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  • 23/05/2025

Toda quinta-feira é dia (ou noite, né!?) de A Praça é Nossa. Então, você já sabe que Carlos Alberto de Nóbrega e um time de humoristas da mais alta qualidade chegam com tudo nas telinhas do SBT com a missão de fazer você e o "Cazalbé" darem as melhores gargalhadas!

# Sobre o programa
A Praça É Nossa surgiu com Manoel de Nóbrega (1913-1976), que, de férias, vislumbrou esse sucesso, que há três décadas, cativa o público brasileiro.
Atualmente apresentado por Carlos Alberto de Nóbrega, o humorístico reúne os personagens mais queridos da TV.

Paulinho Gogó, João Plenário, Porpetone, Sangue, Gaudêncio, entre outros, formam uma verdadeira seleção de craques do humor para fazer sua rotina muito mais divertida.
Inscreva-se no canal: https://www.youtube.com/user/SBTAPracaENossa

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E para mais informações sobre o programa, acesse: http://www.sbt.com.br/apracaenossa/

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00:00:00Meu lindo!
00:00:22Meu fechamento!
00:00:23Tá me sentando?
00:00:24É isso!
00:00:25Deixa eu te dar um abraço, parceiro?
00:00:26Um abraço, irmão!
00:00:27Um abraço!
00:00:28Um abraço!
00:00:29Ah, que abraço gostoso!
00:00:30Caraca, maluco!
00:00:31E aí?
00:00:32Deixa eu olhar aqui.
00:00:33O que foi?
00:00:34A quantidade de mulher bonita que tem nessa praça, irmão!
00:00:36Deixa eu olhar, rapaz!
00:00:37Rapaz!
00:00:38Você é casado!
00:00:41Imagina a felicidade dos maridos acordando de manhã!
00:00:44Ah, moleque!
00:00:48Marido de mulher feia tem raiva de feriado, né?
00:00:51Marido de mulher feia sempre acorda assustado, né?
00:00:58Sempre acorda assustado!
00:01:06É marido de mulher bonita, não!
00:01:08Tá sempre sorrindo, né?
00:01:09No meu caso, quem acorda assustado é a Renata!
00:01:17Aqui!
00:01:18Você tá saindo pra balada, você?
00:01:21Ah, imagina!
00:01:22Sabe mais não?
00:01:23Minha balada é a cama!
00:01:27É a cama gostosinha!
00:01:29Balada!
00:01:30Bolada não tem mais, né?
00:01:33Isso tem!
00:01:34Isso tem!
00:01:35Ah, maluco!
00:01:36Às vezes quando eu saio pra um pagode aí pra poder dar uma animada, né?
00:01:39E aí cheguei num pagode, maluco!
00:01:42A situação me deu uma condição!
00:01:43Sabe quando olha assim pra você?
00:01:45E tu olha pra pessoa, a pessoa aí cria aquela...
00:01:48Clima!
00:01:49Clima!
00:01:50Eu já cheguei e falei, boa noite!
00:01:52Boa noite!
00:01:53Linda! Maravilhosa!
00:01:54Maravilhosa!
00:01:56Cabelo tudo sedoso, assim!
00:01:58O corpo bem fazido!
00:02:00Aquela coisa...
00:02:01É!
00:02:03Aí fiquei conversando, já rolou um clima!
00:02:06A gente se entendeu no diálogo, né?
00:02:08A gente ficou conversando!
00:02:09E aí foi realmente interessante pros dois, né?
00:02:12Aí eu falei pra ela, e aí?
00:02:14Já sentiu que do zero a zero a gente não sai, né?
00:02:17Falei pra ela!
00:02:18Ela falou assim, não, já percebi!
00:02:20Eu falei, e aí?
00:02:21Vamos então pra um zero estrela?
00:02:22Falei pra ela!
00:02:23Ela falou, vambora!
00:02:25Falei, então, mas já que tu tá afim de ir pra um zero estrela comigo,
00:02:28pra gente bater uma virilha!
00:02:34Eu preciso te conhecer um pouco mais, assim,
00:02:36quais são as suas preferências,
00:02:37em relação ao tamanho!
00:02:43Em relação ao tamanho!
00:02:44Ela falou, tem que ser maior que o meu!
00:02:48Ah!
00:02:52Casal B, casal B!
00:02:54Naquela salada de fruta tinha banana, cara!
00:02:59Cheguei em casa, mais cedo!
00:03:02Consciência pesada!
00:03:03Consciência pesada!
00:03:05Quando cheguei em casa, que entrei no quarto,
00:03:08quem é que tava na cama?
00:03:10Nega Juju!
00:03:11Claro, tua mulher, pô!
00:03:13Combiri com o Tico, meu melhor amigo, cara!
00:03:15Ah, é?
00:03:18Tava na cama, combiri com o Tico,
00:03:20tava chamuscando, casal B!
00:03:22Tava chamuscando!
00:03:25Eu cheguei, minha noftalina ficou adulterada na hora, casal B!
00:03:28Eu falei, como é que pode, hein, birico Tico?
00:03:32Como é que pode?
00:03:33Quem diria?
00:03:34Você, birico Tico!
00:03:35Meu amigo de infância!
00:03:37Amigo que eu dividia minha merenda com você,
00:03:39andava de bicicleta,
00:03:40eu emprestava minha bicicleta pra você, birico Tico!
00:03:43Você não tinha condição!
00:03:44Eu emprestava minhas roupas pra você sair comigo,
00:03:46você não tinha condição!
00:03:48Quantas vezes eu arrumei emprego pra você,
00:03:50quando você ficou adulto,
00:03:51te ajudei da maneira que eu podia ajudar, birico Tico!
00:03:53E você aqui, nessa situação com a nega Juju,
00:03:55e você, hein, nega Juju?
00:03:57Como é que pode, hein, nega Juju?
00:03:58Você, quando eu te conheci, tu não tinha nada, nega Juju!
00:04:01Eu construí um galinheiro enorme, firme,
00:04:04um puleiro bem colocado,
00:04:06e você colocando ovinho no mato, hein, nega Juju?
00:04:13Que situação é essa?
00:04:15Parece que vocês dois querem parar de cruzar
00:04:17e prestar atenção no que eu tô falando!
00:04:25Nunca tive uma humilhação tão humilhante na minha vida!
00:04:28Ah, deve ser horrível!
00:04:29Horrível? Tá maluco!
00:04:31Mas tu sabe que o coração, às vezes,
00:04:33ele te perdoa, né, Cadalberto?
00:04:35É, que fogo cruzado, né?
00:04:37Não mata, né?
00:04:38Tiro trocado não dói, né, Cadalberto?
00:04:40E aí eu perdoei a nega Juju.
00:04:43Perdoei, porque...
00:04:44Lá vô tá novo, né, irmão?
00:04:50Lá vô tá novo, lá vô tá novo!
00:04:53Aí perdoei, mas de vez em quando ficou aquela...
00:04:55Ficou aquela insegurança!
00:04:57Ficou aquela insegurança, maluco!
00:04:59E a nega Juju ficava meio abolada comigo, né?
00:05:02Porque o relacionamento ficou abalado!
00:05:04Por isso, por isso, cara,
00:05:07que a gente tem que analisar as coisas!
00:05:09Tem cidades aí...
00:05:10Por exemplo, você conhece Chantosinho do Sul?
00:05:12Não.
00:05:13Não conhece.
00:05:14Chantosinho do Sul é uma cidade
00:05:16onde as mulheres tudo traíam os maridos.
00:05:19E aí elas se arrependiam,
00:05:21elas iam pra igreja pra se confessar com o padre, né?
00:05:24E falava lá, os padres lá no confeccionado,
00:05:27padre, eu traí meu marido!
00:05:29Aí a outra vinha, padre, eu traí...
00:05:30Aí o padre passava a penitência em cima de penitência,
00:05:32e penitência...
00:05:33Ela não sabia mais qual penitência passar,
00:05:34aí entrava a outra,
00:05:35padre, eu traí meu marido,
00:05:36e penitência pra lá...
00:05:37Aí o padre falou, gente, olha, vamos fazer o seguinte,
00:05:41o negócio de trair, trair, a palavra trair é muito pesada,
00:05:44pra poder disfarçar, até pra ninguém ouvir,
00:05:46e ter um pensamento absurdo em relação a vocês,
00:05:49fala que vocês...
00:05:50Um código!
00:05:51Fala que vocês caíram no buraco!
00:05:53Fala, padre, eu caí no buraco!
00:05:55Eu já vou saber o que é,
00:05:56eu já passo a penitência!
00:05:57Beleza!
00:05:58Toda mulher que chegava lá,
00:06:00o que foi, filha?
00:06:01Padre, eu caí no buraco!
00:06:02Penitência!
00:06:03Padre, eu caí no buraco!
00:06:05Penitência!
00:06:06Padre, eu caí no buraco!
00:06:07E foi aquela...
00:06:08Só que o padre era bem velhinho,
00:06:10o padre teve um dia que bateu as botas
00:06:12e substituíram o padre,
00:06:14veio um outro padre,
00:06:15o padre novo não tava sabendo do combinado,
00:06:18aí a mulher chegava lá,
00:06:19padre, eu caí no buraco!
00:06:21O meu Deus do céu!
00:06:22Padre, eu caí no buraco!
00:06:23O meu...
00:06:24E agora?
00:06:25Padre, eu caí no buraco!
00:06:26O padre ficou desconfortável com aquilo,
00:06:28uns dois meses depois,
00:06:29ele foi lá no prefeito.
00:06:30Ele falou, prefeito,
00:06:31eu vim aqui conversar com o senhor,
00:06:32que eu sou novo aqui,
00:06:33já tô há dois meses aqui,
00:06:34mas aí eu acho que tá todo mundo caindo num buraco aí,
00:06:37o pessoal reclamando comigo,
00:06:38tá indo lá na igreja pra reclamar comigo,
00:06:39tá caindo no buraco,
00:06:40então o senhor que é o prefeito aí,
00:06:41o senhor deve dar uma resolução,
00:06:43essa cidade cheia de buraco, não dá, né?
00:06:45Aí o prefeito se ligou que o padre era inocente
00:06:49e não sabia do combinado,
00:06:50que todo mundo já sabia.
00:06:51O prefeito começou a cair na gargalhada,
00:06:53coá, coá, coá,
00:06:54e coá, coá, coá,
00:06:55e debochando na situação,
00:06:57aí o padre falou assim,
00:06:58é, o senhor tá rindo,
00:06:59mas a mulher do senhor,
00:07:00semana passada, caiu quatro vezes.
00:07:02Ah!
00:07:08Casal, vê.
00:07:09Ah, meu Deus.
00:07:13Você aguenta mais uma?
00:07:14Aguento.
00:07:15Aguenta?
00:07:16Aguento.
00:07:17Tá firme?
00:07:18Tô.
00:07:19Qual foi o pior trabalho que você já teve?
00:07:22Não sei.
00:07:23Você fazia sem gostar de fazer?
00:07:26Não sei.
00:07:27Você sempre escreveu...
00:07:28Eu não gosto de acordar cedo.
00:07:29Não gosta de acordar cedo, né?
00:07:31Eu não gosto de trabalho pesado.
00:07:34Uma vez eu trabalhava...
00:07:35Sabe aqueles quiosques que vêm de...
00:07:37Vêm de refeição?
00:07:38Vêm de lanche?
00:07:39Sim, sim, sim.
00:07:40Todo lado.
00:07:41Aí chegou um camarada e falou,
00:07:42meu irmão, me dá uma porção de batata frita aí.
00:07:45Aí eu peguei uma porção de batata frita,
00:07:46fritei pra ele,
00:07:47botei em cima da mesa,
00:07:48o cara começou a comer,
00:07:49tava cheio de gente no quiosque,
00:07:51o cara falou assim,
00:07:52parceiro!
00:07:53Falou pra mim,
00:07:54o que foi?
00:07:55Achei um cabelo na batata frita aqui, irmão!
00:07:57Só que ele falou alto,
00:07:58chamou a atenção de todo mundo,
00:07:59aí a clientela ficou meio abolada, né?
00:08:01Isso é um absurdo!
