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  • 09/05/2025
A recusa do governo brasileiro em classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas gerou críticas da imprensa internacional. Veículos como a Reuters e o jornal britânico The Guardian destacaram o impacto global do crime organizado brasileiro, que já influencia setores políticos e econômicos e mantém conexões com máfias estrangeiras. As reportagens acusam o Planalto de se recusar a dar um passo decisivo no combate às facções. A sugestão de enquadrar os grupos como terroristas partiu do governo dos Estados Unidos, mas foi rejeitada pelo Ministério da Justiça e pela Presidência da República.

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Transcrição
00:00Tem a repercussão de uma resposta, um posicionamento do governo.
00:06A recusa do governo federal em classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas
00:13geraram críticas por parte da imprensa internacional.
00:18Grandes veículos de comunicação, como Reuters e o jornal britânico The Guardian,
00:23destacaram o impacto mundial do crime organizado brasileiro,
00:26que já domina setores políticos e econômicos na sociedade
00:30e ainda firma conexões com máfias estrangeiras,
00:34acusando o Planalto de se negar a dar um passo muito importante e decisivo no combate às facções.
00:41A sugestão de enquadrar o primeiro comando da capital e o Comando Vermelho como organizações terroristas
00:47partiu do governo dos Estados Unidos,
00:50que ouviu a negativa do Ministério da Justiça e do Palácio do Planalto.
00:56Mota, repercussões negativas, imprensa internacional questionando.
01:02Bom, seria uma atitude que ajudaria, inclusive, o próprio Brasil a combater as facções criminosas.
01:11Moral da história, não entenderam por que o Brasil se colocou contra essa classificação,
01:16essa mudança de nomenclatura.
01:17Eles precisam assistir um Pingos dos Is, aí eles vão entender.
01:24Imagine a recusa do governo de classificar as facções como terroristas,
01:30gerando repercussão internacional.
01:33Olha, não é fácil merecer a reprovação do The Guardian,
01:37que é um jornal, digamos assim, progressista.
01:40Imaginem quando souberem lá fora tudo o que acontece no sistema de justiça criminal no Brasil.
01:51Agora, é interessante isso, porque que diferença faz para o governo americano
01:56se o Brasil classifica ou não as facções como grupos terroristas?
02:03Que diferença faz para o governo americano?
02:04Eu acho que não faz muita diferença, né?
02:07Porque o governo americano pode, ele próprio, chamar essas facções de terroristas
02:14e aplicar as sanções que ele quiser.
02:17O governo americano, é óbvio, não precisa da permissão ou da cooperação do governo brasileiro para isso.
02:25Como eu falei aqui outro dia, o governo americano não precisava nem mandar uma delegação ao Brasil
02:31para saber qual seria a resposta do governo brasileiro para uma sugestão como essa, né?
02:38A pergunta que a gente precisa fazer é, o que vai acontecer se o governo americano
02:45decidir classificar essas facções como terroristas, que é o que elas são mesmo,
02:53mas o governo brasileiro não fizer isso?
02:56É uma excelente pergunta.
02:59Você consegue ajudar o nosso público a desvendar esse questionamento, essa charada,
03:05se houver interpretações distintas sobre esse grupo, enquanto lá fora os norte-americanos,
03:11o governo, a justiça norte-americana identifica e classifica a PCC, Comando Vermelho,
03:17e todas essas facções como grupos terroristas, e o Brasil não.
03:21Inclusive, isso pode gerar problemas nos tratados de deportação e por aí vai, na extradição, né, Dávila?
03:30Com certeza, Caniato.
03:31Mas o ponto para o governo americano, porque ao fazer isso,
03:36criou um enorme constrangimento para o governo brasileiro em torno do mundo.
03:41Por quê?
03:42Porque mostra como o governo brasileiro é banana em relação ao crime organizado,
03:48como vem tratando com conivência um problema seríssimo que vem escalando no país nos últimos anos
03:56e fazendo com que o Brasil se torne daqui a pouco um narco-estado.
04:00Então, a primeira coisa é escancarar isso.
04:02Olha, o governo não está fazendo nada, sequer vai taxar uma organização criminosa e terrorista.
04:10Então, esse é o primeiro ponto.
04:11Mostra, vai aumentar a pressão para o Brasil lidar com esse problema
04:15que todos nós reclamamos todos os dias aqui nos Pingos nos Is,
04:19e o governo não faz absolutamente nada.
04:22Poderia, por exemplo, criar uma lei antimáfia, igual na Itália,
04:26que teve um papel fundamental em desmantelar parte do poder da máfia.
04:30E aí, sim, tem uma corte especial, penas duríssimas,
04:36promotores ali que são investigados, monitorados o tempo inteiro
04:41para ver se não houve aumento de patrimônio.
04:42É uma lei fantástica.
04:44Aliás, podia fazer um copy-paste da lei antimáfia italiana,
04:46começar a aplicar aqui para lidar com o crime organizado.
04:49E o segundo ponto é ideológico, Caniato.
04:54No Brasil, terrorismo está ligado a crimes de ordem política.
