Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foragido desde 2024, foi capturado ao tentar renovar visto com identidade falsa em Santa Cruz de La Sierra. A prisão revelou um esquema sofisticado do PCC na Bolívia, que inclui uso de documentos falsos, proteção de mercenários e investimentos em joias, restaurantes e fazendas. Investigadores apontam que o país foi escolhido por sua posição estratégica e pela dificuldade de atuação da polícia brasileira. Integrantes do PCC usavam celulares com chips de outros países e aplicativos criptografados para se comunicar.
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NotíciasTranscrição
00:00Bom, pessoal, sem mais delongas, já iniciando aqui com toda a ênfase e seriedade que o primeiro caso merece.
00:06Depois da prisão do chefão do PCC que repercutimos aqui no programa ontem, pessoal,
00:11parece que a alta cúpula do crime organizado vem migrando ou imigrando do Brasil
00:17para os países vizinhos de toda a nossa vizinhança, Muiamiga,
00:22escolhendo principalmente a Bolívia, onde, pelo visto, encontraram uma rede de proteção
00:26para viver uma vida luxuosa e sem maiores perturbações.
00:30É, meus amigos, o país sul-americano se tornou um território decisivo, importante, central nessa logística do tráfico de cocaína
00:37e foi escolhido por causa, evidentemente, da posição geográfica e da dificuldade de entrada da polícia brasileira
00:43e de lá eles continuam chefiando o tráfico, a chamada sintonia internacional da bandidagem.
00:50David de Tarso.
00:51Exatamente, Marinho. E o grupo investe em imóveis, fazendas.
00:55Eles estão construindo um verdadeiro império por lá.
00:59Isso é o que demonstram as investigações, tanto da Polícia Federal, como também com base nas informações
01:04do Ministério Público do GAECO aqui de São Paulo.
01:07Inclusive, o promotor Lincoln Gakia, com quem nós conversamos ao longo ali dessa prisão, né,
01:12do Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, considerado o sucessor de Marcola,
01:17que foi entregue pela Bolívia para as autoridades brasileiras
01:20e outros figurões, como André do Rap, Forjado, o Chacal, ainda vivem no país vizinho.
01:27O que as autoridades brasileiras descobriram sobre a nova estratégia dessas organizações
01:32é de que eles estão se articulando na Bolívia, pela proximidade, claro, com o Brasil
01:36e por lá também falta cooperação com a polícia brasileira para que possa ser identificado.
01:43Ainda de acordo com o promotor Lincoln Gakia e outras autoridades também com quem nós conversamos, né,
01:48as fontes revelam isso, de que essa estrutura do crime organizado, ela tem se instalado na Bolívia
01:55pelo fato da corrupção.
01:57Então lá eles conseguem corromper os agentes públicos e dessa maneira articular o crime organizado no país.
02:03É claro que essas ações contra o crime exigem ação coordenada entre os diferentes governos,
02:09entre as diferentes instâncias de polícia, né, Mano Ferreira?
02:11Mas é mais ou menos aquela visão, né?
02:14Importante tirar o Tuta, que é um desses principais chefões e cabeças do PCC,
02:18mas é mais ou menos aquela hidra da mitologia grega, né?
02:21Você corta, decepa, decapita uma cabeça, mas logo surgirá outra e não demora muito tempo.
02:26Não tem nenhum pudor dentro da hierarquia interna dessas organizações verdadeiras multinacionais do crime
02:31pra já o quanto antes erguer um sucessor no lugar do Tuta, né?
02:36Exatamente, Marinho, porque a gente tá falando de estruturas bilionárias
02:40que movimentam somas vultosas de dinheiro todos os anos
02:44e que, portanto, têm toda a capacidade de RH, digamos assim,
02:50de recursos humanos para repor peças que são eventualmente retiradas do bando pra prisão.
02:59E, na verdade, nós sabemos, muitas vezes, mesmo depois de presos,
03:04líderes das facções continuam atuando dentro da facção,
03:09mesmo estando nos presídios.
03:11Continuam, muitas vezes, dando ordens.
03:14Quantas vezes já não noticiamos casos
03:16em que a cúpula de uma quadrilha dentro do presídio
03:21fez até videoconferência pra discutir situações
03:25não apenas de negócios, mas também de vida ou morte
03:29de integrantes da quadrilha que, eventualmente, foram traidores
03:34ou que saíram da rota.
