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  • 05/05/2025
Um dos chefes do Comando Vermelho, Phillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, comanda a compra de armas e drogas da facção sem sair do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Com medo de ser preso, ele não deixa a comunidade há 5 anos e montou uma clínica particular dentro de casa, com direito a tratamento dentário, implante capilar e até lipoaspiração.

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Transcrição
00:00Agora, por aqui, pessoal, virando a página, por aqui no nosso Brasilzão,
00:03a ousadia dos traficantes realmente não tem limites
00:07e parece que os limites que a gente imaginava que fossem ali
00:10impossíveis de serem superados são superados corriqueiramente,
00:13diuturnamente, dia após dia.
00:14Porque vejam só o que o traficante Filipe da Silva Gregório,
00:18mais conhecido como professor...
00:20E não é o da Casa de Papel, não.
00:21E não é o da Casa de Papel, boa, David de Taça.
00:24E não é o da Casa de Papel, que fique claríssimo aqui pra vocês,
00:27olha o que ele fez pra escapar de ser preso, pessoal.
00:30Ele basicamente transformou a própria casa ali num centro de cirurgia
00:34e fez três operações.
00:36Uma lipoaspiração, um implante capilar
00:39e um procedimento para retirar uma bala alojada em sua cabeça.
00:43É rir pra não chorar, né, David?
00:45Exatamente, Marinho.
00:46Segundo informações coletadas da Polícia Federal,
00:49por meio de trocas de mensagens,
00:51o professor está há cinco anos sem deixar o complexo do alemão
00:55e o traficante mora em uma verdadeira casa com direito
00:58a terraço com piscina, cascata, hidromassagem.
01:02Realmente muito luxo.
01:04Ele comprou essa casa que fica na área norte ali do complexo do alemão
01:07e aí fez essas cirurgias também pra criar um disfarce
01:11e retirar essa bala que estava alojada.
01:13E ele é tido lá na comunidade, segundo as investigações,
01:16como uma espécie de mentor mesmo do complexo do alemão,
01:19porque ele financia os bailes funk,
01:22ele compra remédio pra população,
01:24ele faz uma série de ações sociais no complexo do alemão
01:28e por isso também que é tão difícil de se chegar
01:31e ter as informações pra que possa capturá-lo.
01:35E claro, também tem aquela questão da DPF das favelas
01:38que impossibilita a incursão dos policiais
01:41pra que não haja um alarde entre a comunidade
01:45e dessa forma traficantes como o Ex-Degri serem presos.
01:48Porque ele é um dos principais articuladores do Comando Vermelho
01:51responsável pelo tráfico de drogas, compra de armas,
01:54pagamento de propina a policiais no famoso arrego,
01:57entre outras ações.
01:58Então realmente é um traficante conhecido,
02:00mas que não é detido.
02:03É, cada vez mais a ocupação territorial vai virando a regra e longe,
02:07a regra mesmo e não a exceção,
02:09em várias comunidades do Rio de Janeiro, né, mano?
02:11Até porque, se a gente olhar friamente o que o David falou aqui,
02:14é uma realidade, assim, brutal, avassaladora,
02:17de que como que esses traficantes, esses figurões,
02:20aí mantêm o controle dessas regiões.
02:22É criando ações sociais, é dando uma boneca, uma bola
02:25pra manter ali o pessoal sob o controle deles,
02:28realmente ali sem qualquer princípio de insurgência contra eles, né?
02:32É verdade.
02:33E a gente sabe que esse não é um método novo, né?
02:35O Pablo Escobar fazia isso para manter o apoio da população na Colômbia
02:42durante o seu império criminoso,
02:45inclusive na Colômbia com o apoio a times de futebol, né?
02:50Que era uma paixão da comunidade.
02:52Aqui a gente sabe muito bem que a dinâmica do jogo do bicho
02:57sempre se ancorou também nessa mesma lógica
03:01de fazer ações sociais que fazem com que a comunidade
03:06tenha uma simpatia pelos bicheiros
03:10e também o financiamento das escolas de samba,
03:13que a gente sabe foram por muitos anos
03:15e algumas até hoje ainda são, a verdade é essa,
03:20dominadas pelas empresas, né?
03:24Pelas máfias do jogo do bicho
03:26e, ao mesmo tempo, são símbolo da cultura da comunidade.
03:30Então, isso gera uma relação simbiótica
03:34muito complicada entre o crime organizado
03:37e as comunidades locais.
03:40E a gente precisa pensar maneiras inteligentes de combater isso,
03:45porque é muito complicado quando você tem a população
03:49no lugar de confiando no Estado
03:51e contribuindo com o Estado,
03:53confiando e contribuindo com o crime.
03:55E isso tem acontecido no Brasil.
03:57Eu sou da época, Henrique Kringner,
03:59que o único plano que bandido tinha nesse país
04:01era plano de fuga.
