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  • 13/06/2025
Nesse programa temos a estreia do quadro João Otimista, com Tuca Graça, e o Gaudêncio, que finalmente voltou das férias com a Singela. Vem ver!

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00:00:00Beleza pura, chegando no SBT, chegando no SBT com o Narigão, bicho!
00:00:08Loucura, loucura, loucura!
00:00:11Meu Deus, não tem que ficar em pé. Luciano Rúcula, que prazer!
00:00:15Que prazer é o meu, Carlos Alberto.
00:00:16Quanto obrigado pelas homenagens que você fez pra mim.
00:00:20Que isso, Carlos Alberto, você merece.
00:00:23Obrigado.
00:00:24E quero dizer que não terminou a homenagem,
00:00:26é por isso que eu tô aqui, porque deu muita audiência.
00:00:29Graças a Deus.
00:00:30E a gente achou que você chorou pouco, bicho.
00:00:34Achou que chorou pouco, então a gente quer continuar essa homenagem pra você.
00:00:39Carlos Alberto de Nova, fica de pé, eu gostaria que você ficasse de pé.
00:00:42Ah, lógico!
00:00:45Nesse momento de homenagem seria legal, porque, olha, justiça seja feita.
00:00:49Você tem uma pessoa que eu sou muito fã, que merece todas e todas homenagens, bicho.
00:00:55Que fez muito pelo humor.
00:00:57Que, através de gerações e gerações, todo mundo admira.
00:01:01Obrigado.
00:01:02E que fez tudo pelo humor.
00:01:04Esse alguém é Charlie Chaplin, bicho.
00:01:08Esse alguém é Charlie Chaplin, bicho.
00:01:10Mas, infelizmente, a nossa produção não conseguiu contato com ele, bicho.
00:01:17Então, então, como a gente não conseguiu, faltou convidados, e pra tapar buraco a produção, sugeriu você, Carlos Alberto.
00:01:24Então, por isso...
00:01:25Mas eu vou acertar que eu sei que eu vou ficar emocionado.
00:01:28Pode ficar, bicho.
00:01:29Você sabe como é televisão, teve que tapar buraco, bicho.
00:01:32Claro.
00:01:33A gente tem que fazer um corre de última hora, ok?
00:01:37Vamos chamar.
00:01:38Vai o Carlos Alberto, ele não faz nada mesmo.
00:01:40Vem pra cá fazer uma homenagem, bicho.
00:01:42Então, a gente vai continuar.
00:01:44Eu posso apresentar o programa aqui?
00:01:46Por favor, uma honra pra mim.
00:01:48Olha que loucura, loucura, loucura, loucura, bicho.
00:01:52Começando mais um narigão, narigão, narigão, bicho.
00:01:57Aqui, direto na praça dos estúdios da Praça Nossa, bicho.
00:02:01E vou dizer o seguinte pra vocês.
00:02:03Um recado pra você.
00:02:05Que adotou um bebê riborne e trata ele como se fosse seu filho.
00:02:11Isso não é carência, bicho.
00:02:13O que que é?
00:02:14É loucura, loucura, loucura, loucura, bicho.
00:02:19Show de bola, bicho.
00:02:20Mas Carlos Alberto, vamos continuar o beiraz.
00:02:23Você tá preparado?
00:02:24Estou.
00:02:25Olha que é muita emoção, bicho.
00:02:26Estou.
00:02:27Já tomei meu remedinho.
00:02:28Prepara o lencinho deles.
00:02:31Vamos viajar direto do túnel do tempo.
00:02:381.500.
00:02:42Caramba, bicho.
00:02:43O ano era 1.500, quando Pedro Álvares Cabral, bicho, chegou no Brasil.
00:02:50Quem ele encontra, a primeira pessoa, um velhinho sentado no banco de praça, bicho.
00:02:58E sabe quem era esse velhinho?
00:03:00Carlos Alberto de Nobre, Gabi, bicho.
00:03:04Olha só a imagem aqui, ó.
00:03:06Pedro Álvares Cabral aqui, ó.
00:03:08Mostra o Carlos Alberto agora como é que era, como é que tava, bicho.
00:03:14Você...
00:03:15Que emocionante a Pedro Álvares Cabral descobrindo o Brasil.
00:03:18E com ele, Carlos Alberto, que já estava aqui no Brasil.
00:03:21E o detalhe, bicho, loucura, loucura, que ninguém sabe, é que Pedro Álvares Cabral chegou pro Carlos e falou,
00:03:30agora essa terra é minha.
00:03:33E Carlos disse, a terra é sua, mas a praça é nossa.
00:03:40E daí...
00:03:42E daí surgiu a praça é nossa que nem a gente conhece.
00:03:46Uma salva de palmas.
00:03:47Caramba.
00:03:48Caramba.
00:03:52Parabéns.
00:03:53E como é que tá o coração?
00:03:54Muito gentil.
00:03:55Ligado, cara, mas essa aqui tem muito mais homenagem, mais emoção pra você.
00:03:58Mas olha, eu tô muito emocionado.
00:04:02Mas não para por aí a homenagem que é loucura, loucura, loucura, loucura.
00:04:08Essa homenagem, eu não sei se eu fico em pé, se eu sento aqui,
00:04:11porque eu sentei lá no banco, é a primeira vez que eu sento aqui.
00:04:13É, a primeira vez.
00:04:14É uma homenagem.
00:04:15Então, vamos agora ao primeiro demo efeito.
00:04:18É muita emoção, Carlos Alberto.
00:04:19Pode soltar a primeira homenagem que veio aqui pra você.
00:04:24Boa noite, Luciano.
00:04:25Eu acredito que eu sou a pessoa que mais vê o Carlos Alberto durante o ano.
00:04:30Eu sou o enfermeiro do pronto-socorro.
00:04:32E desde quando o Carlos Alberto pôs o pé naquele ambulatório, eu não tenho mais férias, eu não tenho mais ano novo, eu não tenho mais nada.
00:04:42Ô, Luciano, parece que ele faz de propósito.
00:04:45Ele escolhe as piores datas que aparecem no pronto-socorro, Luciano.
00:04:49Uma hora, uma hora é problema na coluna, outra hora problema no joelho, outra hora Covid, pressão alta, outra hora escorrega no sítio, bate a cabeça, Luciano.
00:05:01Eu não aguento mais esse homem, Luciano.
00:05:04Por causa dele.
00:05:08Eu tô há oito anos.
00:05:10Oito anos sem tirar férias.
00:05:14Eu preciso de férias, Luciano.
00:05:16Eu tô ficando depressivo.
00:05:17Calma, calma, calma.
00:05:20Calma, bicho, que daqui a pouco o enfermeiro precisa de outro enfermeiro aqui, bicho.
00:05:25Que loucura, loucura, loucura, bicho.
00:05:27Muita emoção, né, Carlos Alberto?
00:05:29Eu tô chorando.
00:05:30Tá chorando vai dar audiência, isso vai ser muita emoção.
00:05:35Porque agora emoção vai rolar.
00:05:38Que aguenta aí, Carlos Alberto, que agora vem mais emoção pra você, que é loucura, loucura, loucura.
00:05:46Aqui, tá a praça nossa, no narigão, bicho.
00:05:49No narigão, a próxima homenagem pro Carlos Alberto.
00:05:54Boa noite, Luciano.
00:05:56Eu sou a Julieta, tenho 98 anos e sou uma dessas senhoras que sempre vem aqui na plateia da praça.
00:06:03E eu sou a caçulinha da caravana.
00:06:09Sabe, sabe, Luciano, eu tenho até medo de vir aqui, porque falam, cuidado, o Carlos Alberto vai paquerar você.
00:06:16É, porque ele gosta de mulher assim, mais nova que ele.
00:06:23A minha sorte é que ele tá enxergando pior do que eu de longe.
00:06:29Você, parece que ele nunca me viu aqui na plateia.
00:06:33Agora eu vou falar a verdade, Luciano.
00:06:39Eu só aceitei fazer parte da homenagem porque me prometeram um sanduíche e um suco.
00:06:46Porque senão eu nem tinha vindo aqui, imagina.
00:06:49Ai, bicho, é muita homenagem, né, Carlos? É muita emoção, né, bicho?
00:06:54É muita emoção.
00:06:56Bicho, nós estamos aqui com o Carlos Alberto de Nobre,
00:07:00nessa continuação dessa homenagem, bicho, desse cara que é fenômeno, é loucura, loucura, loucura.
00:07:07Vamos aí pro próximo homenageado, bicho.
00:07:09A pessoa que fez questão de vir aqui te homenagear.
00:07:13Solta aí a surpresa, bicho.
00:07:17Boa noite, Luciano Rúcula.
00:07:19Eu sou comediante há 30 anos aqui na Praça é Nossa.
00:07:23É, eu já gravei mais de 300 quadros.
00:07:26E sabe o que eu vim falar pro Carlos Alberto?
00:07:28Por que que o meu quadro nunca vai pro ar?
00:07:33Ele fala que o quadro é bom, só que ele corta.
00:07:36Ele corta o quarto seu, o quadro sempre.
00:07:39Tá de palhaçada comigo?
00:07:40O que que é isso, ó?
00:07:41Toda semana eu venho aqui gravar o quadro, mas não vai pro ar.
00:07:45Ó, tô falando lá na minha cidade que eu sou mentiroso, pô.
00:07:48E tô por causa...
00:07:50Tudo por causa desse senhor aí, ó.
00:07:51Tá de palhaçada comigo, tio?
00:07:53Tá me tirando, pô?
00:07:55Ah, eu vou embora, dá licença.
00:07:57Uma salva de palmas, bicho.
00:07:59Rolando emoção no narigão.
00:08:01Uma salva de palmas pro Carlos Alberto.
00:08:03Tchau, tchau, tchau, tchau.
00:08:06Parabéns, Carlos Alberto.
00:08:08Você tá visivelmente muito emocionado, bicho.
00:08:11Já tá chorando aqui, bicho.
00:08:14Eu acho que é o momento de eu vazar antes que seja a demissão, né, bicho?
00:08:19Então, muito obrigado. Uma salva de palmas.
00:08:22Parabéns ao Carlos Alberto.
00:08:24O narigão se despede.
00:08:26Loucura, loucura, loucura.
00:08:28Tchau, tchau, tchau.
00:08:29Que eu fume.
00:08:30Tchau, Carlos Alberto.
00:08:31Meu chão.
00:08:32Meu cacho é a
00:08:34ria em do ponto Senhor
00:08:37Ele foi a alegria do cu
00:08:38Ela foi linda não.
00:08:41Então, eu tô em troca
00:08:43Ele foi a alegria do cu
00:08:44Ela foi linda não.
00:08:46O que faz a alegria do mundo, é o padrinho do bar.
00:08:52Fechamento!
00:08:54Cada vez mais bonito, elegante.
00:08:56Vem cá, doze por oito, doze por oito.
00:08:58Doze por oito.
00:08:59Às vezes o papai diz oito por doze, mas já vem pra volta.
00:09:04Fica oscilando, fica oscilando.
00:09:06Fica do quatro por doze, tá bom.
00:09:11Novidade, me conte.
00:09:13E essas velhas estão animadas? Vocês estão animadas?
00:09:17Estão animados ou vieram do a-sangue hoje?
00:09:22Eu tenho uma atração pelas velhas.
00:09:24É mesmo?
00:09:25Eu já consigo isso.
00:09:27O que, maluco?
00:09:28Você já beijou uma aí uma vez?
00:09:29Uma não, beijou uma vez.
00:09:31Ah, você tá dizendo aqui no estúdio.
00:09:33É?
00:09:36Fala nisso, Casalbé.
00:09:38Janaína tá ali, né?
00:09:39Janaína tá ali.
00:09:40Sempre.
00:09:41Minha amiga Janaína.
00:09:42Deixa eu ver, a Bruninha.
00:09:44Dania Félix.
00:09:45Eu tenho priapismo, não tô enxergando direito.
00:09:47Entendeu?
00:09:50Não posso mais ser amigo das meninas.
00:09:52Por quê?
00:09:53Não posso.
00:09:54A Janaína foi minha amiga durante um tempo, né?
00:09:55Janaína.
00:09:56Minha amiga, meu fechamento.
