- 11/06/2025
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DiversãoTranscrição
00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
01:29A CIDADE NO BRASIL
01:59A CIDADE NO BRASIL
02:01A CIDADE NO BRASIL
02:03A CIDADE NO BRASIL
02:05A CIDADE NO BRASIL
02:07A CIDADE NO BRASIL
02:09A CIDADE NO BRASIL
02:11A CIDADE NO BRASIL
02:13A CIDADE NO BRASIL
02:15A CIDADE NO BRASIL
02:17A CIDADE NO BRASIL
02:19A CIDADE NO BRASIL
02:21A CIDADE NO BRASIL
02:23A CIDADE NO BRASIL
02:25A CIDADE NO BRASIL
02:27A CIDADE NO BRASIL
02:29A CIDADE NO BRASIL
02:31A CIDADE NO BRASIL
02:33A CIDADE NO BRASIL
02:35A CIDADE NO BRASIL
02:37A CIDADE NO BRASIL
02:39A CIDADE NO BRASIL
02:41A CIDADE NO BRASIL
02:43A CIDADE NO BRASIL
02:45A CIDADE NO BRASIL
02:47A CIDADE NO BRASIL
02:49A CIDADE NO BRASIL
02:51A CIDADE NO BRASIL
02:53A CIDADE NO BRASIL
02:55A CIDADE NO BRASIL
02:57A CIDADE NO BRASIL
02:59A CIDADE NO BRASIL
03:01Olha, o agito, né, Magda?
03:06É uma beleza.
03:07Lembra daquelas férias que passamos no agito?
03:09Nós nos deslumbramos com as três piranhas.
03:12Ai, as piranhas.
03:13Ficamos loucos com a impinge.
03:16E a capital do agito, que beleza.
03:18É um barato, embora seja cairo.
03:21Não é agito, é egito, sua zebra.
03:24E quem é que enfiou nesse cérebro de minhoca que você foi Cleópatra?
03:27Meu guru.
03:27Ele disse que é por isso que eu fico um pouco assustada, nervosa, quando vejo uma cobra.
03:32O quê?
03:33Ele te mostrou a cobra?
03:35Mostrou, mas era filhote.
03:36Magda!
03:38Sit!
03:38Junto!
03:39Morta!
03:40Eu te proíbo!
03:43Você está proibida de tomar no guru.
03:46Isto são horas de você chegar em casa.
03:48Eu estou há horas aqui querendo te contar uma grande novidade e você não aparece.
03:52Isso magoa, viu?
03:53Magoa.
03:55Novidade, amor?
03:55Que novidade?
03:57Não vou contar.
03:59Ah, mozinho, conta.
04:00Não conto.
04:02Ai, se você contar, eu faço canguru perneta bem acebolado.
04:08Não quero acebolado, não gosto do bafo.
04:10Ah, mozinho.
04:12Eu quero canguru perneta normal e cem reais em dinheiro, aí eu conto.
04:15Tá.
04:16Credo, viu?
04:16Como você é marceneiro, que horror!
04:21Mercenário, Magda, mercenário.
04:22Eu tenho uma novidade maravilhosa.
04:25Descobri que vão derrubar este prédio e no lugar vão construir um viaduto.
04:30Opa!
04:30Vamos ter condução aqui na porta, menino!
04:33Não, sua anta.
04:34Vamos ter dinheiro.
04:35Eu soube por fonte limpíssima que vão indenizar os moradores do prédio.
04:41Eles iam pagar cem mil reais pra cada um.
04:43Sim.
04:43Acontece que um funcionário corrupto da prefeitura mudou, colocou mais um zero.
04:48Então vão pagar um milhão de reais pra cada um.
04:52Qual é a minha ideia?
04:53Eu compro o apartamento do seu tio por cem mil reais e revendo para a prefeitura por um milhão.
05:00Tá, Caco, mas você quer saber o que eu acho, assim, a nível de mim mesma?
05:04A nível de você mesmo, no momento.
05:06Pera aí.
05:09Não quero saber.
05:10Agora fique quieta que eu preciso enrolar o seu tio boçal.
05:14Quem é boçal?
05:26Você escutou mal.
05:27Eu quis dizer colossal.
05:29Ah, bom.
05:30Fenomenal.
05:32Genial.
05:32É, isso.
05:34Bestial.
05:35Vá, vá, vou lhe dizer uma coisa e na frente da minha mulher, pra você não achar que é bichice.
05:39Eu te amo.
05:44Conheço.
05:51Olha bem pra mim.
05:53Olha bem pra mim e me responda.
05:56Sinceramente, é impressão minha ou tá rolando um clima entre a gente?
05:59Nem vem que não tem, tá?
06:03O dinheiro caiu hoje na minha conta, tropeçou, foi pro cheque especial, morte instantânea.
06:09Tô sem grana, acabou.
06:11Cheque especial não, teu cheque devia se chamar cheque espacial.
06:14Nunca vi tanto cheque voador.
06:16Pra seu governo, não estou lhe pedindo dinheiro.
06:19Eu estou lhe oferecendo dinheiro.
06:20Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
06:29Aleluia, aleluia, aleluia.
06:33Tá, pra lá.
06:34Tá, pra lá.
06:36Vá, vá.
06:42Vá, vá.
06:43Estou lhe oferecendo 100 mil reais por esse apartamento.
06:46É pegar ou largar?
06:47Como é que é?
06:48Exatamente.
06:49Vou fazer o cheque.
06:52Não, não, você não vai fazer o cheque.
06:53Não vai.
06:54Eu não vou deixar você comprar o apartamento do tio Vavá.
06:57Magda!
06:58Você andou bebendo água da privada outra vez?
07:01Já te falei que a tua tigelinha tá ali, na área.
07:04Mas alguém pode me explicar o que é que está acontecendo nessa casa?
