- 17/05/2025
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NotíciasTranscrição
00:00Ex-dirigente terrorista, presidente da Síria se reúne com Donald Trump
00:04e Damasco pode normalizar relações com a Casa Branca após mais de uma década.
00:10Estados Unidos e Irã se aproximam de acordo nuclear.
00:13Anúncio derruba preço do petróleo.
00:15E presidente americano fala em evitar violência na região.
00:20Putin é ausência em reunião pelo cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
00:24União Europeia ameaça Moscou com sanções.
00:27E negociações seguem indefinidas.
00:30Você vai ver também.
00:32Investimento chinês no Brasil esquenta debate sobre nova rota da seda na América Latina.
00:38Meu nome é Fabrício Nights, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:44O JP Internacional está no ar.
00:46Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda.
00:56O JP Internacional já está no ar.
00:58A gente vai ficar de olho muito bem antenado em tudo o que aconteceu ao redor do mundo na última semana
01:03e o que vai ser destaque no mundo na próxima semana.
01:06A gente começa essa edição falando de Estados Unidos e Oriente Médio.
01:10Foram quatro dias de viagem repletos de anúncios, reuniões e polêmicas.
01:16Donald Trump visitou três países no Oriente Médio nesta semana e conseguiu concluir acordos comerciais e militares.
01:23Além de reposicionar os Estados Unidos na região e tentar afastar a ideia de um governo isolacionista.
01:31Vamos conferir então o que foi destaque nessa visita de Trump?
01:34Nosso telão mostra aqui os principais pontos, os principais momentos dessa viagem do presidente americano.
01:41A gente começa falando sobre o acordo com a Arábia Saudita.
01:44Aqui o principal destaque é a cooperação militar, com a venda de 142 bilhões de dólares em armamentos para os sauditas.
01:54Além disso, o governo de Riyadh também prometeu investir mais de 600 bi nos Estados Unidos,
01:59incluindo em centros de dados para inteligência artificial.
02:02Nosso segundo ponto, os acordos com os Emirados Árabes Unidos.
02:07Aqui os americanos venderam mais de um bilhão em armamentos e anunciaram uma parceria para a construção de um complexo em Abu Dhabi
02:14para desenvolvimento de inteligência artificial com uma capacidade de 5 gigawatts de potência,
02:20o suficiente para abastecer uma cidade de grande porte como São Paulo, por exemplo.
02:25Presidente da Síria, o encontro com o presidente da Síria, Donald Trump,
02:28também anunciou o fim das sanções americanas contra o país,
02:32depois de conversas com o príncipe saudita Mohamed bin Salman e também o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
02:40O republicano se encontrou com o líder Ahmed Al-Shara,
02:45ex-dirigente de organizações terroristas lá na Síria,
02:48e falou em normalizar relações com o país.
02:51Isso aqui foi completamente inesperado.
02:53Agora, a venda de aviões da Boeing.
02:55A Casa Branca intermediou a venda de jatos para a Qatar Airways e também a Etihad Airways.
03:01No caso da Qatar, o acordo foi o maior da história da Boeing, com 96 bilhões de dólares na negociação.
03:09As ações da empresa subiram bastante em um momento muito importante
03:13para tentar salvar a reputação da fabricante em meio à disputa com o Airbus.
03:17Mas ainda falando de avião, tem um outro ponto, a do avião presidencial, o Air Force One.
03:21Trump defendeu a ideia de aceitar um avião de luxo da família real do Qatar
03:27para substituir temporariamente o icônico Air Force One, que já tem quase 40 anos de operação.
03:33A oposição no Congresso em Washington diz que a medida é inconstitucional
03:37e o caso levanta questionamentos sobre os negócios da família Trump com países estrangeiros.
03:43Esse avião, inclusive, já foi para a exposição lá em Palm Beach,
03:47perto da casa de Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida.
03:49E também a quase viagem à Turquia.
03:52Por que quase?
03:52Trump quase foi para lá negociar o cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.
03:58Mas já que Vladimir Putin não foi, deu o cano em Volodymyr Zelensky,
04:02o americano também decidiu não ir.
04:04As negociações acabaram não avançando tanto assim
04:07e essa história vai levar mais um tempo para ter uma definição.
04:12A gente vai falar sobre todos esses aspectos, todos esses pontos da viagem do presidente norte-americano
04:19lá para o Oriente Médio e isso tudo com a ajuda do professor de Relações Internacionais
04:25e especialista em Islã Político, Danilo Porfírio de Castro.