00:09:57Homem não pode ter amizade com mulher, não.
00:09:59Não pode ter amizade com mulher.
00:10:00Ah, peraí.
00:10:01É que nem ter carro, velho.
00:10:02Uma hora você acaba empurrando, entendeu?
00:10:11Ih, rapaz, não pode falar essas coisas, não.
00:10:13Não pode falar essas coisas, não.
00:10:14Porque tem comediante sendo preso aqui.
00:10:19Riso da cadeia.
00:10:20Tem que ter cuidado.
00:10:21E eu não posso nem me aposentar,
00:10:22porque se eu me aposentar,
00:10:23vão roubar minha aposentadoria, hein?
00:10:31Por exemplo, assim,
00:10:32você quando tá sozinho,
00:10:33o que você fica pensando, hein, Carlos?
00:10:35Ah, penso no trabalho, no passado,
00:10:38o que eu quero fazer.
00:10:39Nas coisas que você já fez,
00:10:40agora não faz mais.
00:10:41É.
00:10:42Também.
00:10:43Porque o corpo humano necessita dessa atração, né, Cadobé?
00:10:49Claro.
00:10:52Acontecia uma parada que foi o seguinte.
00:10:54Valdelice Pé de Cobra.
00:10:57Era uma vizinha minha.
00:10:59Pé de cobra?
00:11:00É, Valdelice Pé de Cobra.
00:11:01Cobra não tem pé.
00:11:02É o nome dela.
00:11:04Aí, ela tava lá com o namoradinho
00:11:06atrás da casa dela.
00:11:08Tinha uma Kombi estacionada,
00:11:10ela tava de namorico com o namoradinho, certo?
00:11:12E aí, ela foi, tirou a calcinha,
00:11:15ficou só com o vestidinho.
00:11:17E o namorado dela tirou a roupa todinha.
00:11:19Tirou a roupa todinha.
00:11:20E aí, começou aquele namoro, coisa e tal.
00:11:23Aí, o cara pegou a bigorna de bolso dele.
00:11:30Aí, foi, Cadobé.
00:11:31Aí, ele foi ali na boca sem juízo, né,
00:11:33e acoprou.
00:11:36Acoprou.
00:11:37Acoprou e ficou só naquele avança e recuo,
00:11:40a vossa e recuo, a vossa e recuo.
00:11:42E tá os dois ali, maluco.
00:11:44Tá os dois ali na maior animação.
00:11:45Daqui a pouco, a mãe da Valdelice chamou ela.
00:11:48Valdelice!
00:11:49Aí, ela falou,
00:11:50Caraca, e agora?
00:11:51Minha mãe me chamou.
00:11:52Tem que ir lá ver.
00:11:53Sei que minha mãe quer, mas...
00:11:54Aí, foi.
00:11:55Foi, foi.
00:11:56Aguenta aí.
00:11:57Achou o vestido, foi.
00:11:58No meio do caminho, ela falou,
00:11:59Caraca, esqueci de botar a calcinha.
00:12:01Se eu...
00:12:03Se eu chegar lá...
00:12:05Mãe conhece a gente.
00:12:07Mãe não andar, já sabe, né?
00:12:08Minha mãe vai perceber que eu tô sem calcinha.
00:12:10E se eu voltar pra pegar a calcinha,
00:12:12eu vou demorar, minha mãe vai estranhar.
00:12:16Ela foi e chamou o cachorro dela.
00:12:18Tinha aqueles cachorros dálmitas, tipo de Scooby-Doo, não tem?
00:12:21É, sim.
00:12:22Ela falou,
00:12:23Schweppesnäger!
00:12:24Schweppesnäger!
00:12:25Schweppesnäger!
00:12:26Schweppesnäger!
00:12:27Veio, aquele cachorro grandão.
00:12:29Só o focinho do cachorro,
00:12:30mas sem uma bola de boliche desse tamanhozinho.
00:12:34Ela falou, vem cá, vem cá.
00:12:36Vem cá.
00:12:37Levantou o vestido, falou,
00:12:38Cheira!
00:12:42Schweppesnäger foi ali no sorriso vertical,
00:12:44Cadê o Bel.
00:12:47Ela falou, vai lá, busca.
00:12:48Dois minutos depois,
00:12:49o cachorro voltou com o saco do namorado na boca.
00:12:51Ah!
00:12:58Ah, meu Deus do céu.
00:13:00Não, muita...
00:13:03Isso é falta de sabedoria.
00:13:06Por exemplo, assim,
00:13:07eu sou um camarada que eu analiso a situação.
00:13:09Eu venho aqui e analiso meus fechamentos.
00:13:11Câmera, analiso a plateia.
00:13:13Meus fechamentos aqui do elenco de apoio.
00:13:15Todo mundo eu fico analisando.
00:13:16Analiso você pra poder saber o que a gente vai falar.
00:13:18Né?
00:13:20E eu tenho, assim, na minha cabeça,
00:13:22um pensamento que eu não posso errar.
00:13:24Pode errar.
00:13:25Pode errar.
00:13:26Ah, mas errar é humano.
00:13:27Por exemplo, assim,
00:13:28você já criou animal no teu sítio, não já?
00:13:30Claro, tem ovo.
00:13:31Você não faz tudo certinho?
00:13:32Faço.
00:13:33Cada alimento...
00:13:34Tem galinha no sítio?
00:13:35Você tem galinha no sítio?
00:13:36Tenho.
00:13:37Tem que tirar o ovo pra poder não chocar.
00:13:39Quando você quer comer ovo,
00:13:40você deixar lá vai chocar o ovo.
00:13:41E eu, uma vez,
00:13:42o nurse da Capitinga falou,
00:13:43Paulinho, ó,
00:13:44vou te dar uma galinha pra você,
00:13:45pra você criar lá na tua casa.
00:13:47Aí, beleza.
00:13:48Só que aí a galinha tava botando o ovo,
00:13:51Cadê o Bel.
00:13:52E tava lá e ia bicar o ovo e comia o ovo.
00:13:55Então, não chocava de jeito nenhum.
00:13:56Isso acontece, mano.
00:13:57Acontece.
00:13:58Aí eu liguei,
00:13:59Nessa Capitino, o que eu faço?
00:14:00Não, rapaz, vai num bazar desse,
00:14:01uma loja de matérias de construção,
00:14:02compra...
00:14:03Tem uma bola de ferro grandona,
00:14:06você coloca algumas escondidas ali misturadas,
00:14:08pinta de branco,
00:14:09que a galinha, quando for bicar,
00:14:10vai doer o bico dela
00:14:11e ela vai acostumar a não bicar, entendeu?
00:14:14Aí vai chocar.
00:14:15Falei, tá certo.
00:14:16Procurei um bazar, procurei, procurei, não achei.
00:14:19Lá no cantinho, lá no final da rua, assim,
00:14:21tinha uma casa de material misturada com o bazar.
00:14:24Aquelas casas que vende tudo,
00:14:25a rua entrei tava completamente vazia.
00:14:27Aí eu fui e toquei a campainha,
00:14:29aquela campainha que faz blim, blim, blim, blim, blim, blim.
00:14:30Aí toquei a campainha, blim, blim.
00:14:31O casal berro, quando eu olhei assim,
00:14:34aí veio um senhorzinho,
00:14:36aí ele vem andando assim, todo curvadinho assim,
00:14:38ele vem andando assim, curvadinho.
00:14:39Aí chegou pertinho dele e falou,
00:14:41Pois não, falei, o senhor tem bola de ferro?
00:14:43Aí falou, não, isso aqui é problema de coluna mesmo.
00:14:51Cadê o Bé?
00:14:52Ah, mais uma.
00:14:54Você aguenta mais uma, Cadê o Bé?
00:14:56Tá bom, então tá bom.
00:14:58Olha só, só pra saideira.
00:15:00Eu tava num ponto de ônibus com o Paulinho Tuntum,
00:15:03meu filho, Paulinho Tuntum.
00:15:04Tem muito tempo isso, ele tinha 5 anos de idade, né?
00:15:06Aí to lá, beleza, to lá, maluco, daqui a pouco,
00:15:09do nada, do nada, assim, um casal de cachorro,
00:15:12eles estavam copulando aí.
00:15:14Os cachorros tava cruzando, galera.
00:15:16Eles davam, eles davam cruzando.
00:15:18E não tem vergonha, a gente faz na frente de todo mundo, né?
00:15:20Ah, o cachorro tem.
00:15:21Ele faz na frente de todo mundo.
00:15:22E aí o cachorro, aí, tava lá cruzando.
00:15:24Aí o Paulinho Tuntum ficou olhando aquilo, né?
00:15:26E eu fiquei sem graça, né?
00:15:27Aí o Paulinho Tuntum falou, pai, o que é que eles tão fazendo?
00:15:30Cara, como é que eu vou responder pra criança que eles tão fazendo?
00:15:335 anos de idade, né?
00:15:34Aí rançocinei e falei, filho, é o seguinte,
00:15:37é que o cachorro de cima machucou a patinha,
00:15:41destroncou a patinha.
00:15:42O de baixo, como é muito amigo dele,
00:15:44tá ajudando ele, tá carregando ele.
00:15:47Aí ele falou, é bem que vovô fala que quem ajuda os outros
00:15:49só toma na tarraqueta.
00:15:54Tô saltando fora aqui, não tem dinheiro.
00:15:57Quanto é que eu sou amiga, meu bom senhor.
00:16:02Sou a linda bonitinha, eu percato pra valer.
00:16:06Fique atento, Tio Carlos, com o que eu vou dizer.
00:16:12Cheguei. Nada a ver.
00:16:16Ah, você tá brincando de dirigir automóvel?
00:16:18Tio, eu adoro dirigir, mas o meu pai falou que eu ainda não posso.
00:16:23É, porque você ainda é menor. Menor não tem condição de dirigir.
00:16:27Eu sei porque que não pode.
00:16:29Porque o menor, ele é menor, né? E a perna é curta no alcance pedal.
00:16:35Ele não pode dirigir porque ele ainda não tem responsabilidade.
00:16:39Ah, é. O tio falando é responsabilidade.
00:16:42Será que eu tenho uma dúvida? Por que as pessoas fazem assim antes de dirigir?
00:16:46Não, porque tem muita violência. Então, você faz uma prece pedindo a Deus te proteger.
00:16:52Ah, é? Você pede uma proteção.
00:16:54Ah, proteção. Você faz?
00:16:56Claro.
00:16:57Sua mulher faz?
00:16:58Faz.
00:16:59A mulher faz? Faz?
00:17:00Mas parece que Deus não ouve muito não, porque ela já bateu duas vezes.
00:17:02Ela já bateu?
00:17:04Mas, quando ela tá com você, ela faz o sinal da fruta?
00:17:07Faz, claro que faz.
00:17:09Então, você deve dirigir mal pra caceta, né tio?
00:17:12Ai, ai.
00:17:14Ô tio, a minha família inteira adora carro.
00:17:18Eu tenho um tio, o tio Zeca, ele tem o carro do Batman.
00:17:22Tem o carro do Batman?
00:17:23Ele tem o Batmóvel.
00:17:25O Batmóvel ele tem.
00:17:26É?
00:17:27Aham.
00:17:28Que maravilha.
00:17:29É.
00:17:30E como é que é?
00:17:31Sabe por quê que é o Batmóvel, tio?
00:17:32Não.
00:17:33Não é que é um carro do Batman mesmo.
00:17:34É Batmóvel porque a gente apelidou.
00:17:36Porque ele dirige tão mal que toda vez que ele sai da garagem, ele bate no portão.
00:17:40Ele bate na parede.
00:17:42Ele bate no poste.
00:17:43É o Batmóvel.
00:17:44Mas você não sabe.
00:17:46Você não sabe.
00:17:47A mulher dele acho que ama tanto ele que ela acha isso muito bonito, sabia?
00:17:51A mulher do meu tio acha muito bonito.
00:17:53Ela acha isso bonito?
00:17:54Uhum.
00:17:55Mas acha por quê?
00:17:56É porque toda vez que ele bate, ela fala assim, bateu o carro de novo?
00:17:59Que bonito, né?
00:18:01Que bonito!
00:18:03É.
