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  • 02/06/2025
No Dia Dia Rural desta quinta-feira (02), o jornalista Otávio Céschi Junior entrevista no Conversa Franca a gerente da CJ Selecta, Patrícia Regina Campos Suguí.

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Transcrição
00:00Bem, hoje com a gerente da CJ Selecta, a Patrícia Regina Campos Sugui, para a gente falar um pouquinho
00:08sobre o projeto que visa a adoção de práticas de agricultura regenerativa na produção de soja
00:13no Cerrado Brasileiro. Bom dia, Patrícia. Bom dia. Bom dia. Bom, vamos lá. Primeiro definindo o que é
00:22agricultura regenerativa, para depois a gente entrar na questão da soja.
00:26Certo. Agricultura regenerativa tem se tornado um termo em moda, que todos têm falado muito,
00:36mas a sua pergunta é ótima. O objetivo de práticas regenerativas, na verdade, nós entendemos que é
00:44recuperar a saúde do solo. Nós temos uma agricultura pungente, uma agricultura, uma soja de altíssima
00:52tecnologia, mas a gente tem áreas de baixa produtividade, manchas com problemas e o objetivo
01:00das práticas regenerativas é recuperar a saúde do solo, ter vida no solo. Eu acho que é a melhor
01:07definição para práticas regenerativas. É porque muita gente vai confundir e achar, não, você devolver a saúde
01:13para o solo é você injetar elementos que estão faltando ali e que podem... Pode deixar quieta a câmera, amigo, que eu estou me
01:21vendo aqui, eu me controlo, eu não vou sair de cena. É que mexe tanto nessa câmera que eu morro que eu não sei
01:26mais onde eu estou. Mas então, porque muita gente vai confundir que, na verdade, é você dar para o solo aquilo que
01:33ficou faltando para melhorar a produtividade através de elementos químicos. E não é nada disso, é devolver a vida ao solo,
01:39é regenerar o solo em seu estado natural, não é, Patrícia?
01:45Exatamente. E bem colocado, eu acho que a gente precisa repensar o modelo de agricultura atual, não que a gente
01:53tenha feito errado, não que tenha um culpado, muito pelo contrário, os recursos que a gente tem foram
01:59valiosos até hoje, mas práticas como melhoria no plantio direto, que já é feito hoje, utilização de plantas
02:07de cobertura, rotação de culturas, né? Nós sabemos que o monocultivo, safras e safras, ele tem
02:14crescido os solos e a biodiversidade, né? Os sistemas têm se tornado menos diversos e isso aumenta a incidência
02:23de pragas, de doenças, né? E as soluções químicas não têm sido suficientes para superar os problemas
02:29que a gente tem vivido hoje. Então, como prática regenerativa, nós acreditamos que o plantio direto,
02:36as plantas de cobertura, o uso de biológicos, né? De fertilizantes organominerais e outros
02:44produtos biológicos, os bioinsumos, são a saída da agricultura regenerativa que tem tanto falado
02:50hoje. Você sabe que isso me faz lembrar uma história do fim de semana, que no jardim da
02:54minha casa, eu moro numa vila fechada, e no jardim da minha casa tem uma árvore lá que tem uns
02:59bichinhos pequenininhos que eu estava achando que eram algumas abelhas indígenas, que tem mais de
03:03300 espécies de abelhas indígenas. E aí eu tenho um amigo que é vizinho ali, que mora
03:08também na minha vila, que conhece bem o assunto. Falei, vem cá, dá uma olhada aqui, vê se
03:12isso aqui é algum tipo de abelha indígena e tal, né? Aí ele foi lá e olhou e falou,
03:16ó, Tami, eu acho que não. Tá me parecendo que essa árvore solta uma ceiva e esses...
03:22Tá me parecendo alguns mosquitinhos que vêm aqui pra pegar um pouquinho da ceiva.
03:28Eu falei, ah, não, tudo bem, então não tem problema não. Falei, você não vai tirar
03:31daqui, né? Falei, não. Falei, é da natureza, faz parte aí desse ecossistema pequeno que
03:37tem no meu jardim. Eles devem estar servindo de alimento pra alguém, assim como eles se
03:40alimentam da ceiva, né? E aí eu tô falando de uma parte aérea da planta, mas especificamente
03:46na questão do solo, o solo tem vida própria. Por isso é que ele precisa de um processo
03:51regenerativo, auto-construtivo, auto-reconstrutivo, vamos chamar assim, não é verdade?
03:59Isso mesmo, isso mesmo. A gente precisa relembrar coisas dos avós mesmo, ver minhocas, ver
04:08joaninhas, né? Que é um inimigo natural. Então, hoje, em prática regenerativa, a gente
04:15fala que contar minhocas é algo interessante, né? Então, ninguém quer contar minhoca,
04:22né? Hoje, no projeto que a gente tem idealizado, a gente tá pensando em dias íbas, né? E análises
04:30metagenômicas, a tecnologia evoluiu muito, mas ter minhocas e ter insetos polinizadores,
04:37inimigos naturais, é um sinal a olho nu de saúde.
04:40É isso aí, é isso aí. Todas as técnicas e os nomes científicos que elas têm, que
04:45vocês usam, na verdade, significa contar minhocas, né? Que você pode até pegar
04:50algumas, se for pescar no final de semana e usar como uísca, ou encontrar joaninhas.
04:55Ótima ideia.