00:08:02Pediu uma porção de batata frita com um cabelo aqui, ó!
00:08:05Cabelo enrolado aqui, ó!
00:08:06Olha só!
00:08:07Falta de higiene nesse estalebecimento aqui!
00:08:09Pouca vergonha,
00:08:10não vou pagar porcaria nenhuma, tá bom?
00:08:11E pai, foi embora,
00:08:12me fez passar uma humilhação, Casalbé.
00:08:14Aquilo me deixou...
00:08:15Deprimitivo,
00:08:16fiquei abalado com aquilo, né, Casalbé?
00:08:19Fiquei abalado,
00:08:20fiquei abalado.
00:08:21Aquilo me deixou, Casalbé,
00:08:22eu fechei o quiosque,
00:08:24aí falei, antes de ir pra casa,
00:08:25eu vou até andar pra poder
00:08:26transpirar um pouco de ar puro,
00:08:29aí fui andar na cidade assim,
00:08:31aí tô andando numa rua deserta, Casalbé,
00:08:33já era onze e pouco da noite, meia-noite,
00:08:36tinha um carro assim, Casalbé,
00:08:37o vidro não era fumê, não.
00:08:39Quando eu dei uma olhada assim,
00:08:41tinha uma samburiquinha, Casalbé,
00:08:45não tem aqueles estirantes do carro?
00:08:47Que a pessoa segura aqui?
00:08:48Tem, tem!
00:08:49Ela...
00:08:50O cara arriou os dois bancos da frente,
00:08:52ela sentou no banco de trás,
00:08:53colocou um tornozelo no estirante aqui,
00:08:55outro tornozelo no outro estirante,
00:08:57ficou com o compasso aberto ali.
00:09:02Aí eu olhei, tinha um cara, meu irmão,
00:09:04com a gravata molhada,
00:09:06todas aquelas paletadas ali na concha cruxa,
00:09:11não tem a cova do quiabo ali, Casalbé?
00:09:14O aconchego do babão, não tem o aconchego.
00:09:18E o cara só na paletada, lepo, lepo, lepo,
00:09:20eu parei e fiquei olhando ali,
00:09:22fiquei olhando, daqui a pouco,
00:09:23quando eu olhei assim,
00:09:24era o cara que tinha me humilhado
00:09:27no quiosque,
00:09:29bati no vidro, poque, poque, poque,
00:09:30bati no vidro,
00:09:31o cara baixou o vidro,
00:09:32o que foi, irmão?
00:09:33Falei, eu sou o camarada lá do quiosque,
00:09:35você me humilhou na frente de todo mundo,
00:09:37ele falou, o que é que tem?
00:09:38Falei, o que é que tem?
00:09:39Que você fez um maior escândalo lá,
00:09:40que você achou um cabelo na batata,
00:09:42agora tu tá nessa situação.
00:09:43Ele falou, mas se eu achar uma batata aqui,
00:09:44eu vou reclamar também.
00:09:51Tamo junto, investidorado,
00:09:52quem não tem dinheiro?
00:09:53Todos!
00:09:54Todos!
00:09:57Todos!
00:10:07Alô, alô, alô, alô, alô, alô!
00:10:08Olhem, senhoras e senhores,
00:10:09venham todos, venham todos!
00:10:10Venham todos!
00:10:11Venham todos!
00:10:12Gostei!
00:10:14Vai acontecer aqui na Praça da Maior,
00:10:17a maior coroação do maior bebedor do ano!
00:10:23Tá todo mundo convidado,
00:10:24as mulheres bonitas não pagam,
00:10:26também não bebem também, tá bom?
00:10:28Alô, alô, alô, alô, alô, alô!
00:10:30Alô, alô, alô, alô, alô!
00:10:32O que é isso aí?
00:10:33Coisa divertente?
00:10:34É bom pra voz, ó!
00:10:35Bom pra voz!
00:10:36Fala aqui, fala aqui!
00:10:40O que é que tá divertente?
00:10:41Que concurso é esse aí, rapaz?
00:10:42O concurso?
00:10:43O concurso de quê?
00:10:44Do maior bebedor do ano!
00:10:46Eu que vou ganhar, inclusive,
00:10:47eu que vou ganhar!
00:10:48Como é que você sabe?
00:10:49Eu vou ganhar e quase perdi!
00:10:51Quase peguei o segundo lugar,
00:10:52você acredita?
00:10:53É mesmo?
00:10:54E quem era o adversário?
00:10:55O Avelix Sescané!
00:10:58Quase que eu perdi!
00:11:00Mas que concurso é esse
00:11:01que ninguém tá sabendo?
00:11:02Não tá sabendo, não!
00:11:03Ninguém?
00:11:04É porque eu que fiz o concurso,
00:11:06eu que bolei,
00:11:07bolei,
00:11:09e fui lá na fábrica da cachaça
00:11:11Virazó,
00:11:12e o amigo meu,
00:11:13o dono topou,
00:11:14vamos fazer um concurso,
00:11:15entendeu?
00:11:17E ele falou o seguinte,
00:11:18você faz esse concurso,
00:11:19um ano,
00:11:20um ano de cachaça,
00:11:21esse era o prêmio, acredita?
00:11:23O prêmio,
00:11:24um ano de cachaça,
00:11:25grátis, pra todo mundo!
00:11:26Aí eu fiz,
00:11:27ele mandou eu divulgar,
00:11:29eu divulguei bem,
00:11:31pouquinho!
00:11:35Só eu,
00:11:36só eu sim,
00:11:37inscrevi no concurso,
00:11:38entendeu?
00:11:39Aí eu vou ganhar esse negócio!
00:11:40E você acha que vai ganhar?
00:11:41Você...
00:11:42Eu vou,
00:11:43eu vou ganhar esse concurso,
00:11:44inclusive,
00:11:45ô João,
00:11:46o dono tá pra chegar a qualquer momento aí,
00:11:47que ele vai me coroar,
00:11:48o maior bebedor do mundo!
00:11:49Vai coroar?
00:11:50É!
00:11:51Olha lá ele aí,
00:11:52olha aí!
00:11:54Casalberto,
00:11:55dá licença!
00:11:56Tudo bem?
00:11:57Como é que tá?
00:11:58Eu tô achando que você
00:11:59é o grande vencedor do nosso concurso mesmo, hein?
00:12:00Você tá achando?
00:12:01Eu tenho certeza absoluta,
00:12:03que eu tenho certeza,
00:12:04porque aí tá acabando o tempo,
00:12:05tá acabando o tempo,
00:12:06só eu sim,
00:12:07inscrevi,
00:12:08pode botar a faixa aqui no peito do tio?
00:12:09Então vamos fazer assim,
00:12:10então!
00:12:12Por ter comprovado que bebeu
00:12:14365 litros de cachaça no último ano,
00:12:18é eu!
00:12:19O grande vencedor do nosso concurso,
00:12:21o maior bebedor do ano,
00:12:22da Cachaça Vida,
00:12:23sou eu!
00:12:24Olha ele aí!
00:12:25Sou eu!
00:12:28Parem com a premiação!
00:12:29Parem, parem!
00:12:31Eu tenho 3 minutos!
00:12:33Olha essa premiação aí!
00:12:35Não, eu tenho 3 minutos ainda!
00:12:37Que treme!
00:12:38Só não tá vendo que você tá atrapalhando
00:12:39a coroação do maior bebedor de cachaça do ano aqui?
00:12:42Não, senhor, não, senhor!
00:12:43Eu quero participar!
00:12:44Eu tenho direito!
00:12:46Ô dona,
00:12:47a senhora não entendeu direito?
00:12:48Deixa eu explicar pra vocês,
00:12:49isso aqui é um concurso
00:12:50do maior bebedor do ano,
00:12:52não é a rainha da osteoporose, não!
00:12:54Ô, senhor!
00:12:56Respeita essa senhora!
00:12:57Respeita essa velhinha!
00:12:59Nossa, ficou bravo, gente!
00:13:01Olha!
00:13:03Ele tá defendendo a turminha dele,
00:13:04é assim mesmo!
00:13:07Eu tô achando que a senhora,
00:13:09a senhora tá enganada!
00:13:10Esse concurso aqui é o concurso
00:13:12do maior bebedor de cachaça do ano!
00:13:15Exatamente!
00:13:17Não, não, não, aí é que está a questão!
00:13:20Eu li, reli mais de 630 vezes
00:13:22esse regulamento aqui!
00:13:23Olha!
00:13:24Pode olhar!
00:13:25Nossa, ela imprime igual o Tutankamon ainda!
00:13:28Olha aqui!
00:13:29Tu tá enganado, viu?
00:13:30Então você pode relir aqui, ó!
00:13:32E nenhum desses parágrafos consta
00:13:34beber cachaça!
00:13:36E sim, beber!
00:13:38E beber, eu bebi muito!
00:13:40Já de camomila!
00:13:41Ó, senhora, que ela tem razão mesmo aqui,
00:13:43saideira aqui, ó!
00:13:44Você mesmo escreveu o regulamento,
00:13:45mas você escreveu aqui ó,
00:13:46o maior bebedor do ano,
00:13:48mas aqui ó, beber o quê?
00:13:49Você não colocou beber o quê?
00:13:51Hoje a gente não vai saber
00:13:52que alguém bebe outra coisa do que cachaça!
00:13:54Vamos saber?
00:13:56Vamos saber?
00:13:57Mas de acordo com o regulamento,
00:13:58eu acho que oficialmente,
00:14:00a senhora é a grande vencedora
00:14:04do concurso esse!
00:14:05Não, não, não!
00:14:06Do maior bebedor do ano!
00:14:08Ela ganhou, além disso,
00:14:10o vale de um ano
00:14:13de cachaça virazói grátis!
00:14:15Você acabou com o meu sonho
00:14:19de ter um nome engraçado
00:14:21na minha vida!
00:14:22Aqui, outra coisa, chama o VAR!
00:14:24Desculpe, chama o VAR!
00:14:26Eu quero chamar o VAR!
00:14:28Mas a senhora,
00:14:29a senhora acha que vai beber
00:14:30toda essa cachaça?
00:14:32Eu não, que nojo!
00:14:33Eu nem bebo!
00:14:39Ô, minha filha!
00:14:40Ô, garçonete da Santa Ceia!
00:14:43Ô!
00:14:44Eu vou falar um negócio pra você,
00:14:46se a senhora não bebe,
00:14:47o que é que a senhora vai fazer
00:14:48com a cachaça, gente?
00:14:49É, é muito simples!
00:14:50A minha mãe dizia que cachaça
00:14:52é muito bom pra espantar as baratas,
00:14:54essas nojentas que vivem
00:14:55lambendo o chão!
00:14:56Então, todo dia,
00:14:57eu vou colocar bastante cachaça
00:14:59no paute e passar com o pano de chão
00:15:01pela casa toda!
00:15:02Não!
00:15:03Não!
00:15:04A senhora não vai fazer
00:15:05um negócio desse!
00:15:06A senhora não vai fazer
00:15:07um negócio desse!
00:15:08A senhora não vai pro céu!
00:15:10Isso é um sacrilégio!
00:15:11A senhora...
00:15:12Olha!
00:15:14Isso devia dar cadeia pra pessoa!
00:15:16Eu vou chamar o Xandão
00:15:17pra resolver pra mim, viu?
00:15:19Saiu o resultado do VAR,
00:15:21comunicado oficial da direção,
00:15:23a vencedora é ela,
00:15:25e ela pode ficar aqui se ela quiser!
00:15:27Vamos embora, tranquilo!
00:15:28Vamos tomar cachaça!
00:15:29Mãe!
00:15:30Mãe!
00:15:31Garçom!
00:15:32Garçom!
00:15:33Garçom!
00:15:34Garçom!
00:15:35Eu que fiz o regulamento,
00:15:37eu que fiz o negócio todo,
00:15:38eu que fui no Navarro,
00:15:39eu tô arraio de velho!
00:15:40Eu tô arraio de velho!
00:15:42Ô, tu!
00:15:43Eu tô arraio de velho!
00:15:48De alguns velhos,
00:15:49outros eu amo de coração!