00:18:04Ô tio, a minha mãe, a minha mãe, ela adora dirigir também.
00:18:08Ela gosta de carro, a minha mãe.
00:18:10E eu acho que ela é friccionada, ela é focada na marca Fela da Mãe.
00:18:15A marca de carro que ela mais gosta é Fela da Mãe.
00:18:18Fela...
00:18:19Olha, com esse automóvel, eu nunca ouvi essa marca de carro.
00:18:22Essa marca...
00:18:23Essa marca exerce sim, tio!
00:18:25Essa marca exerce sim, porque toda vez que ela tá dirigindo, ela fala assim, olha lá,
00:18:31aquele carro que Fela da Mãe.
00:18:33Olha lá.
00:18:34Aí passou a outra, olha lá aquele outro que Fela da Mãe.
00:18:37Às vezes, tio...
00:18:38Às vezes, ela até põe a cabeça pra fora e fala, essa é o Fela da Mãe.
00:18:42É a marca Fela, tio.
00:18:45Tio, sabe uma coisa que eu confundo?
00:18:48Eu confundo capô com porta-malas.
00:18:52Você me ajuda a desconfundir, tio?
00:18:54Ajudo, claro.
00:18:55Ajuda?
00:18:56Eu posso ficar em pé?
00:18:57Pode, por favor.
00:18:58É o seguinte...
00:18:59Você vai fazer o quê?
00:19:00Você vai ser o carro?
00:19:01Primeiro eu vou abaixar a calça e tapestola.
00:19:02Isso, com as canelas.
00:19:03As canelinhas, né?
00:19:05Tio, você vai ser o carro?
00:19:06É.
00:19:07Bom...
00:19:08Mas é um carro usado?
00:19:09É um casado, né?
00:19:10É...
00:19:11Não, é um carro semi-novo ou semi-velho?
00:19:13É um carro clássico.
00:19:15Então, a frente é o capô.
00:19:20Atrás é o porta-malas.
00:19:27Foi uma graça que eu não entendi.
00:19:29Eu tô rindo porque acho que bateu no seu porta-malas, tio.
00:19:32Ele tá rachado e todo amassado.
00:19:37Ô tio, pera.
00:19:38O capô é na frente?
00:19:40Capô é na frente.
00:19:41Agora eu não tô entendendo mais nada.
00:19:43Porque o meu pai falou que a minha mãe tem um capôzão de fusca.
00:19:46E a gente nem tem fusca, tio.
00:19:48Eu tenho fusca.
00:19:50Ô tio...
00:19:51Isso eu não vou te responder.
00:19:52Ô tio, o meu pai falou...
00:19:54Falando de carro, né, Carita?
00:19:55Falando de carro, né?
00:19:56Carro, carro.
00:19:57O meu pai falou que ele vai comprar um carro elétrico.
00:20:00É, agora é moda, né?
00:20:02Não vai gasolina nele?
00:20:03Não, não, não.
00:20:04Mas você tem que carregar, né?
00:20:05Tem que carregar?
00:20:06Tem, claro.
00:20:07Ah, então o meu pai não vai ter nada, não.
00:20:09Porque ele não carrega nem a sacola da feira.
00:20:11Ele não carrega...
00:20:12Tio!
00:20:13Ele não carrega nem a carteira dele.
00:20:15Você acha que ele vai carregar o carro nas costas?
00:20:17Muito pesado.
00:20:18Não vai carregar o carro nas costas.
00:20:20Ele vai carregar na bateria.
00:20:21Tem que botar lá na tomada.
00:20:22Na tomada?
00:20:23É.
00:20:24Eu tô imaginando um carro lá na sala da minha casa, no carro.
00:20:28Mas, enfim...
00:20:29Eu tenho um quadrinho, eu amo ele.
00:20:31Mas ele é um pouco mentirosinho, sabe?
00:20:33Por quê?
00:20:34Ó o que ele falou.
00:20:35Ele falou que comprou um carro com 800 cavalos.
00:20:38Aí ele me chamou pra dar uma volta e posme.
00:20:41Nada a ver.
00:20:42Não tinha um cavalo.
00:20:43Não tinha um quadrinho.
00:20:45Tio!
00:20:46Não tinha nem um pôneizinho.
00:20:50Quando você fala cavalo, é o cavalo força.
00:20:53Entendeu?
00:20:54É difícil de explicar.
00:20:55Um carro de 800 cavalos é muita coisa.
00:20:57É muita puntência.
00:20:58É puntência?
00:20:59Muita puntência.
00:21:00É puntência, né?
00:21:01Muita puntência.
00:21:02É um carro potente.
00:21:03Ah, o meu pai falou que quando eu crescer, se eu trabalhar muito, ganhar muito dinheiro,
00:21:07eu posso ter um carro com mais de 800 cavalos.
00:21:10Ah, então deve ser uma Ferrari.
00:21:12Ah, se eu vou me ferrar, eu não quero não, tio.
00:21:15Eu não quero.
00:21:16Se eu vou me ferrar, eu tô fora.
00:21:18Ferrari é a marca de um carro italiano.
00:21:20Ah, mas eu só sei que quando eu crescer eu quero ter um carro de jovem, sabe?
00:21:26Sabe?
00:21:27Sabe um carro jovem, moderno.
00:21:29Eu só não sei qual o tipo.
00:21:31Sei, um tipo sedã.
00:21:32Ah, se dá um carro pra mim, eu vou achar ótimo, porque eu não vou ter que gastar dinheiro, né?
00:21:37Melhor.
00:21:38Mas eu queria mesmo um carro com a minha cara, assim, sabe?
00:21:42Ah, o meu carro, por exemplo, ele tem a minha cara.
00:21:45Já sei!
00:21:46Qual?
00:21:47Você tem um calhambé, que tem um calhambé, tio!
00:21:48Calhambé, né?
00:21:49Calhambé, né?
00:21:50Meu Deus!
00:21:51Meu Deus!
00:21:52Meu Deus!
00:21:56Oi, seu Carlos Tãozinho!
00:22:01Me cuspei todo.
00:22:04Tô toda de amor, tô toda de coração, seu Carlos Tãozinho.
00:22:09É dia de namorado.
00:22:11A gente tem que aproveitar nessa época e ser coisa de co...
00:22:15Tu tá coisado?
00:22:16Tô, tô.
00:22:17O senhor deu presente pra Dra. Rê?
00:22:19Claro, tem que dar, né?
00:22:21É, aí...
00:22:23Aí, lá na firma, a gente tá fazendo uma ação, né?
00:22:26De se proteger.
00:22:27Seu amor, te espera em casa.
00:22:28Cuide.
00:22:29Cuide.
00:22:30Cuide.
00:22:31E aí, claro que a palhaça aqui, que tem que fazer ação, né?
00:22:35Seu Carlos...
00:22:39Aí, mas sabe, seu Carlos Tãozãozãozãozera?
00:22:42Eu tô mais feliz ainda porque eu tô solteira.
00:22:45Ah, é?
00:22:46Você era casada?
00:22:47Oi?
00:22:48Não.
00:22:49Eu era...
00:22:50Eu era solteira.
00:22:51Aí, uma época, eu tive um lance.
00:22:52Depois, eu fiquei solteira.
00:22:54E aí, eu tive um lance.
00:22:56Um lance.
00:22:57Aí, eu continuei tendo vários...
00:22:58E agora, tô solteira.
00:23:00Mas, assim...
00:23:01Não que eu ache seu Carlos Tãozãozão.
00:23:03Não que eu ache ruim namorar.
00:23:05O que eu acho ruim é que, tipo assim,
00:23:08é que tem coisas no namoro que...
00:23:10Tipo, o que eu não gosto de fazer
00:23:14é fingir que eu sou princesa na hora de comer, por exemplo.
00:23:18Exemplo.
00:23:19É.
00:23:20Fazer aquelas coisas do tipo, ah...
00:23:22Comer meio lanche e dizer, ah...
00:23:24Eu tô cheia.
00:23:25Tô com a barriguinha toda cheia, já.
00:23:27Mas é feio falar que eu tô cheia.
00:23:29Mas eu tô satisfeito.
00:23:31É, tô satisfeito.
00:23:32Mas é que tem isso, né?
00:23:33Tem que mentir.
00:23:34Tem que dizer, ah, já tô satisfeito.
00:23:36Sendo que é mentira, né?
00:23:39Falar isso na frente do crush do namorado.
00:23:42Sendo que se eu estivesse sozinha em casa,
00:23:44eu tinha pedido dois x tudo.
00:23:46E aí eu teria jogado na panela com feijão e arroz.
00:23:52Então, ah...
00:23:54O senhor não tem noção.
00:23:56Papagaia essa de princesa.
00:23:58Quantas vezes eu fui dormir com fome na casa de namoradinho.
00:24:02Não, pelo amor de Deus.
00:24:04Tem um que até hoje tem muito medo de mim.
00:24:06Porque eu fui dormir com fome na casa dele.
00:24:08O que que aconteceu?
00:24:09Ele jura de pé junto que eu tava dormindo.
00:24:12E do nada ele escutou ouvindo da minha barriga um...
00:24:15Carne.
00:24:17Sabe?
00:24:19Fome.
00:24:20Deu fome.
00:24:22Agora, sabe, o senhor que é um rapazote que tem experiência, é bonito.
00:24:27Obrigado pelos rapazes.
00:24:29Cheiroso.
00:24:31Aí o senhor...
00:24:32Olha que coisa...
00:24:33Coisa linda, uma aliança que...
00:24:35Nossa, olha.
00:24:36Isso aqui.
00:24:37Linda, cara.
00:24:39Mas eu hoje eu tô bem porque eu me dou valor enquanto pessoa que tem valor.
00:24:43Claro, temos que dar valor.
00:24:45Sempre.
00:24:46Eu tento, nós temos...
00:24:47Eu tento, nós todos vamos ter valor.
00:24:49Claro, claro.
00:24:50Mas teve uma época que quando eu falo em namorado eu era rejeitado, eu chorava, ficava triste.
00:24:56Hoje eu vejo o lado positivo e eu vejo o melhor das pessoas.
00:25:00Sabe?
00:25:01Por exemplo, o seu Carlotãozãozinho.
00:25:05Eu vejo o lado melhor das pessoas.
00:25:07Eu lembro que uma vez no ensino médio, eu cheguei pro rapazote e falei...
00:25:11Ou tu me dá um beijo ou dá cinco mortal pra frente.
00:25:14Hoje esse rapaz não é nada mais, nada menos que Diego Hipólito.
00:25:25Eu tiro o melhor das pessoas, entendeu?
00:25:27Eu ajudo com comer coisa que eu não tenho coisa.
00:25:30Com seu amor você ajuda.
00:25:31Ai, para.
00:25:34Ai, o seu Carlotão é uma coisa...
00:25:36Fala só...
00:25:37Eu só me arrepiei.
00:25:38Fala de novo porque...
00:25:39Com o rapaz eu não esqueci.
00:25:42Meu Deus.
00:25:43Esqueceu rápido mesmo.
00:25:45É porque falou uma vez.
00:25:46O senhor é todo espontâneo, né?
00:25:47É, o senhor é todo espontâneo.
00:25:48Mas o coração tem razões que a própria razão nos conhece.
00:25:54Meu Deus.
00:25:56O senhor é filósofo, poeta também?
00:25:58Não.
00:25:59O senhor sabe que o negócio...
00:26:00Eu uma vez até falando em lance de...
00:26:02Qual é a coisa que eu...
00:26:03Ah...
00:26:05Ou até...
00:26:06Eu tive um rapazote que eu tive um lance.
00:26:08Uma paixão louca.
00:26:10Aqui do SBT.
00:26:12Inclusive.
00:26:13Um...
00:26:14É...
00:26:15Um câmera.
00:26:16É?
00:26:17Ricardo.
00:26:18Ricardo.
00:26:19Ricardo.
00:26:20Bom, deixa assim.
00:26:21Ai, eu e o Rick, a gente teve uma coisa louca, uma paixão.
00:26:26Ah, uma sala...
00:26:27Aí ele terminou comigo.
00:26:28O senhor acredita que ele terminou comigo só porque eu inventei de deixar a escova de dente no banheiro dele?
