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  • 21/05/2025
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reconheceu que não conseguirá impedir a instalação da CPI que visa investigar fraudes bilionárias no INSS. A oposição intensifica a pressão, destacando o prejuízo estimado em R$ 8 bilhões e o envolvimento de entidades ligadas ao governo. Motta alega que há outras CPIs na fila, mas admite que a gravidade do caso exige ação imediata.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/f3kxUUxXXj8

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Transcrição
00:00Com metade do Senado defendendo a abertura da CPI do INSS, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, teria informado auxiliares do governo que não conseguirá segurar a investigação sobre o roubo dos aposentados.
00:15É o que informou a revista Veja. A oposição pressiona o líder do Congresso para que a apuração seja aberta na próxima sessão, marcada para o dia 27.
00:25No entanto, ciente do potencial estrago político que virá das investigações das fraudes no órgão, Alcolumbre teria prometido um tempo para que o Planalto consiga se organizar, organizar suas forças.
00:39Os governistas agora realizam esforços, vários esforços para tentar adiar a sessão para junho ou julho, após o recesso parlamentar.
00:47Além disso, reivindicam o comando da CPMI, pedindo a relatoria da investigação e que a gestão de Jair Bolsonaro também seja alvo do colegiado.
00:58A Advocacia-Geral da União também se juntou aos esforços dos governistas para minar a CPMI.
01:04Durante entrevista ao canal GOV, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a instalação do colegiado poderia prejudicar os esforços do Planalto
01:14para garantir a devolução dos valores.
01:17Enfim, algumas notícias destacadas nessa abertura.
01:21A gente vai tratar disso com os nossos comentaristas.
01:24Roberto Mota, já posicionado ao vivo, apostos.
01:28Mota, seja bem-vindo, ótima noite a você.
01:30Vou deixar a avaliação de Jorge Messias, o AGU, para depois.
01:35Queria tratar dessa articulação para que o governo, eventualmente, ou a base governista, os congressistas que apoiam o governo,
01:44comandem uma possível CPI ou CPMI.
01:48E aí eu te pergunto, Mota, há uma mudança muito grande caso, por exemplo, presidência e relatoria.
01:55Fique com os governistas.
01:56Talvez o resultado da investigação seja outro.
02:00Bem-vindo.
02:00Eu acho que provavelmente sim, Caniato.
02:05Mas isso não vai reduzir o impacto dessa CPMI.
02:10Boa noite para você, boa noite aos meus colegas de bancada,
02:13boa noite à nossa querida audiência que não cansa de se espantar com as coisas que acontecem aqui no Brasil.
02:19Essa CPMI tem potencial explosivo atômico.
02:25Muita gente deve estar envolvida nessa festa do descontão.
02:31Essas pessoas agora devem estar preocupadas.
02:35Não com a possibilidade de punição, porque elas sabem que isso não vai acontecer.
02:39Mas com a possibilidade dos seus nomes e das suas relações virem à tona.
02:48E com possível impacto eleitoral que essas revelações possam ter.
02:54As articulações para a instalação, a instauração de uma CPI mista ou apenas no Senado ou apenas na Câmara,
03:03mas os indícios apontam para uma CPMI, comissão mista de apuração com deputados e também senadores.
03:12Chama o Luiz Felipe Dávila a respeito dessas sinalizações e esses apontamentos.
03:16parece que ganha cor para a possibilidade de uma CPMI e as informações de bastidores que chegam de Brasília
03:24indicam que o presidente do Senado teria dado essa sinalização ao governo.
03:28Olha, a maior parte dos senadores querem a CPMI.
03:32Eu não tenho como barrar, mas terá tempo para vocês se organizarem.
03:36Por sua vez, os governistas querem cargos estratégicos, como, por exemplo, presidência da comissão e também relatoria.
03:45E que a gente precisa considerar a respeito dessas articulações de bastidores.
03:50Dávila, bem-vindo.
03:52Boa noite, Caniato. A você, Almota, Uberaldo e a nossa querida audiência.
03:57Olha, esta é uma boa notícia.
03:59Uma boa notícia que, pelo menos, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
04:04está mais em sintonia com a opinião pública brasileira do que o presidente da Câmara, Hugo Mota.
04:10Alcolumbre disse ao governo que não dá mais para segurar
04:15a pressão de se criar uma CPMI justamente porque a população indignada
04:22quer uma resposta para esse escândalo monumental.
04:27Aliás, são dois escândalos, não é, Caniato?
