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  • 15/05/2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que um acordo nuclear com o Irã está muito próximo e que Teerã teria “meio que” aceitado os termos. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cancelou sua presença nas negociações de paz com a Rússia, previstas para esta quinta-feira (15), na Turquia. Putin também já havia informado que não iria ao encontro.

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Transcrição
00:00Gente, eu quero trazer mais um tema aqui antes do nosso intervalo com o Luca Bassani.
00:03O presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos estavam muito próximos de firmar um acordo nuclear com o Irã
00:09e disse que o Terã havia meio que concordado com os termos.
00:14Vamos lá, Luca Bassani.
00:16Terã concordou realmente com os termos?
00:19Bem-vindo.
00:20Não é o que o Ayatollah Ali Kaminei disse.
00:24Evandro, boa tarde a você e a todos que nos acompanham.
00:26A gente sabe que os Estados Unidos e o Irã voltaram a conversar sobre a possibilidade de um novo acordo nuclear
00:32que visa impedir o governo de Terã desenvolver armas atômicas.
00:36Isso já se deu em algumas ocasiões e o presidente Donald Trump, que segue em visita aos países do Oriente Médio,
00:44disse que estariam muito próximos de selar este acordo, que esta seria a melhor das opções
00:49e a segunda opção ele não queria utilizar porque poderia ser violenta,
00:53deixando subentendido que poderia ter um ataque, muitos até consideram conjunto com Israel,
00:58nas instalações nucleares do Irã.
01:01O ponto é que os Estados Unidos deixaram claro que não querem que o Irã enriqueça o urânio acima de 5%,
01:08ou seja, que o enriquecimento geralmente de 3% a 5% utilizado para usinas atômicas,
01:14para energia, pode acontecer, mas acima disso não.
01:17Ao mesmo tempo, o Ayatollah disse que nada disso foi feito de maneira oficial e que ainda há divergências
01:24porque isso seria uma espécie de ataque à soberania do Irã e segundo a própria Agência de Energia Atômica,
01:32Agência Internacional de Energia Atômica, o Irã já estaria enriquecendo o urânio a mais de 60%.
01:38Portanto, já seria uma quebra automática dessas condições dos Estados Unidos,
01:42mas as conversas continuam. O presidente Donald Trump agora nos Emirados Árabes Unidos
01:47para o terceiro país que visitará nesta sua visita, que passou pela Arábia Saudita e também pelo Catar.
01:54Luca, aproveitando que você está conosco, quero saber por que o Volodymyr Zelensky,
01:57presidente ucraniano, cancelou o encontro que teria com a Rússia ali na Turquia?
02:03Olha, foi um efeito dominó de cancelamentos, Evandro.
02:06Ontem a gente falava que o presidente Lula tentava convencer o presidente Putin
02:10a participar desse encontro na Turquia, Putin cancelou, não mandou nem mesmo os diplomatas
02:17e ministros de primeiro escalão, mandou sempre o vice-ministro da Defesa
02:22e vice-ministro das Relações Exteriores, e Zelensky, sendo o único chefe de Estado presente,
02:27disse que não teria como negociar com aqueles que não tomam as decisões,
02:31dizendo que ou Putin ou o Sergei Lavrov, o ministro das Relações Exteriores,
02:35teriam de fato o poder de aceitar um cessar-fogo, negociar quais seriam as novas linhas,
02:40o novo acordo territorial, e nenhum deles estaria presente.
02:43Segundo Zelensky, essa foi uma comitiva decorativa enviada pelos russos,
02:48e portanto ele não deveria permanecer.
02:51Ele que foi à Turquia, pousou em Ankara, mas não participou oficialmente de nenhuma dessas conversas.
02:56Alguns ministros também inferiores na linha da hierarquia ucraniana tiveram lá as suas conversas
03:03com os norte-americanos, com os russos, mas sem grandes perspectivas disso sair do papel
03:09e se tornar um cessar-fogo duradouro, exatamente pelas principais lideranças não estarem presentes.
03:15Obrigado pelas informações, Luca. Bom trabalho para você.
03:18Segre, pelo jeito a escala em Moscou não funcionou como se imaginava, né?
03:21Já sabíamos que não ia funcionar como se imaginava, porque quando você não tem uma estrutura de negociação
03:29que possa dar argumentos para propor a negociação, é mais uma tentativa, válida.
03:35Claro, lógico, todo mundo quer a paz e quem não vai se candidatar para tentar participar dessa negociação.
03:41Mas daí até que as partes considerem a possibilidade do mediador como uma pessoa idônea no assunto,
03:48e que não tem nenhuma questão vinculada para um lado ou para o outro,
03:54é muito difícil de conseguir avançar.
03:57É o que está acontecendo. Lamentavelmente, tomara que seja encontrada a paz rapidamente.