07:08Tio, vem cá.
07:10Esta casa é mal assombrada.
07:12Ah, eu vi isso no meu curso de vidas bem passadas e mal passadas.
07:16É o seguinte, aqui neste prédio antigamente havia uma mansão, a mansão do Conde de Arouche.
07:23Era um solteirão riquíssimo, mas muito mal-humorado.
07:27A única pessoa que lhe tratava bem era seu fiel mordomo, Bartolomeu.
07:31Ah, já entendi tudo.
07:33Com certeza os dois tinham um caso.
07:35Com certeza esse Bartolomeu era uma bichona que era conhecido pela garotada como Bartolonosso.
07:40Mas só sei que um dia, Conde de Arouche, sem razão, expulsou, demitiu Bartolomeu.
07:47Bartolomeu ficou com tanta raiva que explodiu a mansão e matou todo mundo.
07:53Mas que bicha vingativa.
07:55Não, e não para por aí.
07:57Bartolomeu prometeu que iria assombrar toda e qualquer pessoa que morasse ali.
08:03Ou seja, aqui.
08:10Magda, faça-me o favor.
08:12Que história mais idiota.
08:15Isso foi aquela bobagem, aquela besteirada que você assistiu naquele filme Vagabundo ontem à noite.
08:19Eu estou falando a verdade.
08:21Olha, se eu estou mentindo, eu quero ver minha mãe mortinha.
08:24Ah!
08:24Ah!
08:26Ah!
08:27Ah!
08:28Ah!
08:29Ah!
08:29Ah!
08:29Ah!
08:29Ah!
08:30Ah!
08:30Ah!
08:31Ah!
08:32Ah!
08:32Ah!
08:32Ah!
08:33Vagabar!
08:41Vagabar, meu irmão, tem um rato morando no meu armário.
08:45Ou você tira ele de lá, ou no próximo mês você cobra dele a minha parte no condomínio.
08:50Cassandra, pelo amor de Deus, assim você me mata do coração, entrar gritando desse jeito,
08:55vestida de hematoma.
08:56Ah!
08:58Dá uma espreada de laque no rato que ele fica duro.
09:01Olha aqui, Vagabar, eu já falei e não vou repetir.
09:0690 mil pelo apartamento, é pegar ou largar?
09:08Que 90 mil?
09:09Você não acabou de me dizer que era 100?
09:11Olha, mas se tem rato no prédio, o preço cai imediatamente.
09:14Mas que história é essa?
09:15É o caco que quer comprar esse apartamento mal assombrado.
09:18Se ainda fosse bem assombrado, não é?
09:20Olha aqui.
09:20Em primeiro lugar, eu não vou vender o meu apartamento para um sujeito que usa o meu
09:27tarão de cheque para pagar suas contas.
09:30Em segundo lugar, eu não vendo esse apartamento porque foi aqui que eu me criei.
09:34Esse apartamento tem uma coisa especial para mim, porque, entre outras coisas, foi a minha
09:39primeira vez.
09:40E uma semana depois, a última.
09:44Se você não quer aceitar a minha proposta, o problema é teu, tá?
09:50Não estou nem aí, tá?
09:53Vou ligar para alguém que possa entender a minha genialidade.
09:56Magda, onde coloquei o telefone de Bill Gates?
10:00Bom, Tio Vavá, eu não quero que Caquinho compre o seu apartamento, mas se eu fosse você,
10:05eu vendia esse apartamento já.
10:07Ah, o mordomo jurou que voltaria aqui para explodir todo mundo.
10:15Que domo é?
10:18Não, sabe o que está acontecendo com o casal?
10:22O casal...
10:23Caçando, eu vou dizer uma coisa a você.
10:25Não vai na conversa desses dois.
10:27Esse apartamento é meu e aqui ninguém vai explodir em nada.
10:31Viva Vavá!
10:44Viva Vavá, mas o que é isso?
10:56O que é isso?
10:58Essa vez eu não tenho culpa, Vavá.
11:00É, nem eu, isso, Vavá.
11:02Alguém pode me explicar aqui o que está acontecendo nessa casa?
11:06A gente estava no esfrega-esfrega lá dentro do elevador.
11:09Ai, que calorão!
11:10Ai, foi dando uma energia, foi subindo uma pressão e aí rolou, meu irmão.
11:16Eu só espero que essa farra do boi não tenha sido no elevador social.
11:20Não, não.
11:21Fora o de serviço que está tão quebrado quanto o social.
11:24E o de serviço tem um detalhe, que a gente pode entrar pelos fundos, se é que a senhora
11:28entendeu o que eu estou falando.
11:30Mas o social é melhor, porque tem espelho no teto.
11:33Mas me explica o que é que tinha dentro do elevador para explodir desse jeito?
11:36Coisa pouca, as bombinhas que eu estou guardando para o São João e Capina Grande.
11:40Essa em Rojão, três torpedos, duas cabeças de lata com mais cinco bombas.
11:44É isso aí, é uma bombinha.
11:46Você botar fomos dentro do elevador.
11:49Ribabara, eu não aguento mais você.
11:51Eu estou por aqui com você.
11:52Sabe do que mais?
11:53Você está despedido.
11:54Você está me ouvindo?
11:55Despedido.
11:56Rua!
12:00Boa!
12:03E não adianta chorar, não.
12:09Eu quero você fora daqui.
12:12Rua!
12:13Rua!
12:15Que isso, seu vová?
12:17Dá uma chance para ele.
12:19Seu vová, não é um senhor que vive reclamando que o elevador vive quebrar a missão?
12:24Ribabara, dê um jeito nele.
12:26O elevador subiu, que nem um suquete furou o telete, foi parar lá no meio da rua.
12:32Olha aqui.
12:34Ribabara, eu vou lá dentro.