00:15:53Pode ir embora pra casa,
00:15:54que essa senhora não vai voltar não!
00:15:56Ah, desgraçado!
00:15:57Não, faz o seguinte...
00:15:58Ah, bota a barata morrendo bêbado!
00:16:00Ô, João!
00:16:01Ô, João!
00:16:04Cês não vão voltar,
00:16:05eu vou lá na casa dessa mulher!
00:16:07Ah!
00:16:08O que você vai fazer?
00:16:09Não, a partir de agora
00:16:10ela não joga que negócio pra matar barata,
00:16:11não joga cachaça pra matar barata,
00:16:12Sim!
00:16:13Então a partir de agora
00:16:14eu vou passar um ano
00:16:15lambendo o chão da casa dela!
00:16:16Vai!
00:16:17Espera aí!
00:16:18Vai!
00:16:19Vai!
00:16:20Vai!
00:16:21Vai!
00:16:22Vai!
00:16:23Vai!
00:16:24Vai!
00:16:25Vai!
00:16:26Vai!
00:16:27Vai!
00:16:28Vai!
00:16:29Vai!
00:16:30Vai!
00:16:31Vai!
00:16:32Vai!
00:16:33Vai!
00:16:34Vai!
00:16:35Vai!
00:16:36Vai!
00:16:37Vai!
00:16:38Vai!
00:16:39Vai!
00:16:40Vai!
00:16:41Você também, então, nessa...
00:16:42Ah, eu...
00:16:43O que é, Rodrigo?
00:16:44Ah!
00:16:48Sim, ele é lindo mesmo, é verdade!
00:16:51Quer mamar?
00:16:52Ai, quer...
00:16:53Não, aqui não!
00:16:54Ai, não, desculpa!
00:16:55Agora, o que é legal é que a Rodriga,
00:16:57ela já sabe gatinhar!
00:16:58Ah, é?
00:16:59Ela é gatinha, quer ver?
00:17:00Quero!
00:17:04Ah, ela tá com preguiça,
00:17:06ela tá com preguiça!
00:17:07Sabe que eu fiquei brava,
00:17:09seu Carlota zo...
00:17:10zo...
00:17:12Eu fiquei prada com ela,
00:17:13ela tava com fevere essa semana,
00:17:17aí eu levei no posto de saúde, né?
00:17:19Aí, o médico entrou e falou...
00:17:25Aí o médico falou que eu não vou atender isso aí,
00:17:27porque isso aí é de plástico.
00:17:35Olha, seu cara, tudo bem!
00:17:36Mas esse serviço médico
00:17:37O cara que me atendeu é um grandão, todo graúdo assim, com a cara cheia de harmonização facial.
00:17:44Quer dizer, a cara dele tava cheia de plástico.
00:17:50O loucão tinha mais harmonização facial que o marrone.
00:17:58Aí quer dizer o quê? Quer dizer que daí nem todo mundo, ninguém é 100%, né, seu cara?
00:18:03Isso é uma boneca, não é gente, pelo amor de Deus.
00:18:06Isso é uma psicótese.
00:18:11Tá, vai, ela quer brincar, ela quer brincar.
00:18:14Ela gosta de brincar.
00:18:17Ela adora planta, ela adora.
00:18:19Ô, seu cara, sabe que eu, sempre que eu venho, eu tô passando aqui na praça, seu cara,
00:18:23eu penso, nossa, eu vou, vou passar...
00:18:26Aqui.
00:18:28Aí eu passei aqui, porque o senhor, seu Carlotãozinho,
00:18:33o senhor não sabe que eu sou tua fã desde que...
00:18:37Muito obrigado.
00:18:38Desde que eu era pequeno.
00:18:41Desde criança, né, pequeno eu sou.
00:18:44O senhor não sai da minha cabeça, não sai do meu coração e agora também não sai do meu pé, né?
00:18:52Olha aqui, olha aqui, vou mostrar pro senhor.
00:18:58Ah, meu Deus.
00:19:06Eu tô aqui.
00:19:07Não, isso sim, seu cara.
00:19:09Eu tô aqui.
00:19:10É, eu fiz um...
00:19:12Não, é pra eu não andar sem ter o senhor pertinho de mim.
00:19:17Obrigado.
00:19:19Agora, mas o senhor fica no meu pé de um jeito bom, né?
00:19:23Porque quando se fala em ficar no pé, eu lembro...
00:19:28Eu lembro...
00:19:30Até me dá gatilho.
00:19:32O...
00:19:34Eu me lembro, deu saudade, eu me lembro de um ex meu.
00:19:37O que eu já...
00:19:41É, melhor, o Giselo.
00:19:43Um ex meu que eu trabalhei numa firma, a gente se conheceu, eu e o Giselo.
00:19:48Aí um dia ele falou...
00:19:49Eu falei...
00:19:51Aí...
00:19:54O Giselo, a gente se conheceu numa firma, que eu nem vou contar qual é a firma pra não ficar chato,
00:19:59porque aconteceu coisa ruim comigo na firma.
00:20:01A gente começou a se conhecer, sabe como é que é, né, seu cara?
00:20:04Então a gente logo...
00:20:05Começa, vai, começa, vem.
00:20:06Foi coisa que...
00:20:12E no começo é bom, né?
00:20:14O senhor lembra quando tu ia...
00:20:16Ah, que casal fofo, hein?
00:20:18Fofo, hein?
00:20:22Quanto tempo junto com a doutora Rê?
00:20:24Nove anos.
00:20:25Mas parece que foi ontem, né?
00:20:27Cês vivem com uma rua de mel e terra, né?
00:20:31Eu nunca me esqueço, aí eu e o Giselo, a gente tava se conhecendo, coisa arada.
00:20:35Aí um dia, do nada, o Giselo chegou pra mim e falou...
00:20:39Ô Bruna, vamos namorar?
00:20:41Eu falei...
00:20:45Eu falei...
00:20:46Ô Giselo...
00:20:49A vida é uma só, Giselo, vamos se permitir, locão?
00:20:56Aí ele falou assim...
00:20:57Beleza, Bruna, só que o nosso relacionamento vai ser um pouco diferente.
00:21:02Eu falei...
00:21:03Já é, Giselo?
00:21:10Vamos dar, Giselo?
00:21:11Vamos se permitir?
00:21:12A vida é uma só, vamos se curtir?
00:21:14Aí logo eu perguntei...
00:21:15Tá bom, Giselo, mas vai ser diferente como?
00:21:18Eu perguntei nessa calha tão zonzinho.
00:21:20Diferente como?
00:21:21Aí ele falou...
00:21:22Vai ser a distância.
00:21:26Como distância?
00:21:30Aí eu perguntei...
00:21:32Como a distância?
00:21:34Como assim a distância, ô Giselo?
00:21:36Ele falou...
00:21:37Não, é simples, a gente vai se falar sempre, cada um de um computador.
00:21:41E ali a gente vai se namorar.
00:21:43Eu falei...
00:21:44Tá.
00:21:47Mas como é que vai funcionar?
00:21:49Ele falou...
00:21:50Não, é isso.
00:21:51E aí, seu Carlotãozinho, a vida é muito mais do que ser quando a gente não tá aqui,
00:21:54tem que ver, né?
00:21:55É.
00:21:56Não sei.
00:21:57É.
00:22:00Aí, seu Carlos, a gente começou a namorar sempre a distância, assim, porque a gente
00:22:04tinha que aproveitar a vida, não tem replay, é curtir, aproveitar cada momento.
00:22:08Foi um namoro muito bonito, a gente sempre se falava assim, através da tênis...
00:22:12Da tênicolo...
00:22:13Da tênicolo...
00:22:14Tecnologia.
00:22:17Tecnologia.
00:22:18Tênicolo...
00:22:19Tecnologia.
00:22:20Internet.
00:22:21Através da internet.
00:22:22Isso.
00:22:24A gente sempre se falava, seu Carlotãozinho, através da internet, cada um de um computador.
00:22:28Até que teve um dia, seu Carlotãozão, que a gente começou a...
00:22:36O Giselo falou pra mim...
00:22:37Ô Bruna, tira a blusa.
00:22:43Já tô gostando.
00:22:48Ah, seu Carlos, aí...
00:22:50Você tirou a blusa.
00:22:51Aí eu tirei.
00:22:53Aí a gente continuou se permitindo, e deliciamento, e vá deliciamento, e vá deliciamento,
00:22:59e deliciamento.
00:23:00Quando dou nada, o Giselo falou, ô Bruna, agora tira a calça.
00:23:08Demorou, hein?
00:23:11Aí eu tirei.
00:23:13Eu tirei.
00:23:14E o Giselo continuou, ô Bruna, tira, tira, tira, tira, tira.
00:23:20Aí quando eu tava já toda, toda desdutrida de roupa, completamente como eu vim ao mundo,
00:23:26seu Carlos...
00:23:28Toda, toda.
00:23:30Toda sem roupa, ele falou assim pra mim, ô Bruna, dança pra mim.
00:23:36Ah, seu Carlos, a vida, ela é uma só, seu Carlos.
00:23:40Foi naquele momento, então, que eu, na frente daquele computador, eu me entreguei, seu Carlos.
00:23:46Eu dancei.
00:23:58Dancei, dancei, ali toda desnutrida de roupa na frente daquele computador.
00:24:03Agora, vou dizer um negócio pra você, seu Carlos Luzinho.
00:24:06Depois daquele dia, eu nunca mais voltei naquela lan house.
00:24:12Mentira!
00:24:15Seu Carlos Luzinho, bom nascimento!
00:24:20Fica!
00:24:34Ah!
00:24:36Nossa!
00:24:37Ai!
00:24:38O que é que houve? Você tá nervosa?
00:24:39Não, eu tô injuriada, Casabella.
00:24:41Tô vendo, calma!
00:24:42Eu tô injuriada.
00:24:43Casabella, eu tô injuriada, tô nervosa, tô bra...
00:24:46Casabella, tu não sabe.
00:24:48Tu acredita que eu perdi um dia de trabalho pra acompanhar minha amiga Jerusa no hospital?
00:24:52Porque ela tá grávida, Casabella.
00:24:54Maxi!
00:24:55Ela tá grávida de bebê normal, não é bebê reborn, eu não aguento mais!
00:25:00Ela tá grávida, a Jerusa tá grávida, Casabella.
00:25:02Meu Deus, mas como é que isso foi acontecer, meu Deus?
00:25:05É sério essa pergunta, Casabella?
00:25:07É sério?
00:25:09É sério que tu não sabe como isso aconteceu?
00:25:11Comendo cachorro quente, que não foi, né?
00:25:14Se bem que tem salsicha no meio envolvido.
00:25:17Essa é a maneira de falar.
00:25:18Tu quer saber como o Jerusa engravidou?
00:25:20É, claro.
00:25:21Eu nem te conto.
00:25:22Mas vou contar, vou contar.
00:25:25Simples, muito simples.
00:25:27Arranjou um macho novo, tá namorando, e o cara comprou um carro.
00:25:31É.
00:25:32E levou ela pra passear.
00:25:33Foi estrear o carro, e daí?
00:25:34É, além de estrear o carro, ele estreou a Jerusa também.
00:25:38E vai lá, Casabella, a Jerusa é tão cara de pau.
00:25:42Sabe o que ela me falou?
00:25:44Ela falou que ela estava fora de si na hora do Inheco Inheco, Casabella.
00:25:49Eu sei.
00:25:50Ela não sabia onde estava a cabeça, né?
00:25:52Ah, sabia, sabia.
00:25:54Sabia sim.
00:25:56Provavelmente a cabeça dela estava encostada no para-brisa, né?
00:26:01Sabia.
00:26:03Mas, pelo menos, ela disse que o namorado não forçou a barra, não forçou nada.
00:26:08Então, isso foi consenso.
00:26:09Não, Casabella, foi com o Bilal, Casabella.
00:26:11Não!
00:26:12Não é possível que tu não lembra como é que faz um filho.
00:26:15Você que ainda é pai de seis, como é que não sabe?
00:26:18Ai, Casabella.
00:26:19Mas eu vou te falar uma coisa.
00:26:21Eu não tô brava com o Jerusa, não tô juriada com o Jerusa.