04:01Agora, se para mim é uma opinião muito pessoal,
04:05uma das pessoas que tem essa condição de obter a paz é Trump,
04:09porque ele mesmo não sendo uma pessoa que se caracterize por ser um negociador gentil,
04:16ele é muito forte nas negociações, ele tem argumentos econômicos, sobretudo,
04:21vinculados ao apoio, ou à perda do apoio,
04:23para que Zelensky comece a avaliar a possibilidade de começar a pensar numa paz de rendição.
04:30O que, logicamente, não é um bom exemplo,
04:32mas é uma possibilidade, sim, para que termine essa guerra sem sentido.
04:36Quero te ouvir, Piper.
04:38De fato, a pressão sobre Zelensky é uma alternativa que muitos líderes se enxergam,
04:45o que levou, inclusive, o governo da Ucrânia a procurar o chanceler Mauro Vieira
04:50e sugerir, então, ao presidente Lula que conversasse com o Putin,
04:55porque, enfim, gostemos ou não, Putin não tem tantos interlocutores assim,
05:01e Xi Jinping e Lula são alguns dos poucos, considerando os grandes países.
05:06Agora, vejam só, há um outro lado.
05:09Eu diria que o presidente Trump é, no mínimo, um pouco otimista também
05:12em relação ao poder de convencimento dele.
05:14Por quê?
05:14Porque, em fevereiro, ele falava que a paz na Ucrânia estava por poucos dias,
05:19estava na iminência de acontecer,
05:22da mesma forma que um acordo de paz entre Israel e o Hamas,
05:26e agora também se precipitando nessa questão envolvendo o Irã.
05:30Então, como é que você avalia a Langane?
05:33Porque toda negociação que envolve Estados Unidos e Irã é bastante delicada, né?
05:39Com certeza.
05:39O Trump está absolutamente certo em tentar essa negociação,
05:42tem que fazer muita pressão, mas é muito difícil você negociar com o Irã,
05:46porque a gente está falando de uma ditadura, né?
05:49De um governo, enfim, teocrático, uma ditadura, enfim, sangrenta, né?
05:57E que patrocina, inclusive, grupos terroristas mundo afora.
06:01Então, é muito difícil o próprio Irã aceitar isso.
06:05Outra coisa, o Irã também pode aceitar,
06:07mas qual é a garantia que ele vai cumprir o acordo?
06:10Não tem nenhuma garantia, né?
06:12Até porque o Irã tem uma complexidade adicional,
06:15porque o Irã é um país que é bem relacionado tanto com a Rússia quanto com a China.
06:20Pois é.
06:20E agora, né, que a gente vive uma guerra fria do século XXI,
06:26o Irã se torna uma peça importante aí nesse tabuleiro geopolítico.
06:32Então, talvez seja interesse da própria Rússia ou da China, né,
06:37que o Irã tenha armas nucleares.
06:39Então, isso é um complicador adicional para Donald Trump.
06:42Por que você está com essa cara de quem está intrigado, Piperno?
06:46Porque, na verdade, de fato, o Irã, ele ganha importância nesse tabuleiro.
06:52É fato, aliás, ele inclusive vende drones lá para a Rússia usar na guerra e tal.
06:57Só que tem uma coisa.
06:58Primeiro, a gente não pode esquecer que foi Trump quem rompeu o acordo feito lá atrás.
07:02Segundo, aquele acordo feito lá atrás previa que o urânio seria enriquecido fora do Irã.
07:10Então, tinha isso também.
07:11Mas também...
07:11Já para fins no Irã, seria enriquecido.
07:14Mas, naquele acordo lá atrás, havia uma crítica o seguinte,
07:18que era justamente abrir a possibilidade de utilização do enriquecimento de urânio para fins militares.
07:25Por isso que ele foi contra.
07:26Ele foi contra e, naquele momento, a maior parte do urânio era enriquecido fora.
07:31E vejam, o Irã, por grande parte de analistas ocidentais e tal,
07:37é tido como um vilão.
07:39Mas não vamos esquecer uma coisa.
07:41O Irã foi vítima do Ocidente em muitos momentos.
07:44Há um trauma.
07:46Há uma desconfiança muito grande.
07:48Lá atrás, nos anos 50, derrubaram o primeiro-ministro Mossadegh para colocar o Shah Reza Pahlevi,
07:55que barbarizou o Irã.
07:57Segundo, em 1980, um ano depois da Revolução Islâmica,
08:02patrocinaram o Iraque para que Saddam Hussein mandasse invadir o Irã.
08:07O que enfiou o Irã numa guerra sangrenta que durou oito anos.
08:13Então, é claro que o Irã também, a partir de todos esses eventos, ele toma os seus cuidados.
08:20Fala, Zé.
08:21Mas, Zé, esse processo aí para a Ucrânia está, é muito complicado, né?