12:35Quando eu voltar, eu não quero ver a sua cara na minha frente.
12:43Dona Cassandra, fala com seu vová, por favor.
12:46Eu não aguento ficar longe do ribabara.
12:49Eu acho que eu posso dar um jeito.
12:50Ah, isso eu vou pedir para ele mudar de ideia.
12:53Eu vou pedir para o vová despedir você também.
12:55Vá lá para a cozinha, já.
12:56Anda.
13:05Dona Cassandra, a senhora é uma pessoa é tão boa.
13:10É uma pessoa tão fina.
13:13A senhora vai me ajudar, eu estou sofrendo muito.
13:17Ribabara, você não está me convencendo.
13:19É porque eu minto mal.
13:21Insolente, tomara que você não consiga nenhum emprego e morra de fome no meio da rua.
13:29Onde você pensa que vai?
13:31Eu não quero você no meu quarto.
13:32Eu não quero ser um cheirador passivo de laquê.
13:34Tome o teu rumo.
13:36E olha, não faça essas caras para mim não, hein?
13:39Que eu conto para o público o que aconteceu nos bastidores de a próxima vítima.
13:43Tudo bem, começa a contar.
13:44Ribabara, eu estava no quarto e escutei tudo.
13:51Se você me ajudar, eu posso te ajudar.
13:54Então.
13:55Basta você fazer uma coisa que você nunca fez antes.
14:00E você me beijou?
14:01Foi.
14:02Eu estou gostando.
14:05Não depende, né?
14:07Que coisa e tal.
14:08Se for no sentido de agasalhar, eu...
14:11Não sei, não sei.
14:13Nem tenho nem uma palavra para exprimir o que eu estou sentindo agora.
14:16Olha, eu estou tão em dúvida da minha atitude, sabia?
14:20Não sei.
14:21Um momento de desespero, quem sabe?
14:23Você não tem muito o que pensar.
14:24Você está numa situação crítica.
14:26É, então eu vou dançar, deixa eu ver.
14:29Eu não sei, assim...
14:31Porque eu já fui para a rua, né?
14:35E você me faz uma proposta dessa, quer dizer...
14:39Pode rolar um clima aí.
14:40Não é nada disso, seu palhaço.
14:42Não é nada disso, seu idiota.
14:44Ribamar, você pode conseguir seu emprego de volta, mas para isso, você vai ter que morrer.
14:49Vai ter que virar uma assombração.
14:51Uma assombração?
14:52É.
14:53Agora respirei.
14:54Pensei que eu tinha que vender este corpinho que Deus me deu.
15:10É minha última oferta.
15:19É pegar ou largar.
15:21Caco, não enche o saco.
15:22Eu já falei para você que eu não quero vender o apartamento.
15:25Caco, tio, bicho.
15:26Onde é que você vai arrumar 90 mil reais para pagar ao Vavá?
15:31Não, 90,80.
15:33Prédio sem porteiro, preço cai imediatamente.
15:37Tio Vavá!
15:38Tio Vavá!
15:40Você não podia ter demitido Ribamar em prótese alguma!
15:43Para, Vavá!
15:43Hipótese, Magda!
15:45E não chateia mais, deixa em paz o seu tio.
15:48Chega aqui o seu marido querendo passar a perna nele.
15:51Vós, vós não sabeis que cá havia o nobre e seu fiel mordomo.
15:58Quando o serviçal por seu fidalgo despedido foi,
16:04ameaçou voltar-lhes nês e assombrar-vos-nos.
16:09Estou usando a linguagem da nobreza para que possai-vos entender-vos-lhes-melhordes.
16:16Mas o que será isso?
16:17Será que baixou o espírito Jânio Quadros nela?
16:20Magda, você andou comendo maconha, Magda?
16:25Credo!
16:27Ribamar, mas você está um caco!
16:29Não, caco não!
16:30Caco só existe um!
16:32Eu recuso imitações!
16:34Tô assim...
16:35É que tô assim...
16:37É que tô passando fome!
16:39É que necessite!
16:42E aperto também!
16:44Tô morando debaixo da ponte, lá não tem banheiro!
16:47Não, não precisa nem falar, porque o cheiro já disse tudo!
16:50Credo!
16:51Tem um mendigo fortão lá, que disse que...
16:54Que disse que vai me matar se eu não der um negócio pra ele.
16:59Bora!
17:00Olha aqui, Ribamar, vou repetir pra você.
17:05Não tem nada que ver com os teus negócios!
17:08Pela última vez!
17:09Rua!
17:10Depois, Riba, quem dá um negócio aos pobres empresta a Deus.
17:13É.
17:14Olha, eu vou falar.
17:16Eu tô sofrendo muito, muito, muito, velho.
17:19Se o homem me matava, eu venho buscar vocês tudinho, lá do Beleléu, tá legal?
17:25É.
17:25Vou matar vocês tudinho.
17:27E vou dizer uma coisa, a nível de família.
17:30Maguei.
17:31Ih, eu não tô gostando dessa história.
17:36Foi desse jeitinho que o conde do Arocho se danou.
17:41Olá, olá, olá.
17:43É nisso que dá prédio sem porteiro.
17:47Até mendigo entra sem ser anunciado.
17:50Vá, vá.
17:52Vá, vá.
17:53Eu tô achando a oferta de 80 mil do Caco uma boa oferta.
17:57Não é 80 não, 70.
17:58Que é prédio que mendigo entra assim à vontade e está totalmente desvalorizado.
18:03Olha aqui.
18:04Eu vou acabar com essa bagunça de uma vez por todas, vender coisa nenhuma.
18:07Sabe o que eu vou fazer?
18:08Eu vou botar um anúncio no jornal, oferecendo uma vaga de porteiro.
18:13Vou botar um porteiro lá embaixo, bem forte.