04:29Professor, seja muito bem-vindo ao JP Internacional.
04:32Eu que agradeço e vamos conversar.
04:34Vamos conversar, temos bastante coisa a conversar.
04:36A gente estava falando da questão do encontro de Donald Trump com Ahmed Al-Shara,
04:41novo presidente, presidente interino da Síria, desde dezembro,
04:46quando o Bashar al-Assad acabou caindo por lá.
04:49Foi completamente inesperado, né?
04:50A gente estava conversando nos bastidores, nem eu nem você estávamos imaginando uma coisa dessas.
04:54Foi algo surpreendente, não é, Fabrício?
04:57Porque nós temos que lembrar que em 2017,
05:00nós vimos um Trump dizendo que o Estado Islâmico do Iraque do Levante
05:08tinha sido derrotado, movimento que unia duas forças,
05:12o Estado Islâmico do Iraque e um movimento chamado Al-Nusra,
05:17especificamente sírio, no qual Al-Shara,
05:21já teve tantos nomes, né?
05:23Sim.
05:23Tantos nomes, mas Al-Shara fazia parte.
05:26E agora vemos o quê?
05:29Essa liderança que outrora era a arqui-inimiga do projeto norte-americano
05:36se aproximando, mas dentro de estratégias muito específicas,
05:42aonde nós temos aqui a ação turca, a ação saudita,
05:47contra um inimigo comum,
05:50que é a potência regional em enfraquecimento, o Irã.
05:53Agora, isso tudo, professor, tramado, esse acordo, fim das sanções, inclusive,
05:58com a ajuda muito importante do príncipe saudita Mohammed bin Salman.
06:03Relações que os Estados Unidos estão se reposicionando ali.
06:06Eu lembro que em 2022 o Biden foi lá para a Arábia Saudita
06:08e a visita foi uma coisa, assim, não foi a mais cordial.
06:13O Biden falou que lembrava, dizia ter admitido que o príncipe saudita
06:18era um páreo pela morte do Jamal Khashoggi, aquele jornalista,
06:22não foi a mais cordial das visitas.
06:24E agora é uma postura bem diferente e relações bem diferentes ali na região, né?
06:28Eu volto a insistir que o Trump está, Fabrício,
06:32reestabelecendo um projeto que ele começou a implementar em 2017,
06:39que foi, de alguma maneira, preterido no governo Biden,
06:42tanto que a Arábia Saudita, ela vai o quê?
06:46Ela vai se aproximar no governo Biden da Rússia e da China
06:51e agora nós estamos vendo o quê?
06:53Esse processo de restauração de um projeto trumpiano,
06:59onde nós vamos ver o restauro daquilo que nós chamamos de pacto abrahâmico,
07:04a restauração daquele alinhamento dos países sunitas da Península Arábica,
07:13uma aproximação e protagonismo com a Turquia.
07:17Lembremos que essa situação que você levantou do Biden
07:20gerou também tensionamentos entre Turquia e Arábia Saudita,
07:25a morte do jornalista.
07:27Agora, uma recomposição e nós temos que lembrar, né?
07:30Que também, paralelamente a isso, uma missão do governo Ciro,
07:36de Al-Shara, visitou o Israel,
07:39no sentido de estabelecer políticas de não agressão entre os dois países.
07:48Volto a insistir, o foco é apequenar o Irã.
07:52A gente já vai chegar no ponto de irão,
07:53porque você falou da questão dos acordos de Abraão,
07:56essa relação com Israel.
07:57O Trump quer convencer a Arábia Saudita a entrar nos acordos de Abraão,
08:01normalizar as relações com Israel.
08:03Mas aí parece que a amizade tem limite, né?
08:05Entre Bin Salman e Trump,
08:06porque Bin Salman deixou claro que isso só vai acontecer
08:09depois que houver um Estado palestino,
08:11fim da guerra na faixa de Gaza.
08:13Realmente essa amizade tem um limite entre eles?
08:16Na verdade, não é o momento ainda da Arábia Saudita, Fabrício,
08:20adentrar ao pacto abrahâmico.
08:22Nós sabemos que, desde o início, o processo tem como fim
08:28a aproximação entre Israel e a Arábia Saudita.
08:31Mas no meio do caminho, nós tivemos o conflito entre Hamas e Israel.
