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  • 30/05/2025
Na madrugada desta quinta-feira (29), um grupo com cerca de 20 assaltantes armados invadiu um condomínio na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, e realizou um arrastão em pelo menos três apartamentos. Os criminosos renderam funcionários, entraram pela garagem e surpreenderam os moradores. A Polícia Civil investiga o caso e analisa imagens das câmeras de segurança para identificar os suspeitos.

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Transcrição
00:00Proponho que a gente já dê o pontapé inicial aqui nos trabalhos hoje
00:03com um daqueles assuntos que sinceramente mexem com a gente.
00:06Até porque o clima de terror total e absoluto tomou conta
00:10do bairro aqui no Morumbi, em São Paulo, um condomínio de luxo.
00:15Viveu cenas dignas de filme de terror.
00:18E eu me refiro ao caso, pessoal, onde 20 criminosos invadiram o local,
00:22fizeram um arrastão em menos... em ao menos três apartamentos, tá?
00:26Nosso Mano Ferreira tem mais detalhes. É por aí?
00:28Pois é, Marinho. Imagens da Câmara de Segurança mostram que os criminosos
00:33invadiram o prédio armados e já dentro do condomínio se espalharam pelo local,
00:39esperaram os moradores saírem. Eles entraram lá às cinco da manhã, de madrugada.
00:43Então, à medida que os moradores desciam, eles roubavam os apartamentos.
00:49Foram três famílias feitas de reféns.
00:52Segundo a investigação, foram levados itens de luxo, como relógios, joias,
00:56aparelhos eletrônicos e dinheiro.
00:59Total roubado, avaliado, em um milhão e duzentos mil reais.
01:04Isso tudo aconteceu em cerca de três horas.
01:07A polícia ainda procura a quadrilha.
01:10Rafael Macris, parece que em São Paulo, hoje em dia,
01:12em muitos lugares do Brasil, imagino também,
01:14parece que o cidadão paulistano, paulista e o brasileiro como um todo
01:17tem que torcer para o ladrão e para o bandido estar de folga no dia, né?
01:20E a gente vendo cada vez mais uma situação, assim, digna de filme, de ação diabólica
01:26como essa acontecendo.
01:28É um dos piores pesadelos que qualquer um que mora nos grandes centros urbanos
01:32pode ficar submetido, né?
01:34Bom, André, primeiro que é uma situação muito triste e complicada,
01:39porque os brasileiros, eles já vivem enjaulados, né?
01:42Principalmente nos grandes centros.
01:44As pessoas vivem em prédios, em condomínios, com câmeras, com grades,
01:50com cerca elétrica, com segurança armada.
01:52E mesmo apesar de tudo isso, não é o suficiente para inibir ação de criminosos.
01:59E um caso como esse, acontecendo em um bairro nobre de São Paulo,
02:02com 20 criminosos fortemente armados, ameaçando idosos, mulheres, crianças, jovens,
02:11muitas vezes saindo para trabalhar, é algo que impressiona a todos nós, André.
02:18E muita gente, às vezes, vem falar para a gente o seguinte, fala,
02:21não, vocês estão impressionados só porque está acontecendo num bairro nobre.
02:26Isso é preconceito, isso acontece por muitas vezes nas periferias.
02:31Mas o grande susto de tudo isso que impressiona, não é pelo fato do poder aquisitivo das pessoas.
02:37É a audácia desses criminosos de praticarem esse tipo de crime num local em que ele era para ser seguro.
02:45Tem câmeras, tem policiais.
02:48Em três horas de operação dos bandidos, a polícia não chegou.
02:52Isso prova que o crime está tomando conta e o Estado brasileiro está perdendo esse jogo.
02:56Isso prova também, tão claramente, né, Aninha Beatriz Rich,
03:00a certeza da impunidade segue reinando, né?
03:03Não é possível, a gente não merece viver desse jeito.
03:06Ninguém que está nos ouvindo, ninguém que está nos assistindo merece viver paralisado pelo medo nesse nível,
03:11ainda mais por detrás de aluguéis ou apartamentos caríssimos que você financia uma vida inteira
03:16para poder ter o mínimo de segurança, para poder criar sua família e viver, tocar tua vida em paz.
