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Um policial militar de folga reagiu a um assalto e trocou tiros com um criminoso armado que estava numa moto na Zona Oeste de São Paulo. Uma câmera de segurança gravou o crime, que ocorreu no último sábado (28) em Pinheiros. O bandido foi preso depois pela Polícia Militar quando buscou socorro num hospital por causa dos ferimentos.
Apresentador: André Marinho
Reportagem: David de Tarso
Comentaristas: Elias Tavares, Mano Ferreira e Rodolfo Mariz

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Transcrição
00:00repercutindo uma cena que está virando mais do que corriqueira
00:03e mais do que realmente uma tendência preocupante nas grandes cidades.
00:08É realmente um retrato claríssimo, preocupante, bizarro,
00:12do estado de coisas que se tornou essa guerra civil não declarada,
00:15essa guerra urbana que o Brasil vem amargando, né, pessoal?
00:18Dessa vez eu me refiro a uma tentativa de assalto que aconteceu de novo
00:22numa área nobre de São Paulo que terminou em uma intensa troca de tiros.
00:26E o assaltante foi surpreendido por uma das vítimas,
00:28que era um policial militar que estava de folga, mas, claro, reagiu.
00:32David de Tarso tem todos os detalhes de quem, quando e como
00:35e também a gente vai debater o porquê disso. Vamos lá.
00:39Exatamente, Marinho. Muito bom dia a você, bom dia a todos.
00:42Bom dia também a você que nos acompanha nas mais diferentes plataformas da Jovem Pan.
00:45Esse episódio foi no bairro de Pinheiros,
00:47onde tem crescido essa prática de roubos de motociclistas
00:51que chegam se passando por entregadores e acabam realizando os assaltos.
00:56Nas imagens das câmeras de monitoramento, é possível ver então
00:59que o motoqueiro lhe encosta a moto, se passando ali por entregador
01:03e já logo na sequência saca a arma e o policial militar,
01:08que estava a paisana de folga com a esposa andando tranquilamente pela calçada,
01:12acabou reagindo.
01:13Nessa intensa troca de tiros, o criminoso acabou sendo baleado na perna.
01:18E logo depois desse episódio, ele procurou atendimento
01:22em uma unidade de saúde em Carapicuíba.
01:25Quando os plantonistas então viram que era um ferimento
01:28provocado por arma de fogo, chamaram a polícia militar que o prendeu.
01:32E dessa vez ele passou para audiência de custódia e não foi liberado.
01:37Esse criminoso continuou preso.
01:38Ele tem 19 anos e agora vai responder por tentativa de assalto.
01:43Ainda bem que tudo isso acabou bem, né?
01:45Mas o fato é que realmente as imagens se chamam bastante atenção
01:48porque tanto a esposa como também outras pessoas
01:51que pudessem estar passando pela área nobre ali de São Paulo
01:55podiam ser atingidas pelos disparos.
01:58E essa prática criminosa tem se tornado realmente uma verdadeira praga,
02:02não só aqui na capital paulista,
02:03mas em outras cidades de todo o território nacional.
02:07É uma grande desgraça que a gente está diante de mais um caso como esse.
02:10Para o cidadão comum, você do outro lado nos ouvindo e também nos assistindo,
02:13acho que restou apenas o quê? Oração, torcer para não virar uma estatística,
02:18colete e de alguma maneira, enfim, ter esse grau de paranoia
02:21para estar se blindando e se prevenindo a todo momento, em todo canto.
02:25Então, aqui não é alarmismo em excesso não, pessoal.
02:27São práticas repetidas, é o cotidiano desse mundo cão
02:30que a gente fica cada vez mais refém e sempre ali de plantão, né, Rodolfo Maris,
02:34os representantes desse estado de coisas, ainda que inconscientes,
02:39dizendo que uma vez se o bandido tivesse sido acertado, ah, não.
02:42Então, teria alguma desculpa social embutida por trás.
02:45Se o PM tivesse sido, enfim, alvejado, aí não, veja bem, ele é um fascínor,
02:50ele mereceu isso em algum grau.
02:51Tem sempre esse tipo de gente aí a postos, né?
02:54Exatamente. Bom dia, Marinho. Bom dia, nossa audiência.
02:56Olha só, né, mais uma ação dessa aí, corriqueira na cidade de São Paulo.
03:01E eu quero chamar a atenção para o vídeo em si,
03:04porque nós temos duas formas de analisar esse vídeo.