00:26:24É, a cabeça dela.
00:26:25É, a cabeça dela.
00:26:26Posso falar?
00:26:27Ela disse, porque eu vou ser titia.
00:26:29Ela vai ter um neném e outra criança.
00:26:31É bênção dentro de casa.
00:26:33Na casa dos outros, né?
00:26:34Na casa dos outros.
00:26:36O que eu tô nervosa mesmo, injuriada, Casabella.
00:26:39Foi a fila no hospital público, Casabella.
00:26:42A gente ficou na fila há muito tempo, ninguém merece.
00:26:44Não é de Deus, não, Casabella.
00:26:46Ai, eu vou falar.
00:26:49Brasileiro gosta de uma fila, mas igual o Brasil gosta de fila.
00:26:53Tanto é, eu pesquisei.
00:26:55Tanto é, que a única raça brasileira de cachorro, sabe qual é o nome?
00:27:00Fila.
00:27:01Fila.
00:27:02Cão fila.
00:27:03É por isso.
00:27:04É desagradável.
00:27:05Fila é uma coisa super desagradável.
00:27:08É super desagradável.
00:27:09Detesto fila.
00:27:10Eu também detesto fila.
00:27:11Ó, é fila pra banco, é fila pra ônibus, é fila pra metrô, é fila pro supermercado,
00:27:17é fila pra show, é fila pra jogo, é fila pra tudo.
00:27:20É fila pra tudo.
00:27:22É fila da...
00:27:24Vou te falar uma coisa.
00:27:26Tem até fila pra mulher que trai marido.
00:27:29Peraí.
00:27:30Nunca ouvi falar nessa fila.
00:27:32Ai, que sorte é sua.
00:27:33Senão você ia...
00:27:35Que sorte é a sua.
00:27:36Senão você ia ter que entrar em outra fila, que é a fila dos cornos, Casabella.
00:27:41A gente ia pra não chorar.
00:27:43Olha, Casabella.
00:27:44Então, a gente tá lá...
00:27:46E pior, pior.
00:27:47Pior.
00:27:48A gente tá lá com as várias estourando na fila, já tá toda cagada.
00:27:52Aí, toda...
00:27:55Aí chega um desavisado, vê aquele bando de gente um atrás do outro e chega e pergunta.
00:28:02Aqui que é a fila?
00:28:03É aqui que é a fila?
00:28:04Não!
00:28:05É meu rabo que é grande?
00:28:06Ah, que óbvio.
00:28:07Mas isso acontece sempre.
00:28:08Acontece sempre.
00:28:09Casabella.
00:28:10Tem sempre um que chega atrasado.
00:28:11Sempre tem um que é desavisado.
00:28:13Aí eu falo, a gente demorou tanto, mais tanto naquele hospital, na fila, que eu fiquei com medo de na hora que a Jerusa fosse ser atendida,
00:28:21eu fiquei com medo de ao invés de vir um médico, que viesse um padre no lugar pra batizar a criança.
00:28:26Por que tanta demora?
00:28:28Demorou demais, Casabella.
00:28:30E assim, já exagera o teu.
00:28:32Ah, exagerei mesmo, me deixa.
00:28:34Me deixa exagerar.
00:28:35Não!
00:28:36Fazia tempo.
00:28:37Fazia tempo que eu não ficava...
00:28:38Fazia tempo que eu não ficava nervosa, enjoada.
00:28:40Por que?
00:28:41Não lembro quando foi.
00:28:42Não lembro, sim.
00:28:43Lembro.
00:28:44Ah, eu lembro.
00:28:45A última vez que eu fiquei enjoada desse jeito, Casabella.
00:28:47Meu vestido tá curto, acho que tô com as partes de fora.
00:28:52Eu vou falar.
00:28:53A última vez que eu fiquei nervosa nesse estado que eu tô, eu lembro sim.
00:28:58Foi quando eu chamei Hollywood, meu namorado, pra ir lá em casa, sabe?
00:29:02Aí, Casabella, eu tenho comprado uma camisola linda, transparente.
00:29:07Transparente.
00:29:08Transparente, Casabella.
00:29:09E por baixo, com rendinha.
00:29:11Coisa linda, fina mesmo.
00:29:12Mas, assim, por baixo da camisola transparente, Casabella, como que eu posso dizer?
00:29:16Eu tava daqui pra baixo, eu tava descalço.
00:29:18Descalço inteira.
00:29:20Se é que você me entende, né?
00:29:22Se é que você sabe o que eu tô falando.
00:29:24Eu entendo, eu já tô vendo.
00:29:25Eu já tô vendo você pelada ali.
00:29:27Que que é isso, Casabella?
00:29:29Quem me respeita lá?
00:29:31Imaginando pelada, Marcelo.
00:29:33Ele tá me imaginando peladinha.
00:29:35Não!
00:29:37Tá bom, tá bom.
00:29:38Tá bom, tá bom, esquece.
00:29:40Não falei mais nada.
00:29:41Obrigada por isso, tá?
00:29:42Pode me imaginar.
00:29:43Não, vou falar, Casabella.
00:29:44Então, aí, Hollywood chegou, bateu na porta, Casalberto.
00:29:49Eu abri a porta assim, ó.
00:29:51Toda gostosa, toda fogosa.
00:29:55Toda trabalhada na sensualidade, Casalberto.
00:29:59Aí eu virei pra ele, sem delongas, falei.
00:30:01Entre, homem.
00:30:02Venha que hoje vai ter o que tu gosta.
00:30:05Sabe o que o Fela fez, Casalberto?
00:30:07Ele esfregou a mãozinha e falou.
00:30:09Eita!
00:30:10Tu preparou carne de sol hoje, foi?
00:30:13Ah, Casalberto!
00:30:15Eu só não mandei ele pra aquele lugar
00:30:17que provavelmente ia ter fila.
00:30:19E eu tava com preguiça, entendeu?
00:30:21Ah, Casalberto!
00:30:23Ah, eu vou, eu vou.
00:30:25Não fica mais na porra.
00:30:31Toma, toma.
00:30:33Tá elegante, hein?
00:30:35Sentiu um verdinho?
00:30:37Sabe o que você tá parecendo?
00:30:39Parece que você tá solteiro, velho.
00:30:43Os caras ficam solteiros.
00:30:45Se arruma, se arruma.
00:30:47Ou então quem te vestiu foi sua mulher, né?
00:30:53A gente põe umas roupas, a mulher fala.
00:30:55Troca que tá ruim, troca que tá ruim.
00:30:57Quando tá ruim é porque tá bom.
00:30:59É lógico, ela não quer que a gente chame a atenção.
00:31:01Agora eu vou te falar.
00:31:03Mantenha, Carlão, mantém casado.
00:31:05Mantém casado.
00:31:07O ambiente na rua pra um homem
00:31:09solteiro, hétero, tá hostil.
00:31:11Tá perigoso demais.
00:31:13Eu vejo na televisão.
00:31:15E hoje em dia, você acha que é igual na sua época, Carlão?
00:31:17Pra você chegar numa mulherzinha hoje
00:31:19é difícil, hein, Carlão?
00:31:21Ou você acha que as cantadas que você usava na sua época funcionam?
00:31:23Você chega pra uma mulher e fala
00:31:25Olá, vós me cê tá bem?
00:31:27As mulheres...
00:31:31As mulheres não caem mais nessa, não.
00:31:33E as mulheres tão pra frente pra caramba, Carlão.
00:31:35Os homens ficaram pra trás, hein?
00:31:37Ficaram pra trás.
00:31:39Você tá doido, Carlão.
00:31:41A gente não manda mais nada.
00:31:43E a gente, eu acho que eu tô atrasado, sabia?
00:31:45No tempo mesmo.
00:31:47Conheci uma mulher esses dias, Carlão.
00:31:49Cheguei e fui deixado na porta da casa dela.
00:31:51Eu sou um dos últimos românticos, né, Carlão?
00:31:53Sem maldade na cabeça.
00:31:55Aquele esquema, né?
00:31:57Aí ela olhou pra minha cara, assim, cheia de maldade, Carlão.
00:31:59Cheia de maldade.
00:32:01Falou, você não quer entrar lá em casa?
00:32:03Aí eu falei, eu não tenho nada pra fazer lá, né?
00:32:05Aí ela falou, tem.
00:32:07Eu fiz bolo, você não quer bolo?
00:32:09Aí, Carlão, na hora eu entendi.
00:32:11Na hora eu entendi.
00:32:13Já entendi o que você tá falando.
00:32:15Tem bolo, mas você sabe que se eu entrar
00:32:17eu não vou querer só bolo, né?
00:32:19Ela falou, é?
00:32:21E o que você vai querer mais?
00:32:23Café, né?
00:32:25Carlão, não dá pra
00:32:27comer bolo sem café, Carlão.
00:32:29Não desce.
00:32:31Por isso que as mulheres estão na frente da gente.
00:32:33É isso!
00:32:35Eu acho que eu tô ficando velho, sabia?
00:32:37Você se sente assim, velho de espírito mesmo.
00:32:39A gente fica velho de espírito, cara.
00:32:41Quando você fica velho,
00:32:43pensa, você...
00:32:47O que foi?
00:32:49O que foi?
00:32:51O estado de espírito.
00:32:53Isso vai demorar.
00:32:55O homem, é definida a idade do homem
00:32:57pelo estado de espírito, Carlão.
00:32:59O dia que você ficar velho mesmo,
00:33:01pensa nisso, o dia que você ficar velho,
00:33:03você tem que seguir três regras.
00:33:05Primeiro, não demore
00:33:07pra ir no banheiro.
00:33:11Segunda, não
00:33:13desperdice uma ereção.
00:33:15Essa daí parece
00:33:17já tá descobrindo aí.
00:33:19E a terceira,
00:33:21por último, mas não menos importante,
00:33:23Nunca, mas nunca
00:33:25confie num pum.
00:33:27Nunca confie.
00:33:29Nunca confie num pum.
00:33:31Nunca confie.
00:33:33É um desastre.
00:33:35Entrega demais.
00:33:37E uma coisa que eu vou te falar, Carlão,
00:33:39eu não sei você, a gente vai ficando velho,
00:33:41a gente vai gostando
00:33:43a gente vai gostando de umas coisas
00:33:45que a gente não gostava.
00:33:47Você gosta de mentira, Carlão?
00:33:49Uma mentira bem contada.
00:33:51Porque meu vô era mestre de mentiras, sabia?
00:33:53Meu vô, uma vez, ele contou pra nós,
00:33:55ele falou assim, ó, eu tava capinando
00:33:57um lote lá, né, carpinando um lote,
00:33:59arrancando umas árvores, aí ele comprou
00:34:01uma machadinha, comprou uma machadinha,
00:34:03cortou uma árvore, cortou duas, cortou três,
00:34:05cortou cinco, cortou seis, perdeu o fio
00:34:07a machadinha. Ele foi na loja,
00:34:09comprou outra machadinha, o cara falou, ó,
00:34:11quantas árvores? Eu cortei umas oito.
00:34:13Ele falou, faz o seguinte, leva essa motosserra,
00:34:15que com essa motosserra você vai cortar
00:34:17500 árvores por dia. Meu vô falou,
00:34:19ok, dá essa motosserra aí, levou.
00:34:21Cortou 320 árvores, Carlão,
00:34:23foi reclamar na loja. Falou pro cara, ó,
00:34:25cortei 320 árvores só.
00:34:27Isso aí é uma mentira. Ele falou, dá aqui, deve estar com defeito.
00:34:29Pegou a motosserra na mão, ligou
00:34:31a motosserra, meu vô falou, ué, tinha que
00:34:33ligar a motosserra?
00:34:38O amigo do vovô era tudo pescador. Já pescou?
00:34:40Já pescou? Eu não gosto de pescar.
00:34:42Não gosta de pescar? Todo pescador mentioso.
00:34:44É lógico, aí eles falam que vão pescar.
00:34:48Chega lá, é só
00:34:50safadeza, só.
00:34:54Eu vou te falar uma coisa,
00:34:56eu tenho um amigo novo lá, eu lembro ele
00:34:58contando, cara, como se fosse hoje.