03:20Ainda por detrás dos blindados, das grades, enfim, de monitoramento de segurança nesses condomínios,
03:25nem isso está sendo um efeito minimamente repelente desses bandidos.
03:30Na mesma região onde a gente viu ontem o furto das câmeras de segurança,
03:34ou seja, os lados até roubaram possivelmente o alarme, por assim dizer, na mesma região.
03:39Então, mostra que o problema é mais profundo do que a gente pode imaginar, né?
03:43André, sabe que pela Constituição Federal, a casa, ela é o asilo inviolável do ser humano, né?
03:49Ela tem uma série de proteções e de garantias,
03:52e a gente vê que não existe mais essa inviolabilidade do seu lar.
03:56Veja, a gente está falando aqui de um condomínio de luxo,
04:00com toda a segurança possível, né?
04:03Ou que se espera minimamente para um condomínio,
04:06e os criminosos conseguem invadir e fazer o que eles bem entendem
04:09sem serem incomodados.
04:12Eu estava vendo mais cedo,
04:15tinha idosos sendo colocados como aí reféns,
04:20tinha criança de colo que desceu na garagem
04:23porque estava sendo levada para uma creche.
04:25Não existe qualquer limite para a atitude desses criminosos.
04:31E o que o Rafa coloca aqui,
04:33o fato é que a gente, nos grandes centros, vive em jaulado,
04:36e nem isso mais é suficiente para garantir a nossa segurança.
04:40Qual é o próximo passo?
04:41Eu tenho visto muitas pessoas colocando portas blindadas nos seus apartamentos,
04:46mas o que uma porta blindada adianta se o morador é pego
04:50quando ele está descendo na garagem e colocam uma arma na cabeça dele
04:53e dizem que vão atirar se ele não abrir a porta blindada?
04:57Ou seja, a gente está vivendo um momento extremamente crítico.
05:00Na semana passada, a gente noticiou um roubo muito parecido lá em Higienópolis,
05:06o líder da quadrilha foi preso,
05:08e mesmo assim, os criminosos entendem que é vantajoso,
05:12porque em três horinhas eles lucraram um milhão e duzentos mil reais.
05:15Nem no tigrinho.
05:17O Estado precisa urgentemente recuperar o mínimo de sensação de medo nos marginais.
05:23Medo nos marginais.
05:24Esse é o único efeito psicológico que vai repelir essa gente,
05:28fazer elas pensarem dez vezes naquela famosa equação
05:30custo e recompensa, custo e recompensa, risco e recompensa.
05:34Então, Mano Ferreira, eu quero te acionar aqui,
05:36até porque não há a menor condição da gente seguir percebendo
05:40de que parece que até uma forma da cultura criminosa carioca,
05:44como aqui não tem praia, eles vão acionar os condomínios mesmo.
05:47Olha o nível do negócio.
05:49E tem diversos detalhes nessa história.
05:52Eles cortaram a cerca de arame farpado dos fundos do edifício
05:57para invadirem, pulando o muro.
06:01Renderam o faxineiro.
06:02Renderam o faxineiro naquela guarita de segurança
06:07e ficaram esperando.
06:09Era um bando, muitos criminosos,
06:12fortemente armados, encapuzados, com máscara,
06:16então tentando já tudo de forma muito planejada.
06:20Mantiveram os funcionários reféns
06:24e à medida em que os moradores iam descendo,
06:28o elevador se tornavam reféns também,
06:30de tal modo que a polícia só conseguiu ser acionada
06:34quando eles deixaram o prédio.
06:36Então, nenhum dos moradores e funcionários
06:39que foi abordado, que viu a cena,
06:42conseguiu chamar a polícia
06:44antes que os criminosos deixassem o prédio.
06:48Então, é uma situação que mostra
06:50o grau de profissionalização dos criminosos,
06:54como que eles planejaram e atuaram
06:57em conjunto, na certeza da impunidade.
07:01E aí eu queria levantar um ponto,
07:03porque a gente tem um levantamento que mostra
07:05que, nos últimos 10 anos,
07:08jamais, no estado de São Paulo,
07:10que tem uma das polícias mais eficientes do Brasil,
07:13o índice de resolução de crimes de furtos e assaltos
07:18jamais chegou a sequer 10% do volume
07:22de furtos e roubos registrados em boletim de ocorrência.