18:16Eu quero ver o Ribamar subir outra vez.
18:18Para, esquece músculos.
18:20O porteiro, o candidato a porteiro, tem que ser educado, fino, bem apessoado, elegante.
18:26E, se possível, falando inglês.
18:29Ah, maravilhoso.
18:30A brinda para o Gui Morro, né, Gui Morro?
18:32Eu adoro a gente.
18:33Ah, Cassandra, a mim pouco importa.
18:35Entendeu?
18:36Se ele for honesto, trabalhador, pode ser preto, verde, amarelo, azul e branco.
18:40A mim não interessa.
18:41Pode até ser do Nordeste.
18:42Do Nordeste da Noruega, vamos deixar bem claro.
18:45É um espetáculo o Nordeste da Noruega.
18:48Várias angélicas, várias xuxas que saltitam pelas tundras, que é a caatinga de lá.
18:55É um espetáculo, você precisa ver.
18:57Na Noruega, no Nordeste da Noruega, o jabá é feito de bacalhau.
19:00A neve é a farinha que eles usam, entendeu?
19:03E você, meu bem, ia ser feliz lá.
19:05Você não seria uma jumenta, você seria uma noruégua.
19:10Credo, uma pobre chorando, dá azar.
19:12Sai pra lá.
19:14O jantar está servido, macacada.
19:17Você está me saindo uma bela de uma atriz, hein?
19:19Parece aquelas atrizes americanas coadjuvantes no papel de empregada, viu?
19:27Uma Jack Nicholson de sutiã.
19:29Uma Shosteo Hashton de saia.
19:31Uma Alessi sem coleira.
19:34Caco, deixa ela pra lá.
19:35Está chorando porque ela está com saudade de ribamara.
19:37Isso passa depois.
19:38O que interessa é a sua pia, que eu adoro.
19:40Essa aqui, do que é?
19:41Das minhas lágrimas.
19:44Misturado com o que sobrou do almoço.
19:46Deve estar com aquele gostinho de sorinho fisiológico.
19:48Fisiológico.
19:50Eu passo.
19:52É, eu também não estou muito pra sopa, não.
19:54Neide Aparecida, traga uma faca pra nós cortarmos o pão.
19:58Ah, faca é impossível.
20:00A única faca decente que tinha nessa casa sumiu, viu?
20:03E, aliás, pra cortar isso aqui, isso aqui está duro.
20:06Olha esse pão, ó.
20:07Só com a motosserra.
20:09Está mais duro que uma laje.
20:11Não!
20:12Não profira essas palavras, demônio.
20:15Laje, eu tenho horror.
20:16Eu tenho horror, Laje.
20:18Mas o que que é isso, hein?
20:29Replay dos piores momentos do programa, é?
20:31Ah, mamãe, ele deve estar com fome.
20:32Eu vou pegar um garfinho pra ele tomar a sopa.
20:35Ribinho, o que?
20:36Mímica?
20:37Olha aqui, eu já falei pra você.
20:39Não vou usar, mas o que que está acontecendo com isso?
20:41Mímica?
20:44Mímica?
20:45Nome de filme?
20:49Atrás?
20:51De parte, repare.
20:52Traz,持ote, repare.
20:56Não...
20:57Duro de matar!
20:59Um!
21:01Duro de matar dois!
21:03Duro de matar três!
21:05O quê?
21:09Duro de matar quatro!
21:13Me enfeta aí o jumento!
21:17Meu Deus!
21:19Cassandra, por essa, eu não esperava.
21:21Eu também não.
21:23Ele fez a gentileza
21:25de trazer a faca pra gente cortar.
21:29Mas é uma mulher
21:31insensível.
21:33Cale a boca, surucucu!
21:37Ribamar, ele está querendo dizer
21:39algumas palavras, embora ele seja um pré-presunto.
21:41Eu... Vem cá.
21:43Eu preciso... Diga.
21:45...dizer algumas
21:47palavras.
21:49Fale, meu querido, fale. Põe pra fora.
21:51Quem está querendo passar um telegrama? Cala a boca, zebra! Diga!
21:53O mendigo... Fortão... Créu... Neu... Enfiou...
21:59Mas pelo que eu entendi, Ribamar foi spaqueado com uma salsicha, foi isso?
22:03Mas será que ele está morto?
22:05Não, está quase morto.
22:07Fale logo o que você tem que falar!
22:09Vavá!
22:11Vavá!
22:12Vavá!
22:13Vavá!
22:15Vavá, eu quero dizer que você é o culpado disso tudo.
22:21Eu vou voltar para te assombrar um dia.
22:25Eu estou vendo um túnel.
22:27Eu estou vendo uma luz.
22:31Uma mão.
22:33Eu estou vendo uma calcinha branca.
22:39Eu estou morrendo.
22:45Salsicha do mendigo.
22:51Salsicha do mendigo.
22:53Salsicha.
22:55Morreu!
22:57Morreu!
22:58Ele está morto?
22:59Vamos tentar salvar a alma, porque o corpo ele já perdeu.
23:02do lado do reflito, não está por dentro do foco, eu estou me preocupando, que você
23:26não vai morrindo ainda.