00:35:00Dois amigos, assim, do meu vô, conversando,
00:35:02ele falou, e aí, o que você foi fazer essa semana?
00:35:04Ele falou, eu fui pescar. Ah, foi pescar?
00:35:06Onde você foi pescar? Lá, lá, naquele lugar
00:35:08que a gente pesca. Pô, lá é bom de pescar
00:35:10demais. Aí o pescador é tudo
00:35:12mentiroso. Ele falou, você não sabe o que eu pesquei?
00:35:14Pesquei um lambari de
00:35:16sete quilos. Aí o outro
00:35:18falou, ô, ô, ô, pera aí.
00:35:20Eu também pesco, meu amigo. Sete quilos
00:35:22não tem condição, não existe o lambari de sete
00:35:24quilos. Ele falou, sete quilos?
00:35:26Eu pesei o lambari
00:35:28sete quilos. Aí o outro viu
00:35:30que ele tava mentindo, falou, vou dar uma sacaneada.
00:35:32Ele falou, você não sabe o que eu fiz? Na outra semana eu fui lá
00:35:34pescar também? Lá nesse lugar aí.
00:35:36Joguei a vara assim. Quando eu voltei,
00:35:38pesquei, enroscou na
00:35:40linha assim, ó. Um lampião
00:35:42aceso.
00:35:48E a gente só ouvindo, né,
00:35:50Caio? Só ouvindo ver onde ia chegar, né?
00:35:52Aí foi, lampião aceso. Aí o outro contestou,
00:35:54falou, não, calma aí, desculpa, pera aí.
00:35:56Um lampião aceso
00:35:58dentro da água.
00:36:00Não tem que mentir mesmo.
00:36:02Ele falou, vamos fazer o seguinte, eu apago o meu
00:36:04lampião, você diminui seu lambari.
00:36:10Eu, por exemplo, agora eu tô
00:36:12confesso que eu tô entrando nessas
00:36:14ondas aí, sabia? De mentiroso? Não, não,
00:36:16não de mentiroso.
00:36:18Que onda é essa?
00:36:20Nessa onda de hoje em dia,
00:36:22sabe? Eu tô dando uma
00:36:24jovializada em mim.
00:36:26Agora, por exemplo, tô usando sua calcinha, Carlão.
00:36:30Calcinha. Calcinha?
00:36:32De mulher? Lingerie de mulher.
00:36:34Você? Calcinha, você nunca usou calcinha?
00:36:36Eu? Não.
00:36:38Eu vou te falar, Caio. Tô achando que
00:36:40você tá meio velho mesmo. Tem que usar calcinha,
00:36:42Carlão. Tá maluco? Calcinha.
00:36:44Usa calcinha, Carlão. Eu tô
00:36:46usando também. Ah, eu não acredito.
00:36:48Sabe por que você nunca usou? Por quê? Porque sua mulher
00:36:50nunca achou uma no seu carro e você teve que falar que era sua.
00:36:54Aqui, ó. É uma delícia, Carlão.
00:36:56Ó, eu vou lá que tá incomodando.
00:36:58Vai, vai.
00:37:02Cacito,
00:37:04hoje a gente vai falar pro seu Carlos, tá?
00:37:06Que a gente foi convidado pra assistir um
00:37:08filme num festival de cinema.
00:37:10Que cinema, Bibi? A gente assistiu
00:37:12o filme e foi na vitrine da loja.
00:37:14O único festival que tinha era o de mosquitos
00:37:16na calçada.
00:37:18Bibi, não!
00:37:20Não o quê, Bibi?
00:37:22Bicha, presta atenção.
00:37:24Pro besta do Carlos, a gente é rica!
00:37:26Milionária! Lembrou?
00:37:28Lembrou, Antônio? Me acompanha aí, ó.
00:37:30Fica quietinha.
00:37:32Quietinha, quietinha, quietinha!
00:37:36Ai, Carlos, tudo ótimo!
00:37:38Relaxa a déca!
00:37:40Que bom!
00:37:42Ai, milionária, né, Carlos?
00:37:44Milionária!
00:37:46E a Bibi, Bisa!
00:37:48Você me conhece!
00:37:52Ai, Carlos, eu falei de você ontem.
00:37:54Falei de você ontem num cocktail
00:37:56que a gente foi convidado pra assistir um filme,
00:37:58Carlos. Ah, vocês foram ao cinema?
00:38:00Fomos! Fomos um evento chiquérrimo,
00:38:02Carlos. Olha só
00:38:04gente elegante, colocaram até assim
00:38:06um tapete vermelho, né, Beni?
00:38:08Um tapete vermelho, Bibi? Não.
00:38:10Não era um tapete vermelho, não.
00:38:12Aquele pano vermelho que eu
00:38:14coloquei embaixo, fui eu que coloquei.
00:38:16Era uma bandeira que eu roubei numa manifestação
00:38:18da CUT.
00:38:22Bibi, não! Não o quê, Bibi?
00:38:24Você não viu que no tapete?
00:38:26Você não viu?
00:38:28Tava escrito lá no tapete,
00:38:30abaixa a escala seis por um.
00:38:32Nada disso,
00:38:34cara louca!
00:38:36Essa bicha não se tá usando!
00:38:38Não se tá usando!
00:38:40Ai, Carlos, mas olha,
00:38:42foi tão gostoso, tão gostoso.
00:38:44Tinha só famoso, Carlos. Só gente importante.
00:38:46Era famoso pra um lado, era famoso
00:38:48pro outro lado, só viu.
00:38:50Era vitrine inteira na promoção.
00:38:52Beni,
00:38:54a gente não viu na vitrine, não,
00:38:56Beni!
00:38:58Lembra? A gente viu no cinema
00:39:00com segurança.
00:39:02Com segurança, pedindo pra gente tirar a cara
00:39:04da vitrine a toda hora.
00:39:08Eu tô curioso, que filme que vocês viram?
00:39:10A gente assistiu
00:39:12Titanic.
00:39:14Titanic é filme velho, Beni? Filme velho?
00:39:16Foi o Titanic, porque eu me lembro
00:39:18muito bem. Olha, Charlinho, parecia
00:39:20que a gente tava dentro do filme uma hora.
00:39:22Foi assim?
00:39:24O filme tava lá acontecendo,
00:39:26sabe na hora que tá todo mundo se afogando?
00:39:28Ai! Socorro!
00:39:30Ai! Socorro!
00:39:32Foi a hora que o segurança jogou um balde d'água
00:39:34na nossa cara.
00:39:38Beni, segura a língua, Beni!
00:39:40Então não força, Bibi,
00:39:42porque você sabe que quando força eu solto tudo.
00:39:46Carlos, deixa eu te contar.
00:39:48Eu não te contei ainda
00:39:50a maior novidade da noite.
00:39:52Carlos, eu tô me segurando aqui pra te contar.
00:39:54Fui
00:39:56convidada para atuar
00:39:58num curta-metragem. Toma, toma.
00:40:00Tô muito feliz. Tô um pouco nervosa, não vou mentir.
00:40:02Mas você sabe, né? Eu sempre
00:40:04adorei um curta.
00:40:06Adorou tanto curta
00:40:08que hoje a grana tá curta,
00:40:10a comida tá curta, a paciência
00:40:12tá curta.
00:40:14Chega! Chega!
00:40:16Chega, bicha!
00:40:18Que ferno!
00:40:20Ele é um picalhão!
00:40:22Ai, Carlos, o Beni
00:40:24me mata!
00:40:26Tem ideia, ele é pobre!
00:40:28Ele é emergente!
00:40:32Ai, Carlos, mas olha,
00:40:34eu estou animadíssima, assim, porque eu tô
00:40:36devagarinho, eu tô retomando a minha carreira
00:40:38no cinema, né, Carlos?
00:40:40Talvez você não saiba devido à sua ignorância,
00:40:42tá? Mas eu, assim,
00:40:44tenho fama internacional, Carlos Alberto.
00:40:46Isso é verdade, tem fama internacional.
00:40:48O vídeo dela tá viralizando
00:40:50o mundo inteiro!
00:40:52É um vídeo dela roubando ovo de
00:40:54páscoa no supermercado.
00:40:56Aí ela sai
00:40:58correndo desesperada com eles
00:41:00aqui dentro, parecendo dois peitão.
00:41:02E aí?
00:41:04Pera aí, pera aí, para de brincar.
00:41:08E qual é o papel que você vai fazer no filme?
00:41:10Carlos Alberto, dá uma olhada aqui, ó.
00:41:12É bem óbvio, é bem óbvio.
00:41:14Eu vou fazer a milionária, a rica,
00:41:16a maravilhosa, a cheirosa,
00:41:18mas picareta, Carlos.
00:41:20Ou seja, o mesmo papel
00:41:22que ela interpreta toda vez que ela senta
00:41:24aqui pra falar tchurr.
00:41:28Bebe, bebe.
00:41:30Vambora, desculpa. Vambora, vambora,
00:41:32que eu tenho muita fala pra decorar.
00:41:34Tá, meu amor? Bora? Então, pera aí.
00:41:36Tudo bem, a gente pode ir, mas pera aí
00:41:38que eu... Voltei!
00:41:42Que delícia, gente!
00:41:44Nossa!
00:41:48Eu quero avisar que
00:41:50tudo isso foi feito com o meu consentimento.
00:41:52Mais ou menos, eu queria...
00:41:56Por questões jurídicas, eu queria consentir mais,
00:41:58mas os meninos não quiseram, mas tudo bem.
00:42:02Pergunta se eu tô bem.
00:42:04É claro que eu não tô bem, né, Carlos?
00:42:08Você acha que eu queria voltar com a vida de piranha, Carlos Alberto?
00:42:12Lá, como diz o Chaves,
00:42:14volta o cão arrependido com suas orelhas tão fartas,
00:42:16o osso ruído e o rabo entre as patas.
00:42:20Mas no meu caso, volta a cachorra arrependida
00:42:22com as suas tetas tão fartas,
00:42:24o osso ruído
00:42:26e o rabo nem queira saber, Carlos Alberto.
00:42:30Carlos Alberto, foi difícil.
00:42:32Eu tava sentindo falta de um vestido.
00:42:34Eu também tava sentindo, Carlos Alberto.
00:42:36Aquela outra não tinha nada a ver.
00:42:38Não, não tinha nada a ver, aquele vestido careta branca,
00:42:40aquela coisa triste, né?
00:42:42Eu lembrei que eu tô aqui
00:42:44por causa do meu talento, o meu profissionalismo.
00:42:46Exatamente.
00:42:48Por isso que hoje eu botei essa blusa, pra deixar o talento e o profissionalismo bem de mostra.
00:42:52Pra todo mundo lembrar.
00:42:54É lógico que eu não durei muito tempo, né, Carlos Alberto?
00:42:56Eu queria, tentei, tentei
00:42:58uma vida, né, de ir pra igreja,
00:43:00ir pra retidão, uma coisa,
00:43:02andar na linha, tentei, tentei,
00:43:04mas o cão tentava mais, Carlos Alberto.
00:43:06Tentava.
00:43:08Eu, eu tô envergonhada
00:43:10que eu, eu tentei andar na linha,
00:43:12mas eu durei menos que o André Sourac, Carlos Alberto.
00:43:16Por outro lado,
00:43:18eu tô orgulhosa que eu durei mais que o Neymar.
00:43:24Ai, Carlos, na verdade,
00:43:26eu tava procurando um marido, né?
00:43:28Eu procurando um marido.
00:43:30Eu achei, Carlos, achei vários, mas nenhum era meu.
00:43:32Parece que eu procuro um marido
00:43:34com quem procuro um casaco
00:43:36na caixa de achados e perdidos, sabe?
00:43:38Eu vou experimentando vários,
00:43:40mas tudo tem dona, Carlos Alberto.
00:43:44Eu dei a vida que eu tava,
00:43:46mas por que que eu mudei antes?
00:43:48Deixa eu contar por que que eu dei aquela loucura toda.
00:43:50Porque eu tava,
00:43:52eu tava na vida bandida, né?
00:43:54A vida de perigué, a vida louca, né?
00:43:56Saindo, saindo com o cara casado,
00:43:58Carlos Alberto.
