- 04/06/2025
No Visão Crítica desta terça (03), Gonzalo Vecina, Luiz Henrique Mandetta e Jean Gorinchteyn avaliaram quais foram as lições deixadas pela pandemia. O ex-ministro da Saúde afirmou que “a pandemia foi um grande aprendizado não só para os que trabalham na área da saúde, mas para vários setores da sociedade”.
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NotíciasTranscrição
00:00Doutor Vecina, qual é, se é possível dizer, qual é a principal lição que a gente poderia tirar,
00:06ou lições, se o senhor assim preferir, em relação à tragédia que foi a pandemia do coronavírus?
00:14Bom, eu acho que nós enfrentamos a pandemia, o Jean já fez ali a referência ao fato de que nós tivemos
00:26o apoio do Congresso, redirecionando recursos através de uma lei de emergência que foi editada logo em fevereiro,
00:36mas o Brasil foi pego, o mundo foi pego, de forma muito despreparada, o Brasil foi pego mais despreparado
00:48do que as nações mais desenvolvidas, Estados Unidos e Europa e mesmo a China, porque nesses países
00:57tem um sistema de vigilância da ocorrência de doenças.
01:04Nós temos aqui no Brasil, o Brasil é um dos países mais diversos que existem no mundo,
01:09nós temos seis ambientes naturais diferentes, seis biomas, você tem o Pampa, a Mata Atlântica,
01:19o Pantanal, a Caatinga, o Cerrado e a Amazônia.
01:26Cada um desses núcleos de vida são diferentes dos outros e nós não conhecemos a vida que existe,
01:36principalmente os micro-organismos que existem nesses seis biomas diferentes.
01:43Nesses seis biomas está acontecendo continuamente uma transformação muito grande de interação
01:50entre esses micro-organismos.
01:52Neste momento nós estamos discutindo esse negócio da febre aviária.
01:55O que é a febre aviária?
01:57Ela é fruto da migração de aves.
02:00As aves no hemisfério norte, quando chega lá o inverno, vem para o hemisfério sul,
02:06as aves do hemisfério sul vão para o hemisfério norte e elas ficam viajando com seus micro-organismos.
02:13E às vezes acontece, como aconteceu aqui no Rio Grande do Sul,
02:17de um salto dessas aves migratórias para uma criação de aves.
02:24E como aconteceu nos Estados Unidos, foi para a criação bovina.
02:27E dos bovinos, nós já tivemos casos em seres humanos, tanto nos Estados Unidos quanto no México.
02:34Com poucas mortes, mas já existiram mortes.
02:38Ainda não se comprovou uma transmissão homem-home do H5N1.
02:44Mas esse é o nosso grande temor.
02:46O dia que nós tivermos a transmissão homem-homem, nós vamos ter uma nova pandemia.
02:52Agora, isso exige um estado de prontidão para identificar vírus,
02:59para fazer o mapeamento genético desses vírus,
03:05para a gente entender o que está acontecendo na natureza.
03:08e poder nos antecipar, por exemplo, fazer a vacina.
03:15O Butantan, neste momento, está se preparando para produzir uma vacina humana para o H5N1.
03:22Muitos outros países estão fazendo a mesma coisa,
03:25porque a chance de ter uma epidemia como essa é grande.
03:29Então, nós temos que aprender a fazer vigilância genômica nos seis biomas.
03:34Nós temos que aprender a trocar dados com outros países
03:40para saber o que está acontecendo lá na Europa
03:42e os europeus saberem o que está acontecendo aqui no Brasil.
03:46Até na África existe um CDC, um Centro de Controle de Doenças,
03:54com o qual nós temos que trocar informações.
03:57E temos que também tentar disponibilizar esse conhecimento
04:02para construir vacinas e conseguir disseminar essas vacinas.
04:07Nós temos que aprender que, se eu não conseguir segurar a doença na África,
04:14a doença continuará circulando e produzindo novas variantes.
04:19Então, não adianta só acabar com a doença no Brasil.
04:22Tem que acabar no Brasil e nos países pobres que existem por aí,
04:26para que não apareçam novas formas da disposição do vírus.