00:26:39Ué?
00:26:40Aí eu falei, não, eu não acredito, Rick, que tu tá revoltado comigo só porque eu deixei a minha escova de dente na tua casa.
00:26:49Ele falou, não, eu tô tranquilo. Quem tá revoltado é minha esposa.
00:26:56Mas aí, seu cara, a vida a gente usa pra aprender a se coisar.
00:27:01A se coisar.
00:27:02É muito coitante coisar.
00:27:03É. O quê?
00:27:04Coisar.
00:27:05O senhor é tão sapeca.
00:27:09Olha, eu vou...
00:27:10Porque é isso.
00:27:11A gente tem que tá bem sozinha ou acompanhado.
00:27:16O importante é que eu vou...
00:27:17Uou!
00:27:18O importante...
00:27:19Meu Deus.
00:27:20Ai, que bom isso aqui, hein?
00:27:21Gostoso, hein?
00:27:22Lindo.
00:27:23Foi de gramado?
00:27:24Comprou em gramado?
00:27:25Sim.
00:27:26E, meu Deus, isso aqui lá em gramado foi 950 reais.
00:27:31Aí...
00:27:32Agora, eu que...
00:27:34Eu tenho umas táticas, sabe?
00:27:36Seu carletãozãozinho.
00:27:37Por exemplo, pra quem tá solteira que nem eu.
00:27:39Eu tenho muita experiência.
00:27:41É firme.
00:27:42É coisa...
00:27:43É coisa...
00:27:44Então, eu, por exemplo, eu posso demonstrar pra quem tá solteira como eu.
00:27:49Como é que faz pra seduzir.
00:27:50O senhor quer ver?
00:27:51Quero.
00:27:52Eu vou mostrar.
00:27:53Eu vou mostrar.
00:27:55Eu vou mostrar.
00:27:56Por exemplo, ó.
00:27:57Eu vou encenar aqui.
00:27:58Faz de conta que o senhor é o rapazote que tá afim de mim.
00:28:02Para!
00:28:03Para!
00:28:04Para!
00:28:05Ô, doutora Rê.
00:28:06É só encenação, pelo amor de Deus.
00:28:09Eu desliga.
00:28:10A senhora toda coisada.
00:28:12Aí, por exemplo, eu vou encenar, tá?
00:28:14Primeira coisa, tu tá passando na rua e viu um rapazote que tu se interessou.
00:28:20No caso...
00:28:21No caso...
00:28:22É eu.
00:28:23Aí, primeira coisa é tá passando, notou, mete um olhar sedutor.
00:28:28Uma coisa meio que...
00:28:29Aí, meteu, tem que fazer a tímida.
00:28:35Pra meter a tímida, mete a Joelma.
00:28:37Opa!
00:28:38Meteu a Joelma.
00:28:43Aí, pra dar aquela disfarçada legal, dá uma virada aqui.
00:28:50Aí, dá uma coisada nos glúteos, sabe?
00:28:53Mete um...
00:28:54Finge que tá botando alguma coisa no bolso.
00:28:59Aí, continua.
00:29:01Continua.
00:29:03Aí, do nada, tem que meter uma gemizada.
00:29:06Sabe o que é uma gemizada?
00:29:07Não.
00:29:08É um gemido com risada.
00:29:10Sabe?
00:29:11Tipo um...
00:29:13Tipo um...
00:29:14Ah!
00:29:15Ah!
00:29:16Ah!
00:29:17Ah!
00:29:18Ah!
00:29:19É um gemido com risada.
00:29:20Não.
00:29:21Não.
00:29:22Não.
00:29:23Não.
00:29:24Não.
00:29:25Não.
00:29:26Não.
00:29:27Não.
00:29:28Não.
00:29:29Não.
00:29:30Não.
00:29:31Não.
00:29:32Não.
00:29:33Então, a gente vai jamais recusar um convite...
00:29:35O tipo...
00:29:36Exemplo.
00:29:37Por exemplo, o meu vale-refeição caiu hoje.
00:29:40Uau!
00:29:41Estouro!
00:29:42Valeu seu carapãozinho!
00:29:43Uau!
00:29:44Uau!
00:29:45Uau!
00:29:46Felícia do meu amor, né?
00:29:48Ô, doutora, queijo!
00:29:52Deninho, hoje nós vamos falar pro Carlos
00:29:54que nós passamos o dia num baile de gala.
00:29:57Baile de funk agora é baile de gala?
00:30:01De gala não tinha nada, mas de galinha tava assim, ó.
00:30:05Não esquece que nessa praça eu ainda sou da socialite, meu amor.
00:30:10Socialite no baile funk?
00:30:11No baile funk só se late.
00:30:13Au, au, cachorra!
00:30:15Au, cachorra!
00:30:16Cisca, cachorra!
00:30:17Queca, cachorra!
00:30:20Oi, Cacá!
00:30:21Tudo bem com você?
00:30:22Ai, tudo ótimo, Carlos.
00:30:23Com as suas habilidades.
00:30:24Ai, tô sempre, sempre, Carlos.
00:30:26Eu sou sempre, Cacá.
00:30:28Sabe aonde eu estava hoje?
00:30:30Passei o dia hoje?
00:30:32Em um baile de gala, Carlos.
00:30:34Você não muda, meu amor.
00:30:35Mas olha, fazia tanto tempo,
00:30:37reencontrei tanta gente bacana, Carlos.
00:30:41Olha, um monte conhecido seu lá.
00:30:42Um monte de amigo seu, uma delícia, Carlos.
00:30:45Coisa fina mesmo, né?
00:30:46Claro.
00:30:46Só a polpa da sociedade, Carlos.
00:30:48Nossa, só a polpa mesmo.
00:30:50Nossa, tinha um montão de funkeira com shortinho atolado mostrando a polpa da burra.
00:30:55Venenão!
00:30:56Não o quê, Bibi?
00:30:58Não, a festa era chique, imagina!
00:31:00Imagina!
00:31:01Ah, que brilho!
00:31:02Tomamos champanhe francesa, comemos canapés maravilhosos...
00:31:07Aí você acordou, né?
00:31:08Aí você caiu da cama, porque eu não lembro de nada disso.
00:31:11O que eu me lembro era dela pegando a cerveja quente do copo dos outros que tinha deixado lá,
00:31:16completando no dela.
00:31:17E eu me lembro muito bem que o único sanduichinho que ela comeu foi um sanduichinho que eu achei
00:31:23no chão.
00:31:23Gata-rua!
00:31:24Ei, Benê, tá doido?
00:31:26Nós comemos canapés.
00:31:28Então, a gente comia o que caía nos pés.
00:31:32Não tô entendendo?
00:31:33Ai, eu acho que o Benê...
00:31:35Ai, meu Deus, o Benê vai me matar!
00:31:39Eu acho que ele deu uma exagerada.
00:31:41Bate devagar, tá?
00:31:50Ai, meu Deus, eu acho que ele exagerou na champanhe na festa.
00:31:53Agora tá alterada.
00:31:55Né?
00:31:55Totalmente alterada, bicha.
00:31:59Mas olha, a festa...
00:32:01A festa foi um arraso.
00:32:02Carlos, eles serviram, assim, aquelas iguarias do sul da Europa, Carlos.
00:32:08Ai, uma coisa chique mesmo, né?
00:32:10Coisa?
00:32:11Pô, comida europeia?
00:32:12Meu Deus do céu!
00:32:13Maravilhosa!
00:32:14Era do sul da Europa, Charlinho.
00:32:16O quê?
00:32:17É.
00:32:18É.
00:32:19Vou te contar uma coisa, eu me acabei de comer.
00:32:24Vinha do sul da Europa, ali de Santo Amaro.
00:32:27Santo Amaro, que era churrasquinho grego.
00:32:30Imagina, churrasquinho grego, Benê!
00:32:34Um churrasquinho grego numa festa chique, Benê!
00:32:36Não!
00:32:37Imagina, não tem nada a ver, Benê!
00:32:39Coitado!
00:32:41Vai devagar!
00:32:42Tem nada a ver!
00:32:43A festa era tão chique, tá?
00:32:44Só as suas festas?
00:32:45Eu tive que contratar uma limousine pra me levar, né?
00:32:48Ah, foi!
00:32:49Uma limousine linda?
00:32:50Linda!
00:32:51Branca, grande, com motor lá na frente, com motorista!
00:32:54Tinha um cobrador e um letreiro escrito Graça U!
00:33:00Benê!
00:33:01Não fala que a gente foi de ônibus, Benê!
00:33:03A gente foi de limousine!
00:33:04Limousine!
00:33:05Mas aquela limousine tava cheia, a gente quase perdeu o ponto, eu tive que gritar pro motorista,
00:33:09vai descer, infeliz!
00:33:14Mas e o vestido de gala?
00:33:16Ai, que bom que você perguntou!
00:33:17Que você tinha aquela roupa?
00:33:19Carlos, mas eu estava belíssima, maravilhosa!
00:33:24Carlos, eu contratei um estilista de um bom gosto, Carlos Alberto!
00:33:28Você é você!
00:33:29Ah, você sabe muito bem, você me conhece!
00:33:34Carlos, mas ele fez tudinho assim, ó, do jeitinho que eu queria!
00:33:37Tudo sob medida, né, Benê?
00:33:38Sob medida de piriguete, sabe?
00:33:42Coisa linda!
00:33:43O vestido era tão transparente que, nossa, parecia uma vitrine!
00:33:46Tava mostrando tudo que a Bibi tinha pra vender e mais um pouco!
00:33:50O vestido mais transparente era o dela!
00:33:53Agora, o mais curtinho era o meu vestidinho de...
00:33:57De gala! De gala!
00:33:58De gala!
00:33:59De galinha, tanto faz!
00:34:03O importante é nunca tirar a etiquetinha pra gente poder devolver no brechô!
00:34:06Ah, brechô!
00:34:09Imagina, eu, uma brechoca, Carlos Alberto!
00:34:11Entendeu?
00:34:12Minha rinite ataca na hora!
00:34:13Fico toda empipocada!
00:34:14Benê, não tem brechó, não!
00:34:17Não tem brechó!
00:34:18Então, se não tem brechó, não precisa devolver!
00:34:20Ótimo! Melhor pra gente!
00:34:21Porque não vamos precisar ir naquele brechó que é longe pra dedéu!
00:34:25E a gente tá sem dinheiro pra pagar passagem, né?
00:34:29E tem outra coisa também, Bibi, que eu precisava te contar.
00:34:32Eu tô até sem jeito de falar!
00:34:33O que foi, Benê?
00:34:34Eu acabei estragando o botão!
00:34:36Benê?
00:34:37Não acredito que você fez isso, Benê!
00:34:38E agora?
00:34:39Eu vou falar o quê pro brechó?
00:34:40Fala!
00:34:41Acho que você não entendeu, Bibi!
00:34:43Deixa eu te explicar, ó!
00:34:45Depois do baile, eu fui pra casa do MC Beringela!
00:34:52E aí eu descobri por que o nome dele é MC Beringela!
00:34:55E desse jeito eu acabei estragando o meu botão!
00:34:59Ah, Benê!
00:35:00Com quase a sua intimidade, Benê!
00:35:02Mas tudo bem, João Charlinho!
00:35:04Vai lá em casa me ajudar a cuidar do meu botão!
00:35:06Bem-vindo!
00:35:09Feliz dia dos namorados!
00:35:11Oi!
00:35:12Tudo bem!
00:35:13Meu namorado Max!
00:35:14Oi, tá bom, Max?
00:35:15Pra gente!
00:35:16Ai, vira aqui, olha!
00:35:17Ele é melhor três vezes mais do que meu ex!
00:35:19Três vezes maior!
00:35:21Meu Deus, já tem que ir embora aqui que ele tem que trabalhar!
00:35:23Vai lá, tá máfia!
00:35:24Cadê?
00:35:25Que dinheiro?
00:35:26Era depois da gravação, Max!
00:35:27Não, não vou pra cá agora!
00:35:29Sai!
00:35:30Sai!
00:35:31Sai!
00:35:32Você tá lá pagando pra eu ficar com você?
00:35:35Carlos Alberto, é o único jeito nessa situação!
00:35:38Pergunta se eu tô bem!