04:29Um escândalo é o desconto indevido para sindicatos e associações
04:35que deve ter desviado em torno de 8 bilhões de reais dos aposentados.
04:41Mas tem um outro escândalo, que são os 90 bilhões de reais estimados
04:47dos descontos indevidos do consignado.
04:51Então, não dá para varrer este problema para debaixo do tapete.
04:57Isso tem potencial de ser um dos maiores escândalos do Brasil depois da Lava Jato.
05:02Por isso, finalmente, o presidente do Senado teve coragem de anunciar ao governo
05:07que é impossível segurar a criação de uma CPMI para investigar o roubo no INSS.
05:16Então, este é o sinal positivo.
05:18Agora, vamos ao segundo ponto.
05:20Como será composta esta comissão mista parlamentar de inquérito?
05:25Se quem vai ser o presidente, tudo isso é importante, mas não é tão importante.
05:30O importante são os fatos.
05:32Os fatos falam mais alto.
05:34E mesmo que haja um aliado do governo na presidência dessa CPMI,
05:40não dá para ignorar os fatos conforme eles aparecem.
05:44E os fatos vão aparecer não só por causa da comissão parlamentar,
05:49como também por causa das investigações que continuam a caminhar
05:54tanto na Polícia Federal como na Controladoria Geral da República
05:58e no Tribunal de Contas da União.
05:59Então, as investigações continuam em várias frentes.
06:03E é óbvio que dados dessas investigações vão vazar para a CPI
06:10ou vão ultrapassar a barreira de uma mera investigação
06:13e vão ser utilizados na CPI
06:15porque a oposição vai ter, sim, número de representantes
06:19significativos nessa CPI.
06:21Então, não adianta escolher só o presidente,
06:24mais uma forma de tentar abafar,
06:26porque os fatos falam muito mais alto
06:30do que os conluios para tentar segurar
06:34o que parece ser um dos maiores escândalos
06:37da história da República,
06:40principalmente depois do episódio Lava Jato.
06:42Daqui a pouco, Cristiano Beraldo também chega,
06:45se junta ao Mota e ao Dávila
06:48para trazer suas impressões a respeito dessa CPMI,
06:51a maneira como as coisas estão sendo conduzidas,
06:54as sinalizações e a possibilidade, inclusive,
06:57da presidência e da relatoria ficar a cargo da base governista.
07:02Já está preparado, Beraldo.
07:03Então, Beraldo, seja bem-vindo.
07:05Ótima noite a você.
07:06Muitos aspectos para nós considerarmos ainda
07:09em relação ao episódio dos descontos
07:11nos contra-cheques de aposentados e pensionistas.
07:15Há um entendimento por parte de Davi Alcolumbre
07:18que não dá para ir contra a CPMI.
07:22Inclusive, a informação diz que não daria para assegurar.
07:25Esse foi o termo usado, inclusive, pela Revista Verda.
07:29Porém, haveria um entendimento que o governo
07:33ou a base governista teria um certo tempo.
07:35Não seria instalada de imediato, por exemplo,
07:38na semana que vem.
07:39Haveria um tempo para que eles se organizassem,
07:41eles, os governistas.
07:42E há, por parte dos governistas,
07:45a defesa de que presidência e relatoria da CPMI
07:49deveriam ficar com parlamentares alinhados ao governo.
07:53E eu te pergunto, uma CPMI governista,
07:56olhando para a presidência e para a relatoria.
07:59Fica comprometido, Aberaldo?
08:02Boa noite, Caniato.
08:03Boa noite, Dávila Mota.
08:05Boa noite a nossa audiência que nos prestigia
08:06diariamente aqui nos Pingos nos Is.
08:08Ora, Caniato, a gente vê Davi Alcolumbre
08:11agindo com maestriza, né?
08:13Apesar de ter chegado no Senado
08:15não faz muito tempo,
08:18mas ele chegou chegando.
08:20Conseguiu a presidência,
08:21apesar de ser um senador ainda pouco conhecido
08:25e se tornou protagonista do Senado Federal.
08:30Agora, diante dessa situação em que o governo está sangrando,
08:34ele conseguiu ter a habilidade, o sangue frio,
08:36para se colocar na posição de salvador da pátria.
08:40Aquele que chega, bate no peito e diz
08:42deixa comigo, deixa comigo que eu resolvo.
08:45Obviamente, isso tem uma fatura a ser paga pelo governo,
08:48mas o que ele está dizendo é
08:49o governo não dá para segurar,
08:51foi muito escabroso isso que fizeram.