07:27Ou seja, a gente está falando
07:28que a chance de um roubo e um assalto
07:32que foi registrado,
07:34não ser solucionado,
07:36da polícia jamais descobrir
07:38quem foram os autores do crime,
07:42é mais de 9 em 10 vezes.
07:45Isso é o que alimenta a impunidade
07:48e a certeza de que vale a pena
07:51em três horas arrecadar
07:53mais de um milhão de reais em roubo,
07:56porque a chance de ser pego
07:58é muito pequena.
08:00É, enquanto, enfim,
08:02o prefeito e diversos vereadores
08:03seguem debatendo mototáxi,
08:06pelo visto o crime vai andando
08:08e invadindo esses condomínios
08:09de Uber Black, sinceramente.
08:11Então, o nível do atrevimento,
08:13o nível do tamanho dessa gangue
08:15que acabou adentrando esse condomínio
08:16é algo chocante.
08:18Parece que eles se dominaram,
08:19se apoderaram do CEP ali daquele prédio.
08:22É escandaloso o que a gente está vendo aqui
08:25e cada vez mais,
08:25não só na zona oeste,
08:27no caso Vila Sônia,
08:28aqui região do Morumbi,
08:29David de Tarso,
08:30minha dupla David de Tarso
08:30se juntando a nós aqui,
08:31especialista em segurança pública.
08:33Conta pra gente,
08:34porque parece que vai se tornando um...
08:36Parece que eles vão mapeando
08:38a rotina desses condomínios,
08:40devem fazer uma baita de uma análise
08:41antes de poder deflagrar, de fato,
08:43essa operação criminosa.
08:45Então, eu queria entender
08:48como é que você acha que rola
08:49esse processo de arquitetar
08:51essas ações criminosas
08:52de altíssima periculosidade
08:54e de altíssimo prejuízo.
08:56Não sei dúvida, Marinho.
08:57Muito bom dia.
08:58Bom dia a todos.
08:59Esses criminosos,
09:00eles verificam ali o ambiente primeiro,
09:04fazem uma análise
09:05e até mesmo têm informações
09:07junto a algumas pessoas
09:09que acabam contribuindo também
09:11com a ação desses bandidos,
09:12porque na maioria dos casos
09:13a gente vê isso acontecendo
09:15sobre o que tem nesses apartamentos,
09:17de que forma que eles vão agir,
09:18o que eles vão encontrar por lá.
09:20Então, normalmente,
09:22sempre há ajuda de alguém.
09:24Não estou dizendo que nesse caso específico,
09:25porque as investigações
09:27estão avançando, né,
09:28em relação a isso.
09:29Até consultei agora há pouco
09:30aqui uma fonte da Polícia Civil
09:32para saber se já há alguma novidade
09:33em relação a esse caso,
09:35mas os suspeitos
09:35estão sendo buscados.
09:37Agora, a polícia
09:38também trabalha
09:39para identificar essa quadrilha,
09:41mas é uma ação
09:42que foi muito bem arquitetada
09:44e que a gente tem visto
09:45que novamente voltou a acontecer,
09:48porque antes
09:49os criminosos
09:50estavam optando
09:51por outras fontes de renda, né?
09:53E agora,
09:54essa migração de novo
09:56para esses crimes mais violentos
09:57com o uso de arma
09:59e ameaçando as pessoas.
10:00Um detalhe
10:01que a nossa produção
10:02apurou aqui, Marinho,
10:03que segundo a reportagem do UOL,
10:05em 2009,
10:06este mesmo prédio de luxo
10:08foi alvo de um ataque
10:10muito parecido
10:12de um bando
10:13que agiu
10:13de forma
10:14muito semelhante
10:16a esse agora.
10:16E eu não quero me precipitar
10:18no julgamento aqui, né, Macris?
10:19Até porque eu imagino
10:20que depois de um trauma
10:21desse em 2009,
10:21devem ter reforçado a segurança,
10:23todos os condôminos ali
10:24devem ter contribuído
10:25com mais recursos
10:27para poder fortalecer
10:28a segurança,
10:28mas não bastou.