00:44:00Eu saindo, ele entrando,
00:44:02aquela coisa, né?
00:44:06Eu fazendo aquelas perguntas que toda mãe te faz,
00:44:08quando é que você vai largar a sua mulher?
00:44:14Ele falava, eu não posso,
00:44:16eu sou diretor de programa,
00:44:18tenho trigêmeos pra cuidar.
00:44:24Brincadeira, mulher do marido, brincadeira.
00:44:26Não, não é ele, não.
00:44:28É um que gosta de mulher.
00:44:32Não, eu tava,
00:44:34eu tava com um lascado, né?
00:44:36Eu sustentava ele, Carlos Alberto.
00:44:38Sustentando ele, a mulher dele, praticamente.
00:44:40Não, a mãe,
00:44:42a mãe de burra, né?
00:44:44Eu perguntava, quando é que você vai largar a sua mulher?
00:44:46Ele falando, eu não posso, a gente ainda tá financiando
00:44:48o CELTA aí, você tá pagando,
00:44:50obrigado.
00:44:52Eu falo, poxa, meu Deus do céu, não faz nada.
00:44:54Aí, de repente, um dia mudou a minha vida.
00:44:56Eu tava na farmácia,
00:44:58e aí encontrei uma amiga de infância, né?
00:45:00É horrível encontrar qualquer pessoa na farmácia
00:45:02pra mim, Carlos Alberto. Dá vergonha, né?
00:45:04Que eu tô com um monte de porcaria dentro da cesta,
00:45:06escondendo ali as minhas camisinhas,
00:45:08os testes de gravidez.
00:45:12Encontrei minha amiga, Carlos Alberto.
00:45:14Minha amiga Nath Natalia,
00:45:16era uma menina muito fofa.
00:45:18Quando eu vejo ela, ela tá linda, desgraçada.
00:45:20Que ódio que me deu, Carlos Alberto.
00:45:22Sabe quando você encontra uma pessoa que você estudou,
00:45:24tem a sua idade, Carlos Alberto,
00:45:26e parece que ela é uma capa de revista
00:45:28e você é um panfleto amassado?
00:45:32Aí tava ela linda, maravilhosa.
00:45:34Ela falou, o que você passa nesse rosto, amiga?
00:45:36Ela falou, ah, eu passo creme de papai,
00:45:38eu passo protetor solar.
00:45:40Ela falou, mas você também tá linda,
00:45:42o que você passa? Eu falo, eu passo desgosto.
00:45:48Eu fiquei triste, ela lá com a aliança no dedo.
00:45:50Falou, ah, eu casei.
00:45:52É há 10 anos que eu tô casada
00:45:54com um homem lindo, maravilhoso.
00:45:56Ela começou a me contar, Carlos Alberto.
00:45:58Ai, me deu uma tristeza, Carlos Alberto.
00:46:00A vida dela parecia um roteiro
00:46:02de comédia romântica, Carlos Alberto.
00:46:04Enquanto a minha vida era um roteiro de pornô enchanchada.
00:46:08De baixo orçamento.
00:46:10Eu comecei a chorar.
00:46:12Ela falou, ai, saudade de me ver.
00:46:14Eu falei, ai, inveja, desgraçada.
00:46:18E aí foi ela que me levou.
00:46:20Ela falou, Mel, vamos pra igreja,
00:46:22vamos ser do bem, vamos viver uma vida certa.
00:46:24Aí eu comecei.
00:46:26Eu falei, mudei, larguei o bar,
00:46:28larguei o homem casado,
00:46:30larguei a bacharia toda que eu fazia.
00:46:32O povo até fala pra mim, até aqui na praça.
00:46:34Mel, você não precisa falar bacharia
00:46:36pra fazer humor.
00:46:38Mas eu falo, gente, eu só faço humor pra poder falar bacharia.
00:46:44O povo não entende.
00:46:46Eu fiquei feliz, ela me levou pra igreja.
00:46:48Eu não nasci pra impedir o casamento de um filho da mãe
00:46:50que me enganou.
00:46:54Ai, mas eu tava bem.
00:46:56A Natália tava me levando, tava certa.
00:46:58Ela é uma mulher bonita, dona de casa,
00:47:00cuida bem das coisas.
00:47:02E aí ela me levou na casa dela um dia.
00:47:04Quando ela me levou na casa dela,
00:47:06a minha inveja acabou na hora.
00:47:08Lava a roupa do maridão, passa a roupa do maridão.
00:47:10Ai, todo maridão, meu maridão vai chegar.
00:47:14Eu vou ter que fazer a janta pra ele.
00:47:16Deve ser de ouro, vamos ver.
00:47:18Quando chegou o maridão, que decepção.
00:47:20Que decepção.
00:47:22Era bonito? Era.
00:47:24Bem sucedido? Não mais que eu, que trabalho aqui na SBT.
00:47:28Mas teve um detalhe
00:47:30que fez eu falar, amiga, não quero tua vida não.
00:47:32Qual?
00:47:34O maridão dela.
00:47:36É o cara casado que eu pegava.
00:47:38Ela falou, não tô entendendo, Mel.
00:47:40Eu falei, amiga, deixa eu te explicar.
00:47:42Imagina que o mundo é um rodízio de churrascaria
00:47:44e a gente tá comendo
00:47:46a mesma linguiça, amiga.
00:47:50Ela falou, eu não acredito em você.
00:47:52Me prove.
00:47:54Aí eu falei, tá bom.
00:47:56Cicatriz no bumbum, dura dois minutos e pede fio Terra.
00:47:58Ela, eu não acredito.
00:48:02Agora eu tô assim, financiando um casal.
00:48:04Carlos Alberto, voltei pra bacharia.
00:48:06Meu amigo, conta você as novidades, como é que você tá?
00:48:08Olha, semana passada...
00:48:10Carlos Alberto, eu mal volto, você ainda fala
00:48:12mais que a boca da lição.
00:48:18Agora quem chegou?
00:48:20Por que você não ligou pra mim, dizendo que vinha aqui?
00:48:22Eu não te liguei porque roubaram
00:48:24meu celular nessa praça, velho.
00:48:26É a bárbara
00:48:28idade, bebê.
00:48:30Se eu fosse ligar pra alguém, bebê,
00:48:32bebê, bebê.
00:48:34Eu ia ligar pra polícia
00:48:36e não pra você, velho.
00:48:38Porque até você correr atrás do bandido,
00:48:40eu ia ser lascado, velho.
00:48:44O que você tá fazendo com essa cadeira aí?
00:48:46Essa cadeira aqui é pra eu me defender
00:48:48de tanto mosquito, adengue e pernilongo
00:48:52que tem nessa cidade, velho.
00:48:54Gente, a cadeira tem a ver com
00:48:56o pernilongo.
00:48:58Porque se vier um pernilongo aí, um mosquito,
00:49:00um busquito, eu dou com a cadeira da cabeça dele.
00:49:04Que repelente que nada, velho.
00:49:06Eu trato ela cadeirada, velho.
00:49:10Aí, ó.
00:49:14Um aqui, velho.
00:49:20Que barbaridade. É cadeirada
00:49:22da cabeça do mosquito, velho.
00:49:24Calma, rapaz.
00:49:28É calma que nada. Você fala calma
00:49:30porque você não viu as notícias
00:49:32lamentáveis, bebê, bebê, bebê.
00:49:34Ih, tem muito.
00:49:36Quer ver? Põe na tela
00:49:38O resto, põe na sela.
00:49:42Olha aí. Notícia no interior.
00:49:48No interior,
00:49:50jegue que o Jeiro
00:49:52criava detonou
00:49:54a sogra com coice
00:49:56e agora tem centenas de pessoas
00:49:58da casa do Jeiro
00:50:00em frente à casa do Jeiro.
00:50:02Vieram pra ver o venório da velha?
00:50:04Não, não. Vieram comprar um jegue, né, velho.
00:50:06Porque pelo jeito,
00:50:08bebê,
00:50:10o bicho é bom de botania, né?
00:50:14É uma barbaridade, bebê.
00:50:16Põe na tela. O resto, põe na sela.
00:50:20Olha aí. A polícia, bebê, bebê, bebê.
00:50:24A polícia investiga
00:50:26agora o caso aí
00:50:28do incêndio do Botel.
00:50:30E já estão sabendo alguma coisa?
00:50:32A polícia está sabendo?
00:50:34Estão acreditando que é o pessoal que está entrando
00:50:36com fogo no rabo e na periquita.
00:50:40É uma barbaridade, bebê.
00:50:42Pelo amor de Deus. Não tinha o extinto aí nesse motel?
00:50:44Tinha, mas eles estavam usando
00:50:46como consolo, velho.
00:50:48É uma barbaridade
00:50:50o que acontece nesse botel,
00:50:52bebê, bebê, bebê.
00:50:54É uma barbaridade.
00:50:56Quer saber? Põe na tela. O resto, põe na sela.
00:51:00Olha aí que as abertas.
00:51:02Bebê, bebê, bebê. Uma notícia.
00:51:06A polícia recebe uma ligação
00:51:08às três horas da padrugada.
00:51:10Recebe uma ligação.
00:51:12O policial atende e a voz
00:51:14fala. Socorro!
00:51:16Um gato entrou na minha casa.
00:51:18O gato está vindo
00:51:20na minha direção. Eu vou morrer.
00:51:22Eu preciso de reforço.
00:51:24Chama rápido o reforço que o gato
00:51:26está aqui. O gato vai me matar.
00:51:28O gato vai me matar.
00:51:30O policial falou. Ué, mas quem que está falando?
00:51:32Ele falou. É o papagaio, pô!
00:51:36É o papagaio!
00:51:38Que barbaridade!
00:51:40Papagaio está salvo nessa
00:51:42cidade, bebê, bebê, bebê.
00:51:44É, Casalberto,
00:51:46você sabe que agora eu quase fui atropelado.
00:51:48Não me diga. Um carro a
00:51:50200km por hora.
00:51:52Ele estava tirando um racha, tirando um racha.
00:51:54E aí, eu não tenho nada a ver
00:51:56com racha. O carro quase me atropelou
00:51:58na calçada antes que tentou frear.
00:52:00E não tinha marca do freio na pista?
00:52:02Não, na pista não, mas na minha
00:52:04cueca tem um monte, velho.
00:52:06Aqui na minha cueca
00:52:08eu estou todo borrado, velho.
00:52:10Na minha cueca está cheio de
00:52:12marca de freada.
00:52:14É uma barbaridade,
00:52:16bebê, bebê.
00:52:18Eu gosto daquele ditado
00:52:20bebê, bebê, bebê. Aquele ditado.
00:52:22Água,
00:52:24bole, pedra dura,
00:52:26vento, bate. Não,
00:52:28bate não, que eu não gosto desse nome.
00:52:32E quer saber, velho?
00:52:34Eu me debito ao vivo aqui.
00:52:36Eu me debito. Eu me debito ao vivo.
00:52:38Não, não, não.
00:52:40Até um dia.
00:52:42Eu vou embora, velho. Não adianta
00:52:44o Marcelo pedir. Eu me debito aqui ao vivo.
00:52:46Eu vou vazar daqui
00:52:48com a minha cadeira, velho.
00:52:50Eu vou levar a minha cadeira junto.
00:52:52Ô, comandante, já liga a hélice
00:52:54que eu vou vazar voando
00:52:56daqui, velho.
00:52:58Tchau, Consuelo Berger.
00:53:04Oi, doutora. Como é que está, senhor Carlos?
00:53:06Tudo bem? Pois é, vim pra
00:53:08convidar com o senhor. Tudo bem, doutora?
00:53:10Ah, Carlos, estou bem, mas eu estou
00:53:12com a vida meio bagunçada.
00:53:14Eu acabei de me mudar, Carlos.
00:53:16Ai, Carlos, é um estresse.
00:53:18Mas uma coisa que é legal,
00:53:20o apartamento novo que eu fui,
00:53:22a janela tem vista pra um negócio super legal, Carlos.
00:53:24Assim, que pouca gente em São Paulo tem acesso.
00:53:26Céu, o nome. Ah, é bem legal.
00:53:28É bem legal.