08:54Afinal de contas, o ministro e o antigo ministro,
08:58o atual ministro, que já estava ali na Secretaria Executiva,
09:01eles foram avisados um ano atrás e nada fizeram.
09:04Então, a CPMI vai ter que acontecer.
09:07Só que aí ele já negocia
09:09para colocar as posições estratégicas
09:13nas mãos do governo, ou seja,
09:15para garantir que essa CPMI vai consumir dinheiro público
09:18e não vai dar em absolutamente nada,
09:20porque se demonstra claramente
09:22que o compromisso, o interesse,
09:24não é com a apuração da verdade,
09:27dou a quem doer.
09:28Não é fazer uma investigação profunda
09:30para se chegar aos envolvimentos políticos
09:33que permitiram este verdadeiro assalto
09:36às aposentadorias dos brasileiros.
09:39O que se vai conseguir ali
09:40é simplesmente um arranjo.
09:44Estava no finalzinho.
09:45Estava investigando.
09:47Tá.
09:47Travou sua imagem, seu áudio, Beraldo?
09:49Pode pegar daí e concluir, Beraldo.
09:52É para eles fazerem de conta
09:54que estão investigando o caniato,
09:56enquanto a população brasileira
09:59vai ter que resolver como pagar o prejuízo.
10:02Então, é um acordo em que aqueles
10:05que são mais lesados não têm nada a dizer,
10:08não participam da reunião.
10:10E aqueles que só querem se beneficiar,
10:13se proteger, é que tomam as decisões.
10:15É isso que a gente está vendo.
10:16Pois é.
10:16Daqui a pouco a gente vai trazer também
10:17as impressões sobre como seria
10:20o desenrolar de uma CPMI como essa.
10:23O fato de postergar,
10:25de tentar jogar isso para o segundo semestre,
10:27altera a dinâmica da investigação?
10:30Porque, é claro, parlamentares e partidos
10:32têm também outros objetivos,
10:34inclusive eleitorais.
10:36A gente vai trazer isso daqui a pouquinho.
10:37Mas nós trouxemos, na abertura do programa,
10:39a manifestação do advogado-geral da União,
10:42dizendo que uma CPI ou CPMI de INSS
10:46poderia atrapalhar, inclusive,
10:48o processo de ressarcimento,
10:50de devolução dos valores.
10:52Vou passar para o Mota,
10:52para a gente trazer a informação
10:55e também a análise a respeito desse posicionamento.
10:58O Mota cabe ou compete à AGU
11:01fazer esse tipo de avaliação,
11:03de ponderação?
11:05É a instituição que avalia
11:06a forma como uma investigação deve ser feita?
11:09Porque é preciso também se perguntar
11:11por que uma CPI atrapalharia
11:13o processo de ressarcimento?
11:15São coisas que devem andar em paralelo, né?
11:17O ministro teria dito,
11:22eu me preocupo se uma CPMI,
11:24nesse momento,
11:25não pode atrapalhar esse processo
11:27de devolução dos recursos
11:28para os aposentados e pensionistas.
11:31Ministro,
11:32fique tranquilo,
11:33é claro que uma CPMI
11:35não vai atrapalhar a devolução.
11:38Essa preocupação não faz sentido nenhum.
11:40ao contrário,
11:42a CPMI provavelmente
11:44vai ser um incentivo extra
11:46para que essas entidades
11:48devolvam logo os recursos
11:50que receberam indevidamente.
11:52A única preocupação que faz sentido
11:55se ter em relação à CPMI
11:57é com possíveis estragos eleitorais
12:00que ela possa fazer.
12:03Mas isso não é preocupação para a AGU,
12:05não é mesmo?
12:05Você, Davila,
12:08de que maneira você interpreta
12:11esse posicionamento da AGU
12:13que, em tese,
12:14a AGU é o setor,
12:16como se fosse o escritório de advocacia
12:18da União, né?
12:20São os advogados que defendem
12:21os interesses da União na Justiça, né?
12:23E nós nem estamos falando
12:25de uma investigação
12:26que correria na Justiça.
12:28A gente fala de uma apuração
12:29que vai acontecer no Legislativo.
12:32E aí muitos se perguntam,
12:33bom, mas o que a AGU tem a ver com isso, né?
12:35É uma avaliação que tem que passar
12:37pela AGU.
12:38Enfim, são situações
12:40que a gente precisa analisar aqui, né?