23:28um gesto me perdoe ribamar eu estou no arrependimento de ter mandado ele embora
23:35eu também ele morreu em cima do único tapete decente da casa
23:41mas isso não é uma mulher cabra nós isso é um surucucu do pescoço grosso
23:47peraí vocês não estão entendendo ribamar foi demitido morreu e prometeu voltar meu
23:55deus do céu gente eu vale a pena ver de novo da vingança do mordomo eu tô com
24:00medo pavá acho melhor chamar a polícia não polícia não polícia não só se for
24:06o eliot nas que a polícia brasileira tudo tem nome de paiva silveirinha silva é uma
24:11gente sem aplomba
24:14eu quero que eu cheguei me derrubou ele me derrubou para que eu tenho horror a pobre
24:29sofrendo o que que nós vamos fazer com o corpo vamos enterrar ou cremar cremar não cremar eu tô
24:38fora é peraí você não tava morto não chama-se visita da saúde é um fenômeno raríssimo mas que acontece o
24:44defunto levanta querendo ainda alguma coisa depois volta para onde vem sabe o que que é
24:48gente como o ribamar nunca foi útil em vida vamos torná-lo útil na morte beleza vamos
24:55vender os seus órgãos é ruim é ruim é ruim ninguém mexe no meu órgão não ribamar tem quantas vidas sete quantas já foram
25:02foram não não não tem mais nenhuma viu se não morrer de uma vez vai ficar devendo para a próxima
25:07encarnação pronto acabou-se perdemos ribamar a dor transversa o meu peito com a faca pontiaguda
25:19calma minha pobre neite agora danou-se vavá agora você vai ter que encarar a maldição de ribamar
25:32eu não estou gostando nada dessa ideia de manter o ribamar no baú do brigadeiro é fazer o que do
26:02domingo o enterro está custando caríssimo literalmente pela hora da morte segunda-feira
26:06é mais barato tem promoção você paga meia cova e leva de graça um chaveirinho tá bem então chaveirinho
26:12é meu como aluguel do baú cassandra que absurdo mas você é uma criatura sem a menor humanidade
26:19cassandra ah não exagera também vavá eu até que estou sentindo falta eu não acredito a sogra coral
26:26sentindo falta do ribamar não do ribamar não estou sentindo falta de um porteiro
26:31ué essa vela está apagada pois eu não acabei de ver a neide acender a vela que estranho sabe o que é isso
26:42isso é um sinal dos anjos escandinavos que você deve me vender o apartamento o quanto antes
26:49ah para com isso caco eu não vou vender apartamento coisa nenhuma você sabe disso
26:53ah o problema é seu então você vai ficar sozinho aqui na sala viu
26:58sozinho aqui na sala vou nada eu vou é dormir meia noite e pouco
27:06ah tomar um licorzinho
27:11visita meia noite que história é essa
27:30não é hora de visitar ninguém mas quem é que deixa essa gente entrar
27:37boa noite meu nome é bartolomeu é aqui que estão precisando de um porteiro
27:53ah é sim é aqui por favor vamos ir obrigado estou estranhando o horário que o senhor veio
27:59procurar esse emprego de qualquer maneira
28:02isso aconteceu antes de eu fazer a publicação nos classificados
28:06é que eu sempre prefiro sair à noite é mais fresco entende
28:11sei sim
28:13me perdoe senhor o espírito do meu finado patrão insiste em incorporar em mim de vez em quando
28:19se vê que tem gosto pra tudo por favor queira sentar obrigado eu vou ter que pegar o formulário
28:34o senhor vai ter que preencher uma ficha perfeito senhor
28:36é o neide neide levanta que você tem que servir o café para o candidato a porteiro
28:42cucu cucu
28:52olha moço já que ninguém dormiu nessa casa aqui né resolvi fazer um cafezinho tipo levanta de fundo
29:01espero que o senhor goste
29:02muito obrigado
29:04está fraco
29:06e agora senhorita
29:09devolva
29:10como assim devolva
29:13a minha respiração que você roubou
29:16só perdeu alguma coisa
29:19faz um tempo que o senhor não vê mulher né
29:23cem anos
29:25oh doce criatura
29:27você tem os seios do jeito que eu gosto
29:30um do lado do outro
29:33peça o que quiseres
29:36peça a lua
29:37e ela estará aqui humilhada diante de você
29:40linda criatura
29:45pega no termômetro dele que tu vai sentir a temperatura
29:48ai socorro
29:52ai meu senhor sebastião
29:54o rei mamá voltou
29:54socorro
29:55socorro
29:56oh doce
29:58mami
29:58estou com medo
30:01estou com medo
30:03estou com medo de dormir
30:07nessa casa mal assombreada
30:09vem na cozinha que a mamãe vai dar um copo de água com açúcar
30:12vem
30:12eu não estou com sede
30:14estou com medo
30:15mami. Boa noite,
30:17donzela.
30:25A jovem está meio assustada.
30:28Também puderam, não é?
30:29A coitadinha está cheia de medo. Encontro uma figura
30:31com... Afinal de contas, quem é o senhor?
30:34Bartolomeu, seu futuro
30:35porteiro, madame.
30:41E o senhor tem referências? Sim.
30:43Permita-me dizer que trabalhei
30:45para as famílias mais nobres do Rio de Janeiro.
30:48Os marqueses
30:49de Sapucaí, no Mangue,
30:52a princesa Isabel, fiz alguns
30:53biscates e trabalhei também para o
30:55visconde de Pirajá.
30:57Pelo menos o senhor é espirituoso.
30:59Porque se o senhor visse o porteiro que nós tínhamos
31:01aqui, mas uma coisa horrorosa,
31:04um ignorante,
31:05um mal-ajambrado, incompetente
31:08até para abrir a porta.
31:09Pisa, Cascavel, pisa,
31:11maltrata a peruca.
31:13A voz do Ribamar,
31:14a voz do Ribamar é por aqui.
31:16Com licença, senhor.
31:17Com licença.
31:19Oi, Silmo, o senhor desculpa aquela hora.
31:21O senhor não vai acreditar.
31:22Nossa doméstica jura que viu
31:24Ribamar, nosso desfalecido porteiro.
31:27Eu digo a ela que depois que uma pessoa morre,
31:29até uma criança sabe que ela encarna
31:31em outro corpo, tá certo?
31:32Nem sempre, senhorita.
31:34Nem sempre.