04:02Agora, a gente vai vendo cada vez mais bandidos
04:04com plano de saúde, plano odontológico,
04:06plano de todo tipo de seguro ali
04:08para eles realmente continuarem tocando o terror.
04:11De novo, acho que qual é a solução,
04:13além para nós aqui, enquanto sociedade civil,
04:15ri para não chorar.
04:15É preocupante.
04:17É preocupante mesmo, Marinho.
04:18E eu fico imaginando pessoas que eu entendo o apelo,
04:22a necessidade, a vulnerabilidade social,
04:24e aí esses líderes do crime organizado
04:27vão e se aproveitam disso, fazendo ações, etc.
04:30Mas eu fico pensando,
04:31esse cara que está ali morando,
04:33trabalhador mesmo,
04:34mora numa comunidade que é dominada pelo tráfico,
04:37em alguma área nesse sentido,
04:39e que acaba passando pano
04:41ou apoiando esses traficantes.
04:43Quando ele vê uma cena dessa,
04:45como a gente viu aqui do Lucas,
04:46sendo morto por conta de um celular,
04:48levando um tiro ali,
04:49porque caiu numa abordagem,
04:51será que ele fica indignado também ou não?
04:54Porque é para alimentar esses grandões do crime
04:57que esses caras estão roubando o celularzinho.
05:00É para alimentar esses caras lá no topo
05:02da cadeia alimentar do crime organizado
05:04que esses caras fazem,
05:05roubam correntinha, como a gente falou,
05:07roubam aliança, roubam celular,
05:08e acabam matando pessoas como o Vitor,
05:11como o Lucas,
05:12como tantos outros que a gente está vendo.
05:13Aí a pergunta para a população tem que ser essa.
05:16Você fica com peso na consciência
05:19quando você passa pano para o líder do crime organizado
05:23e vê esse crime organizado,
05:25a mesma mão que deu o doce,
05:26a mesma mão que deu a cesta básica,
05:28a mesma mão que deu a ajuda,
05:29agora está tirando a vida de jovens inocentes?
05:31Eu espero que sim, né?
05:33Eu acho muito complicado isso,
05:35porque essa população,
05:37ela é refém do crime organizado.
05:39Porque além,
05:40essa relação de admiração
05:42não é apenas admiração,
05:44admiração e medo,
05:45porque sabe que
05:46se você sai da linha,
05:48o crime organizado
05:49pode acabar com sua família
05:51e sem cerimônia alguma,
05:53sem devido processo legal,
05:55sem audiência de custódia,
05:57sem nenhum tipo de garantia
05:59ou freio
06:00ao método violento
06:03com que o crime organizado se impõe.
06:05Mas tem uma diferença.
06:06É uma relação meio dúbia, né?
06:07Uma coisa eu concordo com você,
06:09quando o crime organizado
06:10ameaça, domina,
06:11e aí a pessoa, por medo,
06:13ela é acuada.
06:13Agora, esses chefões do tráfico,
06:15eles têm status de celebridade
06:17dentro de algumas comunidades,
06:19dentro de algumas regiões.
06:20Aí já é um outro nível,
06:22a gente já está falando de gente ali
06:23que está inspirando,
06:24e as crianças olhando e falam
06:25eu quero ser assim também,
06:26porque já tem todo um status social ao redor.
06:28O mais preocupante de tudo isso
06:29é de a gente saber
06:31onde ele tem a mansão dele,
06:33onde o cara está,
06:34onde ele fez a cirurgia,
06:36que montou até um centro cirúrgico,
06:37e aí a gente não consegue fazer
06:38a incursão para pegar esse cara lá,
06:40porque ele está há cinco anos,
06:41não é, ah, começou ontem,
06:43aí rapidamente ele montou ali
06:45o esquema dele.
06:46Não, ele já está há cinco anos
06:47naquele local.
06:48E nada é feito.
06:49Por quê?
06:49Porque não pode ter incursão,
06:51porque realmente é uma dificuldade tremenda
06:53para que consiga prender esses criminosos.
06:56E nunca vou deixar de esfregar aqui
06:58na cara de todas as instâncias de justiça
07:00que participaram disso em algum grau,
07:02que é a já criminosa,
07:04famigerada,
07:04ADPF 635,
07:06que basicamente colocou
07:07uma trava
07:08nas capacidades das operações policiais
07:10que caíram 60% em cinco anos
07:12nessas comunidades,
07:13o Comando Vermelho se alastrou
07:15e cresceu em 25%.
07:16Então, parabéns aos envolvidos.
07:18Eu acho que é o que nos resta.
07:20E agora a gente tem que lidar aí
07:21com um bandido,
07:22né, traficante,
07:23que além de querer deixar
07:25realmente a clientela dele chapada,
07:28quer deixar a barriguinha dele chapada
07:29também com o lipo.
07:30É inacreditável.

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