08:37E isso gera, vamos dizer, uma sensibilização
08:42por parte da comunidade islâmica e árabe.
08:46Árabe da península.
08:48E logo, o que acontece?
08:50Até não resolvermos esse problema com a situação palestina,
08:56necessariamente não um Estado,
08:59mas um respeito de autonomia do povo palestino sobre aquela região,
09:05a Arábia Saudita não tem condições
09:07de restabelecer diálogo e aproximação com Israel.
09:11E falando agora do caso da Síria,
09:12essas sanções que existiam contra a Síria,
09:14elas não são novas, elas já estavam ali há bastante tempo.
09:17para pressionar o governo de Bashar al-Assad, na ocasião,
09:20principalmente desde o início da Guerra Civil,
09:22ali por 2011, comecinho da década passada.
09:26Os Estados Unidos colocavam a Síria
09:28naquele grupo de Estados patrocinadores do terrorismo,
09:31uma série de restrições para obter financiamento internacional,
09:35para conseguir acordos para comprar armamentos,
09:38todos os tipos de restrições contra a Síria.
09:40E agora essas sanções desaparecem,
09:43evaporam do dia para o noite um pedido de al-shara,
09:45desde que ele entra lá no poder em dezembro,
09:48para reconstruir a Síria que está absolutamente quebrada.
09:51Isso pode, de fato, mudar o futuro do país?
09:55Na verdade, isso pode fomentar um crescimento,
10:00um desenvolvimento da Síria,
10:02coisa que há muito tempo a Síria não sentia.
10:06O governo de Bashar al-Assad, principalmente nos últimos anos,
10:11era um governo entregue à crise de guerra e à recessão.
10:16Nós temos também que entender que é um voto de confiança do Trump
10:20e uma necessidade de realinhamento,
10:24ainda mais que al-shara está alinhado ao pensamento wahrabita,
10:29próximo do pensamento saudita,
10:33o arrabismo, o movimento islâmico sunita wahrabita,
10:37propriamente árabe saudita.
10:39E isso, volto a insistir,
10:41se volta na quebra daquele longo processo de criação
10:45daquilo que nós chamávamos de arco xiita,
10:48que era uma ameaça aos interesses sauditas
10:51e também aos interesses turcos.
10:52Bom, professor, nesse mapa aqui do Oriente Médio,
10:54a gente já passou por a Árabe Saudita, Israel, Síria,
10:57e agora a gente chega no Irã, esse nosso avião pousa lá inteira.
11:01Toda essa movimentação, como você falou,
11:03tem como pano de fundo apequenar o Irã,
11:05e isso tudo em meio ao que o Donald Trump admitiu
11:08ser um caminho próximo para o acordo nuclear
11:11entre Estados Unidos e Irã.
11:14Colocou o país ali numa sinuca de bico, né?
11:17O Irã está numa encruzilhada.
11:20Vemos o quê?
11:21Que os seus principais aliados entrarem colados.
11:25O Hezbollah, não temos previsão, Fabrício,
11:30de uma recuperação contingencial do Hezbollah.
11:33O Hezbollah hoje está muito mais preocupado
11:35com a sua sobrevivência dentro da política libanesa.
11:38A Síria deixa de ser a grande parceira iraniana.
11:44E o Iraque, de alguma maneira,
11:46sempre sofreu uma forte influência americana.
11:49E temos também a situação dos Hutts, no Iêmen,
11:53que também foram, de alguma maneira,
11:54enfraquecidos pelas ações israelense e norte-americana.
11:59O que acontece?
12:01O Irã está também preocupado com a sobrevivência do regime.
12:05Então, esse é o primeiro grande ponto
12:08de se realmente estabelecer um diálogo de acordo,
12:12sobre o acordo em relação ao programa nuclear.
12:15Mas tem mais um detalhe.
12:16O grande parceiro mediador nesse processo
12:20é uma peça-chave dentro do projeto global de Trump,
12:27que é a Rússia.
12:28Rússia, que é a grande aliada do Irã,
12:31e Trump quer ter a Rússia próximo dos Estados Unidos,
12:37voltando-se para o equilíbrio de poder
12:40dentro do palco global com a China.
12:42Perfeito.
12:43E várias pecinhas nesse tabuleiro.
