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Que som é esse? Filpo e a Feira usa tamanco para completar sonoridade da banda

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Transcrição
00:00Mas vocês têm uma pesquisa de 10 anos trabalhando com a rabeca,
00:03com a viola de 10 cordas também,
00:06que são instrumentos muito icônicos da cultura popular nordestina.
00:09Como é que eles trabalham juntos?
00:11Vocês falaram que não tem tanta harmonia.
00:14Eu não manjo muito disso, mas ajuda a nossa audiência a entendermos isso melhor.
00:18Então, tem harmonia.
00:19A gente pensa, quando a rabeca faz uma linha melódica,
00:22ela sugere harmonia algumas vezes, tocando uma ou duas notas.
00:26Mas a soma do baixo mais a rabeca gera uma harmonia.
00:29Por isso que eu falei uma quase harmonia.
00:30A gente junto sugere essas harmonias.
00:33Quando eu toco a rabeca.
00:34Agora, quando eu toco a viola, como eu fiz essa música aqui,
00:36a gente já vai mesmo para esse caminho harmônico do acompanhamento.
00:39Essa viola, você falou dos instrumentos.
00:41A gente tem algumas violas aqui no Brasil, alguns tipos.
00:45Tem a viola caipira, mais tradicional aqui do sudeste, do centro-oeste.
00:49E as violas nordestinas.
00:51Tem a viola caissara também aqui do litoral.
00:52E a viola nordestina, que é muito usada...
00:55Acho que a gente tem como referência os repentistas,
00:58a cantoria.
00:59E um dos tipos de viola de cantoria seria essa aqui,
01:02que é a viola dinâmica.
01:04Usam-se outras também, aquela convencional,
01:06com uma boca igual do violão.
01:07E tem essa daqui, que tem esse desenho bem diferente.
01:11E o mecanismo dele é diferente.
01:13Ela tem um diafragma aqui embaixo desse círculo maior.
01:17É como se fosse uma tampa de panela em cima de um disco de madeira.
01:21E aí tem esse timbre mais metálico mesmo.
01:24E aí eu adotei, acabei adotando para esse trabalho,
01:29porque ela tem essa sonoridade um pouco mais espetada, mais metálica.
01:32Acho que cai bem aqui para esse trabalho.
01:35E uma coisa que eu reparei, mas que ninguém falou,
01:38e que vale a pena a gente destacar, é a sandália.
01:40Tem um instrumento que é a sandália de pau, é isso?
01:44Exatamente.
01:45Não sei se dá para mostrar.
01:46Dá para mostrar e dá para explicar.
01:47Alisson pode falar melhor.
01:48É um tamanco usado em uma das manifestações populares nordestinas,
01:53chamado Coco.
01:55Chamado Coco de Trupe, quando é usado com tamanco.
01:59Ele tem um som.
02:01Ele pode ser usado na mão e pode ser usado no pé,
02:04como eu usei na primeira música, na Vagem da Gameleira.
02:07Então, é bem bacana.
02:11Quando você começou a usar, eu comecei a ouvir,
02:15eu achei que era da caixa.
02:16Eu falei, não, não, não é da caixa e tal, é do pé dele.
02:19Eu falei, não, que legal, cara, que bacana isso aí.
02:21É, e aí a gente compõe sonoricamente também falando,
02:25porque dentro da tradição, os trupés, eles vêm para completar
02:28essa questão rítmica, assim, por exemplo, com a azabumba.
02:30Se a azabumba faz essa célula mais do baião,
02:33a gente compõe junto com a mão.
02:34E, originalmente, era uma sandália mesmo que a pessoa usava.
02:48É uma sandália, um chinelo que você calça,
02:49e pode ser usado na mão, pode ser usado no pé.
02:51E aí

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