00:53:30Eu indico.
00:53:32Sabe que eu morava num apartamento, Carlos, era tanta poluição,
00:53:34abria a janela, era tanta poluição
00:53:36que quando eu queria melhorar o clima, eu acendi um cigarro.
00:53:38Era terrível, Carlos.
00:53:42E dá trabalho se mudar, Carlos.
00:53:44Eu fui visitar os apartamentos, tá tudo cada vez menor
00:53:46e mais caro. Eu fui num prédio,
00:53:48Carlos, era tão pequeno que os moradores,
00:53:50eles guardavam o carro no apartamento
00:53:52pra poder dormir na garagem.
00:53:56O apartamento era tão apertado
00:53:58que se fosse uma calça, o Gustavo Lima usava.
00:54:02E aí, eu me mudei, Carlos.
00:54:04E aí eu pensei, agora eu vou aproveitar
00:54:06porque vai ser uma nova rotina e tal.
00:54:08E foi, Carlos. Os primeiros dias,
00:54:10eu tava malhando, chegava em casa, fazia janta,
00:54:12meditava, aí no terceiro dia
00:54:14aconteceu uma coisa que mudou tudo, Carlos.
00:54:16Instalaram a internet.
00:54:18Voltei a ser um inútil.
00:54:20Como é que pode, né?
00:54:22Você já ouviu falar, Carlos, que quando a gente se muda,
00:54:24sempre some alguma coisa, né?
00:54:26No meu caso, sumiu o meu dinheiro.
00:54:28Tudo.
00:54:32O cara do frete, ele cobra por quilômetro,
00:54:34por caixa, por degrau, por cara de trouxa,
00:54:36tudo ele cobra.
00:54:38E a cara de trouxa foi o mais caro.
00:54:40Você sabe que chegou numa hora e eu tava
00:54:42negociando uma coisa pela outra.
00:54:44Eu já tava falando assim, Sérgio, sobe a minha geladeira
00:54:46que eu te dou minha TV. Tava assim, já.
00:54:50No meio da mudança, perdi meu cartão de crédito,
00:54:52Carlos. Clonaram meu cartão.
00:54:54Ah, mentira. Mas eu nem dei queixa, nada.
00:54:56Por quê? O golpista tá gastando menos que eu.
00:54:58Aí eu achei justo, sabe?
00:55:00E a corretora, quando me levou
00:55:02no apartamento, ela falou, ah, aqui é um apartamento
00:55:04que tem um grande potencial. O que eu não sabia
00:55:06era que um potencial pra me levar à falência.
00:55:08No caso, isso não me falaram, sabe?
00:55:12E eu não sei se o senhor percebeu, Carlos, que apesar da gente
00:55:14gastar, quem vai fazer o frete não cuida
00:55:16as coisas da gente, Carlos. Maldita
00:55:18a hora que eu fui escrever frágil naquela caixa.
00:55:20Carlos... Quebraram.
00:55:22Só quem sofre mais que a caixa frágil
00:55:24na mudança é a gente, Carlos. Eles, olha...
00:55:28Eu acho que é uma analogia à vida,
00:55:30sabe? Quanto mais frágil tu for, mais
00:55:32te jogam pro fundo do caminhão.
00:55:36A minha caixa do frágil chegou no outro apartamento,
00:55:38Carlos. Parecia que ela tinha passado, assim, por um
00:55:40divórcio litigioso, sabe? Ela tava destruída.
00:55:42Destruída.
00:55:44Eu acho impressionante, Carlos. Mudança é
00:55:46muito estressante, né? E a minha mudança foi
00:55:48baixa renda, né, Carlos? Porque mudança
00:55:50de rico tem arquiteto, decorador.
00:55:52A minha tinha um cunhado, uma furadeira e um sonho.
00:55:54Né?
00:55:56E baixa renda
00:55:58tem técnica. Eu não sei se o senhor tem técnicas
00:56:00de mudança baixa renda. Tem uma
00:56:02que eu acho ótima. Tu bota o lençol em cima da cama.
00:56:04Aí, assim, ó...
00:56:06Enche de roupa e faz
00:56:08uma trouxa bem grande, assim. Aí fica aquela
00:56:10coisa enrolada no lençol, meio sem forma.
00:56:12Dá a sensação de que tu enrolou um bebê
00:56:14pra dormir, mas o bebê é o propetone.
00:56:16Dá essa sensação.
00:56:18Basicamente.
00:56:20A mudança... Teve uma paciente
00:56:22minha que tava falando de se mudar. E ela falou que ia mudar
00:56:24pra outra cidade. Mas ficou sem
00:56:26grana, tal. Ela disse, não, mas minha família me ajudou.
00:56:28Meu pai me deu um fogão. Minha irmã me deu um sofá.
00:56:30Minha mãe deu a TV. O que que tu acha?
00:56:32Ah, é que eles queriam se ver livres de ti, né? Só pode.
00:56:34Tem gente...
00:56:36Não tem outro motivo, né,
00:56:38seu Carlos? Não, né?
00:56:40Na verdade, eu acho que apartamento é igual namorado, sabe?
00:56:42Dá tanto trabalho se adaptar
00:56:44com o próximo, que é melhor ficar com os efeitos do
00:56:46antigo, né?
00:56:48O que eu mais sinto falta
00:56:50do meu prédio antigo, Carlos, era a minha vizinha que falava
00:56:52alto. Ah, e a Jussara. Era tão bom.
00:56:54Ela falava tão alto na casa dela
00:56:56que eu escutava na minha. Eu comecei a
00:56:58responder e ela virou minha paciente. Uma de cada apartamento,
00:57:00Carlos.
00:57:02Final do mês, ela passava meu dinheiro
00:57:04por baixo da porta. Era incrível.
00:57:06Ela era uma psicóloga home office. Era ótimo.
00:57:08Quando a minha vida estava
00:57:10entediada, eu desligava a TV e ficava escutando ela.
00:57:12Carlos, o dia que ela descobriu que o marido tinha
00:57:14uma amante foi maravilhoso. O dia mais
00:57:16divertido.
00:57:18Carlos, o dia mais divertido da minha vida foi
00:57:20maravilhoso. Ela gritava. Ah, tu acha que eu sou maluca?
00:57:22Tu acha que eu sou maluca? Eu falei lá no meu apartamento.
00:57:24Acho, mas é isso que eu mais gosto em ti.
00:57:26Sabe?
00:57:28E lá no meu prédio, eu senti um clima hostil,
00:57:30Carlos. Eu fui fazer um agrado. Um vizinho super
00:57:32bacana, bonitão e tal. Eu quis aproximar,
00:57:34né, Carlos? Aí eu fui levar um bolo pra ele, pra dar umas boas vindas.
00:57:36O cara super mal educado começou a
00:57:38gritar comigo, sabe? Nossa.
00:57:40Sabe o que ele gritava? Não. Sai da minha casa,
00:57:42eu sou maluca, eu tô tomando banho.
00:57:46No meio desse estresse, uma hora eu surtei.
00:57:48Saí correndo, corredora fora, falando
00:57:50não quero mais bagunça, não quero mais mudança, não aguento
00:57:52mais faxina. Abre o elevador, quem desce, Carlos?
00:57:54Jussara. Minha vizinha gritona.
00:57:56Tava se mudando pro lado do meu prédio, Carlos.
00:57:58Aí eu falei, ela ficou
00:58:00apavorada com a minha criança. Eu falei, Jussara, tu deve
00:58:02tá achando que eu sou maluca, né? Ela falou, acho.
00:58:04Mas isso que eu mais gosto em ti.
00:58:06Carlos, eu vou lá que eu tenho meu prédio.
00:58:08Tchau, Jussara. Tchau.
00:58:10Sai daqui.
00:58:12Sai daqui.
00:58:14Vai ensinar.
00:58:16Muito feio.
00:58:18O véio é o véio.
00:58:20Por que vocês tão vaiando,
00:58:22véio?
00:58:24Sai daqui.
00:58:26O véio é tão bonzinho.
00:58:28O dó do véio.
00:58:30O dó do véio.
00:58:32O dó do véio.
00:58:34Mas e o véio não?
00:58:36Mas e o véio não?
00:58:38Só que essas vaias não são pra mim, não.
00:58:40Essas vaias, pelo que
00:58:42tô vendo aqui no jornal, olha.
00:58:44A casa caiu pro seu lado.
00:58:46Agora é difícil, agora é difícil, agora é difícil.
00:58:48Muito. Bem difícil.
00:58:50Bem difícil.
00:58:52Por isso que eu contratei a dona Maricota.
00:58:54Fazendo o quê?
00:58:56Ela é uma advogada
00:58:58extraordinária.
00:59:00Eu contratei ela pra me
00:59:02defender dessas acusações
00:59:04absurdas.
00:59:06E na qualidade de
00:59:08advogada do deputado,
00:59:10digo, ser
00:59:12um absurdo.
00:59:14Um absurdo.
00:59:16Esta perseguição que estão
00:59:18fazendo contra ele.
00:59:20Ele tá sofrendo com isso.
00:59:22Eu tô sendo muito perseguido.
00:59:26Eu tô mais perseguido
00:59:28que o wi-fi grátis.
00:59:30Acusam.
00:59:32Mas acusam injustamente
00:59:34o deputado
00:59:36de estar envolvido
00:59:38em roubo de caminhão,
00:59:40em desvio
00:59:42de carga pra Bolívia.
00:59:44Mas senhora,
00:59:46é exatamente o que tá escrito aqui.
00:59:48Entendi.
00:59:52É o trabalho feito um louco.
00:59:54Não para de trabalhar.
00:59:58A cabeça é quente.
01:00:00Olha só o que aconteceu,
01:00:02que distração, que loucura.
01:00:08Eu estava indo levar o meu carro
01:00:10pra garagem.
01:00:14Na confusão,
01:00:16distraído, o que aconteceu?
01:00:18Tá que nem pegando um caminhão com carga.
01:00:20Sem querer.
01:00:24Digo-vos bem,
01:00:26sem querer,
01:00:28ele chegou na Bolívia.
01:00:32Agora a culpa sabe de quem?
01:00:34Quem?
01:00:36Da sinalização de rua.
01:00:38Da má sinalização
01:00:40das ruas.
01:00:42Da internet ruim,
01:00:44que esculhambou no GPS.
01:00:46Passou um tempinho,
01:00:48o carro vinha.
01:00:50O que era?
01:00:52Tava na Bolívia.
01:00:54Cheguei na Bolívia.
01:00:58E depois,
01:01:00o pobre deputado,
01:01:02ele ficou sem dinheiro pra poder voltar.
01:01:04Desesperado.
01:01:08Qual foi a saída que esse pobre homem teve?
01:01:10Qual foi?
01:01:14Vendi a carga do caminhão
01:01:16pra ele não ver.
01:01:18Me diga, senhor,
01:01:20tinha outra coisa a fazer?
01:01:22Claro que tinha.
01:01:24Voltar pro Brasil com o caminhão.
01:01:28Que absurdo.
01:01:30Que absurdo, meu senhor.
01:01:32Voltar ilegalmente
01:01:34para o Brasil com o caminhão
01:01:36que não era meu.
01:01:40Você aceita uma coisa dessa?
01:01:42Que que é isso?
01:01:44E por causa deste pequeno detalhe,
01:01:46a Polícia Federal
01:01:48tá o quê? Tá fazendo o quê?
01:01:50Tá querendo explicações.
01:01:52Ah, coisa que duvido
01:01:54que o senhor tenha.
01:01:56Polícia Federal?
01:01:58Vou falar sério.
01:02:02A Polícia Federal
01:02:04mandou já a documentação pedindo desculpa.
01:02:06Porque ela entendeu
01:02:08...
01:02:12que essa venda
01:02:14ela dependeu dos processos
01:02:16...
01:02:20Era um documento.
01:02:22Era necessidade que eu tinha
01:02:24de fazer o ...
01:02:26Não é, Maricota?
01:02:28Exatamente.
01:02:30Eu tô certo, Maricota?
01:02:32Tá certíssimo, deputado.
01:02:34Maricota é foda.
01:02:36Certamente, deputado.