12:45Então, primeiro o Hamas, tem os Hutts no Iêmen,
12:48o Hezbollah no Líbano, agora esse acordo com a Síria,
12:51a Rússia, que está preocupada com outras coisas,
12:53a China, que não está muito preocupada com isso tudo,
12:56facilita essa questão do Irã.
12:58Professor Danilo Porfírio,
13:01muito obrigado pela sua participação,
13:02sempre muito enriquecedor aqui no nosso JP Internacional.
13:05Nós agradecemos.
13:06Muito obrigado.
13:06A gente volta a se falar muito em breve, com certeza.
13:09Sem dúvida.
13:10Até a próxima.
13:11Olha, um dos assuntos da semana foi a visita do presidente Lula à China.
13:16A viagem contou com o anúncio do investimento
13:18de mais de 27 bilhões de reais de empresas do país asiático
13:22aqui no território nacional.
13:24O dinheiro deve ser utilizado principalmente para o setor de automóveis,
13:28com a expansão da GAC,
13:30o setor energético,
13:31com a construção de um hub de energia renovável no Piauí,
13:34e a chegada de uma plataforma de delivery
13:37e uma rede de lanchonetes aqui no território nacional.
13:40E uma das frases que mais chamou a atenção
13:42foi da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
13:46que afirmou que a China pretende rasgar o Brasil com ferrovias.
13:50Essa declaração fez aquecer o debate
13:52sobre a entrada do Brasil na chamada Nova Rota da Seda,
13:56que é um programa de investimentos chinês ao redor do mundo.
13:58Mas como que isso funciona
14:00e qual que é o papel do Brasil nisso tudo?
14:04Belt and Road Initiative.
14:07Na tradução em português,
14:08Iniciativa Cinturão e Rota.
14:11Na linguagem popular,
14:12Nova Rota da Seda.
14:14É assim que é chamado um dos projetos mais ambiciosos
14:18de desenvolvimento de infraestrutura global da história,
14:22conduzido pelo governo da China.
14:24O nome é uma referência à antiga Rota da Seda,
14:27uma rede de cidades de mais de 6 mil quilômetros
14:31que durou mais de 10 séculos.
14:33O caminho ligava o leste da China até o sul da Europa
14:37e era responsável pelo transporte de diversos produtos,
14:41incluindo a seda, um dos pilares da economia chinesa,
14:45há mais de mil anos.
14:47Mas vamos pular para 2013.
14:49Esse foi o ano em que a nova estratégia foi lançada oficialmente no governo de Xi Jinping
14:54e se tornou peça central do tabuleiro geopolítico chinês.
14:58Mas essa aventura custou caro.
15:01De lá para cá, a estimativa é de que os gastos em Pequim
15:05já tenham ultrapassado a marca de um trilhão de dólares.
15:09O dinheiro foi distribuído por cerca de 150 países
15:13e utilizado principalmente em obras relacionadas aos setores de transporte e energia.
15:19Qual o objetivo da China com isso tudo?
15:23Em primeiro lugar, criar uma rota comercial segura,
15:26que facilite o escoamento das exportações chinesas para o mundo
15:30por ar, por mar e também por terra.
15:33Em segundo, a proposta coloca a China como líder global.
15:38Os acordos aumentam a influência política e econômica de Pequim ao redor do planeta,
15:43seja pela presença de tecnologia em países estrangeiros,
15:47seja pela criação de dívidas.
15:50Na maior parte dos casos, os projetos da nova Rota da Seda
15:54são financiados por bancos chineses e executados por empresas chinesas.
15:59Com isso, os equipamentos Made in China
16:02são instalados em portos, aeroportos, ferrovias, estradas e usinas mundo afora.
16:09Vamos explorar um pouquinho mais esse assunto da nova Rota da Seda.
16:15O que é esse projeto global de investimento?
16:17São quase 150 países que integram esse projeto chinês.
16:21Aqui o nosso mapa mostra todos eles.
16:24Todos que têm um pontinho pintado aqui têm a nova Rota da Seda.
16:27A África praticamente inteira, boa parte da Europa e Ásia Central,
16:32África Subsaariana, também aqui a região do Pacífico.
16:36Se a gente for para a América do Sul, quase todos os territórios sul-americanos
16:40ocupados pela Rota da Seda.
16:42Algumas exceções.
16:43Paraguai, que tem uma aliança com Taiwan.
16:45O Brasil, claro, e a Guiana Francesa, que é um território que pertence à França.