00:35:39Você tá bem?
00:35:40É claro que eu não tô bem, Carlos Alberto!
00:35:42Por que que eu vencer dessa coisa?
00:35:44Ai, o jeito é pagar os meninos aqui, mano!
00:35:46Pelo amor de Deus!
00:35:47Dia dos namorados já me dá raiva!
00:35:49É assim, né?
00:35:50O tempo passa, o tempo voa!
00:35:53E a Mel tá mais solteira e cada dia mais coroa!
00:35:56Não, não, não!
00:36:00Não, não, não!
00:36:01Não, não!
00:36:02Odeio o dia dos namorados!
00:36:03Odeio!
00:36:04Eu chamo de dia infeliz!
00:36:05Eu chamo de infeliz!
00:36:06Uau!
00:36:07É a palavra que eu falo o dia inteiro, infeliz!
00:36:09Porque eu fico lá no Instagram, aqueles casal lá fazendo aquelas declarações mais que contador, né?
00:36:14No começo de ano!
00:36:15Ai, eu amo!
00:36:16E aí eu vou passando o Instagram, só vou falando, infeliz, falou que tinha namorado!
00:36:21Olha, infeliz, falou que tinha namorado!
00:36:23É dia de faxina no Instagram, Carlos Alberto!
00:36:26Descobrindo tudo que era casado e não tinha me contado, Carlos Alberto!
00:36:29Que ódio!
00:36:30E aí o que que eu faço?
00:36:32O que que eu faço, Carlos?
00:36:33Eu fico lá no Tinder, né?
00:36:35Com as minhas fotos de 10 anos atrás, pro povo achar que eu tô...
00:36:40É tanto filtro na foto, dá pra passar um café lá na foto!
00:36:45Aí vem o povo me alegar, falar, ai Mel, o homem certo tá chegando pra você!
00:36:51É, quem sabe?
00:36:52Quem sabe?
00:36:53Com certeza não é certo!
00:36:54Pela demora não tem carro, tá vindo a pé!
00:37:00E agora eu vou te falar uma coisa, Carlos, que você vai ficar impressionado!
00:37:03Porque olha, 12 de junho, daqui 9 meses, daqui dia, 12 de março!
00:37:10O que que acontece no dia 12 de março, Carlos Alberto?
00:37:13Seu aniversário!
00:37:14Seu aniversário!
00:37:15Até tua mãe transou no dia de namorado!
00:37:17E eu não, Carlos Alberto!
00:37:19Eu não!
00:37:24Fico lá com meu consolo...
00:37:26Ah, é um consolo grande, né?
00:37:28É quase um bebê reborn, né?
00:37:33Dá pra bater um bolo, se quiser, com ele eu fico lá, né?
00:37:37Mas não significa também que é dia dos namorados que eu não faço minhas coisas também, né?
00:37:41Já fui no motel, né, Carlos Alberto?
00:37:42Já!
00:37:43Amante vai no almoço, né, Carlos Alberto?
00:37:47É na hora do almoço que a gente vai!
00:37:49Vai!
00:37:50Mas prefiro!
00:37:51Eu prefiro, Carlos!
00:37:52E não...
00:37:53É!
00:37:54Já!
00:37:55Não ri desse jeito!
00:37:56Não que a gente entrega as coisas, Carlos!
00:37:58Cê é daqueles também, vai lá no motel e fica, vai aparecer como na fatura do cartão!
00:38:03Mas prefiro ir na hora do almoço que cê vai à noite, no dia dos namorados, cê vai lá fazendo uma cama que 20 casal já fez essa noite, velho!
00:38:16Pelo menos eu pego as coisas um pouquinho mais limpinhas, não?
00:38:18Que eu gosto de motel!
00:38:21É...
00:38:22Eu não gosto de motel, né?
00:38:23Aquele espelho no teto lá, eu acho horrível, né?
00:38:25Que às vezes eu...
00:38:26Ninguém merece ficar vendo o popô peludo dos outros, né, Carlos Alberto?
00:38:31Eu não tô nem falando do cara, é do meu mesmo, que eu já tô...
00:38:35Ninguém me quer, eu entreguei pra Deus, Carlos Alberto.
00:38:40Não, é...
00:38:41Mas ainda, mesmo assim, eu ainda falei lá, né?
00:38:43Porque eu não posso ficar postando foto, né, de nada, de nenhum rolo que eu tenho, né?
00:38:46Porque as mulheres cobrem, eu não posso falar nada.
00:38:51Mas eu falei, ô, eu não vou ganhar nem flores hoje.
00:38:54Falei, pra quê que cê quer flor?
00:38:55A flor murcha no dia seguinte.
00:38:57Falei, pior que o seu pingolinho que murcha no mesmo dia, né?
00:39:03Dia dos namorados é dia de solteiro ir pra festa junina, Carlos Alberto.
00:39:08Já começou e é melhor.
00:39:09Semana que vem.
00:39:10Claro, é melhor que dia dos namorados é um dia só.
00:39:12Eu passo só um dia com inveja, entendeu?
00:39:14Eu tô ali um dia com inveja da mulher, é como se fosse Natal.
00:39:17Eu tô um dia com inveja da mulher que tá lá com o Papai Noel e ganhou presente,
00:39:21mas eu esqueço, eu fico aliviado o resto do ano que eu não tenho que viver com o Papai Noel o resto do ano.
00:39:26Agora, na festa junina, é o mês inteiro, cê tem junho, cê tem julho.
00:39:33Nossa senhora, o restaurante caro que cê gasta no dia dos namorados.
00:39:36Festa junina, dez reais, cê come quentão, cê come milho.
00:39:41No dia dos namorados tem que ter par.
00:39:43Na festa junina, arruma o par na hora.
00:39:45Se chegar por último, se chegar por último é a mulher do padre.
00:39:49Ai que beleza, já arruma tudo.
00:39:52Na festa junina tem prisão de mentirinha?
00:39:54No dia dos namorados é prisão de verdade.
00:39:59Aí tem que ficar toda empriquitada, arrumada pra sair com o mesmo bicho que cê tá todo dia com ele lá, né?
00:40:05Não, na festa junina não tão nem aí, cê pinta os dentes, falta a roupa hermendada.
00:40:09Agora, uma coisa é certa, na festa junina, diferente do dia dos namorados, cê tem certeza que, olha a cobra!
00:40:22Não, aí agora, o máximo que eu arrumei foi um novinho que me ligou, agora há pouco.
00:40:29Falou, oi, como é que cê tá no dia dos namorados?
00:40:32Eu falei, eu tô assim, sozinha, desesperada.
00:40:35Ele falou, cê tá sozinha, vai passar o dia fazendo o quê?
00:40:39Eu falei, eu vou ficar em casa, sozinha.
00:40:41Ele falou, sozinha?
00:40:42Eu falei, sozinha.
00:40:43Ele falou, então empresta o carro, tia.
00:40:46Você vai fazer alguma coisa no dia dos namorados, Carlos?
00:40:52Eu vou.
00:40:53Vai lá, vem e faz seu lugar!
00:40:56E aí, seu carro!
00:41:06Oi, meu querido!
00:41:08E aí, tá animado pra hoje?
00:41:10Ah, já vai resolver lá o restaurante pra jantar.
00:41:13Ah, seu carro!
00:41:15Maniflores!
00:41:16Isso, seu homem romântico!
00:41:18Eu já penso que dia dos namorados é coisa pra adolescente, seu carro.
00:41:21A gente gosta mesmo é do dia do pagamento.
00:41:23Ah!
00:41:26A verdade é que as pessoas nunca estão satisfeitas, né?
00:41:28Se tá namorando, reclama.
00:41:30Se tá sozinho, reclama.
00:41:32Aliás, quem reclama de passar o dia dos namorados sozinho
00:41:36é que não sabe o que é passar o carnaval casado.
00:41:42É igual a Catilene.
00:41:43Caralho aqui, entendi bem isso.
00:41:44A Catilene enchi o saco pra casar.
00:41:46Enchi o saco.
00:41:47Aí, casamos, agora quer comemorar o dia dos namorados.
00:41:51Tá errado isso aí!
00:41:53Não!
00:41:54Tem que comemorar o dia dos casados, pô!
00:41:56Sabe quando é que é o dia dos casados?
00:41:57Quando?
00:41:58Ninguém sabe!
00:42:01Ninguém comemora a porcaria dessa, seu carro.
00:42:03Pra mim, é dia 2 de novembro, dia de finados.
00:42:07Cê sabe por quê que no dia dos namorados
00:42:12vende muito mais presente que o dia das mães?
00:42:14Não!
00:42:15Porque mãe só tem uma!
00:42:18É gostar, cê sai da rua, aqueles caras com...
00:42:20Fute de flor!
00:42:22Homem bicho trancha!
00:42:24Não tem jeito!
00:42:25Não tem jeito não!
00:42:26Mas o homem e a mulher, ele pensa no dia dos namorados
00:42:28de forma diferente, seu carro.
00:42:29A mulher, ela tem na cabeça o quê?
00:42:31O romance.
00:42:32O homem só tem uma coisa na cabeça.
00:42:34Qual?
00:42:35Sexo!
00:42:37Todo o trâmite do romance é apenas um obstáculo
00:42:41pro homem ter sexo no final da noite.
00:42:46Ano passado, dia dos namorados,
00:42:48tava com a Catilene, ela virou pra mim,
00:42:50Mané, agora está na hora do funzi.
00:42:53Pô, seu carro, na mesma hora já tirei a calça,
00:42:56botei o moleque pra fora.
00:42:59Ela não gostou não, ficou chateada, ficou chateada.
00:43:03Ainda mais porque a gente tava no restaurante predileto dela.
00:43:07Nossa, é muito complicado.
00:43:09Mas esse ano eu fui romântico.
00:43:11Esse ano eu fui romântico.
00:43:12Esse ano meu presente foi fazer com ela igualzinho eu fazia na nossa época de namoro.
00:43:18Nossa, o que você fez?
00:43:19Deixei ela na casa dos pais antes das 10 pra eles não reclamarem.
00:43:22Agora, essa época do ano é uma época perigosa, seu Carlos.
00:43:29Quando a mulher mete aquele papo.
00:43:31Amor, esse ano não precisa me dar nada não.
00:43:34Ah, sim.
00:43:35Só sua companhia já me basta.
00:43:38Seu Carlos, mentira.
00:43:44Isso aí é uma armadilha psicológica, ela tá testando o seu caráter.
00:43:48É igual o diabo oferecer a maçã, entendeu?
00:43:51É você chegar de mão vazia e no final da noite você tá de saco cheio.
00:43:57E ela ainda passa o jantar inteiro com aquela cara de criança que foi abandonada na creche.
00:44:02Dizendo, não é pelo presente, é pelo esforço.
00:44:09Que esforço?
00:44:10Esforço de que?
00:44:11Isso aqui é namoro ou é crossfit, né?
00:44:16Eu concordo com ela no seguinte fato.
00:44:18Você sabe se a pessoa tá apaixonada pelo preço do presente, sabia disso?
00:44:23É claro.
00:44:24Quanto mais caro é o presente, maior é a paixão.
00:44:27Porque quando a pessoa dá um presente caro, porque ela acredita no relacionamento.
00:44:31Que pelo menos ele vai durar o tempo que a parcela do presente vai durar.
00:44:38O complicado é quando a parcela do presente da amante é maior do que da esposa.
00:44:44Isso eu acho um absurdo.
00:44:46Por isso que amante eu só compro presente à vista.
00:44:51Agora quer ver uma coisa que me irrita, negócio de casal?
00:44:53Eu gosto de conversar com você.
00:44:55Não, você vê que eu fico bem irritado com essas coisas.
00:44:58Eu sou um pouco irritante também.
00:45:01O casal que bota apelido no outro.
00:45:05Que falando de dê, de dê, de dê.
00:45:08Eu sei que é o melhor de dê, de dê.
00:45:12Não, tá dando a cuxa ideia.
00:45:14Que raiva que...
00:45:16Ai, meu bebê! Cadê meu bebê?
00:45:21Pessoa com 43 anos na cara, cheia de boleto, é a linha de disto, sendo chamada de bebê.
00:45:26A Catilene que vem com essas histórias, às vezes...