12:44Caniato, uma das maiores virtudes
12:46de pessoas ligadas à Advocacia-Geral da União
12:49ao Poder Judiciário
12:51é saber preservar o silêncio.
12:54É não falar.
12:56Ou falar apenas nos autos
12:58quando se julga os processos
13:01e não sair falando que nem papagaio.
13:03A pior coisa que pode acontecer
13:05é papagaio no Judiciário.
13:07Nunca dá certo.
13:08E sempre se arrependem
13:10depois do que dizem.
13:12É óbvio que este não é um papel
13:14da Advocacia-Geral da União.
13:16O papel, na verdade,
13:18seria do governo
13:19em devolver integralmente
13:21o dinheiro roubado
13:23no INSS
13:24para os aposentados
13:26antes da instalação
13:28da CPMI.
13:30E o governo tem tempo
13:31para fazer isso.
13:31Agora, para fazer isso
13:33precisa ter algo
13:35que o governo
13:36até o momento não mostrou.
13:38Transparência,
13:39coragem
13:40para investigar,
13:42punir os culpados
13:43por essa quadrilha
13:45que assalta aposentados
13:46e a devolução integral
13:48sem pergunta,
13:50sem aplicativo do INSS
13:52e sem nenhum subterfúgio
13:54para postergar
13:56a devolução desses recursos.
13:58como eu digo,
14:00o governo rouba
14:01a vista
14:02e quer devolver
14:02o dinheiro a prazo.
14:03Não, deve fazer o oposto.
14:05Deve devolver
14:05imediatamente o dinheiro
14:07antes de começar
14:08a CPMI.
14:09Aliás, é uma forma
14:10até de esvaziar
14:11parte da CPMI,
14:12o que poderia
14:13diminuir
14:14um pouco
14:15da pressão política
14:16sobre o governo.
14:17Mas este é o governo
14:18que zela
14:19pelo sigilo.
14:21Nós temos mais
14:22de 16 milhões
14:23de documentos
14:25sobre sigilo.
14:26Tem lá o
14:26TransfereGov
14:27portal,
14:28que antigamente
14:29estava tudo lá,
14:30transferências de dinheiro
14:31para prefeituras,
14:32para governos estaduais,
14:34para ONGs,
14:35tudo saiu do ar.
14:37Ou seja,
14:38este é um governo
14:40que gosta de ocultar
14:42o dinheiro do contribuinte,
14:44que é transferido
14:46para estados, municípios,
14:47ONGs, sindicatos,
14:49entidades,
14:50e, portanto,
14:50não é um governo
14:51que vem colaborando
14:53para resolver o problema.
14:55Ele vem colaborando
14:55para varrer
14:57o problema
14:57para debaixo do tapete.
14:59Por isso,
15:00é imperiosa
15:01a necessidade
15:02da criação
15:03de uma CPMI
15:04e abrir
15:05os dados.
15:07Não é possível
15:08tratar
15:0916 milhões
15:10de documentos
15:11que têm a ver
15:12com transferência
15:12de verbas parlamentares,
15:14com transferência
15:14de recursos públicos
15:15para outros
15:16governos
15:17subregionais
15:18de maneira sigilosa.
15:20Isso é uma
15:20vergonha,
15:21é um desrespeito
15:23ao pagador de imposto
15:24que quer saber
15:25como o governo
15:26gasta o seu dinheiro.
15:29Beraldo e Mota
15:30se juntam a nós
15:32para trazer também
15:32as impressões
15:33a respeito
15:34dessas últimas informações,
15:36mas há pouco
15:36eu mencionei
15:37sobre expectativas,
15:39prognósticos
15:40e projeções
15:40para a CPMI
15:41e como
15:42partidos
15:44e congressistas
15:45devem se relacionar
15:46com um tema
15:47que é super espinhoso,
15:49pode respingar
15:50para parlamentares,
15:51mas para os partidos,
15:52né?
15:53E com a proximidade
15:54das eleições,
15:55o que os partidos
15:57não querem
15:57é se envolver
15:58com qualquer tipo
16:00de assunto
16:00que possa colar
16:01a pecha de,
16:02sei lá,
16:02partido corrupto
16:03ou um partido
16:05que tenha digital
16:06em um caso
16:06grandioso
16:07de corrupção.
16:09Quais são os cuidados,
16:10inclusive,
16:11que a CPMI
16:12precisa ter
16:13e de que maneira
16:14esses partidos
16:15precisam se relacionar
16:16com uma investigação
16:18que em algum momento
16:19pode sim
16:20respingar na própria sigla,
16:22né?