16:49E tem alguns países, como o caso da Itália e também do Panamá,
16:53que deixaram o projeto recentemente.
16:55Nessa semana, foi a vez da Colômbia confirmar a entrada na iniciativa.
16:59E os Estados Unidos, que não gostaram nada disso,
17:02prometeram que não vão deixar barato.
17:04Washington diz que a presença chinesa coloca em perigo a segurança da América Latina
17:09e que vai votar contra o uso de dinheiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento
17:14para empresas controladas por Pequim.
17:17Como é que isso funciona?
17:18O poder de voto no BID é proporcional ao tanto de dinheiro que um país coloca no banco.
17:23E os Estados Unidos são justamente o principal contribuinte.
17:27Agora, um dos países que não integram oficialmente a Rota da Seda
17:30é justamente o Brasil, como a gente falou.
17:32Segundo os diplomatas, isso tem uma explicação.
17:35A política do Itamaraty de evitar um alinhamento automático
17:39com alguma superpotência em detrimento de outra.
17:42Ou seja, sai a aliança com os Estados Unidos e entra a aliança com a China.
17:46Ou o contrário, ainda mais em meio a uma guerra comercial.
17:50E nesse caso, evitar também sinais de uma grande parceria política justamente com a China.
17:56Mas com esses investimentos que foram anunciados nessa semana, onde é que a gente entra nessa história?
18:02Foi isso que a gente perguntou para a Mestre em Economia Política Internacional
18:05e especialista no Think Tank Observa China, Marina Moreno de Farias.
18:10A China, com certeza, está fazendo esse processo que tem feito e que sempre fez, na verdade,
18:16que é jogar um pouco mais distante e ir acontecendo e não jogar de maneira direta,
18:21não dar o checkmate no xadrez.
18:24Eles têm outros jogos, eles têm outras maneiras de pensar o mundo
18:27e vai devagarzinho para ir conquistando.
18:30Mas o Brasil também está colhendo nessa relação.
18:32Eu acho que, em relação à Belt and Road Initiative, como você mesmo pontuou,
18:39tem sim esse medo de se alinhar totalmente à política externa chinesa,
18:47até pela nossa relação muito próxima com os Estados Unidos.
18:51Mas eu acredito que, de qualquer forma, estamos fazendo parte, de certa maneira, da rota da seda.
18:56Tanto porque a rota da seda não tem somente a sua rota infraestrutural,
19:01que é a rota física, mas tem a nova rota da seda digital, tem a nova rota da seda financeira.
19:08Então, o Brasil entra aí nesses campos fazendo parte dos projetos de expansão da China
19:13e fazendo parte com uma amizade muito forte.
19:15O Lula mesmo falou que a amizade brasileira e chinesa era indestrutível.
19:19Então, eu acho que é uma tentativa diplomática brasileira
19:22não fazer parte da nova rota da seda de maneira oficial
19:26para tentar conter certas ambições
19:28para que não seja mal lido por outros países, principalmente os Estados Unidos,
19:33mas, ainda assim, garantir o seu pedacinho
19:36a partir do momento em que a China tem interesse estratégico no Brasil.
19:40E, assim, a China tem interesse estratégico não só no Brasil,
19:43mas na América Latina e no Caribe como um todo, na África também.
19:46Bom, a gente também buscou entender se essa aproximação entre Brasil e China
19:51pode representar um alinhamento político
19:53ou se é mais uma questão de oportunidade de negócios.
19:56Quem respondeu isso para a gente foi o professor de Relações Internacionais,
19:59Marcos Vinícius de Freitas.
20:01Quando você é brasileiro e quando você está olhando o mundo a partir do Brasil,
20:08você olha para a seguinte situação.
20:11Com a Europa, a situação econômica europeia é complexa
20:15e o Brasil negocia há quase três décadas junto com a Argentina, Paraguai e Uruguai
20:21um acordo que, a impressão que eu tenho, não vai a lugar algum,
20:26apesar de ter já sido batizado, crismado,
20:30mas nunca foi efetivamente tornado uma realidade
20:34porque existe oposição dentro da própria União Europeia.
20:37E a nossa relação com os Estados Unidos também não é no sentido de que vai aumentar aí
20:45nós teremos um incremento substancial de investimentos norte-americanos
20:50até porque os norte-americanos são concorrentes do Brasil na sua relação com a China,
20:56naquilo que o Brasil produz e que os Estados Unidos produzem
20:59e eles entendem que o Brasil pode, em razão até das suas necessidades,
21:05fazer aí uma mudança de pêndulo de tempos em tempos
21:09e aí existe, claro, em razão da situação atual global,
21:13uma mudança pendular do Brasil no sentido de favorecer um pouco mais a China.