03:36Enfim, a gente sabe como acaba havendo a continuidade
03:41da integração mafiosa na prática desses delinquentes.
03:46E o ponto central é que, enquanto for extremamente lucrativo
03:51atuar nesses mercados, essas quadrilhas continuarão
03:55buscando maneiras de sofisticar a sua atuação.
03:59Por isso, na minha visão, uma abordagem eficiente do crime organizado
04:04precisa focar nos gargalos de financiamento dessas quadrilhas,
04:09mais do que simplesmente na prisão dos membros.
04:13É claro que os membros precisam ser presos,
04:15mas para que pare de haver essa capacidade
04:20de se recompor, de se recriar e de colocar novas pessoas
04:24na cadeia de comando, é preciso asfixiar
04:27as fontes de financiamento do crime organizado.
04:31E, nesse sentido, a gente ainda está longe
04:33de ter uma atuação efetiva.
04:35Então, pra vocês terem uma noção aqui, pessoal,
04:36e a gente seguir dimensionando o tamanho do problema,
04:38mais ou menos 70% da cocaína que adentra
04:41o território brasileiro passa pela Bolívia.
04:43Inclusive, a região de Chapare,
04:46onde ninguém mais, ninguém menos que Evo Morales
04:49fincou as suas raízes, uma espécie de reduto eleitoral dele
04:51é, talvez, a principal rota da coca, como eles dizem,
04:55dos cocaleiros, onde eles pintam e bordam por lá,
04:58precisa se ouvir.
04:59Eu queria muito ouvir a tua opinião aqui.
05:00Como é que faz pra parar o avanço disso?
05:03Porque a gente fala tanto aqui da criatividade inacreditável,
05:06da ousadia crescente das organizações criminosas,
05:10e a gente está vendo isso.
05:11Bar, restaurante, transportadora, joalheria,
05:13tudo do PCC nessa sucursal boliviana.
05:16É inacreditável, né?
05:18Bom dia, Marinho, os meus colegas aqui da bancada,
05:20toda a nossa audiência.
05:21Como aqui bem disse um ano e disse brilhantemente,
05:24o grande problema dessas organizações criminosas
05:26é que elas estão mais estruturadas que o Estado,
05:29propriamente dito.
05:30Isso facilita com que elas se abranjam,
05:33não só dentro do nosso território,
05:35mas também de forma internacional.
05:36E como elas estão muito bem estruturadas,
05:40o que diz aqui,
05:41o calcanhar de Aquiles dessas organizações
05:44é de fato o dinheiro,
05:45que é o que ela busca.
05:46Então, enquanto a gente não pegar
05:49no dinheiro dessas organizações,
05:51cada vez mais elas se estruturam,
05:53porque é o que elas buscam,
05:54e pela facilidade,
05:56por si só do crime,
05:57não estou falando só do tráfico,
05:58mas principalmente dele.
06:00Por quê?
06:00Porque não tem violência,
06:02é uma facilidade.
06:03A gente tem, por exemplo,
06:05nas grandes,
06:07nas fronteiras,
06:09facilidade para a expansão de alguma maneira.
06:12Então, na verdade,
06:12é uma questão conglobante.
06:14Ou seja,
06:14não é somente o dinheiro,
06:17mas o dinheiro sim,
06:18ele facilitaria com que essas organizações
06:20fossem quebradas
06:22ou de alguma forma desmanteladas,
06:24mas a gente ainda tem muito ainda
06:26a brigar com o crime organizado,
06:28porque nós precisamos,
06:29antes de tudo,
06:30nos estruturarmos
06:31enquanto segurança pública.
06:32Marinho?
06:32Não, sem dúvida alguma,
06:33Aninha.
06:34E o pior de tudo,
06:35a geografia da Bolívia
06:36e a situação atual do Estado lá
06:38é quase que um paraíso,
06:39realmente,
06:40para os criminosos.
06:41Pouquíssimo controle ali
06:42no território andino,
06:43das populações mais nativas locais,
06:46corrupção infiltradíssima
06:47em todos os grandes escalões,
06:48altíssimos escalões
06:49do governo em Sucre e em La Paz,
06:52fora o acesso ao Pacífico
06:53que a Bolívia tem
06:54e também a fronteira seca
06:56com o Brasil e com o Paraguai.
