30Bom, e antes de você sair e me abandonar para poder fazer atividade.
18:39Eu quero te pedir só mais uma coisinha.
18:41Curte esse vídeo, né gente?
18:43Ah, não custa nada.
18:44A mão não cai.
18:44Não dói.
18:45É de graça.
18:46Curte esse vídeo.
18:47Compartilha com quem você sabe que está estudando para o Enem.
18:50Ou que está entrando no mercado de arte e precisa dessas informações.
18:53Segue esse canal.
18:54Se inscreve.
18:55Se inscreve nesse canal.
18:57E ativa o sininho.
18:58Porque toda quarta-feira tem vídeo novo.
19:00Porque como eu falei, é isso.
19:02Um beijo e um queijo.

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