21:18Mas, é como o Lula reafirmou, e eu sempre tenho dito isso,
21:22o Brasil também precisa entender que a China não é cliente,
21:25mas é uma parceira importante
21:27porque nessa reconfiguração global
21:29o que nós temos é que o Brasil assume uma proeminência
21:35e uma preeminência que não teria dentro do G7 ou mesmo do G20.
21:41Hora da gente conferir o que foi destaque,
21:43o que foi notícia nessa semana no Radar Internacional.
21:52Se é notícia, se é manchete ao redor do mundo,
21:55o Radar Internacional está sempre ligado para trazer tudo,
21:58captar tudo e trazer aqui para a gente no JP Enter.
22:00Vamos dar uma olhada, então, o que rolou em mais uma semana
22:03muito agitada ao redor do planeta,
22:05começando com Estados Unidos e China,
22:07que chegaram a um acordo para suspender
22:09parte das tarifas recíprocas por 90 dias.
22:13O anúncio fez as tarifas americanas contra a China
22:15voltarem de 145 para 30%
22:17e, no sentido contrário, de 125 para 10%.
22:22O grupo terrorista Hamas libertou o soldado
22:25Edan Alexander, o último refém norte-americano
22:28vivo na faixa de Gaza.
22:30As negociações foram feitas diretamente com a Casa Branca,
22:33que diz estar em busca de um cessar fogo na região.
22:36É uma movimentação muito importante essa de Washington.
22:39Depois de 40 anos, o Partido dos Trabalhadores do Kurdistão
22:43anunciou o fim das atividades.
22:45O conflito com o estado da Turquia pela criação de um estado curdo
22:49começou em 1984 e deixou mais de 40 mil mortos.
22:54Agora, essa medida, com o fim do PKK,
22:56pode acabar aproximando a Turquia da OTAN,
23:00que é uma das ambições de Recep Tayyip Erdogan.
23:02Vamos virar a nossa página aqui?
23:03Tem mais notícia para a gente trazer.
23:05O ator francês Gérard Depardieu
23:07foi condenado por agressão sexual
23:10contra duas mulheres em um set de filmagem em 2021
23:14e recebeu uma pena suspensa de 18 meses.
23:17Ou seja, sem ir para a cadeia.
23:19Aí fica fácil, né?
23:20Mesmo assim, a defesa afirmou que vai recorrer da sentença.
23:24Essa condenação veio no mesmo dia da abertura
23:26do Festival de Cinema de Cannes, no sul da França,
23:29um dos mais importantes e renomados de todo o mundo.
23:33O TikTok pode ser condenado a pagar uma multa
23:35de 6% dos seus lucros mundiais pela União Europeia.
23:39O Bloco Continental acusou o aplicativo chinês
23:43de violar as regras de conteúdo online
23:45pela transparência sobre o pagamento de propagandas
23:49na plataforma mais um baque grande para o chinês TikTok.
23:53E aqui na América do Sul, o ex-presidente do Uruguai,
23:56Pepe Mujica, morreu aos 89 anos de idade
23:59por complicações de um câncer no esôfago.
24:01Diversos líderes estrangeiros publicaram mensagens
24:04em homenagem à Mujica
24:05e o velório em Montevideo teve a presença do presidente Lula.
24:10Goste ou não das políticas de Mujica,
24:11sem sombra de dúvidas, um dos políticos
24:13que marcou o século XXI.
24:15E o que vai ser, plantícia, na semana que vem?
24:18Vamos começar já pelo domingo?
24:19Milhões de portugueses vão às urnas
24:22para a terceira eleição legislativa no país
24:24em três anos.
24:26As pesquisas indicam nova vitória da centro-direita
24:30representada pelo atual primeiro-ministro Luiz Montenegro,
24:32que causou essa última confusão toda.
24:34Mas sem a maioria dos assentos.
24:36E aí, possivelmente, mais problemas para o futuro de Portugal.
24:40O novo Papa Leão XIV vai realizar a missa inaugural do pontificado
24:44também neste domingo lá no Vaticano.