10:30Aí eu fico pensando aqui,
10:31será que essa...
10:32Será que vai se criando,
10:34David, Macris,
10:34quero ouvir vocês,
10:35uma espécie de dependência
10:37achando que
10:38essa presença,
10:40quase onipresença
10:41dos sistemas eletrônicos
10:44de monitoramento
10:44como o Smart Sample
10:45que são muito bem-vindos,
10:46têm funcionado em grande grau,
10:47mas será que está se criando
10:48quase que uma dependência
10:49achando que isso vai monitorar tudo
10:50e aí sim,
10:51em detrimento do policiamento
10:52ostensivo físico,
10:54presencial
10:54das polícias
10:55nesses locais?
10:56Com certeza, André.
10:58E você observa
11:00o que aconteceu
11:00nesse caso em específico.
11:02Foram três horas
11:03de ação dos bandidos
11:04e nenhum policiamento
11:06chegou até o local.
11:07Não era exórdico.
11:08Não era possível
11:08que em um bairro
11:09nobre de São Paulo
11:10com estações policiais
11:14próximas,
11:15a gente não tenha
11:16o efetivo policial
11:17ostensivo
11:18chegando lá
11:19nesse momento
11:19que houvesse
11:21uma ronda
11:21nas proximidades,
11:22que houvessem
11:23policiais
11:24fazendo ronda
11:25ostensiva,
11:26a polícia
11:27deveria ter chegado
11:28até o local.
11:29E muito próximo
11:31do David Tasso,
11:31minha diretora
11:32aqui me situando,
11:33que teria
11:34uma delegacia
11:35extremamente próxima
11:36ao local
11:36desse crime
11:38escandaloso.
11:39Tem o DP da Vila Sônia.
11:40Exatamente.
11:40A gente já fez
11:41diversas reportagens,
11:42só que qual que é
11:43a complexidade
11:43em relação
11:44a essa região
11:44do Morumbi?
11:45Como a gente mostrou
11:46ontem,
11:47os bandidos
11:48dando uma retada
11:49ali com a barra
11:50de ferro
11:50nos tótens de câmera,
11:52agora essa ação
11:52na Vila Sônia.
11:53Mesma região.
11:54Pela proximidade
11:54com o Paraisópolis.
11:56Então os bandidos
11:56acabam se evadindo
11:57para aquele local,
11:58por mais que não
11:58seja da comunidade,
12:00eles acabam
12:01fugindo para a comunidade
12:03e dessa forma
12:04fica mais difícil
12:05da polícia
12:06encontrá-los.
12:07Então...
12:07O Jardim Colombo
12:08também, né, David?
12:09É.
12:10Também tem
12:11essa problemática.
12:12Bem do lado
12:13da região,
12:14enfim.
12:15Mas o que não justifica,
12:16o que não justifica
12:16por ser só,
12:17se, de fato,
12:18essa é a vizinhança
12:19e a geografia
12:20não mudou
12:20até onde eu sei,
12:21pelo menos
12:21nos últimos
12:22100, 200,
12:23500 anos,
12:24pô, é claro
12:25que deveria ter
12:26um reforço
12:28exatamente nessas regiões,
12:30sabendo do histórico
12:30e sabendo
12:31da topografia
12:32do crime,
12:33da proximidade
12:33do crime,
12:34dos padrões criminosos
12:35naquela região.
12:36Mas, de novo,
12:37é mais um capítulo aí
12:39dessa insanidade
12:40que a gente vai vendo
12:41e, sinceramente,
12:42dando nome aqui
12:43aos bois,
12:43isso é terrorismo urbano.
12:45É digno das piores cenas
12:46que você pode imaginar
12:47nos cenários de guerra
12:48mais conflagrados
12:49mundo afora.
12:50Como é que você...
12:51É inacreditável
12:52condôminos que suam
12:53e dão dura
12:54um mês inteiro
12:55para poder pagar
12:55ou um aluguel
12:56ou seu condomínio
12:57todas as taxas
12:58de IPTU e companhia
12:59para realmente
13:00terem que ver
13:01os bandidos,
13:01uma gangue armada
13:02até os dentes
13:03desfilarem
13:04pelos andares ali,
13:05pelas dependências ali
13:07como se fossem
13:08os síndicos?