00:45:30Ai, meu bebê...
00:45:31Eu falei, bebê nada, bebê só caga e chora.
00:45:36Pensando bem, talvez seja por isso, ela me chama assim.
00:45:40Seu cara, pra mim, relacionamento é tipo religião.
00:45:44A gente entra achando que vai ser tudo lindo,
00:45:47cheio de luz, cheio de paz,
00:45:50pra no fim a gente perceber que só funciona por um motivo.
00:45:53Qual?
00:45:54Medo do inferno.
00:45:56Você é pessimista também.
00:46:00Experimenta não fazer o que sua mulher quer
00:46:02pra ver o inferno que vira sua vida.
00:46:06Hoje a Catilene já fez da minha vida o inferno.
00:46:09Porque ela queria comemorar o Dia dos Namorados, sabe aonde?
00:46:11Onde?
00:46:12No motel.
00:46:13Seu cara, o Dia dos Namorados no motel
00:46:16é a missão mais impossível do que o Palmeiras ganhar o Mundial.
00:46:20É mais cheio que o show da Lady Gaga no Rio, não dá não.
00:46:29E eu falei com o cara, besteira ir pra motel, Catilene. Besteira.
00:46:32Até porque o que a gente faria lá no motel, a gente pode fazer em casa.
00:46:37A única diferença é que aqui é o broxo de graça.
00:46:43Eu tô pagando pra isso.
00:46:45E a última vez que a gente foi pro motel, ela veio com uns papos que eu também não gostei não, seu cara.
00:46:48Ela veio com um negócio de algema.
00:46:50Querendo me algemar na cama.
00:46:52Seu Carlos.
00:46:53Você é algemado na cama por uma mulher.
00:46:56Eu não deixo nem a polícia me algemar pra deixar a mulher.
00:47:01O homem pra deixar a mulher algemar ele na cama, ele tem que confiar muito na mulher.
00:47:05Ou ter a consciência muito tranquila.
00:47:08Porque você já imaginou a cena.
00:47:10Você peladinho na cama, algemado, ela vira e fala.
00:47:15Eu já sei de tudo.
00:47:20Você faz numa situação...
00:47:23Uma hora de vulnerabilidade dessa, você confessa até o que você não vende.
00:47:29Mas, seu cara, fica esperto no papo reto do marreco.
00:47:32Dia dos namorados é igual a trenó do Papai Noel.
00:47:36Como?
00:47:37Um monte de animal de chifre carregando presente.
00:47:40Proitoral ...
00:47:42Proitoral ...
00:47:43Proitoral ...
00:47:44Proitoral ...
00:47:45Me segura, hein.
00:47:46Que cara é essa de prata?
00:47:47Me segura, porque ó...
00:48:01Eu vou fazer uma besteira aqui.
00:48:02Ah não, pô, você tem que ver.
00:48:04O que que aconteceu?
00:48:05Eu vou fazer uma besteira.
00:48:07essa gente não me conhece.
00:48:09Calma, calma.
00:48:10Eu tomo mel e como a colmeia com a abelha e o zangão junto.
00:48:15Porque eu sou malado.
00:48:17Calma, o que aconteceu?
00:48:19Você tá me deixando nervoso.
00:48:21Mexeram comigo.
00:48:22Ah, meu Deus.
00:48:22E eu não levo desaforo pra casa.
00:48:24Claro.
00:48:25Não levo, por que eu não levo?
00:48:27Porque a casa que eu moro é nem casa, é um projeto de barraco.
00:48:31Mas você não é de engolir, não?
00:48:34Não, lógico que não, meu.
00:48:35Ué, o cara vem querer roubar o meu ponto.
00:48:38Ah, meu Deus.
00:48:39O cara veio querer pegar o meu ponto na violência.
00:48:43Logo comigo.
00:48:44E o que você fez?
00:48:45O que ele fez?
00:48:46Não, eu já dei logo o papo pra ele.
00:48:47Ah, ele...
00:48:48Já deu pra barato é o seguinte, você vai sair numa boa ou quer passar uma semana de molho?
00:48:52E ele?
00:48:54Saiu pra cima de mim.
00:48:55Ah, meu Deus.
00:48:56Saiu pra cima de mim.
00:48:58Eu falei, não vem não, vem.
00:49:01E ele foi?
00:49:02Ah, ele veio.
00:49:03Ah, meu Patrício Abravanel de nobre.
00:49:07E ele já catei a perna e pumba nele.
00:49:11Boa!
00:49:12Boa, é?
00:49:13É.
00:49:13Já dei, escorreguei, caí no chão.
00:49:16Aí ele veio pra cima.
00:49:18Ah.
00:49:18Aí ele veio pra cima e eu sou mais liso que vaselina.
00:49:22Mais liso que quiabo.
00:49:24Ah.
00:49:24Já peguei e falei pra ele.
00:49:27Não vem não, vem.
00:49:29E ele?
00:49:29Ele veio.
00:49:30Veio?
00:49:31Ele veio.
00:49:32Falei na foto.
00:49:33Aí ele veio, só que é o seguinte.
00:49:35Ah.
00:49:35Eu já fui logo pra cima e é o seguinte, só mirei.
00:49:39Bum.
00:49:40Mirei, mirei, mirei e tal, porque eu sou ninja, sou Jardim Peri, sou quebrada.
00:49:44Mandei.
00:49:46Dei um soque na cara.
00:49:47Mil toneladas na cara dele, papai.
00:49:51Parabéns.
00:49:52Se pega.
00:49:53Eu tinha matado ele.
00:49:54Ah.
00:49:55Se pega.
00:49:56Tinha matado ele, mas o couro comeu.
00:49:58O couro comeu, era sangue caindo pela cara.
00:50:01Moleque valente.
00:50:03E o sangue era meu.
00:50:07Ainda virei pra ele e ainda falei assim, era pumba na cara, pumba no peito, pumba nas costas e o cara...
00:50:14O cara caiu.
00:50:15E você?
00:50:16O cara caiu, já virei, me esquivei, que eu sou malandro.
00:50:18Já?
00:50:19Pumba, já olhei.
00:50:21Não vem não, vem.
00:50:24O cara era surdo e veio.
00:50:26O cara era surdo e veio, mas é o seguinte, o pai vai dar um papo.
00:50:31Meu leite moço, é o seguinte.
00:50:35Hoje eu não vou te vender nada.
00:50:37É, eu não acredito.
00:50:38Não vou te vender nada, mas é o seguinte.
00:50:39Eu vou deixar esse carrinho aqui com você e vou sair fora porque eu não sou besta.
00:50:45Cadê você, seu safado?
00:50:47Aê, avisa que eu fui pra lasca, malandro.
00:50:49Inmoral, inmoral, inmoral.
00:50:52Inmoral, inmoral, inmoral, inmoral.
00:51:04Minha avó, quando era nova, comia feijão com cebola.
00:51:08E quando eu pego, eu chacoalho.
00:51:13Senta aqui, chacoalho.
00:51:15Vamos cantar, seu cara, vamos cantar.
00:51:17Minha avó, quando era nova, comia feijão com cebola.
00:51:20Hoje a velha tabanguela chupa a cabeça de peixe.
00:51:23É boa, hein, cara?
00:51:28É legal, né, seu cara?
00:51:30E o circo, como é que tá?
00:51:31Tá bem, estamos lá em Serquilho,
00:51:33vai ter o proibidão da praça lá.
00:51:35O que é que é servido?
00:51:36Que ele tá aqui no interior de São Paulo, ali, bem pertinho, senhor.
00:51:38Tá bom?
00:51:39Tô bem, tu olha.
00:51:40Ah, que alegria, tô preocupado, seu cara, tô preocupado.
00:51:42Eu vi umas notícias na internet, hein,
00:51:44tão tentando prender um humorista que contou piada, senhor, viu?
00:51:47Isso aí, pelo amor de...
00:51:49Agora, se virou crime, eu não sei se nós temos um elenco
00:51:51ou uma quadrilha aqui no camarim...
00:51:54Vai tudo ao mundo em casa, né?
00:51:57Não, não.
00:51:58O Ari Toledo era o traficante,
00:52:00que ele que espalhou pra nós tudo.
00:52:02Ele que espalhou pra nós tudo.
00:52:03E o senhor não ri que dá receptação.
00:52:05Ai, seu cara...
00:52:08O senhor viaja muito?
00:52:10Gostaria de viajar mais.
00:52:11Eu viajo por causa do circo, né?
00:52:13Eu viajo por causa do circo.
00:52:14Quando eu viajo, eu viajo de trem.
00:52:16De trem, é gostoso viajar de trem.
00:52:18Mas pra mim, a próxima vez, eu acho que eu vou viajar de árvore.
00:52:20Como viajar? Você não é casado.
00:52:22Eu sei lá, eu olho pela janela do trem, elas tão passando bem mais rápido.
00:52:25Eu vou viajar de árvore.
00:52:28Acontece, né, seu cara?
00:52:30Uma vez, eu tava dentro do trem, vontade de soltar pum.
00:52:33Já aconteceu que o senhor tá no meio das pessoas e dá vontade de soltar pum?
00:52:35Já.
00:52:36Eu falei, meu Deus do céu, eu aqui pensando...
00:52:38Já tava mastigando ao contrário, o senhor sabe como é que faz?
00:52:41Mastigar ao contrário, quando o senhor começa a fazer assim, volta, volta, volta...
00:52:47Parece o galão d'água de madrugada.
00:52:49E eu tava com um jornalzinho na mão, assim, que eu tinha comprado.
00:52:56Tinha um bêbado do meu lado aqui, assim.
00:52:58Eu falei, já sei o que eu vou fazer.
00:52:59Eu vou rasgar o jornal bem na hora do pum.
00:53:01Porque daí ele não escuta aqui do lado, né, cara?
00:53:05O bêbado meio dormindo, assim, eu falei, é agora.
00:53:08Sorteio poderoso e rasguei o jornal na memória.
00:53:14O bêbado meio dormindo falou, você vai se limpar aqui mesmo?
00:53:17Acontece, né?
00:53:22Eu gosto mesmo de avião.
00:53:23Avião que é o mais legal.
00:53:24Ah, eu sou ando de avião.
00:53:25Avião é sensacional, né, cara?
00:53:27Pelo amor de...
00:53:28Primeira vez que eu andei de avião, eu entrei no avião, eu olhei pela janela,
00:53:31eu falei pro moço, eu falei, é como as pessoas falam, meu amor.
00:53:34Olhando da janela do avião, as pessoas lá embaixo parecem formiguinha.
00:53:38Ela falou, são formiguinha, nós não decolamos ainda.
00:53:41Assim que nós chegamos no destino, foram descarregar as bagagens, tinha uma gaiolinha de cachorro,
00:53:49não sei como é que chama, mas deve levar no avião.
00:53:51É gaiolinha, é o chão de gaiolinha.
00:53:53Um cachorro pudo, branco, morto, lá no bagageiro.
00:53:58O gerente falou, meu Deus do céu, isso vai dar pelícia, isso vai dar coisa no jornal,
00:54:05o Léo Dias vai falar mal de mim.
00:54:07Aqueles negócios tudo.
00:54:09O rapaz que tava descarregando, deu uma ideia pra ele, falou, cara, esses cachorros é tudo igual, pudo, branco.
00:54:15Corre no coisa do cachorro, compre um cachorro, bota aí, a mulher vai achar que é o cachorro dela.
00:54:20Vai dar tudo isso.
00:54:21Ele falou, boa ideia, corre lá, mas vá correndo, vagabundo, velho, nega.
00:54:27O seu carro, ele saiu, blá blá blá, foi lá, comprou o cachorro, pegou, tirou o cachorro morto,
00:54:32botou o cachorro vivo, fechou bem na hora, a mulher tava chegando.
00:54:34Ele entregou feliz.
00:54:36A mulher olhou e falou, meu Deus, o que é isso?
00:54:38Ela falou, você não sabe, isso aqui é o cachorro, quando viaja no avião, ele fica um pouco diferente mesmo, assim, sabe?
00:54:45É um defeito aqui da nossa aeronave.
00:54:47A mulher falou, não é defeito, é milagre, ele embarcou morto pra enterrar aqui na cidade.