16:25Ério,
16:26o que você faria
16:27é exatamente
16:28acelerar a investigação
16:30para esvaziar
16:32a CPMI,
16:33esvaziar tudo
16:34e mostrar assim,
16:35olha,
16:35esse é um governo
16:35comprometido com a seriedade,
16:37está aqui,
16:37integralmente o dinheiro
16:39devolvido aos aposentados,
16:41está aqui
16:41uma força tarefa
16:42para investigar
16:44e punir exemplarmente
16:46aqueles envolvidos
16:47e isso mostraria
16:48um compromisso
16:50do governo
16:50com a seriedade
16:52no trato
16:53do dinheiro público.
16:54Isso poderia
16:55se transformar
16:56uma crise
16:57num ativo político,
16:58mas nada disso existe
17:00num governo
17:00que não é sério.
17:02Existe o governo
17:02de acobertar,
17:04culpar os outros,
17:05culpar administrações
17:06passadas,
17:07dizer que
17:08é graças
17:09à liberdade
17:10que o governo
17:11deu
17:11a Polícia Federal
17:12que isso foi descoberto,
17:14não,
17:14não foi uma atuação
17:15do governo,
17:16foi uma atuação
17:17de investigação
17:18da Polícia Federal,
17:19é só isso.
17:20Agora,
17:21tudo que o governo
17:22poderia fazer
17:22para ajudar
17:23nessa investigação,
17:25contribuir
17:26com a investigação,
17:27não vem fazendo,
17:28inclusive retirando
17:29o nome de pessoas
17:31e entidades
17:32que claramente
17:33estavam envolvidas
17:35com o esquema
17:35do roubo
17:36do INSS
17:36para que não
17:38sejam investigadas.
17:39Olha que absurdo
17:40do que nós chegamos.
17:42Então,
17:42este não é um governo
17:43que quer ver
17:44a questão
17:45do INSS
17:46solucionada.
17:47Seria um grande
17:48ativo político
17:49o governo
17:49dizer que
17:50um rombo
17:51no INSS
17:52que vem acontecendo
17:54por mais de 30 anos
17:55foi resolvido
17:56com a seriedade
17:57devida por esse governo.
17:58Agora,
17:58o governo não quer
17:59resolver nada sério.
18:00O governo
18:01gosta de aparelhar
18:02órgãos públicos,
18:04apoiar esses esquemas,
18:06porque foi justamente
18:08esses partidos
18:09do governo,
18:10da esquerda,
18:11hoje governistas,
18:13que votaram
18:14contra as medidas
18:15moralizadoras
18:17em 2019
18:18que acabavam
18:20com essas
18:21contribuições
18:22indevidas
18:24a essas entidades
18:25que tentavam
18:27colocar limite,
18:28ou seja,
18:29fazer com que
18:29os aposentados
18:30dissessem
18:32anualmente
18:32que gostariam
18:33de dar dinheiro
18:34para aquelas instituições,
18:37tudo que era
18:37moralizador,
18:39fiscalizador,
18:40quem votou
18:40contra a esquerda.
18:43Portanto,
18:44é um partido
18:45que contribuiu
18:46para que este roubo
18:47do INSS
18:48duplicasse
18:50de tamanho
18:51de um ano
18:52para o outro.
18:53Isso mostra
18:54a gente
18:54conivente
18:55com o esquema
18:56e não
18:56um partido
18:57que quer ajudar
18:58a resolver o problema.
19:00Quer dizer,
19:00chamar o Cristiano Beraldo,
19:01acho que o Beraldo
19:02não fez a avaliação
19:04e análise
19:05a respeito
19:05do posicionamento
19:07do advogado-geral
19:08da União,
19:08de que
19:09uma investigação
19:11no âmbito
19:11do Legislativo
19:12poderia,
19:13inclusive,
19:14atrapalhar
19:14o processo
19:15de devolução
19:16de ressarcimento
19:17dos valores
19:17aposentados
19:19e pensionistas,
19:20como se fossem
19:20coisas conectadas.
19:22E aí,
19:23o que eu mais vejo
19:24é o seguinte,
19:24não,
19:25cada agenda
19:26segue o seu barco,
19:27podem andar
19:28de forma,
19:29paralelamente,
19:30sem nenhum problema,
19:31né, Beraldo?
19:31Zé Caniato,
19:34a primeira coisa
19:34que a gente
19:35precisa observar
19:36é como no Brasil
19:37se tornou fácil
19:38acabar com
19:40o aspecto
19:42institucional
19:43dessas
19:44instituições
19:47como a
19:48Advocacia-Geral
19:49da União.