24:47O novo líder da Igreja Católica
24:48deve receber mais de 200 líderes políticos,
24:51incluindo o vice-presidente americano Jair Vance,
24:54o último chefe de Estado estrangeiro...
24:55Chefe de Estado não,
24:57mas líder político estrangeiro a ver o Papa Francisco
25:00e também o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin.
25:03E aqui também na América do Sul, no Equador,
25:06o presidente eleito Daniel Noboa
25:08toma posse na próxima sexta-feira.
25:10Depois do mandato tampão,
25:12o direntista assume o cargo por mais quatro anos
25:15com uma série de desafios,
25:18principalmente no combate ao narcotráfico
25:20e na questão da segurança.
25:21Esse foi o Radar Internacional dessa semana.
25:23Milhares de pessoas se manifestaram
25:32em mais de 60 cidades da Alemanha
25:35para exigir a proibição do Partido Alternativa para a Alemanha,
25:39a AFD,
25:40após o Serviço de Inteligência Local
25:41classificá-lo como um grupo extremista de direita.
25:45Grieco Holtz.
25:45Em Berlim, a manifestação ocorreu no portão de Brandemburgo,
25:50reunindo mais de 7 mil pessoas segundo os organizadores
25:53e 3 mil segundo a polícia.
25:56Com bandeiras de arco-íris e cartazes,
25:58a multidão entoava,
26:00todos juntos contra o fascismo.
26:02As manifestações foram colocadas
26:04pelo coletivo Juntos contra a Direita,
26:06que afirmou em comunicado
26:08que a AFD não é um partido normal
26:10e não deve ser tratada como tal.
26:12Agora é hora de considerar seriamente sua proibição.
26:16A crescente pressão social
26:18ocorre no momento de transição política no país.
26:21Poucos dias antes da posse
26:22do novo chefe de governo,
26:24Friedrich Merz,
26:25líder de uma colisão entre conservadores
26:27e social-democratas,
26:29o Serviço de Inteligência Interna,
26:31BFV,
26:32classificou a AFD como uma ameaça
26:34à ordem democrática.
26:36A classificação foi suspensa temporariamente,
26:39enquanto a justiça avalia um recurso do partido.
26:42A AFD obteve 20% dos votos
26:44nas últimas eleições legislativas
26:46e se tornou a principal força de oposição no parlamento.
26:50Em paralelo às manifestações,
26:52as autoridades alemãs anunciaram
26:54a dissolução do grupo extremista
26:56Reino da Alemanha,
26:57acusado de minar a ordem democrática.
27:00A operação, conduzida pelo Ministério do Interior,
27:03aconteceu em sete regiões do país,
27:05levou à detenção de quatro pessoas,
27:08incluindo três fundadores da organização.
27:10Segundo o governo,
27:11o grupo de quase seis mil integrantes
27:13criou estruturas paralelas ao Estado,
27:15incluindo moeda própria,
27:17sistema bancário
27:18e emissão de documentos fictícios.
27:21O ministro do Interior afirmou
27:22que o grupo nega a existência
27:24da República Federal da Alemanha,
27:26adere a teorias da conspiração,
27:28inclusive antissemitas,
27:30e construiu uma rede econômica criminosa,
27:32sob vigilância há anos.
27:34A associação é parte do movimento
27:36conspiracionista conhecido como
27:38Cidadãos do Reich,
27:40cujos membros estimados em 23 mil
27:42rejeitam a legitimidade da Alemanha moderna
27:45e defendem o retorno à monarquia
27:47pré-Primeira Guerra Mundial.
27:49O novo governo alemão,
27:51sob liderança de Friedrich Merz,
27:53enfrenta o desafio de conter o avanço
27:55da extrema-direita
27:56e reafirmar os valores democráticos
27:58em um cenário político cada vez mais polarizado.
28:01E o JP Internacional dessa semana
28:05vai ficando por aqui,
28:06mas calma,
28:06a gente segue de olho
28:07em tudo o que acontece ao redor do mundo.
28:10Nosso próximo encontro é no sábado que vem
28:11e, claro,
28:12ao longo de toda a programação
28:13da Jovem Pan News.
28:15Muito obrigado pela sua companhia,
28:16a gente se vê no sábado que vem.
28:17Até a próxima!
28:18A opinião dos nossos comentaristas
28:24não reflete necessariamente
28:26a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
28:33Realização Jovem Pan News
28:35Jovem Pan News
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