06:57Então,
06:58Santa Cruz de la Sierra ali
06:59é o verdadeiro,
07:00enfim, parece que a sede
07:02do Airbnb,
07:03do PCC,
07:04virou Santa Cruz de la Sierra.
07:06Pouca fiscalização,
07:07acolhimento maravilhoso,
07:09é inacreditável.
07:10Só para a gente realmente
07:10saber o que está acontecendo
07:12aqui, pessoal.
07:13Aninha?
07:14Marinho,
07:14mas sabe o que é?
07:15Eu concordo com os meus colegas,
07:17eu acho que o CERN
07:19vai ser sempre o dinheiro,
07:20né?
07:21O que eles visam
07:22é onde a gente consegue
07:23acusar o golpe
07:25de forma mais célebre,
07:27de forma mais eficiente,
07:28mas fato é,
07:30precisamos redobrar
07:32a atenção e a segurança
07:34das nossas fronteiras.
07:36Por quê?
07:36Porque estes bandidos
07:37só estão na Bolívia
07:39porque de alguma forma
07:40eles conseguiram chegar lá
07:42sem qualquer tipo
07:43de obstáculo.
07:44E a gente não pode
07:46se intrometer
07:47em como a Bolívia
07:48faz política,
07:49como a Bolívia
07:49faz segurança.
07:51Nós aqui no Brasil
07:52não temos tantos meios
07:53assim para evitar,
07:55por exemplo,
07:55que as autoridades bolivianas
07:57sejam corrompidas.
07:58O que nós conseguimos evitar
08:00ou que deveríamos conseguir
08:02seria que estas pessoas
08:04de alta periculosidade
08:05chegassem
08:07até o território boliviano.
08:08Você fala
08:09da posição estratégica
08:10que ela tem.
08:11Então nós aqui no Brasil,
08:13pelo menos ao que nos cabe,
08:15do que faz fronteira conosco,
08:17temos que redobrar.
08:18E quando eu falo
08:19de redobrar,
08:20não é só colocar
08:21mais agentes,
08:22mas é também
08:22garantir que eles
08:24não estejam corrompidos,
08:25é garantir que eles
08:26tenham meios
08:27para fazer o trabalho deles
08:28da forma adequada,
08:29que eles estejam treinados,
08:31que eles tenham equipamentos.
08:33Porque como os meus colegas
08:34já disseram aqui,
08:35o outro lado tem de tudo.
08:37E aí,
08:38cabe a nós,
08:39como Estado,
08:41garantir
08:42que eles não
08:42ultrapassem a fronteira.
08:43E vocês do outro lado
08:45achando que brasileiro
08:46indo para a Bolívia
08:47de Itácea
08:48era só para jogar
08:48ali na altitude
08:49na Copa Libertadores?
08:51Ledo engano, né?
08:52A situação é muito pior
08:54do que a gente imaginava.
08:55E não dá para a gente também,
08:57antes da gente seguir
08:57adiante aqui, mano,
08:58não fechar os olhos
08:59para quem governa
09:00efetivamente a Bolívia
09:01há tanto, tanto tempo,
09:02parceiros políticos
09:03e ideológicos
09:04do petismo
09:05aqui no Brasil
09:05há muito, muito tempo,
09:06com um breve entreveiro
09:08ali entre 2019 e 2021,
09:10se não me engano,
09:10com a Janine Agnes,
09:12que foi a interina
09:13colocada no lugar
09:13do Evo Morales
09:14após ele ter sido deposto
09:15e ela também foi presa,
09:17se não me engano,
09:18segue presa, né?
09:19Então,
09:20e isso gerou
09:20uma crítica internacional
09:21violentíssima com a Bolívia.
09:22Então,
09:23sinceramente,
09:24a Bolívia vai ganhando
09:25contornos,
09:26essa sim,
09:27de narco-estado falido, né?
09:29Não,
09:29uma coisa que a gente
09:30deve se lembrar
09:30é que o Marcos
09:31Roberto de Almeida
09:32o Tutu,
09:33ele foi preso
09:33tentando renovar
09:34um visto,
09:35um passaporte, aliás.
09:37Então, assim,
09:38ele ia viajar
09:39para outro país.
09:40É sempre assim.
09:40Com a renovação,
09:42com base na corrupção.
