A travessia até a Ilha do Combu, em Belém, dura menos de dez minutos. Mas a distância entre a realidade de dez anos atrás e a que se vê hoje é de anos-luz. Há uma década, a renda das famílias ribeirinhas se sustentava, majoritariamente, na pesca e no açaí, colhido na força das próprias mãos. Hoje, com o crescimento do turismo e da visibilidade ambiental, pequenas embarcações, restaurantes, chalés e centros de vivência movimentam não só a economia da região, mas também os sonhos de quem mora ali. Em plena Amazônia paraense, o turismo comunitário virou alternativa de renda e um símbolo de resistência — e reinvenção.
Repórter: Gabi Gutierrez Repórter fotográfico: Igor Mota Edição: Lucas Melo Trilha: youtube.com/@gutembergoa
10:54Aí você precisa de muito mais tempo, o dobro, o triplo do prazo, pra você conseguir recuperar isso daí.
11:01Por exemplo, madeira, se você não vai destruir, você tem que comprar madeira de lei legalizada, pra poder desmatar, você tem que pedir permissão, autorização.
11:08Então, tornar isso ecologicamente viável e sustentável, ele é mais complexo, é mais difícil, é mais caro e demora mais.
11:18Porém, a gente tá tentando empreender, mantendo a natureza no seu lugar.
11:25Pra esses empreendedores, o turismo deixou de ser sazonal e se tornou uma estratégia de vida.
11:32Para os moradores da ilha do Cumbu, mais do que gerar renda, ela reafirma a identidade, conecta gerações e preserva a sua cultura e território.