04:32O vírus que apareceu aqui em Manaus, a variante gama,
04:37foi a grande responsável por 400 mil mortes no Brasil.
04:43O vírus que apareceu lá na África do Sul
04:46foi o vírus que prolongou essa pandemia que nós tivemos aqui no Brasil, inclusive.
04:54Na Índia também apareceu a variante Delta.
04:59Na África do Sul, a variante Ômicron.
05:02Então, nós temos que olhar para o mundo como se fosse uma coisa só.
05:06Não dá para olhar ali é comunista, ali não sei o quê, ali não sei quanto.
05:11Não.
05:12Do ponto de vista da saúde pública, nós temos que conseguir olhar para tudo
05:16e tentar acompanhar tudo.
05:18Essa que eu acho que é a grande lição que talvez nós não tenhamos aprendido.
05:22Porque agora, em Genebra, tivemos as discussões
05:26para aprovação de um conjunto de decisões mundiais.
05:32Demoramos três anos para que 130 dos 180 países chegassem a um consenso
05:38de que as informações têm que ser de todos
05:41e que, se descobertos vacinas e medicamentos,
05:45eles devem ser facilitados para todos os países,
05:49em particular os países mais pobres,
05:51os países que não têm dinheiro para comprar.
05:54Na pandemia passada, Estados Unidos e Europa
05:57compraram cinco vezes as necessidades de vacina
06:01que o povo deles necessitava.
06:03E é lógico que faltou vacina.
06:05Se o Brasil não tivesse conseguido produzir as vacinas aqui,
06:09nós não teríamos tido acesso a vacinas também,
06:12como a África e parte da Ásia não teve.
06:15Então, existe um aprendizado local no Brasil.
06:18Temos que ter uma vigilância epidemiológica
06:20com capacidade de acompanhar.
06:22De Brasília, é um sistema centralizado,
06:26num SUS descentralizado,
06:28temos que acompanhar de Brasília o aparecimento
06:30de novas formas de micro-organismos
06:34que podem produzir um desastre sanitário
06:37como foi esse recentemente.
06:39E também temos que conseguir fazer isso
06:41no mundo inteiro
06:43com uma organização mundial de saúde
06:46que seja mais ágil
06:48e que entenda o que é essa coisa
06:51do multilateralismo.
06:55Multilateralismo.
06:55É uma coisa que nós temos que aprender a fazer.
06:57Nós, a humanidade.
07:00Doutor Mandetta, eu quero discutir daqui a pouco
07:03as questões bem contemporâneas
07:05que vocês destacaram,
07:07especialmente a questão da gripe aviária.
07:09Vamos usar essa expressão aqui
07:10que está no meio de comunicação.
07:12Mas antes disso, eu tenho de perguntar para o senhor,
07:14afinal, o senhor foi o ministro da Saúde
07:16e no momento, acho que mais difícil da vida nacional,
07:19um dos mais difíceis da vida nacional
07:21no campo da saúde pública, né?
07:23No momento do coronavírus.
07:25O que o senhor aprendeu dessa experiência?
07:28E o que poderia, dessa experiência,
07:31aproveitando as questões levantadas
07:32pelos nossos outros dois convidados,
07:35ser utilizado hoje?
07:36Mas especialmente a sua experiência
07:37nesse momento tão difícil da vida nacional.
07:40E o senhor foi apresentado para o Brasil também, né?
07:42Na verdade.
07:43Ali foi um grande aprendizado para a humanidade.
07:47A gente, quando estuda no ensino médio,
07:50tem muito jovem escutando a gente,
07:52todo ano no vestibular cai a quebra da Bolsa em 1929.
07:57Isso é uma questão para lá de manjada.
08:00Todo mundo vem saber o que foi aquilo.
08:03No século XXI, a pandemia de 2020,
08:09ela está para a humanidade como a Bolsa de Nova York em 1929.
08:15O impacto disso vai ser sentido durante todo o século XXI.
08:22Você não para o porto de Roterdã, Nova York, Califórnia,
08:27Paris, Roma, China, Brasil.