09:43Aí, por sorte,
09:44ainda bem que tinham agentes
09:45que, olha,
09:45vamos contribuir,
09:46vamos identificar
09:47e aí conseguiram prendê-lo,
09:48porque se não fosse isso também,
09:50realmente, assim,
09:51a ousadia dos bandidos.
09:53Agora,
09:53a prisão era importante, sim,
09:55porque, por exemplo,
09:55o Marcola até trouxe
09:56na minha coluna
09:57no site da Jovem Pan
09:58que, em determinados momentos,
10:00ele estava extremamente incomodado
10:01porque nas penitenciárias federais
10:03eles são monitorados
10:0424 horas por dia.
10:06Todos os áudios,
10:07há câmeras de monitoramento,
10:08até mesmo as conversas
10:09com os advogados
10:10são monitoradas,
10:12que lá atrás
10:13a gente já viu
10:13uma operação do Gaeco
10:15que identificou
10:15que até mesmo os advogados
10:17agiam como pombos correios,
10:18ou seja,
10:19levando e trazendo informações.
10:21Então,
10:22essas prisões,
10:22elas são importantes
10:23porque você,
10:24quando tira um líder
10:25daquele lugar,
10:27você tem que movimentar
10:28o PCC
10:29e isso gera
10:29uma certa disputa
10:31entre eles
10:32para saber
10:32quem será
10:33o sucessor
10:34e dessa forma
10:35enfraquece
10:35o crime organizado
10:36também.
10:37É isso aí,
10:37Mano Ferreira.
10:38Pelo menos desde 2006,
10:39Bolívia governada
10:40por Evo Morales
10:41e os seus prepostos
10:42e postes,
10:42no caso,
10:43Luiz Arce,
10:43atualmente.
10:45Qual é a sua leitura
10:46desse cenário?
10:47Olha,
10:47que a Bolívia
10:48é mais um país
10:49latino-americano
10:50com instituições
10:51muito frágeis
10:52e que não tem,
10:53de fato,
10:53uma democracia liberal
10:54plena.
10:55Infelizmente,
10:56isso é uma realidade
10:58de diversos países
11:00latino-americanos.
11:01Inclusive,
11:02o Brasil ainda
11:03não é uma democracia
11:04liberal plena.
11:05O que é
11:06a diferença
11:07entre uma democracia
11:08pela metade
11:10e uma democracia
11:11plena?
11:11É que a democracia
11:12pela metade
11:13você tem eleições,
11:15você tem
11:15a troca
11:17de comando
11:18e oposição
11:19livre,
11:20mas você não tem
11:21direitos
11:22que,
11:23de fato,
11:24são aplicados
11:25de forma igual.
11:26Você não tem
11:27um império da lei,
11:28você não tem
11:29liberdade de expressão
11:31no seu auge.
11:33Você tem
11:33uma série
11:34de deficiências
11:36institucionais
11:37que separam
11:39a qualidade
11:39das instituições
11:41desses países
11:42dos países
11:43que,
11:44de fato,
11:45são democracias
11:46avançadas,
11:47liberais plenas.
11:48Na minha visão,
11:48nesse sentido,
11:49o que o Brasil
11:50melhor poderia fazer
11:51era tentar liderar
11:53o aperfeiçoamento
11:54institucional
11:54na região.
11:55E isso passa
11:56por um dever de casa
11:57que a gente está longe
11:58de fazer.
11:59É,
12:00meus amigos,
12:01Bolívia segue
12:01governada,
12:02então,
12:03e aqui não é
12:03nenhuma teoria
12:04da conspiração
12:05da direita
12:06chapéu de alumínio,
12:07muito pelo contrário,
12:08pelo partido
12:08Movimento
12:09al Socialismo,
12:10certo?
12:11E,
12:12claramente,
12:12enfim,
12:12tem toda uma história
12:14aí que fala
12:14por si só.
12:15Tirem suas próprias
12:16conclusões,
12:17a realidade está posta,
12:18só não vê quem não quer.
12:19legal.
12:19emocpromissional,
12:20enfim.
12:20É.
12:21É.
12:21opportunities
12:21denen
12:21usa,
12:22ws
12:22Obrigada.
12:24Dotlar.
12:26E aí
12:27ança
12:28Edna
12:32Edna
12:33Edna
12:37Edna
12:37Edna
12:38Edna
12:43Edna
12:44Edna
12:45Edna
12:45Edna
12:47Edna