19:50A Advocacia-Geral
19:51da União
19:52pressupõe
19:53que os advogados
19:54atuem em defesa
19:55da União
19:56e sabem
19:56quem é a União?
19:58Somos nós,
19:59o povo brasileiro.
20:00A União
20:01não é o governo,
20:02não é o presidente,
20:04não é quem está ali
20:05na cadeira
20:05por quatro anos.
20:07A União
20:07somos nós,
20:09são os nossos
20:10interesses.
20:11Só que agora,
20:13sem absolutamente
20:14nenhuma cerimônia,
20:16a AGU
20:16é transformada
20:18num órgão
20:20de atuação
20:21do interesse
20:22pessoal
20:22do presidente
20:23da República
20:24do seu partido.
20:25E fica tudo
20:26por isso mesmo,
20:27ninguém fica indignado,
20:28ninguém fica impressionado,
20:30não há nenhuma
20:30reação
20:32à altura
20:32diante
20:34desse tipo
20:34de manifestação.
20:35Não cabe
20:36a um advogado-geral
20:37da União
20:37expressar
20:39a sua opinião,
20:40dar o seu palpite,
20:42colocar
20:43as suas declarações
20:45num contexto
20:46político
20:46como fez
20:47o famoso
20:48Bessias.
20:51E isso,
20:51esse tipo
20:52de atitude
20:53vai contribuindo
20:54para que
20:54esse desequilíbrio
20:56que existe
20:56entre os poderes
20:57hoje no Brasil,
20:58que faz com que
21:00a nossa democracia,
21:01a tão falada
21:02democracia,
21:03essa democracia
21:04que todos eles
21:05batem no peito,
21:06falam alto
21:06de que estão ali
21:08para defender
21:09a democracia,
21:11para atacar
21:12aqueles
21:12que querem
21:13destruir
21:14a democracia.
21:15Tudo é democracia,
21:16democracia é discurso
21:17para qualquer coisa,
21:19entretanto,
21:19na hora
21:20de defender
21:21um pilar
21:22fundamental
21:23da democracia,
21:24que é a separação,
21:25equilíbrio
21:26independência
21:27entre os poderes,
21:28isso fica jogado
21:30para debaixo
21:31do tapete.
21:32Pois bem,
21:33essas pessoas
21:34são parte
21:35do problema.
21:36O que nós
21:37estamos vendo
21:37em relação
21:38à atuação,
21:39uso da Advocacia
21:40Geral da União
21:41para defender
21:42esse tipo
21:43de interesse,
21:44usar o espaço
21:45até da imprensa
21:46que cabe ao
21:47Advogado Geral
21:48da União
21:48para expressar
21:50palpites
21:51que tem cunho
21:52político,
21:53isso é completamente
21:54inadequado,
21:55até porque
21:55são dois assuntos
21:57completamente
21:58diferentes
21:59e separados,
22:00não tem nada
22:01a ver uma coisa
22:01com a outra,
22:02em nada
22:02uma CPI,
22:03uma CPMI
22:04vai atrasar
22:06ou impedir
22:07que os aposentados
22:09sejam ressarcidos,
22:10mas enfim,
22:11é o Brasil
22:12de hoje,
22:13é esse Brasil
22:14dos absurdos,
22:15dos desequilíbrios,
22:16mas que é o Brasil
22:17que temos agora.
22:18Zé,
22:19inclusive,
22:19diante das informações
22:20que nós temos,
22:21deixa eu chamar
22:22o Luiz Felipe Dávila,
22:23porque há muitas dúvidas
22:25de pessoas
22:26da nossa audiência,
22:27viu Dávila,
22:28em relação
22:28à possibilidade
22:29de uma CPMI
22:31comandada
22:32por governistas,
22:36deputados e senadores
22:37alinhados ao governo,
22:38daí muitos questionaram
22:39aqui,
22:40bom,
22:40mas o governo
22:40não quer a investigação,
22:43senadores e deputados
22:45da base governista
22:46não querem
22:47uma investigação,
22:49acham que isso
22:49pode atrapalhar,
22:51politicamente pode
22:52respingar no governo
22:53e por aí vai.
22:54Caso a CPMI
22:56seja instalada
22:57e esses postos
22:58importantes estratégicos
22:59fiquem com os governistas,
23:02qual é a garantia
23:03de que o processo
23:04será tocado
23:07e administrado
23:08da maneira
23:09mais adequada
23:11e o que se espera,
23:12naturalmente,
23:13de um processo
23:13de investigação,
23:14ainda que no âmbito
23:15do legislativo?