08:30Você não para o planeta Terra inteiro, Japão,
08:33todas as linhas de produção,
08:35sem que isso tenha consequências muito profundas.
08:40Nós deixamos dois anos as crianças do mundo inteiro fora da escola.
08:46E elas, depois, quando voltaram, foram aprovadas de ano.
08:48Tem crianças que chegaram no quinto ano
08:50sem saber as operações matemáticas básicas.
08:54Nós temos colegas médicos que fizeram o quinto e o sexto ano de medicina
08:58e receberam o diploma de médico sem entrar em um hospital.
09:02Então, a atipia, a falta de previsibilidade
09:07de como aquilo poderia se dar,
09:10nunca ninguém tinha feito um estudo simulando,
09:13vamos simular o vírus X,
09:15que pode chegar, pode paralisar o...
09:17Parecia uma coisa de ficção científica.
09:20Ela foi uma novidade para todos.
09:22Embora o Gonçalo chame atenção para as dificuldades do Brasil,
09:26mas as dificuldades foram de todos os países.
09:28Nações como a Itália tiveram crise de abastecimento de oxigênio em Bérgamo,
09:33tanto quanto Manaus teve aqui no Brasil.
09:37Por total, falta, no caso de Manaus, de capacidade de gestão.
09:42E a de Bérgamo, pela novidade de uma doença
09:46que elevou 38 vezes o consumo médio de oxigênio.
09:51O SUS, naquele momento,
09:53ele teve um movimento de muito fortalecimento no início
09:57e que eu era o porta-voz desse momento.
10:01Nós somos como um bichinho de três pernas.
10:03Nós nos movimentamos federal, estadual e municipal
10:07através do Ministério da Saúde,
10:10do Conselho Nacional de Secretários Estaduais
10:13e do Conselho Nacional de Secretários Municipais.
10:15Eu trouxe os dois itens, os dois entes federativos
10:19para a mesa do Ministério da Saúde.
10:22Eles se reuniam de manhã e de tarde.
10:24Então, a fala era uníssona.
10:28Quando o Ministério da Saúde sai desta fala
10:31e deixa governadores e prefeitos
10:34e passa a ser um crítico de governadores e prefeitos,
10:38o SUS deixou uma perna e ficou andando um pouco em círculo.
10:42Então, a capacidade da governança do sistema
10:46que se mostraria uma fortaleza frente aos outros países,
10:49nós acabamos perdendo uma perna e isso nos custou muito.
10:54Nos custou muito as assimetrias de prestação de serviços.
11:01Eu tive hospitais em São Paulo com taxa de mortalidade
11:05num CTI de 12%.
11:07E eu tive, não vou falar a cidade, mas na região norte,
11:1180% em algum hospital.
11:13A mesma doença com brasileiros, com profissionais,
11:16a mão de obra, médicos mal formados, enfermeiros mal formados,
11:21fisioterapeutas mal formados,
11:23baixa capacidade das escolas de profissionais de saúde
11:26entregarem profissionais com capacidade
11:29de assumirem pacientes críticos de uma maneira mais intensa.
11:34Nós vimos uma pandemia que pela primeira vez
11:39foi narrada pela internet.
11:41No início, uma das razões de nós irmos quase que diariamente
11:45falar a verdade na televisão é porque nós sabíamos
11:49que se não fosse dessa maneira, a central de boatos,
11:53os malandros, os vendedores de ilusão,
11:57aqueles que querem se beneficiar,
11:59se você ler um livro chamado A Peste do Camus,
12:02de 1946, é uma história fictícia de uma cidade
12:06que uma doença infecciosa chega.
12:08Então ele mostra como que o prefeito reage,
12:10como o cara que empresta dinheiro reage,
12:12como o médico reage, o charlatão.
12:13Está todo mundo ali e é incrível como é igual.
12:18Nós não conseguimos naquele momento também da pandemia
12:24passar a situação de premência de cuidado à vida
12:33à frente da dualidade política.
12:36O Brasil politizou até o remédio,
12:40o que é um absurdo do ponto de vista de ruptura da liga social.