08:29Porque envolve aí uma situação de que a paz é a qualquer custo.
08:35Não há como parar.
08:36A Rússia invadiu já a Ucrânia e agora é saber até onde foi essa invasão e pronto.
08:44Sobre essa relação Estados Unidos e Irã, o Donald Trump tem uma cabeça muito mais comercial,
08:53muito mais de negociação e, por isso mesmo, muito mais racional do que as estruturas antigas.
09:01Os Estados Unidos sempre, eles mantiveram aquela ideia de que, uma vez terrorista, sempre terrorista.
09:08Eu costumo me lembrar aqui do Fernando Gabeira, ele participou de um sequestro de um embaixador norte-americano
09:17e foi considerado como terrorista pelos norte-americanos.
09:22E logo depois, com a abertura, ele foi eleito deputado federal e, aliás, um deputado federal muito atuante,
09:27muito coerente, inclusive, e tal.
09:29E ele ia, foi convidado pelo governo brasileiro a ir na comitiva numa reunião da ONU,
09:34que é considerado um território neutro dos Estados Unidos.
09:39E mandaram o recado para o Brasil, se o Gabeira pisar o pelar, ele será preso como terrorista.
09:44Ah, mas aí entrou Sarney, né, diretamente dizendo, não, ele é um parlamentar,
09:50ele vai como representante do Brasil na comitiva presidencial para um evento da ONU,
09:57ou seja, em campo neutro.
09:59E isso quando a ONU era a ONU importante e tal.
10:03E disseram, não, houve várias tentativas e tal de presidentes do Congresso e nada.
10:10Então agora a gente vê uma negociação dos Estados Unidos com um antes considerado terrorista.
10:16Então o mundo, meus amigos, está de cabeça para baixo, está diferente,
10:21ninguém acreditava mais na possibilidade de guerra, muito menos guerra de trincheira,
10:26ninguém treinava mais para a guerra de trincheira,
10:29pelo menos em alguns países como o Brasil, e elas voltaram a acontecer e o mundo virou isso aí.
10:36Então tudo é possível, até a negociação dos Estados Unidos com o Irã.
10:40Segre.
10:45Segre, por favor, arremate.
10:46Ah, desculpa, que não me chamou e eu fiquei quieto, esperando.
10:50Não, vai lá, falei aqui.
10:51Tudo o que foi dito pelos meus colegas concordo,
10:54a situação quando você tem um risco na exploração de urânio,
10:58que pode colocar em risco também a segurança e a paz numa região do mundo,
11:03é necessário que tenha controle.
11:05E se esses controles podem ser feitos a partir de negociações específicas, muito melhor.
11:11Mas tudo o que é a questão internacional, países, entidades, órgãos internacionais,
11:18tem que estar muito atento.
11:19Concordo com você, Maria.
11:21Terrorista lá atrás pode voltar a ser terrorista hoje em dia.
11:25O único que não volta, segundo a nossa incrédula sociedade, é corrupto.
11:29O corrupto do passado pode não ser corrupto no futuro.
11:33Pedro, deixa eu só fazer um complemento bastante pertinente.
11:37Alguns intelectuais norte-americanos,
11:39e um deles que eu acho o maior especialista em geopolítica do planeta,
11:42o Manchalmer, da University of Chicago,
11:45ele disse que os Estados Unidos cometem um erro em ter escalado
11:49e não ter tentado evitar a guerra com a Rússia pelo seguinte sentido.
11:54Em momentos da história, você precisa da Rússia,
11:59mesmo ela sendo um adversário geopolítico dos Estados Unidos,
12:03mas você precisa da Rússia para compor.
12:05Na Segunda Guerra Mundial, você precisou da Rússia para derrotar o nazismo,
12:10que foi o principal protagonista ali na derrota da Alemanha.
12:16E a Rússia, ela também ajuda a colocar a ordem no Oriente Médio
12:22juntamente com os Estados Unidos, né?
12:24Então, em alguns momentos, você precisa da Rússia.
12:28E lá atrás, era justamente a Rússia que impediu uma expansão do Irã.
12:34Quando os Estados Unidos precisavam conter o Irã para não atingir Israel,
12:39aliado histórico dos Estados Unidos,
12:41quem que os Estados Unidos acionavam?
12:43A Rússia.
12:43A partir do momento que você quebra esta relação
12:47por conta da escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia,
12:51que os Estados Unidos não fizeram absolutamente nada para tentar evitar,
12:55pelo contrário, instigou, escalou.
12:57Por mais que a Rússia tenha invadido,
12:59os Estados Unidos colocaram lenha na fogueira.
13:02E agora tenta voltar atrás, que é a leitura do Trump.
13:05E agora você precisaria da Rússia, num momento como esse.
13:09Só que agora você não tem mais a Rússia para conter o Irã.

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