13:09A certeza da impunidade
13:11é a mola propulsora
13:13que é a motivação
13:14dessa vagabundagem toda.
13:15Não tem jeito.
13:16André,
13:17pior do que desfilarem
13:18pelo condomínio
13:20é o fato de
13:21agirem de forma
13:22truculenta
13:23com pessoas que
13:24na sua maioria
13:25são ali
13:26totalmente frágeis.
13:28Como a gente comentou,
13:30criança,
13:31senhor,
13:31um dos condôminos
13:32que foi colocado ali
13:33junto com os criminosos
13:35o tempo todo,
13:36eu não sei
13:36por qual razão,
13:38mas ele subiu
13:39com os criminosos
13:40nos apartamentos
13:41em que eles invadiram,
13:43ele tomou
13:44um tapão na cabeça,
13:46entendeu?
13:46É uma ação
13:47que além de tudo,
13:49apesar de profissional,
13:51é muito truculenta.
13:52Veja,
13:53senhorinha,
13:54a senhorinha não tem
13:54que ficar em pé
13:55com uma arma
13:56na cabeça dela.
13:57Isso tudo entre
13:58as 5 e 8 da manhã.
14:00Que é o horário
14:00que todo mundo
14:00tá saindo,
14:01que vai levar na escola,
14:02que vai trabalhar,
14:03que vai fazer um esporte.
14:05Então assim,
14:06é muito premeditado.
14:07E aí eu me questiono,
14:08será que não tinha
14:09nenhum botãozinho
14:09do pânico
14:10em lugar nenhum
14:11nesse condomínio
14:12que algum funcionário,
14:13alguém...
14:14Porque,
14:14pensa,
14:15nesse horário,
14:15muita gente tá entrando
14:16no prédio também
14:17pra trabalhar,
14:18às vezes um funcionário,
14:19alguma coisa.
14:20Será que ninguém percebeu,
14:22apertou um botão do pânico?
14:23Pelo visto não,
14:24porque a polícia
14:25nunca chegou.
14:26Outra coisa que assusta também,
14:27Ana e Marinho,
14:28foi que a ação
14:29foi em 3 apartamentos
14:31e o prejuízo
14:32foi de 1,2 milhão de reais.
14:34É um valor
14:35assustador
14:36frente a 3 apartamentos
14:38assim,
14:39uma hora praticamente
14:39em cada apartamento.
14:41Então,
14:41a investigação
14:42tem que ser dura,
14:43tem que ser firme
14:44pra verificar
14:45se existiam,
14:46como o David falou,
14:47envolvidos e informantes
14:48dentro dos apartamentos
14:50ou do próprio edifício
14:51pra viabilizar esse roubo.
14:52Fora o trauma
14:53a nível psicológico
14:54de todos os moradores
14:55desses 3 apartamentos
14:56e de toda a vizinhança,
14:58de todo o bairro
14:58e de toda a cidade.
14:59Porque cada vez mais,
15:00é claro que,
15:03pra você auferir,
15:04ou pelo menos fazer
15:05realmente uma análise,
15:06clara,
15:07da sensação do crime
15:08hoje em dia,
15:09vai muito além
15:09de números de latrocínios,
15:11números de homicídios,
15:11as estatísticas
15:12podem estar até apontando
15:13na direção certa,
15:15mas cada estatística
15:16dessa é uma tragédia
15:17por trás.
15:17E o pior de tudo
15:18é a percepção
15:19que é o que vale.
15:20Os números podem até
15:20estar apontando
15:21na direção certa,
15:22mas a percepção,
15:23esse medo paralisante
15:24que é o que prevalece
15:25pra todo cidadão
15:26que fica se sentindo
15:27um verdadeiro cativeiro
15:29a céu aberto,
15:30que se tornou
15:31cada vez mais São Paulo.
15:31Não é isso, David?
15:32Não, eu sou da região,
15:33né, ali do Morumbi.
15:35Então, assim,
15:35eu vejo com frequência
15:36situações como essa acontecendo.