04:56Ou encontrar joaninhas, joaninhas que quando pousam em você, alguém sempre diz, olha,
05:00a joaninha traz sorte, hein? Você vai ganhar um prêmio de loteria aí. São coisas assim
05:05que fazem parte da vida. Mas o que é que vocês estão fazendo nesse projeto aí com a
05:09soja no centro-oeste brasileiro para regenerar o solo?
05:15Bom, nós fizemos aí em 22 de maio, no dia da biodiversidade, um dia comemorativo,
05:22o lançamento do programa Renova a Terra. É uma parceria CJ Selecta e Unilever.
05:29Hoje a CJ Selecta é uma indústria que beneficia produtos de soja em óleo, em proteína de soja,
05:37em fertilizante, organo minerais e até etanol de soja. Mas nesse programa, a parceria com a Unilever
05:44é o fornecimento de óleo de soja regenerativo. Então, a Unilever tem a meta global de regenerar
05:52um milhão de hectares até 2030. E nós estamos juntos nessa. O nosso papel é engajar produtores rurais
05:59nessa jornada, que eles possam acelerar a caminhada aí na agricultura regenerativa.
06:07E o dia 22 de maio foi um dia especial para nós desse lançamento do programa.
06:13Legal. São duas empresas, a Unilever e a Selecta, que se unem para fazer um processo regenerativo
06:20que vai criar uma qualificação e uma identificação para um tipo de óleo de soja
06:28que é com soja produzida em solo regenerado. Certo? Motivando trabalhadores a entrar aí
06:34num verdadeiro mutirão ou numa cruzada, como eu gosto de dizer, para botar em prática
06:39esse tipo de trabalho. E na prática, o que é que eles vão fazer? Conta para a gente.
06:46Sim, o programa é complexo, mas por isso que a gente está junto, não é impossível.
06:57Então, a gente programa ter assistência técnica, análises, um diagnóstico bem detalhado,
07:04porque cada fazenda, cada talhão é uma realidade. A gente não pode ter uma fórmula pronta
07:11para todo mundo, né? O Cerrado é um bioma, Minas Gerais é um estado que tem suas particularidades.
07:18E aí o produtor vai receber uma assistência técnica de um especialista qualificado,
07:24tudo custeado por esse projeto. E todos os resultados serão medidos com precisão, né?
07:31Então, a Unilever tem uma meta, a CJ Selecta tem uma meta e o produtor também,
07:36dentro daquilo que ele entende que é benefício para a sua saúde do solo,
07:42para o aumento da produtividade, para a competitividade.
07:46Além disso, o programa também tem um incentivo financeiro, que é muito interessante, né?
07:51Eu acho que é um diferencial muito grande.
07:53Eu acho legal quando são acrescidos esses incentivos financeiros,
07:57porque não é que você... Muita gente fala, ah, mas você está comprando a pessoa.
08:00Se não tiver dinheiro ou bônus, a pessoa não vai participar.
08:02Não, ela vai participar como voluntária ou então fazendo uma boa ação.
08:08Mas se você tem um incentivo financeiro, você consegue acelerar o programa, né?
08:12Não precisa ser um incentivo financeiro gigantesco, mas alguma coisa que dê um estímulo
08:17e um empurrãozinho a mais. Isso é muito bom.
08:20E vocês contactam os produtores de soja ou eles contactam vocês?
08:24Como é que é o sistema?
08:25Exato. Nós temos um grupo de produtores certificados, né?
08:32No programa RTRS, nós temos produtores que têm soja convencional, né?
08:38Não transgênica.
08:40Então, esse grupo a gente já fez o convite,
08:43mas nós temos espaço aí para mais ou menos 45 a 50 produtores.
08:48É um projeto de longo prazo, não é um projeto anual, né?
08:52Então, a gente pensa aí no produtor cinco anos junto com a gente.
08:56Por isso, a razão de ter um incentivo financeiro, né?
09:00Para auxiliar nessa jornada.
09:02Não é justo que o produtor pague por essa transformação sozinho.
09:06Então, a gente acredita que o projeto é para os produtores e dos produtores, né?
09:12Então, eles podem entrar em contato com a gente.
09:14A gente está em busca aí de pessoas que tenham o mesmo sonho que a gente, né?
09:21Nessa jornada regenerativa.
09:23Muito legal, Patrícia.
09:24Então, deixa o seu endereço de internet para quem quiser saber mais e participar,
09:29já que tem vagas ainda para entrar no programa.
09:33Claro. Por favor, estamos à disposição.
09:36Muito obrigada.
09:37Qual é o www de vocês?
09:38www.cjselecta.com.br
09:45Ok.
09:46Não fale conosco.
09:47Tudo junto.
09:49cjselecta.com.br
09:50Muito obrigado pelas informações aí.
09:53Parabéns pelo programa.
09:54E gostei muito da sua frase.
09:55É, tem...
09:56Vai um técnico, porque o técnico vai analisar.
09:58Cada caso é um caso.
09:59Cada ecossistema é um ecossistema.
10:02Aí, resumindo, é assim.
10:03Os mosquitinhos que habitam a árvore no jardim da minha casa
10:06não são os mesmos mosquitinhos que habitam a árvore no jardim da casa do meu vizinho.
10:12Não necessariamente.
10:13Cada caso é um caso.
10:14Certo?
10:17Certo.
10:18Obrigada.
10:19Obrigado.
10:20Boa semana para você que está só começando.

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