Adoção de novas tecnologias, como bioinsumos, é o grande diferencial do produtor de milho brasileiro, afirmou o pesquisador Mauro Osaki, para o portal RuralNews durante Congresso Brasileiro de Milho, que aconteceu no dia 15 de maio, em Brasília. Segundo ele, a abertura de novos mercados e a expansão da cultura para o cerrado fará com que o Brasil se aproxime mais do segundo maior exportador do mundo, que é a China. O Brasil é o maior exportador do cereal, porém os maiores produtores são China e Estados Unidos.
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NotíciasTranscrição
00:00Olá amigos do Portal Rural News, estou agora aqui ao lado do Mauro Ozaki no Congresso Brasileiro de Milho aqui em Brasília.
00:10Mauro, você é mais uma vez presente num grande evento aí que fala sobre uma cultura muito importante no Brasil
00:17e nesse trabalho de coleta de dados aí ele mostra muito a importância dessa cultura para o Brasil hoje, né?
00:23Exatamente, é uma cultura que está voltando a retomar a sua importância em termos de expressão de números.
00:31Cada ano, cada dia nós estamos conquistando esses novos recordes de produção, exatamente para atender o mercado interno e externo também.
00:40O Brasil hoje chega a terceiro maior produtor de milho no mundo, Mauro, como está essa condição?
00:44Sim, nós somos o terceiro mais importante em termos de produção, ficando atrás dos Estados Unidos e da China,
00:49mas nós somos aí entre os dois principais exportadores desse cereal.
00:54Nós ficamos aí brigando agora para e passo com os Estados Unidos, anos nós somos maiores, anos nós somos menores,
01:02pela própria questão da instabilidade climática que nós temos, principalmente segundo a safra,
01:07o que normalmente não deixa ser líder de exportação de grão, no caso do milho.
01:13E mais uma vez, o CPE, nessa análise de dados, ele detecta aí que a tecnologia cada vez mais tem um papel importante na produtividade,
01:23especialmente na segunda safra, que depende muito de fatores climáticos, né Mauro?
01:27Exatamente, todos esses números são construídos a partir do projeto Nosso Campo Futuro, junto com a CNA, Sistema Senar,
01:33porque você consegue tirar uma radiografia da produção.
01:35Então, a gente consegue exatamente com isso, detectar e diagnosticar os pontos fracos e fortes que nós temos,
01:43exatamente isso que a gente começa a retratar, onde é que nós estamos perdendo competitividade e onde é que nós estamos ganhando essa competitividade, né?
01:51E tem preocupado bastante com todas essas variações climáticas, né?
01:55Quanto o produtor tem perdido a sua rentabilidade.
01:58E aí, nos preocupa muito quais são os passos que nós devemos fazer e alimentar essas informações para o poder público,
02:06que ele faça uma política especializada, específica, para que possa atender toda a cadeia produtiva.
02:12Mauro, eu gostaria que você fizesse uma análise aí para nós sobre os últimos anos, né?
02:17Houve uma grande evolução na cultura do milho, por exemplo, nos últimos 10 anos.
02:22Fala um pouquinho para a gente sobre essa linha do tempo aí.
02:24É, o milho vem evoluindo há bastante tempo, mas nesses 10, acho que nós começamos a ter ganhos, né?
02:30Saltos expressivos.
02:32São conjuntos de fatores que explicam essa expansão, conquista do mercado externo,
02:38opção de você vender antecipadamente o milho,
02:42você ter instalação de fábrica de etanol no estado do Mato Grosso,
02:46você ter cultivares adaptados para isso,
02:48e você ter ciclos mais curtos também da soja que permitiu você encaixar a cultura do milho,
02:55e também a questão aí do caso de milho mais adaptado à região do Cerrado.
02:59Tudo isso, né?
03:01Conjuntos de pacote e com um parque de máquina maior,
03:05mais capacitado para você operacionalizar a segunda safra,
03:10você conseguiu ter esses números que nós estamos aumentando safra a safra.
03:13É um conjunto de fatores que nós estamos colecionando e colocando o milho junto aí como grande cereal de exportação do Brasil.
03:21E para os próximos anos, Mauro, conseguimos galgar um pouco esse degrau de terceiro maior produtor mundial ou não?
03:27Vamos aproximar mais, obviamente, com relação à China,
03:32mais do que não somente ocupar grande produtor, mas ser produtor eficiente, certo?
03:37E o Brasil está sendo cumprindo esse papel com toda a tecnologia que estão colocando aí no balcão,
03:43principalmente nessas biotecnologias que nos ajudou muito, né?
03:47Trouxe toda essa contribuição nesses últimos 20 anos, nosso ganho de produtividade, tá?
03:52Eu creio que o Brasil, o produtor brasileiro, tem usado com bastante maestria essa tecnologia,
03:57e certamente o bioinsumos que está entrando agora será uma nova ferramenta que nós vamos incorporar
04:02e colocar a nossa produção mais sustentável e ser um dos grandes atores de segurança alimentar nesse mundo.
04:09E esse foco hoje no etanol, na produção de etanol e abertura de novos mercados como o Cerrado,
04:15traz grande ânimo aí para o produtor de milho, não é, Mauro?
04:18Sim, eu creio que é uma opção, é uma alternativa do produtor não somente comercializar para o mercado de produção de ração,
04:27mas também para o etanol e diminuir talvez até a exportação.
04:30Deixando aqui no mercado interno, processando, agregando valor internamente,
04:36e vamos exportar produtos derivados do milho, não o milho em grão.
04:39Muito bem, conversei aqui com Mauro Ozaki, pesquisador do CPEC,
04:42e falou aqui durante o Congresso do Milho sobre a importância e números estatísticos dessa cultura muito importante para o Brasil.
04:50E eu continuo aqui no Congresso, levando para você que acompanha o portal Rural News,
04:53notícia, informação e tudo o que acontece nesse grande evento.
05:00Legenda Adriana Zanotto