15:38E tem alguns cruzamentos
15:39quando você vai
15:40pela Giovanni Gronk,
15:41por exemplo,
15:41que faz divisa
15:42com Paraisópolis,
15:43que é a comunidade,
15:44pra quem não é daqui
15:44de São Paulo, né,
15:45fica uma favela ali,
15:47onde moram
15:48diversas pessoas de bem,
15:50mas infelizmente
15:51tem a ação
15:52dos criminosos também.
15:54Tem alguns cruzamentos,
15:56devido à proximidade
15:57você tem que prestar
15:58muita atenção
15:59e você tem que parar
15:59um pouquinho mais distante
16:01do veículo à frente
16:01porque tem arrastões,
16:03tem bandidos
16:04quebrando vidro,
16:05muitas vezes
16:06eles agem de moto.
16:07Eu já vi cena,
16:08por exemplo,
16:09ali nas proximidades
16:10da Giovanni Gronk
16:11de diversas pessoas
16:13com moto,
16:14os criminosos
16:14sem capacete
16:15porque eu posso
16:16tratar como criminosos
16:17porque estavam
16:18zombando na polícia,
16:19passaram filmando,
16:21acho que eles
16:21estavam fazendo live
16:22e aí eles depois
16:24entraram na comunidade
16:25e a polícia
16:26também entrou atrás,
16:26mas assim,
16:27eles ficam tirando sarro
16:28dos policiais,
16:29isso que tem acontecido.
16:30Então,
16:31precisa haver um reforço
16:32por parte da Secretaria
16:33de Segurança Pública
16:34nessas localidades
16:35porque está muito
16:36complicada a situação
16:37e onde não tem realmente
16:38um policiamento ali
16:39ostensivo
16:40com a presença
16:41da polícia militar,
16:42os bandidos
16:43acabam atuando.
16:45E a violência
16:45é cada vez mais pontual
16:47nessa cidade
16:48do que propriamente
16:48o transporte público,
16:49que esse sim
16:50deveria estar sendo oferecido
16:52enquanto as autoridades
16:53batendo cabeça
16:53discutindo
16:54regulamentação
16:55de mototáxi,
16:57enfim,
16:58colchas de retalhos ali,
16:59enfim,
16:59projetos,
17:00enfim,
17:01longe de ter relevância
17:02e a urgência
17:03que a gente precisa,
17:04muita jogada
17:05de marketing político,
17:06câmera para lá,
17:07mas efetivamente
17:08o cidadão
17:08absolutamente
17:09trancafiado
17:10dentro de casa,
17:11paralisado,
17:11vendo uma situação
17:12como essa acontecendo.
17:13Agora,
17:14se a gente puder aqui
17:15seguir explorando,
17:16olhando adiante,
17:17porque o seguinte
17:17que o David falou
17:18é chave aqui.
17:19Então,
17:20a gente faz questão
17:22aqui sempre,
17:22né, David,
17:22de exaltar
17:23a dureza
17:25que é ser policial,
17:26ainda mais com
17:26a porta giratória
17:28do sistema prisional
17:28jogando contra
17:29todo santo dia
17:30e a motivação
17:31que todos os oficiais,
17:32agentes dali
17:33precisam ter
17:33para seguir encarando
17:34e fazendo minimamente
17:35bem o seu trabalho.
17:36Agora,
17:37que pelo menos
17:38esse deboche,
17:38esse sarro
17:39sendo tirado
17:40contra todos vocês
17:40sirva de motivação,
17:41aquela motivação reversa,
17:43para aí sim
17:43vocês darem
17:44o troco devido,
17:45porque eu quero,
17:47eu clamo
17:47e todos vocês
17:48eu tenho certeza
17:49que clamam
17:49pelo momento
17:50onde o medo
17:51não seja do cidadão
17:52e sim dos bandidos,
17:54dos vagabundos.
17:54Vamos inverter essa lógica
17:55e o único jeito
17:56é ter o Estado
17:57nos representando.
17:58Não,
17:58sem dúvida,
17:59Marinho.