03:06A primeira, a reação bem-sucedida do policial que alvejou aí na perna
03:10esse criminoso de 19 anos e que vai ser agora, né, vai ser preso, já foi preso,
03:15vai ser condenado pelo crime de tentativa.
03:17E nesse caso, a lei é muito clara, o artigo 1515 fala que lá nas suas prerrogativas
03:22que o crime tentado, ele vai pagar como se tivesse consumado de fato.
03:26Aí vem uma outra alternativa da lei ou uma outra prerrogativa da lei.
03:30Como ele é menor de 21 anos ainda, a lei vai cair, a pena vai cair para dois terços.
03:35Ou seja, já tem dois terços caindo da tentativa,
03:38mas essa daí que até 21 anos ele tem uma melhora na hora da audiência
03:45e principalmente na hora do julgamento.
03:47E a outra questão que eu quero chamar a atenção é no policial,
03:50na reação do policial, porque ele não protege a sua querida e amada namorada.
03:55Ele sai para o lado e se o assaltante, por algum descuido ou por tomado pela adrenalina,
04:02acerta a esposa dele.
04:04Aí eu fico pensando, nessa hora, reagir de último, de primeiro caso, assim,
04:10dando aquela percepção dos cinco segundos, né?
04:13O nosso cérebro, ele reage cinco segundos mediante a uma pressão constante dessa,
04:18uma pressão tremenda dessa.
04:19No assalto, está na câmera aí, vocês estão vendo as imagens,
04:22ele sai para o lado e a esposa fica completamente desprotegida.
04:26Não sei se é a esposa, a namorada, mas a cônjuge dele ali, no caso,
04:30fica completamente desprotegida.
04:32E nós sabemos que um criminoso armado, a adrenalina dele está 100 vezes mais
04:37do que a pessoa que está sendo assaltada.
04:39Ou seja, houve aí um acerto em 50%,
04:43mas houve também, talvez, aí uma falta de preparo em 50%,
04:48porque poderia, sim, ter atingido a esposa dele.
04:51Mas você sabe, Rodolfo, que uma das primeiras coisas que tem acontecido em assaltos aqui em São Paulo
04:55é os criminosos, eles chegam, apontam a arma e pedem para que você levante a camiseta.
05:00Eu conheço muitos policiais, a gente conversa no dia a dia, né,
05:04com vários policiais de diferentes patentes,
05:06e muitos estão andando desarmados por conta dessa situação.
05:10Eu conheço até policial federal que não está andando mais armado
05:12com receio de que realmente seja vítima de assalto
05:16e acabe ali tendo que levantar a camiseta e se estiver armado
05:19e não conseguir reagir como aconteceu nesse caso,
05:22realmente, para evitar o pior, sabe?
05:25Então acaba entregando o celular.
05:26E principalmente estando acompanhado, né?
05:28Porque poderia muito bem ali ter atingido a esposa dele ali, Marinho.
05:33Agora, Elias Tavares, quero te ouvir aqui também
05:34a sua análise desse caso específico aqui,
05:37porque a gente trouxe aqui, no dia que aconteceu,
05:40na verdade, essa sequência do delegado Olim, também,
05:43delegado aposentado, hoje deputado estadual,
05:46tendo que, enfim, se virar para evitar tragédias muito maiores.
05:50E, enfim, isso acaba ascendendo, pelo menos na percepção,
05:53de que segurança pública não tem jeito.
05:54São as estatísticas, é o combate efetivo, ostensivo na ponta,
05:58a política pública em si, mas também, por outro lado,
06:00a percepção, a psicologia do crime
06:01e a paralisação psicológica que isso gera na sociedade,
06:05espetando o medo.
06:06Como é que você vê esse caso específico aqui?
06:08E como faz para a gente, finalmente, tentar inverter um pouco
06:10essa lógica dos meliantes e os marginais
06:12começarem, de fato, a se sentir medo?
06:14Marinho, muito bom dia.
06:16Um prazer estar aqui com vocês.
06:18A gente vê o retrato da falência, justamente,
06:20do nosso sistema.
06:22A gente percebe, justamente, na imagem,
06:25tudo que tem colocado ali,
06:27diversos erros.
06:29Você tem um problema muito grande
06:30quando você tem essa falta de segurança.
06:32Hoje, a gente vê essas imagens como se fosse
06:35um reality.
06:37Ou seja, a gente já fica aguardando
06:38quando é a próxima cena que a gente vai ver.
06:41Então, a gente precisa ter segurança, de fato.
06:44O sistema está falido.