12:47Nós não vamos com esse conflito absurdo de direita e esquerda
12:51personalizado em pessoas,
12:53levando para momentos como esse,
12:55o país precisa mais do que nunca de pacificar.
12:58Porque quando teve um problema que era acima das questões políticas,
13:01nós não conseguimos sequer ultrapassar essa ruptura
13:08para enfrentar algo que dizia sobre vida e morte do meu pai,
13:12da sua mãe, da sua tia, do seu filho.
13:15Então, esses pontos me deixaram e me deixam até hoje muito impactados.
13:21E cinco anos após, 2020, em 2025,
13:24o país ainda não fez o seu grande debate de lições da pandemia.
13:31Lições que deveriam chamar a imprensa,
13:34os atores de internet,
13:35a indústria farmacêutica,
13:37os secretários da época,
13:39os ministros,
13:40para falar assim,
13:41não é,
13:41vê o que funcionou, o que não funcionou,
13:44porque não é se nós vamos ter ou não uma outra pandemia.
13:48É só quando.
13:50E a mutação do vírus pode estar se dando nesse momento
13:52como pode ser dado daqui a 50 anos.
13:54Mas que vai ter, vai.
13:57E se, eu ouso dizer,
13:58se fosse amanhã que anunciassem,
14:01novo vírus, passando, hidromana,
14:03cuidado,
14:04talvez o Brasil estivesse numa situação igual ou pior
14:07ao que estava de cinco anos atrás.
14:09Porque não foi feito o dever de casa
14:11de ver quais foram as lições desta pandemia.
14:15E são muitas.
14:16Eu poderia aqui falar há muito tempo e ia ficar enfadonho.
14:19Mas as principais são essas.
14:21Doutor Gostein,
14:23o senhor estava aqui no estado de São Paulo,
14:25o estado, inclusive, que produziu a vacina,
14:27a importância do Instituto Butantan,
14:29dos centros de pesquisa,
14:31no Rio de Janeiro,
14:31o Fiocruz, né,
14:32foram fundamentais nesse momento.
14:35Do que o senhor viveu ali?
14:38Que lições é possível tirar para o país?
14:41Eu acho que a gente tem que sempre olhar
14:42que a saúde, ela é a política.
14:45E quem fala de saúde
14:47são médicos conceituados.
14:49O grande problema é que, no meio de toda essa história,
14:52a gente acabou vendo o surgimento de médicos
14:54que traziam exatamente condições e situações.
14:59Você fala, não, não pode ser médico falando uma coisa dessa.
15:02E eu acho que faltou também nós termos os conselhos se colocando
15:07e nos apoiando nessas questões.
15:10Nós olhávamos medidas e formas antiéticas de profissionais
15:14que estavam conosco e que, talvez,
15:16muitos desses políticos, governadores,
15:22acabavam se baseando nesses médicos
15:25que, na verdade, não teriam o direito de falar como falar.
15:31Porque foi exatamente isso que mudou a visão.
15:34Ora, é como se você fosse passar,
15:37mandar um médico para um determinado procedimento
15:41e você quer ouvir uma coisa.
15:44E aí você vai naquele médico
15:46que diz aquilo que você efetivamente quer ouvir
15:49e não aquilo que você precisa ouvir e seguir.
15:53E foi isso que aconteceu.
15:54Então, nós tivemos muita distócia das informações
15:57e foi isso que fez com que nós brigássemos
16:01a todo momento para levar a orientação correta,
16:05para orientar com que as pessoas tivessem o seu direito estabelecido,
16:10que era de vacinar,
16:11que era algo que todos nós, na nossa geração,
16:15sonhávamos em levantar as nossas blusas
16:19e sermos vacinados para sermos protegidos.
16:22E eu me lembro muito bem quando nós tivemos
16:24a primeira brasileira, a Mônica Calazan, sendo vacinada,
16:30aquilo era um gesto maravilhoso,
16:32era um gesto de esperança,
16:34era um gesto de agora nós sairemos
16:37dessa condição tão avassaladora,
16:42destrutiva, destruindo vidas e famílias e sonhos.