00:54:52É um abraço!
00:54:57Vamo pro dia do Brasil!
00:54:59Vem pro dia do Brasil!
00:55:01Vem pro dia do Brasil!
00:55:02Vem pro dia do Brasil!
00:55:03Ô moço, sou o João, uai!
00:55:06Você lembra de mim?
00:55:08Claro que eu me lembro!
00:55:09Que saudade do seu, moço!
00:55:12Tudo bem com você?
00:55:13Bem demais, olha, se melhorar a estraga, essa semana eu comecei com uma benção maravilhosa,
00:55:18minha casa pegou fogo, moço!
00:55:21Quê?
00:55:22Minha casa pegou fogo, graças a Deus.
00:55:24Olha, fiquei livre, agora não tenho mais trá de imóvel velho em casa.
00:55:29Não tenho...
00:55:30Ó, pra melhorar, eu não pago mais IPTU, moço, por favor!
00:55:35Benção atrás de benção.
00:55:36Pera, você tá na tua casa na hora do incêndio?
00:55:38Com a graça de Deus.
00:55:39Como com a graça de Deus?
00:55:40Pau, paladinho!
00:55:42Ô moço, você precisava ver, era tanta fumaceira, que parecia que nós tava na festa junina,
00:55:46faltava só um mil pra assar lá.
00:55:48Ô, coisa benção, meu Deus!
00:55:50João, e você não se feriu?
00:55:52Eu me feri!
00:55:53Me feri com a benção de...
00:55:54Nó, graças a Deus, porque graças a eu me feri, eu realizei meu sonho, né?
00:55:58Qual?
00:55:59Andar de ambulância, moço!
00:56:01Mas que foi maravilhoso!
00:56:03Andei de ambulância, ambulância, piscando, parecia que eu tava num filme do Schwarzenegger, moço!
00:56:08Ô, João, mas agora você tá bem?
00:56:10Não, agora eu tô bem.
00:56:11Tô tupado.
00:56:12Tô bem, graças a Deus.
00:56:13O médico falou que meu pulmão acabou, não tem mais pulmão, né?
00:56:15Acabou.
00:56:16Acabou porque eu inalei tanta fumaça que foi uma coisa do...
00:56:19Mas agora quer saber como Deus é bom?
00:56:21Quer saber como é benção atrás de benção?
00:56:23Era o que eu precisava pra parar de fumar, moço!
00:56:27Agora eu não tô mais fumando!
00:56:29Mas você não se queimou?
00:56:30Me queimei.
00:56:31Me queimei.
00:56:32Queimadura de segundo grau na perna, moço.
00:56:34Benção.
00:56:35Benção.
00:56:36Isso é benção de Deus.
00:56:37Queimar a perna não é benção, nem aqui, nem na China.
00:56:40Queimadura foi bem em cima da tatuagem da minha ex que eu tinha na perna, moço.
00:56:47Benção de Deus, tatuagem cobriu tudo.
00:56:50Eu ia ter que pagar uma nota pra tirar a tatuagem e fiz economia e fiz tudo ainda.
00:56:54É benção.
00:56:55É benção.
00:56:56É benção.
00:56:57Quem pegou fogo?
00:56:58Você tá dormindo aonde?
00:56:59Onde é que você tá dormindo agora?
00:57:00Tá preparado pra ficar feliz pro seu amigo bem?
00:57:02Pô, finalmente!
00:57:03Tô dormindo na rua.
00:57:04Tem!
00:57:06Tô dormindo na rua, feliz da vida, porque agora eu escolho o vizinho que eu quero,
00:57:11eu escolho a paisagem que eu quero, entendeu?
00:57:14Se eu tô com dific...
00:57:15Ah, não tô gostando, eu deito no chão, olho pras estrelas e sou feliz.
00:57:18João.
00:57:20Meu amigo João, você tá dormindo no chão?
00:57:23Tô dormindo no chão.
00:57:24E tá feliz?
00:57:25Eu tô feliz.
00:57:26E se choveu?
00:57:27Ontem, por exemplo, choveu, o que que eu fiz?
00:57:29Tomei um banho com toda a karma do mundo.
00:57:33Não tinha ninguém pra me encher o saco.
00:57:36Tomei um banho, gastei toda a água do céu e o melhor...
00:57:40E o melhor...
00:57:42Eu não precisei me preocupar com conta de água, moço!
00:57:45Ô, banhão gostoso!
00:57:47Ô, você é o cara mais otimista que eu conheci na minha vida.
00:57:50Ô, moço, obrigado a nós, faz o que pode, né?
00:57:52Eu, por exemplo, vejo o copo meio cheio.
00:57:54Se chover hoje a noite eu já vejo ele inteirinho, moço.
00:57:57Meu Deus!
00:57:59Ô, não para por aí.
00:58:01Eu tava dormindo debaixo da ponte ontem, aí chegou dois moços de madrugada.
00:58:05Chegou lá e me acordando pra saber se eu tava sozinho.
00:58:08Ah, graças a Deus.
00:58:09Vieram te ajudar?
00:58:10Vieram, claro.
00:58:11Ainda bem.
00:58:12Tá me assaltando.
00:58:13Foi bom demais.
00:58:14Foi bom demais.
00:58:15Assaltaram.
00:58:16Viu?
00:58:17Que benção, moço.
00:58:18Que benção.
00:58:19Levaram minha carteira.
00:58:20Tá?
00:58:21Levaram meus documentos.
00:58:22E levaram...
00:58:23Ó, levaram meu celular e minha marmita.
00:58:25Bom demais.
00:58:26Benção atrás de benção, moço.
00:58:27Mas até que você vê benção nisso, rapaz?
00:58:29Bom, primeira coisa.
00:58:30Eu não tô mais viciado no celular porque não tenho.
00:58:33Já não tô mais viciado.
00:58:35Ih, tô fitness.
00:58:36Eu tô magrinho assim porque levaram minha marmita.
00:58:38Ó, que benção, moço.
00:58:40Pelo menos trabalhar você está trabalhando, né?
00:58:43Não, então eu ia falar isso.
00:58:44Ontem eu conversei com o meu chefe.
00:58:45Aí liguei pra ele e falei, ó, tô sem casa.
00:58:48Entendeu?
00:58:49Tô dormindo na rua.
00:58:50Não, tô comendo marmita.
00:58:51O senhor não acredita que ele fez.
00:58:52Claro.
00:58:53Ele te deu um aumento.
00:58:54Não, melhor ainda.
00:58:55O que ele fez?
00:58:56Demitiu.
00:58:57Ó, que coisa boa.
00:58:59Que benção.
00:59:00Me demitiu.
00:59:01Pera, ele te demitiu sem dizer nada assim, numa boa?
00:59:03Não, não.
00:59:04Ele disse, uai.
00:59:05Assim que eu liguei, ele olhou pra mim e falou, se você voltar aqui, se você aparecer
00:59:09com essa fuça, eu vou chamar a polícia.
00:59:11Ó, que homem bom vai chamar a polícia pra mim.
00:59:14Coisa boa.
00:59:15Não são essas coisas boas chamar a polícia pra te prender, cara?
00:59:18Moço, isso é que amigo, ele sabia que eu tava dormindo debaixo da ponte.
00:59:21Aí ele falou, vou levar o menino pra cadeia pra ele dormir quentinho no colchão.
00:59:26Moço, amigo que é amigo é isso, uai.
00:59:29Tá doido?
00:59:30João, pera aí.
00:59:31Você sabe que eu sou teu amigo, pô.
00:59:32É, tô brincando.
00:59:33O que que eu posso fazer pra te ajudar, pô?
00:59:34Uma hora difícil.
00:59:35Eu, eu vou ficar até emocionado agora de falar, porque você já tá fazendo, você
00:59:38me percebeu.
00:59:39Hoje, moço, eu vou dormir quentinho e confortável por sua casa.
00:59:42Graças a mim?
00:59:44Graças a você, moço.
00:59:45Por quê?
00:59:46Porque você já tá esquentando o banco que eu vou dormir mais tarde, viu?
00:59:49Pelo amor de Deus.
00:59:50Você deixa ele bem que encher aí pra mim, moço.
00:59:55Hum, que horrível.
00:59:58Não me enxam o saco.
01:00:02E hoje eu estou igual ao CBF, eu não tô bem.
01:00:08Eu não tô bem.
01:00:12Eu não tô bem!
01:00:16Deputado, o que aconteceu?
01:00:17O senhor tá bravo?
01:00:18Não, não, não.
01:00:19Não, eu tô feliz.
01:00:20Ah, tô vendo?
01:00:21Eu tô feliz igual quando dá um capim pra cachorro comer.
01:00:27Claro que eu tô bravo!
01:00:30Qual é o motivo?
01:00:33Secretário, fala pro rei da curiosidade o que eu quero.
01:00:36O deputado...
01:00:38Ô Vivica, fala pro rei da curiosidade.
01:00:40Fala, sim.
01:00:41O deputado tá há dias fazendo uma pergunta que ninguém sabe responder.
01:00:46Nossa, por quê?
01:00:47Cadê o meu dinheiro?
01:00:50O deputado descobriu que o dinheiro da sua aposentadoria foi desviado.
01:00:56É um absurdo.
01:00:57É um absurdo.
01:00:58Cadê?
01:01:01Uma pergunta é simples.
01:01:02Cadê os políticos que viram e não tomaram providência?
01:01:07Deputado, o senhor se esquece de uma coisa?
01:01:09O senhor é político.
01:01:10Sim, mas eu tô tudo bem.
01:01:12É outra coisa...
01:01:13Ah, eu sou forte.
01:01:15Eu quero saber dos outros que não fizeram nada!
01:01:21O pior é que o deputado não tem apenas uma aposentadoria.
01:01:24Ah, não?
01:01:25Não, não.
01:01:26Quatro.
01:01:27O quê?
01:01:28Quatro aposentadorias.
01:01:29E o que o senhor fez pra ter quatro aposentadorias?
01:01:34E o que o senhor fez pra ter quatro aposentadorias?
01:01:35Ele trabalhou em quê?
01:01:36Boa pergunta.
01:01:37Boa inteligente e velho.
01:01:38Sim.
01:01:40Eu trabalhei, Carlota.
01:01:41Eu fiz...
01:01:42Tem uma coisa que eu fiz com a interpreta.
01:01:47Trabalhei também na ordem da...
01:01:49Não foi do Vivi?
01:01:50Foi, foi sim.
01:01:51Foi.
01:01:52Coloquei isso e trabalhei naquela coisa da empresa,
01:01:57que foi a empresa que deu os direitos.
01:02:02Entendeu?
01:02:03Não entendi nada.
01:02:04Desde quando você já entende alguma coisa de trabalho.
01:02:06O pior é que o deputado...
01:02:07Falou em trabalho, Vivi, que ele não entende bosta.
01:02:10Não entendi nada.
01:02:12O deputado teve o dinheiro desviado nas quatro aposentadorias.
01:02:16Quatro.
01:02:17Por isso que isso me fez repetir quatro vezes.
01:02:19Cadê meu dinheiro?
01:02:20Tadinho.
01:02:21Tadinho.
01:02:22Tadinho.
01:02:23E ele fica possesso assim porque ele lembra que existem impostos
01:02:26para trabalhador, empregador.
01:02:28É uma montanha de imposto.
01:02:29Ah, eu sei.
01:02:30Eu sei.
01:02:31Diz pra ele, Vivi.
01:02:32Diz pra ele.
01:02:33Diz pra ele.
01:02:35Tem IR, INSS, ISS, ICMS, IPI, IPTU, IPVA.
01:02:41Pera aí.
01:02:42Eu sou paga tudo isso?
01:02:43Nunca paguei nada.
01:02:46Como não pagou nada?
01:02:47Se tivesse pago, meu prejuízo seria muito maior.
01:02:50Muito maior.
01:02:51Meu prejuízo seria muito maior.
01:02:52Aí eu pergunto.
01:02:53A pergunta chave.
01:02:54A pergunta chave é cadê meu dinheiro?
01:03:00Deputado João Plenário.
01:03:02Deputado João Plenário.
01:03:04Que bom encontrar o senhor justamente no dia de hoje, deputado.