31:35O senhor está bem?
31:41Bem, obrigado.
31:44Não, eu acho que é sempre sim.
31:45Eu vi isso no meu curso de regressão.
31:48Foi.
31:48Porque é tipo assim,
31:50você não é você,
31:52você é outro.
31:53Mas no fundo,
31:54este outro que não é você,
31:57na verdade,
31:58é o outro que é você.
32:00Você entendeu?
32:01Acho que sim.
32:02Eu não sei se eu sou
32:03quem você pensa que eu penso
32:05ou que você pensa que eu sou.
32:09Tipo isso.
32:11Escuta, o senhor quer que eu calcule
32:13quem o senhor foi?
32:14O senhor tem que me dar
32:15o nome, data de nascimento
32:17e o seu telefone.
32:18O meu telefone é
32:192345678.
32:23Está na hora de moer o biscoito.
32:25O senhor é Gabriel, o prensador?
32:29Não, senhorita.
32:30Eu sou Bartolomeu Marcondes.
32:33Nasci em 25 de outubro de 1815.
32:38Há um século que eu trabalho nessa área.
32:411815?
32:43Isso está conservado.
32:48O senhor disse...
32:52O que é isso?
33:01Deu o circuito no platinado?
33:03O que é isso?
33:13Quem é esse estrupiço?
33:20Meu nome é Bartolomeu.
33:23E o seu?
33:24O meu não, graças a Deus.
33:26Eu...
33:26É o fantasma do morro do homo.
33:32Cara, Luiz.
33:32Que fantasma, uma pinóia.
33:34Olha aqui, ô clone de Frankenstein.
33:36Toma teu rumo.
33:38Toma teu rumo,
33:39que eu sou o futuro dono dessas peluncas.
33:41Não quero vai vir ninguém aqui.
33:41Vambora.
33:42Esse apartamento jamais será seu.
33:45É...
33:45O que é isso?
33:46É o Jason.
33:47Magda, vai pedir ajuda.
33:49Dá licença, senhor.
33:51Como é que é meu nome?
33:52É isso aí.
33:55Ajuda.
33:56Socorro.
33:56Quebrei o coco e arrebentei a sapucaia.
34:07Sua cissa guimarães do crato.
34:09Olha o que você arrumou.
34:10Gente, hein?
34:12Agora nós temos...
34:13Nós temos um defunto de verdade no meio da sala.
34:26Pronto.
34:41Agora é só desovar esse estrupício.
34:44Preste atenção.
34:46Desovar é jogar o corpo fora.
34:48Não é capar o rapaz, não, viu?
34:50O que é isso?
34:51Você pegou a carteira do defunto?
34:53É.
34:54Eu tô só emprestado.
34:55É emprestado.
34:56Quando ele quiser ir de volta, é só ele cuspir a areia e falar que eu devolvo.
34:59Me dá isso pra cá.
35:00Deixa isso comigo.
35:01Deixa isso aqui comigo.
35:02Me dá.
35:03Ele está dentro do submarino?
35:05Que submarino?
35:06A sua peça de quinta a domingo aqui no teatro, hã?
35:09Com Zezé Polessa.
35:13Você me beijou.
35:14Foi.
35:15Eu tô gostando.
35:17Mas o que é isso?
35:19Uma arma?
35:21Eu sabia que tinha alguma coisa errada com esse cara.
35:23Bartolomeu, já achei a ficha de inscrição.
35:27Rápido, entra aí que ninguém pode te ver.
35:28Aí dentro do bar.
35:29E aí, susca logo o Vavax, que tá parecendo uma muma paralítica.
35:32Eu não entro aí nesse aperto nem morta santa.
35:35Rápido, eu vou lá com isso.
35:36Eu vou lá com isso.
35:37Minha Nossa Senhora.
35:38Bartolomeu, ué.
35:45Cadê o Bartolomeu?
35:46Foi embora.
35:47Foi embora.
35:47Desistiu.
35:48Ele achou que isso aqui era um prédio de gente rica, mas quando olhou pra cara do síndico,
35:51viu que era uma espilunca e tomou rumo.
35:53Está trabalhando atualmente no edifício Portais do Céu.
35:56É auxiliar direto São Pedro.
35:57Um espetáculo.
35:59Achei ótimo, quer saber?
36:01Eu não ia muito com a cara dele.
36:02Achei ele meio sinistro, sei lá.
36:05Ah, não vai me dizer que tá com medinho, Vavá.
36:07É claro, não é, Caco?
36:09Você acha que eu vou estar como?
36:10Com um cadáver dentro do baú?
36:12Um baú que...
36:14Toda vez que eu olho...
36:17Me dá o arrependimento de ter feito o que eu fiz com o Ribamar.
36:22Me perdoe, Ribamar.
36:27Se eu pudesse voltar.
36:28Se eu pudesse voltar atrás.
36:37Dá pra voltar atrás, dá.
36:45Como é que é?
36:46Dá pra voltar atrás, dá.
36:49Era eu fazendo uma homenagem, uma pequena imitação.
36:54Ainda direitinho.
36:55Era eu fazendo uma homenagem póstuma ao nosso falecido Paraíba.
36:58Tio Vavá, Tio Vavá.
37:01Pelo amor de Deus, o mordomo tá querendo matar o Caco.
37:03Como?
37:05Foram embora.
37:06Será que o mordomo já matou o Caco e levou ele pra fora pra enterrar o cadáver?
37:10Matou sim, sua...
37:11Matou, Jumenta.
37:12Matou e fugiu numa mula.
37:14Uma mula que fazia assim, ó.
37:16Era a sua cara.
37:17Você tá fazendo gracinha assim, querendo me agradar, porque você não sabe quem é Bartolomeu.
37:22Pelos meus cálculos, Bartolomeu foi o mordomo assassino em outra encadernação.