01:02:38Você acha que tem
01:02:40explicação melhor do que isso?
01:02:42Claro que tem. Lógico.
01:02:44Tá na cara que tem.
01:02:48Olha,
01:02:50como advogada,
01:02:52eu só tenho uma coisa
01:02:54aqui a dizer.
01:02:56Existe uma conspiração
01:02:58para acabar com o deputado.
01:03:00Ah, é? E a culpa é de quem?
01:03:02Da sua irmã, aquela biscata vagabunda.
01:03:06Que acaba
01:03:08comigo.
01:03:10Mortinho, mortinho.
01:03:12A culpa é da descarada.
01:03:16A culpa é que
01:03:18o seu cliente,
01:03:20o seu cliente,
01:03:22ele vive, sabe,
01:03:24no lado sombrio da política.
01:03:26Protesto! Ah, Maricota!
01:03:30Além de
01:03:32todas as infâmias
01:03:34já ditas e citadas aqui,
01:03:36agora dizem que
01:03:38o meu cliente
01:03:40apoia, apoia
01:03:42a amnistia aos acusados
01:03:44dos atos
01:03:46horríveis que aconteceram em Brasília
01:03:48há dois anos atrás.
01:03:50Ah, Maricota!
01:03:54E não tem prova.
01:03:56Não tem prova.
01:03:58Mas tem. Tem prova, né?
01:04:00Tem.
01:04:02O segundo.
01:04:04Olha aqui.
01:04:06Olha aqui.
01:04:10As fotos do senhor em cima de um palanque
01:04:12fazendo comícios
01:04:14a favor da
01:04:16da amnistia.
01:04:18Sabe ler?
01:04:20Olha aqui, ó.
01:04:22Tá vendo? Esse aqui não é o senhor,
01:04:24por acaso. Não, parece um pouquinho
01:04:26comigo. Como parece?
01:04:28Protesto!
01:04:30Maricota!
01:04:32Isso aí, ó,
01:04:34pode ser obra
01:04:36de inteligência artificial.
01:04:40Inteligência artificial
01:04:42tira foto de tudo. Pelo amor de Deus!
01:04:44Tira foto de
01:04:46trampo rindo. Exatamente.
01:04:48De Neymar jogando bola.
01:04:52Tira até do ratinho galã.
01:04:56Deputado,
01:04:58deputado, em sã consciência,
01:05:00esse não é o senhor em cima do palanque
01:05:02fazendo comício?
01:05:04Não, eu estava lá.
01:05:06Eu estava lá pra dizer que eu era contra.
01:05:08Não, o senhor tá apoiando!
01:05:10Aqui o senhor tá apoiando a amnistia.
01:05:12Não, eu tô
01:05:14abraçado. Tá, tá.
01:05:16Abraçado com a pessoa aqui.
01:05:18Eu sou um homem polido.
01:05:20Mas esse daqui é a favor.
01:05:22Eu estava dizendo de maneira polida
01:05:24que eu sou muito educado.
01:05:28Meus amigos, como é
01:05:30que...
01:05:32Vocês não podem fazer...
01:05:34Como você vai aprovar uma coisa assim?
01:05:36Bom...
01:05:38Ora, educado! Não foi maricota?
01:05:40Foi isso. Não foi maricota?
01:05:42Exatamente isso.
01:05:44E como advogada, tenho só
01:05:46mais uma coisa a dizer.
01:05:48O deputado aqui presente
01:05:50é um dos políticos
01:05:52mais honestos
01:05:54que eu já defendi.
01:05:56Contra ele...
01:06:00Matou a pau, maricota!
01:06:04Contra ele
01:06:06não há provas.
01:06:08Se algum dia eu
01:06:10peguei alguma propina,
01:06:12se eu desenhei algum dinheiro público,
01:06:14eu quero que lá de cima
01:06:16mandem agora um raio.
01:06:20Santa Bárbara de Misericórdia!
01:06:22Santa Bárbara de Misericórdia!
01:06:24Protege, protege, protege, protege!
01:06:28Calma, maricota!
01:06:30Calma, maricota!
01:06:34Vamos-se embora, com esses pessoal lá de cima
01:06:36não dá pra brincar.
01:06:48Você tá bom, querido?
01:06:50Tô bem, mas tô assim...
01:06:52Desmantelado tá o mundo, não tá?
01:06:54Três mulheres sentadas sozinhas,
01:06:56os três marmões...
01:06:58Tá difícil mamonhar, né?
01:07:02Rapaz, por isso que o povo
01:07:04tá adotando as bonecas, né?
01:07:06As bonequinhas é boa, né?
01:07:08Já passaram 10 pessoas falando
01:07:10disso aqui, né?
01:07:14O buio tá até...
01:07:16É capaz do buio pegar alguém, eles não.
01:07:18Peraí.
01:07:20Pô, peraí, quais são as novidades?
01:07:22Esse negócio das bonecas que eu tava falando.
01:07:24Todo mundo tá atrás dessas bonecas, Alberto.
01:07:26Eu não julgo, não.
01:07:28Eu não julgo, não, cara. Sabe por quê?
01:07:30Porque eu também já tive esse sonho de ter uma boneca.
01:07:32É, inflável.
01:07:36É o Alberto Elon Musk,
01:07:38é o homem mais rico do mundo, ele fez uma boneca pra ele,
01:07:40um robô, você viu o robô que ele fez?
01:07:42Dá um Google lá, namorado do Elon Musk,
01:07:44um robô linda, cara, linda, um robô linda.
01:07:46Eu chupava até os parafusos daquela robô.
01:07:50Imagina uma boneca, cara.
01:07:52Eu tive um sonho de comprar uma boneca.
01:07:54Mas isso é verdade? É verdade.
01:07:56Uma boneca. Dá um Google lá, sabe?
01:07:58Uma boneca linda, maravilhosa.
01:08:00Eu só queria uma boneca.
01:08:02Aí eu digo, eu vou comprar uma.
01:08:04Porque tem, já viu? Tem as bonecas de tudo quanto é jeito.
01:08:06Cada vez mais perfeita, cara.
01:08:08Eu cheguei uma vez na loja, no sex shop,
01:08:10vou te levar um dia lá.
01:08:12Sabe o problema que eu tenho?
01:08:14Nunca foi, pronto, nós vamos lá no Braz.
01:08:18Aí, cara, eu entrei lá no sex shop,
01:08:20já bati o olho em uma.
01:08:22Porque tem nova, morena,
01:08:24tem mais velha.
01:08:26Meia coroa, assim, sabe?
01:08:28Pele assim, puxada, aquela boquinha assim,
01:08:30sentadinha desse jeito assim.
01:08:32Eu olhei e falei, meu Deus,
01:08:34incrível.
01:08:36A moça falou, atendente, pois não, senhor,
01:08:38quer alguma coisa? Eu falei, eu quero aquela boneca.
01:08:40Ela veio, pelo amor de Deus, ali é a dona da loja.
01:08:46Mas também, como é que eu vou procriar
01:08:48se eu também não arrumei uma mulher?
01:08:50Sabe o que acontece?
01:08:52Você tem que procurar uma mulher
01:08:54que te leve pro céu, entendeu?
01:08:56Eu já tive uma dessas, cara,
01:08:58me deu duas facadas.
01:09:02Quase me leva pro céu mesmo.
01:09:06Aí eu digo, eu vou procurar gente aonde?
01:09:08Porque o aplicativo é bom pra arrumar mulher.
01:09:10Mas é perigoso.
01:09:12Mas é bom, Casablanca.
01:09:14Uma vez eu conheci uma, eu dei um like.
01:09:16Eu boto no aplicativo a distância e a idade, sabe?
01:09:18A distância, eu boto até onde der,
01:09:20a idade, eu boto até onde der,
01:09:22de 18 ao que der, boto lá.
01:09:24Aí sai dando like.
01:09:26Nem olha, Casablanca, nas fotos que aparecem.
01:09:28Sai só o like.
01:09:30Aparece homem, mulheres, montanha,
01:09:32eu dou um like na montanha.
01:09:34Um like, não é, Casablanca?
01:09:3659 anos ela tinha. Nova, né?
01:09:3859, nem um rádio da peste.
01:09:4259 é uma criança.
01:09:4459, aí, porra, 59, beleza.
01:09:46Vou lá conhecer ela.
01:09:48Mora lá na Zona Leste, Casablanca. Longe, Casablanca.
01:09:50Longe, longe. Você faz a barba, chega barbudo.
01:09:52Lá não é longe que é.
01:09:5459 anos.
01:09:56Não, mas vou conhecer. Aí fui, nessa fé.
01:09:58Cheguei lá, Casablanca.
01:10:00Eu descobri que as mulheres mentem na internet.
01:10:02Aí eu parei o carro que eu olhei.
01:10:0459 ela tinha quando ela parou de contar.
01:10:08Era uma véia, véia,
01:10:10véia, véia, véia,
01:10:12não era a Doniella, era a Doniella.
01:10:14Tava lá faz tempo que eu esqueci.
01:10:16Véia, véia, véia.
01:10:18Já tá ralado. Não, vou perder minha gasolina, não.
01:10:22Vou desmaiar esse corpo aí.
01:10:24Vou desmaiar. Vou pegar só pra fazer o mal.
01:10:28Quem dispensa é o exército, Casablanca.
01:10:32Tava puxando o carro assim, foi vendo aquela
01:10:34aquelas véia da piriguete, sabe?
01:10:36Chamam de pirivéia, essas véia.
01:10:38Sabe?
01:10:40As véia do cabelo roxo, uma do cabelo vermelho, uma do cabelo amarelo.
01:10:42Já viu? Parece uma concentração de maliroponas aí.
01:10:44Um cupcake, sabe?
01:10:48Aí mais nóis. Véia, vai.
01:10:50Encostei o carro. Véia, véia. Bem véinha.
01:10:52Encostei o carro, desci do carro.
01:10:54Desci do carro, abri a porta do carro.
01:10:56Peguei o andador dela, botei dentro do carro.
01:11:02Sabe, véia? Ela subiu.
01:11:04Aí, disse, qual a sua graça?
01:11:06Ela falou, ó, Osana, diga. Osana, se eu soubesse o nome,
01:11:08não tinha nem vindo, porque Osana é nome de véia.
01:11:10Sendo que é a sua criança que chamou, Osana.
01:11:12Osana é das antigas. Eu digo, ó, Osana.
01:11:14Você quer ir pra onde, Osana? Quer ir pra onde?
01:11:16Ela disse, ah, vamos pra um lugar legal, seguro,
01:11:18pra gente conversar. Eu digo, ah, Zidane, essa véia...
01:11:22Onde é que você quer? Eu não vou encaixar nele com você, não.
01:11:24Vou levar você no moitel.
01:11:26Esse aqui é o moitel, diga. O carro só tá dentro das moitas, tá feito a bagaceira.
01:11:28Eu disse, se dá certo, dá.
01:11:30Um sexo ecológico. Bora pro meio do mato.
01:11:32Aí, botei ela dentro do carro.
01:11:34Pô, eu cheguei lá e o bumbo das véia, que as véia é tudo tarado
01:11:36hoje em dia, viu? Eu só encostei o carro,
01:11:38a véia doce passada de perna aqui em cima, já ficou assim.
01:11:40Você trouxe proteção?
01:11:42Proteção só divina, minha senhora.
01:11:46E ela foi aqui, em casa,
01:11:48pulando, pulando, pulando.
01:11:50Meteu a mão aqui dentro com ela, meteu a mão aqui dentro com ela.
01:11:52Tomou um sujo.
01:11:54Meu Deus, como é grande. Meu Deus, como é dura.
01:11:56Disse, larga o freio de mão, se não o carro desce da mão.
01:12:00Bora, mano meu, tem que ir embora.
01:12:04Ah, que feia,
01:12:06que espetáculo, não tem potência.
01:12:08Quinta-feira estaremos de volta
01:12:10novamente. Eu aqui, no meu
01:12:12velho e querido banco. Vocês em todo
01:12:14o Brasil. Por quê?
01:12:16Água sem água!
01:12:18Valeu, muito obrigado. Tchau, pessoal.
01:12:20Gabiru!

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