06:46A gente tem algumas ações importantes
06:48que têm sido colocadas pelo Estado,
06:50mas que ainda não é suficiente.
06:51O uso da tecnologia.
06:53A gente precisa colocar também força.
06:56Não é normal a gente romantizar
06:58uma imagem como essa,
06:59como bem colocou o Rodolfo aqui.
07:01A moça ficou desamparada ali
07:02no momento de estresse do próprio policial.
07:04Aí não cabe também a gente falar
07:06sobre preparo ou não,
07:08porque eu entendo que o ideal seria
07:10o policial ter a condição de sair à noite
07:12com a sua namorada
07:13sem ter que estar no estresse
07:16como se estivesse num dia de operação,
07:20como se estivesse trabalhando na rua
07:23como um policial.
07:24É muito difícil.
07:25Eu já passei por isso.
07:26Eu sofri um sequestro
07:27e foi bem o que o David colocou.
07:28A primeira coisa que eles falaram pra mim
07:31é se eu era policial
07:32e fizeram uma revista em mim
07:33de cabo a rabo
07:35pra saber se eu não tinha
07:36nenhum tipo de arma.
07:37Então, quer dizer,
07:38o criminoso não está preocupado
07:39se é um policial.
07:40Isso não está colocando medo
07:42no criminoso.
07:43Agora, quem é o mais favorecido
07:45disso e tudo,
07:46quem acaba sofrendo com tudo isso,
07:48é a população que não pode
07:49sair em paz.
07:50Nesse Brasil surreal,
07:51reagir realmente virou exceção.
07:53Sempre foi.
07:53Acho que sempre foi a praxe.
07:55Você já, desde cedo,
07:56se você vive num dos grandes centros urbanos,
07:58você já é tutelado
07:59desde muito cedo
08:00a realmente entregar os pontos.
08:02Mas sorte a nossa
08:02que ainda há, pelo menos,
08:04ainda que sejam raríssimos
08:05esses casos,
08:05mas pelo menos não tão raros assim,
08:07dada a quantidade de casos
08:08semelhantes que a gente vem repercutindo,
08:10de pessoas que não estão dispostas
08:12a realmente irem dessa
08:14pra uma melhor
08:15como alvos indefesos
08:16e que, de alguma maneira,
08:17se prontificam em ajudar
08:18e ser a última barreira,
08:19mesmo quando o Estado é ausente,
08:21mesmo quando o Estado falha.
08:22Então, a desgraça é ver
08:23a apatia
08:24e a falta de disposição política
08:26em Brasília
08:26pra tentar virar esse jogo
08:27e o bandido segue fazendo
08:29esse tipo de ação
08:30da mais perigosa
08:32ousadia,
08:33dado que, realmente,
08:34ele não...
08:34O ser humano só respeita
08:35aquilo que ele teme
08:36e a bandidagem definitivamente
08:37não respeita
08:38o estado de coisas atual.
08:40É por isso que a Jovem Pan,
08:40sempre sentindo o pulso do país,
08:42vem propondo a campanha
08:43Chega,
08:44que a gente faz questão
08:45de repercutir aqui.
08:45Vamos lá.
08:46Chega de crime,
08:49de assalto,
08:51de medo,
08:52de impunidade.
08:54Chega.
08:55Uma campanha da Jovem Pan
08:56contra o crime.
08:58Não tem jeito, pessoal.
08:59Marginais só se arriscam
09:00a situações e ações como essas
09:02pela certeza da impunidade
09:03ou a quase certeza.
09:05A verdade é essa.
09:05Então,
09:06não tem outra forma
09:07a não ser engajando
09:08a sociedade civil,
09:09você nos ouvindo,
09:10você nos assistindo.
09:10Jovem Pan
09:11com todo o alcance
09:12e a capilaridade nacional
09:13que tem com as suas
09:14muitas filiais
09:15Brasil afora
09:16tentar fazer com que
09:17essa mensagem
09:18realmente ganhe
09:19peso, corpo
09:20e que seja
09:21uma pressão institucional
09:22para que a gente possa
09:23vislumbrar mudanças
09:24legais
09:24porque realmente
09:25mudar lei
09:26resolve o problema?
09:27Não.
09:28Mas certamente
09:28tem um poder
09:29de suasório fortíssimo
09:30só não vê quem não quer.
09:32Não é isso, David?
09:32Sem dúvida, Marinho.
09:33Então,
09:34essa campanha
09:34vem de encontro
09:35aos anseios da sociedade
09:36para que a gente possa
09:37buscar soluções
09:38junto às autoridades.

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