37:29Cala a boca!
37:31Não me tira do sério.
37:32O único cálculo que você é capaz de fazer é cálculo renal.
37:36Sua anta desgovernada.
37:38Essa história de mordomo de Bartolomeu é tudo uma sandice.
37:41É verdade, Magda.
37:42O Caco tem razão.
37:43Que isso, Magda?
37:44O Bartolomeu era um candidato a porteiro.
37:46Já foi embora.
37:47Acabou tudo.
37:48Pronto.
37:48Se não, se não, eu tô sentindo a presença dele aqui.
37:51Nesta casa.
37:53Eu acho que ele vai voltar aqui e explodir todo mundo.
37:56Caquinho, eu não quero morrer.
37:57Meu bem, meu bem.
37:58Pensa no lado bom da história.
38:00Se você for obrigada a comer capim pela raiz, você não muda a dieta.
38:04Seu papá, eu ouvi a voz do Ribamar e ele voltou do além.
38:08Eu também ouvi.
38:09Aquele sotaque pavoroso é inconfundível.
38:12É a maldição do Ribamar, estou avisando.
38:15O que que é, Caco?
38:16Você enlouqueceu.
38:17Você acabou de dizer que tudo isso era uma sandice.
38:19Na história do Bartolomeu, sim.
38:21Mas a história do Ribamar é verdadeiríssima.
38:23E a única maneira de você se livrar da maldição é assinando esse contrato.
38:25Aqui está.
38:26Cinquenta mil, não se fala mais nisso.
38:28Cinquenta?
38:29Não era oitenta?
38:29Não, mas agora com alma penada.
38:31Ainda por cima de pobre, o preço despencou.
38:33Alma penada?
38:34Mas peraí, quem morreu foi o Ribamar ou uma galinha?
38:36Ai, seu papá, eu estou com medo do Ribamar pegando meu pé de noite.
38:40Ah, no pé, meu filho, do jeito que ele é tarado.
38:42Ele ia ficar no pé, já não.
38:43Olha aqui, vamos parar com essa palhaçada.
38:45E de uma vez por todas, eu vou provar a vocês que essa maldição do Ribamar não existe.
38:50Eu vou levantar a tampa e vou mostrar que ele está mortinho aqui.
38:52Não, senhor, eu lhe proíbo.
38:54Eu lhe proíbo.
38:55O quê?
38:56É, nessa hora ele deve estar irreconhecível.
38:58Ele é do mais pobre, é igual o leite C.
39:00Estraga com muita facilidade.
39:01Você sai da minha frente, eu vou levantar essa panta e vou provar a vocês que o Ribamar
39:06está vivo.
39:10Vivo, morto, morto, morto, vivo e vivo.
39:14Socorro!
39:15O Ribamar, socorro!
39:17O Ribamar, o Ribamar, o Ribamar, o Ribamar.
39:21Peraí, calma, calma.
39:22O Ribamar, o Ribamar.
39:23Ó, manda para uma revisão que o negócio está bravo.
39:25Você viu?
39:26Você viu o que eu falei?
39:27Ele reapareceu e você nem precisou levantar a panta.
39:30Entendeu?
39:33Ó, ó, terrível, terrível fantasma.
39:38Por favor, me diga, por que voltaste?
39:40Não encontraste a paz do lado de lá?
39:43Não, eu não encontrei o mapa.
39:46Eu tenho que saber o caminho da verdade.
39:48Outra, está acontecendo uma reforma na Previdência lá no céu.
39:52Sim, como não entra desempregado, eu vim aqui buscar a sua alma para vender ao capeta
39:59Vavá.
40:01Não, não, não, de Vavá, pelo amor de Deus, não.
40:05Viva, Vavá, volte para o texto imediatamente antes que eu lhe dê um tapa nessa cara de
40:10defunto.
40:11Trabalhador brasileiro está morto, precisa reivindicar, precisa dizer o que quer.
40:15E é importante que isso aconteça dentro do processo de liberação democrática do
40:18país.
40:23Vanderlei Matias, não dê ouvido a esse porteiro preguiçoso, porque daqui a pouco a criadagem
40:30inteira está se matando para receber aumento.
40:32Cassandra, você está enlouquecida.
40:35Você não está vendo que ele voltou para se vingar?
40:37Ele virou um zumbi, Cassandra.
40:39O zumbi do Palmeiras?
40:40É, Magda, é, zumbi do Palmeiras, com certeza é o Amaral.
40:54Vavá, enquanto você morar neste prédio, eu não vou deixar de perturbar sua cabeça.
41:02Olha, eu não quero lhe pressionar, mas a única maneira de você se livrar deste Freikruger,
41:07a única maneira de você fechar a panta deste drama é você assinar esse contrato.
41:1245 mil e não se fala mais nisso.
41:1445 mil é um absurdo, caco.
41:17Assine?
41:18Assine de uma maneira.
41:19Não, não, não, não, não.
41:20Saiu, assine.
41:20Não faça isso!
41:24Meu Deus, olha lá, amordou o assassino e voltou, ele vai explodir a gente.
41:28Não amordou o assassino nenhum, isto aqui é um candidato a porteiro.
41:31Engano seu, eu sou um morto-vivo de verdade.
41:35Vavá, temos que chamar a detetizadora, Vavá.
41:38Estamos com uma praga de morto-vivo nessa casa.
41:42Eu quero esse apartamento.
41:44Ou você me dá esse apartamento ou eu vou explodí-lo novamente.
41:48Assina aqui, Vavá.
41:49Mas o que é isso? Um morto-vivo com um contrato no bolso?
41:52Não, amor, pode ser um morto muito vivo.
41:56Assine isso agora.
41:57Eu não vou assinar contrato com morto, nem com vivo, nem com ninguém.
42:01Chega!