23:16Você acha que é possível,
23:19estando nesse posto
23:20importante,
23:21como de relator
23:22pro presidente
23:23não colocar
23:25alguma coisa
23:26pra ser votada,
23:27um requerimento
23:28importante,
23:29vetar uma oitiva?
23:31Esse é o questionamento
23:32de algumas pessoas
23:32aqui da nossa audiência,
23:34muitos desconfiando,
23:35desconfiando
23:36de uma CPMI
23:37tocada por governistas.
23:39É uma preocupação
23:39ou não, Davila?
23:41Sempre é uma preocupação,
23:43Caniato,
23:43a nossa audiência
23:44é muito qualificada,
23:45inteligente
23:46e já começa
23:47a cheirar
23:48uma certa
23:49maneira,
23:50como sabotaram
23:51a CPMI.
23:52Mas o fato é o seguinte,
23:54pra acalmar
23:54a nossa audiência,
23:56o presidente
23:56de uma comissão
23:57parlamentar
23:58de inquérito
23:59não tem o poder
24:00absoluto,
24:01como é o presidente
24:01do Senado
24:02ou da Câmara,
24:04em colocar coisa
24:05em votação,
24:06em vetar,
24:07não tem esse poder
24:08absoluto.
24:09Segunda coisa,
24:11a comissão
24:11mista
24:12parlamentar
24:13de inquérito,
24:13ela vai ser composta
24:15de acordo
24:16com a proporção
24:17dos partidos
24:18representados
24:20no Congresso Nacional,
24:21isto é,
24:21pelo número
24:22de deputados
24:22e senadores.
24:24E aí,
24:24se somarmos,
24:25a oposição
24:26tem maioria.
24:27Então,
24:28esta maioria
24:29terá de ser
24:30espelhada
24:31na comissão
24:32parlamentar.
24:34Então,
24:35não podemos
24:35nos desesperar,
24:37mas também
24:37não criar
24:38falsas esperanças.
24:39O fato é,
24:40o presidente da CPI
24:41tem poder,
24:42mas não tem
24:43poder de engavetar,
24:44não aceitar requerimentos,
24:45essas coisas,
24:45não vai acontecer,
24:46porque a pressão
24:47da maioria
24:48na comissão
24:49parlamentar
24:49de inquérito
24:50pode exigir.
24:52Então,
24:52não podemos esquecer
24:54da proporcionalidade.
24:56Então,
24:56por mais que o governo
24:57consiga indicar
24:58o presidente
24:59dessa CPMI,
25:01ele não pode
25:02barrar,
25:03vetar,
25:03porque a força
25:05da maioria
25:05hoje está
25:07com os partidos
25:08de oposição,
25:10que hoje
25:10tem maioria
25:11no Congresso Nacional
25:12e essa maioria
25:13terá de ser
25:14espelhada
25:14também
25:15na comissão
25:16parlamentar.
25:17Pois é,
25:18o Beraldo
25:19está de volta
25:20com a gente?
25:20O Beraldo
25:21está aí.
25:22Beraldo,
25:22essa situação
25:23que envolve
25:23as siglas
25:25partidárias,
25:27o desafio
25:27da CPI,
25:28mas também
25:29outros
25:31desafios
25:33que a gente
25:33poderia colocar
25:34na agenda
25:35desses grupos,
25:36dessas coalizões
25:38até o final
25:38do ano.
25:39a gente
25:39ontem tratava
25:41das muitas
25:41discussões
25:42que já
25:42acontecem
25:43nos bastidores
25:44em relação
25:44aos nomes
25:45que serão
25:46escolhidos
25:47para disputar
25:47governos
25:48estaduais,
25:50cadeiras
25:50no Senado,
25:51muitos pensando
25:52também em
25:53presidência
25:53da República,
25:54o arranjo
25:55com outros
25:55partidos
25:56para pensar
25:56em alcançar
25:58um número
25:58importante
25:59de cadeiras
26:00na Câmara
26:00dos Deputados,
26:01enfim,
26:01são mil coisas
26:02que vêm sendo
26:03tratadas.
26:03a partir do
26:04momento
26:04que a
26:05instalação
26:06é protelada
26:08e adiada,
26:09acaba se tornando
26:10algo que vai
26:11conflitar em uma agenda
26:12com vários desafios
26:13e objetivos,
26:14né?