16:47Então, sem dúvida alguma,
16:49nós perdemos esse protagonismo
16:53à medida em que todas as pessoas
16:56tinham essas contradições nas suas falas.
16:59Então, eu não tenho dúvida que hoje
17:01nós precisamos reavaliar os nossos papéis
17:04com relação às ações que devem ser feitas.
17:08O professor Vicena colocou uma coisa muito correta
17:12do quanto nós temos que nos preparar
17:15técnico e cientificamente.
17:17São Paulo é uma realidade
17:18à parte do que acontece em outros países.
17:21Nós temos 70 centros
17:23que, de forma rápida, em 24 horas,
17:26conseguem detectar um determinado surto
17:30de alguma doença
17:31e, através do PCR,
17:34aquele PCR que nós fazíamos para a COVID,
17:36a reação de cadeia de polimerase,
17:38tem a condição de fazerem
17:40a identificação daquele agente
17:44e, rapidamente, proceder
17:47às formas de restrição
17:51da progressão de um determinado agente infeccioso.
17:55Só que essa realidade não vai acontecer
17:57na maioria dos nossos outros 27 estados
18:01ou 26 estados.
18:03Então, seguramente, nós temos
18:05a primeira questão
18:06é relacionada
18:08a uma
18:10não conformidade
18:13nas respostas.
18:14O segundo aspecto
18:15que hoje nós temos
18:16é o quanto
18:19nós temos
18:20os nossos profissionais
18:21da saúde
18:22que ainda estão
18:23desqualificados
18:24com o aumento
18:25do número de faculdades
18:27que têm sido abertas
18:28em todo o país
18:30e formando profissionais
18:31cada vez menos
18:32capazes
18:34de dar a resposta
18:36que nós
18:37tanto precisamos.
18:40E, por outro aspecto,
18:41voltar, como eu falei
18:43de início,
18:45a ter um financiamento
18:46do SUS
18:47atualizado.
18:48Hoje, o Estado
18:49de São Paulo
18:50ele tem
18:51o SUS paulista,
18:54uma tabela diferenciada,
18:56mas que contempla,
18:57infelizmente,
18:58só
18:58os filantrópicos,
19:00as Santas Casas.
19:01A maioria dos nossos
19:02hospitais,
19:03infelizmente,
19:03São Bernardo
19:04Leão deles,
19:05ele acaba
19:06sendo
19:07financiado
19:09pelo próprio município
19:11e por uma fração
19:13relativamente baixa
19:15do próprio ministério.
19:17Enquanto que
19:18nós deveríamos
19:19ter o preceito
19:20da tripartite
19:22fazendo esse fomento
19:24dessas unidades hospitalares,
19:29não só
19:29para atualização
19:30para atualização
19:31de aparelhos,
19:34de aumento
19:35de leitos,
19:36contratação
19:37de recursos humanos,
19:40pagamento,
19:41principalmente,
19:42dos pisos,
19:44especialmente,
19:44de enfermagem,
19:45que são merecedores,
19:46mas nós precisamos
19:47de recursos
19:48para que todos
19:50esses financiamentos
19:52sejam
19:53possíveis.
19:55Então,
19:56sem dúvida
19:56alguma,
19:57nós estamos
19:57olhando
19:57uma série
19:58de coisas,
19:58tanto em relação
19:59a respostas,
20:00no ponto de vista
20:01técnico
20:02e científico,
20:05mas também operacional.
20:07Então,
20:07nós estamos
20:08obsoletos,
20:10tanto nos nossos
20:11recursos humanos,
20:12estamos obsoletos,
20:14infelizmente,
20:15quando nos
20:16falamos
20:18em termos
20:19de equipamentos
20:20que nós
20:21precisamos.
20:21é claro
20:22que existem
20:23ilhas
20:24de excelência,
20:26mas a gente
20:26está falando
20:27de um grande
20:29sistema
20:29que deveria
20:31abarcar
20:32de uma forma
20:32equânime
20:33em todo o país.