42:02Eu quero esse apartamento!
42:05E quero também um analgésico, porque estou com dor de cabeça dos diabos.
42:08Foi a porrada que eu dei com o castiçalo na sua cabeça.
42:12Alma, se quiser a segunda dose, eu estou aí para dar.
42:14Ele não vai te dar apartamento coisa nenhuma?
42:16Ah, não?
42:16Já fechou comigo? Quarentinha e não se fala mais não assim?
42:19Ah, é? Pois muito bem, então você vai ver.
42:22Ué, onde está o meu revólver?
42:24Está aqui, seu safado. Está aqui.
42:27E agora, seu ordinário, é que a gente vai ver se tu está morto ou se tu está vivo.
42:32Eu explico, eu explico.
42:52Sabe o que é?
42:53Bom, desde muito jovem, é que eu sempre sonhei em comprar um apartamento assim como esse,
43:00num lugar aprazível, valorizado, com vista para o mar, como no Largo do Arocho.
43:05Vista para o mar de lama.
43:09Isso é multreta da grossa.
43:11Com certeza, elementar, meu caro Watson de Latqué.
43:15Olha aqui, vamos ver agora se ele é fantasma ou se não é.
43:19E é um, e é dois, e é...
43:20Não, não, não, não, não, por favor.
43:21É tudo mentira, é tudo mentira.
43:23Eu copiei um filme que eu vi na televisão ontem, sabe?
43:27Ah, menino, eu também vi.
43:29Como é que acabou?
43:30O morto-vivo, ele acabou se declarando para Mula Sem Cabeça ou não?
43:33Não, sabe, é...
43:34Declarou-se, Magda.
43:36Depois eu te mando a carta que ele mandou para você.
43:39Anormal, cala a sua boca.
43:40Fala aqui, rapaz.
43:41A mim tu não engana não, safado.
43:43Escola que tu estudou, ensinei o diretor.
43:45Tu estava plantando milho, meu fubá estava na bolsa de Tóquio.
43:48Entendeu?
43:49Safado.
43:50Tu estava de olho no meu milhão.
43:51Rapa daqui.
43:52Rapa!
43:52Está certo.
43:53Eu vou embora.
43:54Você venceu.
43:55Mas eu tenho um pedido a fazer.
43:57O que que é?
43:59Quero um beijo de Cassandra.
44:01Olha aí, Cassandra.
44:01Encara, mulher, aproveita.
44:04De despedida?
44:05Não, de língua.
44:08Bora daqui.
44:09Bora daqui.
44:14Ô, Caco, agora que o Bartolomeu foi embora, me explica essa história de um milhão de reais.
44:21Um milhão não, novecentos mil.
44:23É.
44:23Porque você falou, seu Caco, que se ele caísse do conto do vigário, você me dava cem mil.
44:27Ahá, eu sabia que ia passar água suja por debaixo dessa ponte.
44:34Ponte não, mano.
44:36Ponte não.
44:36Viaduto.
44:38Este prédio será desapropriado para a construção de um viaduto.
44:42Caco iria comprar o apartamento por cem mil e revender para um amigo corrupto da prefeitura por um milhão.
44:49Ele não ia ganhar nada, era só um zero a mais.
44:55Mas é inacreditável.
44:58Esta mula não junta Lé com Cré.
45:00Agora, na hora de me dedurar, ela fica articulada como uma socióloga do PT.
45:05Vavá, eu estava querendo lhe proteger, porque te amo muito, Vavá.
45:14Tenho você no meu coração e a vida de milionário é cheia de riscos.
45:18Cheia de riscos.
45:19E a vida de salafrário também é cheia de riscos.
45:22Caco todos os tiros, todo o remédio.
45:25A mim tu não mete mais medo.
45:27Eu vou acabar com esse...
45:28Com esse zumbi paraguai.
45:31Ai, Neide, ele quer me furar de bala.
45:34Ele não tem reencarnação, eu venho igual a peneira para o mundo.
45:37Que isso, assombração do Ribamá me encerrando?
45:40Assombração, isso daí está vivo como gabiru no lixo.
45:44Eu não vou matar vocês, porque eu não tenho mais bala.
45:47Mas eu vou dizer uma coisa, eu estou tão cansado desta família.
45:50Tão cansado.
45:51Sabe o que eu vou fazer?
45:52Eu vou receber a indenização.
45:55Vou comprar um apartamento para mim muito melhor do que esse.
45:59E nós, Vavá?
46:00Não, vocês continuam aqui, só que debaixo do viaduto, tá?
46:04Ah, seu Vavá, pode tirando o cavalinho da chuva, tá?
46:08Porque a prefeitura desistiu de fazer o viaduto.
46:11Olha, mandaram essa carta na confusão, eu esqueci de entregar.
46:13O quê?
46:14Neide, você abriu a minha correspondência?
46:16Ai, seu Vavá, eu estava protegendo o senhor.
46:20Vai que é uma carta bomba.
46:21Ela estourava na minha mão, que fui a primeira que abriu.
46:24Até tu, até tu, bruta.
46:25Cara, com isso, desce pra cá.
46:27Ainda não é dessa vez que você vai ficar livre da gente, Vavá.
46:34A minha maldição é carregar vocês nas minhas costas.
46:37Tanta maldição, tanta praga.
46:39Deixa eu ficar mais o senhor, tio.
46:41Tá bom.
46:41Eu te dou mais uma chance.
46:43Se você me prometer, nunca mais fazer nada de errado.
46:47Eu prometo.
46:47Primeiro perante a nossa família, que darei para o senhor...
46:50Todos os botijões de gás que estão lá no Playground, que eu estoquei para revender.
46:58Botijão de gás?
47:00Viva a maldi!
47:01Viva a maldi!
47:31Aplausos
48:01Aplausos
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