26:16Pois é,
26:16Caneta,
26:17e tem um aspecto
26:17interessante que é o
26:18fato do governo
26:19estar muito mal,
26:21portanto,
26:21os partidos
26:22entendem
26:23que apesar
26:24do Presidente
26:24da República
26:25ser ainda
26:25uma figura
26:26popular
26:26em várias
26:27regiões do
26:28país,
26:29e que o
26:29governo,
26:30por ter a máquina,
26:31por ter acesso
26:32a muito dinheiro,
26:33em poder direcionar
26:34investimentos,
26:36é sempre
26:37um ator
26:38fundamental,
26:39fundamental não diria,
26:40mas muito importante,
26:41né?
26:41Que sai
26:42com uma força
26:43muito grande
26:44em qualquer eleição,
26:46a gente vê
26:46que os partidos
26:48estão fazendo
26:48conta
26:49em que momento
26:51deixa de ser
26:52vantajoso
26:53usufruir
26:54das benesses
26:55do governo
26:56para atuar
26:57estritamente
26:58com a cabeça
26:59das eleições
27:00e se distanciar
27:02desse mesmo
27:03governo
27:03que,
27:04ao que tudo
27:05indica,
27:05terá muita
27:06dificuldade
27:07em conquistar
27:08uma reeleição.
27:10Portanto,
27:11esses elementos
27:12e esses sentimentos,
27:13sobretudo,
27:15vão sendo colocados
27:16na mesa
27:17para balizar
27:19decisões que
27:19vão ser tomadas
27:20agora,
27:21inclusive em relação
27:22a essa CPMI.
27:24O esforço
27:25do governo
27:26de ter,
27:28e conforme está
27:28aí a princípio,
27:29o compromisso
27:30assumido pelo
27:31presidente do
27:31Senado,
27:32de ter as
27:32posições chaves
27:34da CPMI,
27:37não quer dizer
27:37que serão
27:38aquelas figuras
27:39do partido
27:40do governo,
27:42porque justamente
27:42precisa ter esse
27:43equilíbrio
27:44na distribuição
27:45dessas posições.
27:47E outra coisa,
27:48uma CPMI
27:49que terá
27:49muita cobertura
27:50de imprensa,
27:51terá muita
27:51visibilidade.
27:53Os deputados
27:53e senadores
27:54sabem que é
27:55muito importante
27:56participar
27:56dessa CPMI,
28:00ter algum
28:02protagonismo,
28:03ter oportunidade
28:04de aparecer,
28:04se colocar ali
28:05em defesa
28:06dos aposentados,
28:07porque é uma
28:08mensagem que
28:09pega bem junto
28:10ao eleitorado
28:11e, obviamente,
28:12salvo aqueles senadores
28:13que estão no meio
28:14do mandato,
28:15todos os demais
28:16serão candidatos
28:17no próximo ano
28:18à reeleição,
28:20possivelmente,
28:20ou a outros cargos.
28:22Então,
28:22é um xadrez,
28:23resgatou bem
28:25esse aspecto,
28:26Caniato,
28:27é um xadrez
28:27que envolve
28:28muitas facetas
28:30e aí
28:32Brasília
28:33funciona
28:33de uma forma
28:35impressionante,
28:36a gente que não está ali,
28:37as pessoas leigas
28:39não conseguem
28:40acompanhar
28:40como as coisas
28:42mudam
28:43e como as decisões
28:44às vezes são tomadas
28:45numa direção
28:46que pode parecer
28:47contraditória,
28:48que pode parecer
28:49incoerente,
28:50mas que,
28:51no fundo,
28:51elas são tomadas
28:52porque já há ali
28:53uma leitura
28:53do que vai acontecer
28:54daqui a seis,
28:55dez,
28:56doze meses.
28:57Enfim,
28:57é um momento,
28:59realmente,
29:00de muita movimentação
29:02em Brasília.
29:03Programa Os Pingos
29:04nos diz,
29:05a notícia em destaque,
29:06a possibilidade
29:07de instalação
29:08de uma CPMI
29:10para investigar
29:10a fraude
29:11no INSS,
29:13mas o Palácio do Planalto
29:14tentando conter
29:15danos,
29:16inclusive,
29:17a uma tratativa
29:18com parlamentares
29:19da base governista
29:20para que eles venham
29:22a comandar
29:23alguns postos
29:24estratégicos
29:25nessa CPMI,
29:26principalmente presidência
29:27e relatoria.

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