01:03:08Calma lá.
01:03:09Se hoje é o dia dos namorados que você tá achando bom me encontrar, chega pra lá.
01:03:16A minha fruta é outra.
01:03:17Chega pra lá.
01:03:20Não é isso, deputado.
01:03:21Desculpa.
01:03:22Deputado, acontece que o senhor é a minha esperança, deputado.
01:03:26Oi, Carol.
01:03:27Eu sou a esperança dele.
01:03:29E é bom se a esperança já vem?
01:03:32A esperança é a última que morre.
01:03:36Ah, deputado, eu tô na lona, viu?
01:03:38Desviaram todo o dinheiro da minha pensão, deputado.
01:03:42Calota, o povo é uma desgraça.
01:03:45O que é?
01:03:46O povo é uma desgraça.
01:03:47O povo, né?
01:03:49O povo, né?
01:03:50Não pode ver o sofrimento do outro quem quer copiar.
01:03:52Quem quer copiar.
01:03:53Eu tô desesperado.
01:03:56Quem quer copiar o senhor que menos o outro?
01:04:00Eu tô desesperado, deputado.
01:04:02Ninguém me dá uma resposta de quando eu vou ser ressarcido.
01:04:05Ninguém me dá uma resposta.
01:04:06Eu preciso que alguém me dê.
01:04:08Bom, se você quer que alguém dê, entendeu?
01:04:11Procure a irmã de Carlos Roberto.
01:04:16Porque ela é especialista nesse assunto.
01:04:18Perguntei.
01:04:19Assim como o senhor, o deputado, teve o dinheiro do INSS desviado.
01:04:27Ah, então o senhor sabe o que eu tô passando, deputado.
01:04:30Eu sei, eu sei o que você tá passando.
01:04:32Ah, eu sei.
01:04:35Eu sei o que você tá passando.
01:04:36Serei solidário a você.
01:04:38Eu não acredito, deputado.
01:04:39Serei solidário a você.
01:04:42O senhor vai interceder por mim então
01:04:44e vai fazer com que a minha aposentadoria
01:04:46seja ressarcida o quanto antes, é isso?
01:04:48Eu vou me juntar a você e chorar e perguntar
01:04:52Cadê o nosso dinheiro?
01:05:07Sensacional!
01:05:08Como é que estamos, Alberto?
01:05:10Tudo bem.
01:05:11E essa friaca, né, Alberto?
01:05:13Nossa, eu não gosto de frio.
01:05:14O frio é legal, mas não pra tanto.
01:05:16Pra fazer xixi, o pinto se esconde.
01:05:21Tá procurando uma raça.
01:05:23Na madrugada, o único sonho que se realiza
01:05:26quando tu sonha que tá fazendo xixi em algum lugar.
01:05:28É.
01:05:29Ele se realiza que depois tu vê que tá tudo molhado na cama.
01:05:33Eu vejo que eu tô sonhando, que eu tô mijando.
01:05:35Acorda, acorda, que é sonho.
01:05:38Rapaz...
01:05:39Aí tu vai fazer xixi, né, Alberto?
01:05:40E tu tenta achar aí o pingolim tapado com a pele do ovo.
01:05:44Tapado com a pele do ovo.
01:05:46Vamos tomar banho.
01:05:47Vamos tomar banho.
01:05:48Lava só os pés.
01:05:49Lava só os pés.
01:05:51É complicado, né, Alberto?
01:05:52E agora...
01:05:53E o dia dos namorados, Alberto?
01:05:54Aplontou alguma coisa?
01:05:55Tá pensando?
01:05:56Ah, se calar, se calar...
01:05:58Tu sabe?
01:06:00A Singela, minha patroa...
01:06:02Sabe que a gente tá casada há mais de 20 anos.
01:06:04Até já comentei isso, né?
01:06:05Que o pai dela era delegado.
01:06:07Aí ele disse, ou casa, ou vai preso.
01:06:09Hoje eu podia tá solto.
01:06:10Mas a gente...
01:06:13Tá junto.
01:06:14Então assim, ela gosta dessas coisas de culinária.
01:06:16Aí vamos conhecer aquele espaço...
01:06:22Porque a Singela é o que gosta de comer.
01:06:24Ela é oca por dentro, porque olha...
01:06:28É magra de ruim.
01:06:30Eu, durante a semana, falo assim,
01:06:32Singela, vamos passear.
01:06:33Ela, vamos.
01:06:34Tá com fome?
01:06:35Ela, tô.
01:06:36Então come.
01:06:37Depois vamos passear.
01:06:39Passear com ela com fome não dá.
01:06:41Porque lá não tem fundo, pelo amor de Deus.
01:06:43Mas daí quando tem os Dias dos Namorados,
01:06:45que é legal que tem as promoção, né?
01:06:46Aí a gente vai agora.
01:06:47É que nem lá no Boteco do Gilson.
01:06:49Porque o casal bagual tu leva nos lugares raiz, né?
01:06:52Esses lugares bagual.
01:06:53Aí lá no Boteco do Gilson tem...
01:06:55Tem a...
01:06:56Tem a feijoada do Dias dos Namorados.
01:06:58Aí tem o mocotó do Dias dos Namorados.
01:07:00Aí tem a...
01:07:01Não sei o que lá de galinhada.
01:07:03Sabe?
01:07:04Aí um dia a gente foi lá na feijoada lá do Gilson.
01:07:07Tá vendo a singela comendo a feijoada e tal.
01:07:09De repente eu olhei ali na...
01:07:11No prato e eu falei...
01:07:13Ô Gilson...
01:07:14Tu sabe que eu não tenho frescura, tá?
01:07:16Mas tem uma mosca...
01:07:17Aqui no meu prato.
01:07:19Ele falou...
01:07:20Não, é...
01:07:21É o desenho.
01:07:22É o desenho do prato.
01:07:23A mosca é do desenho do prato.
01:07:24É que o desenho tá...
01:07:25Tá se mexendo.
01:07:26É 3D.
01:07:27É 3D.
01:07:30É 3D.
01:07:31Deixa quieto.
01:07:32Mas quando eu fui no mocotó, lá no Gilson...
01:07:34Albert!
01:07:38Aí lá no boteco do Gilson, ele chama a família, os sobrinhos, os vizinhos, os mendigos,
01:07:42o que tiver pra ajudar a servir.
01:07:43Porque é muita gente.
01:07:44Aí tem eu lá...
01:07:46Aí um compadre me serviu o mocotó com o dedo.
01:07:48O dedo dentro do mocotó.
01:07:50Né?
01:07:51O mocotó que tem bucho, tem coisa, tem...
01:07:53Joelho de porco.
01:07:54Coitado do porco.
01:07:55Tudo que...
01:07:56Você já notou que a comida de inverno é o que sobrou do verão?
01:07:59Por exemplo.
01:08:00O que sobrou do verão.
01:08:02No verão tem assado de porco.
01:08:04No verão, tu pega o que sobrou.
01:08:05Pega o focinho, pega a orelha, pega o joelho.
01:08:08Aí tava lá.
01:08:09Ele com o dedo dentro do mocotó.
01:08:11Eu vendo aquele dedo lá, já comprei ele desde...
01:08:15Aí vem cá, Che.
01:08:16Tu tá com esse...
01:08:17Tu tava com o dedo dentro do meu prato de mocotó.
01:08:19Sim, sim.
01:08:20É que eu tô com o unheiro.
01:08:21E aí o médico falou pra deixar sempre o lugar quente.
01:08:24Ai, meu Deus.
01:08:25Por que que tu não enfia no rabo dali?
01:08:27Tava?
01:08:28Eu só botei pra te servir o prato, rapaz.
01:08:30Mas dá umas raiva, Alberto.
01:08:33Mas tu sabe que, às vezes, assim, daí a gente...
01:08:35Vamos mudar, né?
01:08:36Às vezes a singela chega pra mim e diz, ó...
01:08:38Ai, o dedo da namorada desse ano a gente podia fazer uma coisa diferente.
01:08:42Eu disse, ó...
01:08:43Tá.
01:08:44Tu podia me levar num outro restaurante.
01:08:46Eu, tá.
01:08:47Aí comecei a pesquisar o que tem de promoção.
01:08:48Aqui, promoção?
01:08:49Você quer?
01:08:51Aí a chama.
01:08:52Aí tem um que tu pega o voucher, que troca por não sei o quê.
01:08:55Dá mais três pastilhas de Del Rey 82 e troca por...
01:08:59Aí eu fiz uns trâmites lá e consegui dois.
01:09:01Aí a gente foi naqueles restaurantes abertos que tem de tudo.
01:09:03Sabe o que tem de tudo?
01:09:04É de tudo!
01:09:05É rodízio de massa, rodízio de pizza, rodízio de queijo, rodízio de salame, rodízio de rodízio, rodízio de tudo.
01:09:13Tem de tudo, tudo.
01:09:15Aí vem do sorvete, vem não sei o quê, aí vem o sorvete...
01:09:18Aí vem aquela coisa...
01:09:19Aí o pizza de sorvete...
01:09:21Quer sorvete nas bolas?
01:09:22Não, tá muito frio.
01:09:25Aí aquela coisa é tudo.
01:09:27Aí tá.
01:09:28Aí a gente foi...
01:09:29Alberto, deve ter umas quatrocentas pessoas por minuto.
01:09:33E mais quatrocento garçom, né?
01:09:34Porque é pra atender todo mundo.
01:09:36Aí eu notei, Alberto, que os garçom estavam tudo com uma colher no bolso.
01:09:40Aí os garçom...
01:09:41Eu comecei a olhar com a colher no bolso.
01:09:43Aí eu chamei um garçom...
01:09:44Eu nunca vim aqui nesse restaurante.
01:09:46Por que vocês usam colher no bolso?
01:09:48Aí ele me explicou.
01:09:50Como é rodízio e as comidas...
01:09:52Troca rápido, né?
01:09:54O garfo e a fraca é o mais usado.
01:09:56A colher eles sempre usam pra sobremesa depois.
01:09:58Então, a colher fica na mesa.
01:10:00E, normalmente, é o talher que mais cai.
01:10:03Então, pra não precisar lavar, assim não demorar,
01:10:06a gente já tira e já bota ali a colher nova e pega aquela,
01:10:09já leva pra lavar e depois bota de novo no bolso.
01:10:11Uau, que legal!
01:10:13Interessante!
01:10:14Rapidez!
01:10:15Aí eu observei outra coisa.
01:10:17Que todos os garçom tinham um fiozinho, tipo um fio dental na braguilha,
01:10:22no cíper da calça.
01:10:24Aí eu fiquei olhando aquele fiozinho.
01:10:26Ô, compadre, vem cá de novo.
01:10:27Não que eu esteja olhando por teus países baixos.
01:10:32Mas eu observei que todos os compadre, que os garçom baguala aqui,
01:10:37estão com um fiozinho ali no zíper.
01:10:39Pra quê que é?
01:10:40Isso é justamente pra gente não perder tempo quando vai no banheiro.
01:10:43Porque a gente perde tempo lavando as mãos.
01:10:45Então, a gente pega lá o fiozinho e baixa e faz xixi.
01:10:49E aí a gente não precisa lavar as mãos.
01:10:50Também.
01:10:51Tudo certo, não precisa lavar as mãos.
01:10:53Mas como é que tu bota os membros pra dentro ou de volta?
01:10:56Os outros, eu não sei, mas eu uso a colher.
01:10:58Rapaz do céu!
01:11:00Alberto!
01:11:01Seu amor!
01:11:02Seu amor!
01:11:03Seu amor!
01:11:04Seu amor!
01:11:05Obrigado, pessoal!
01:11:06Alô!
01:11:07Alô!
01:11:08Alô!
01:11:09Alô!
01:11:10Quinta-feira, seremos de volta novamente.
01:11:12Eu aqui no meu velho e querido banco.
01:11:14Vocês em todo o Brasil.
01:11:16Porque...
01:11:17Alô!
01:11:18Alô!
01:11:19Alô!
01:11:20Alô!
01:11:21Alô!
01:11:22Alô!
01:11:23Alô!
01:11:24Alô!
01:11:25Alô!
01:11:26Alô!
01:11:27Não se esqueça de curtir e comentar.
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