17:59E hoje também
18:00a gente vive,
18:01infelizmente,
18:01numa inversão de valores,
18:02porque quando,
18:03por exemplo,
18:04tem alguém
18:05de fuga de moto,
18:06aí os policiais vão,
18:07conseguem capturar
18:08essa pessoa
18:09e acabam ali rendendo.
18:11Eu já vi situações
18:11de policiais
18:12sendo agredidos
18:13por outras pessoas
18:14da comunidade.
18:15Então,
18:16é um ambiente
18:17complexo e complicado.
18:19Por isso que também
18:20a gente deve
18:20sempre trazer
18:22aquela premissa
18:23de que a Polícia Militar
18:24deve ser respeitada,
18:25que ela tem,
18:26sim,
18:27o direito legítimo,
18:28garantido pela Constituição,
18:29que caso haja
18:31uma agressão
18:31contra um policial,
18:32não é contra o policial,
18:34é contra o Estado
18:35e ele tem que
18:37responder
18:38à injusta agressão.
18:39Então,
18:40assim,
18:40a gente vê
18:40esses questionamentos
18:41acontecendo,
18:42porque,
18:42ah,
18:42o policial foi truculento,
18:43o policial
18:44agiu
18:46diante de uma situação
18:48ali
18:49com uma certa
18:50rispidez,
18:51então,
18:52a gente tem que trazer
18:53essa legitimidade
18:54de volta
18:54para o trabalho
18:55da polícia,
18:56onde a gente vive
18:56numa inversão de valores.
18:57Mas situações como essas
18:58precisam muito mais,
19:00na minha visão,
19:00de investimento
19:01na polícia investigativa,
19:02porque a gente está falando
19:03da necessidade
19:05de fazer
19:05com que cada crime
19:07como esse
19:08seja devidamente
19:09solucionado.
19:10Então,
19:11a gente precisa
19:12que a polícia
19:13tenha condições
19:14de trabalho
19:14para ser capaz
19:15de identificar
19:16cada um
19:18desses criminosos,
19:19para que cada um
19:20deles
19:20precise responder
19:22perante a justiça
19:24por todos esses crimes.
19:25A gente está falando aí
19:26de terem mantido
19:28como reféns
19:29cada um desses moradores
19:30do roubo em si,
19:32da violência,
19:32a agressão,
19:33o tapa
19:34que o morador levou.
19:36Eles precisam
19:36responder sobre isso.
19:38A impunidade
19:39vem
19:40da nossa
19:40baixa taxa
19:42de resolução.
19:43Então,
19:43muitas vezes
19:44a gente fala
19:44do problema
19:45no judiciário,
19:46e é claro que tem
19:47um problema
19:47no judiciário,
19:49mas problemas
19:49de roubo
19:50e furto
19:51começam muito antes
19:52com a baixíssima taxa
19:54de resolução
19:55desses crimes.
19:56Então,
19:57é preciso fazer
19:58com que cada criminoso
20:00tenha certeza
20:01de que ao cometer
20:02um crime como esse,
20:03ele vai ser identificado,
20:05vai ser processado,
20:06vai ser punido.
20:08Porque,
20:09senão,
20:10a situação
20:10fica assim.
20:12A gente vê
20:13a completa
20:14certeza
20:15da impunidade
20:16agindo em lugares...
20:17Mas a polícia
20:18consegue prender,
20:19mano.
20:19Tem tecnologia,
20:20por exemplo,
20:20as imagens
20:21das câmeras de segurança
20:22contribuem,
20:23os policiais sabem
20:24quem são as pessoas
20:25normalmente.
20:25eles conseguem
20:27fazer identificação.
20:28A gente não sabe ainda.
20:29Eles estão buscando,
20:30eu acabei de ter
20:30informação aqui
20:31que eles estão buscando.
20:32Já conhecem,
20:33são do meio,
20:34porque geralmente
20:35o ladrão
20:36não comete só uma vez.
20:37Esse que é o grande problema,
20:38mas aí a pessoa vai presa,
20:40a réu primário,
20:40aí vai solta de novo,
20:42a crime de menor potencial
20:43ofensivo,
20:44então vai liberado de novo
20:45e assim fica nesse ciclo.
20:47Então,
20:47o judiciário
20:48e as leis
20:48precisariam mudar.
20:49E aí
20:54o

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