05:00E o medo do governo é, ao tratar o PCC, Comando Vermelho,
05:06como terrorista, que enquadra amanhã o MST, o grande aliado do governo.
05:12Por isso que nós nunca aprovamos leis fortes de combate ao terrorismo,
05:17porque sempre a esquerda suspeitava de que enquadraria o MST,
05:23o seu grande protegido e o seu grande aliado.
05:26Então tem uma questão ideológica e tem uma questão de ordem política.
05:32Política é corpo mole para combater o crime organizado.
05:36Ideológica é medo de colocar no mesmo saco o PCC e o MST.
05:41As críticas feitas por veículos tradicionais de comunicação estrangeiros
05:48em relação ao posicionamento do Palácio do Planalto, do governo brasileiro,
05:53em relação a essa negativa de classificar PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas.
06:01Falam, inclusive, em passividade.
06:03O governo brasileiro estaria sendo muito passivo
06:07em relação à situação que envolve o crime organizado por aqui, Cristiano Beraldo.
06:12Sua análise sobre a maneira como o mundo tem enxergado o Brasil
06:16em relação ao combate ao crime organizado.
06:20Renato, se a notícia negativa sobre o governo brasileiro fosse só essa,
06:25estava de bom tamanho.
06:27O problema é que essa se soma a tantas outras.
06:30Aliás, essa semana, tivemos notícias sobre esse desvio bilionário
06:37da aposentadoria dos brasileiros.
06:39Tivemos essa recusa do Brasil de reconhecer o óbvio.
06:45E ainda temos agora, um assunto que trataremos aqui no programa mais tarde,
06:49esse vexame do presidente brasileiro
06:53tietando um ditador que está invadindo território soberano de outro país,
07:01que é o caso de Vladimir Putin.
07:03Portanto, o governo brasileiro vem se especializando
07:07em queimar o filme do país, mundo afora.
07:11O Brasil é um anão diplomático,
07:15porque o atual governo, a esquerda brasileira,
07:19atacava muito o governo de Jair Bolsonaro,
07:23dizendo que o Brasil tinha perdido relevância e tal.
07:28Aí, quando ganharam a eleição,
07:30veio com aquela história, o Brasil voltou e etc.,
07:32como se o Brasil voltaria a ser uma estrela internacional.
07:36O Brasil não é levado a sério.
07:39O Brasil não está no jogo.
07:41O Brasil não participa das mesas importantes de negociação mundial.
07:45O Brasil é tratado como um animador de encontros.
07:51É assim que o Brasil é visto hoje,
07:53porque não faz o menor sentido o Brasil ter o tipo de ação,
07:59o governo brasileiro ter o tipo de ação e exposição internacional
08:03que estamos tendo.
08:05Nós estamos na contramão da lógica,
08:07mas isso parece não incomodar.
08:10ao mesmo tempo que se grita aqui contra o que a gente tem de pior aqui,
08:20de corrupção, de ataque à democracia, não sei o quê.
08:22O governo se comporta da forma oposta para fora.
08:27Então, realmente, a gente vive um momento do auge da hipocrisia, Caniato.
08:34E isso faz muito mal ao país.
08:36Esse é o maior dano que a gente vê.
08:37A Cátia escreveu o seguinte,
08:39o Brasil oferece os espaços para os encontros,
08:42floresta amazônica, Rio de Janeiro,
08:45só que nunca tem lugar de fala.
08:47Valeu, Cátia.
08:48Obrigado pela mensagem.
08:49Tem muito a ver com o que o Beraldo estava dizendo, inclusive.
08:52Agora, Mota, só para nós arrematarmos,
08:56possivelmente você conversou com pessoas ligadas à área de segurança pública
09:01e de que maneira eles avaliam esse interesse de outras nações em mudar a classificação das facções criminosas.
09:11Há uma projeção de como isso ajudaria no dia a dia, na prática, a gente aqui no nosso dia a dia?
09:20O Donald Trump traz uma abordagem realista para o problema da segurança pública para os Estados Unidos.
09:32Ele trouxe uma abordagem prática, indo direto onde o problema está, nos Estados Unidos.
09:39Uma parte do problema vem da entrada maciça de imigrantes ilegais com histórico criminoso nos Estados Unidos.
09:46E vários desses imigrantes ilegais criminosos estão sendo protegidos pelo próprio Estado americano.
09:54Tem cidades santuários nos Estados Unidos.
09:57Cidades que se declararam como locais onde a polícia, quando prende um criminoso,
10:05se esse criminoso for imigrante ilegal, essas polícias estão escondendo do pessoal de imigração.
10:12Isso está acontecendo nos Estados Unidos agora.
10:14O problema do tráfego de drogas também, o Donald Trump fez uma abordagem muito prática.
10:20Os países que não colaborarem, México, Canadá, se não colaborarem com os Estados Unidos na luta contra o tráfego de drogas,
10:28eles vão receber tarifas.
10:29Donald Trump também deportando criminosos.
10:33O trem de Aragua, uma gangue venezuelana, botou no avião, mandou para El Salvador, para a prisão de El Salvador.
10:40É uma abordagem muito prática.
10:42E ele declarou também várias organizações traficantes de tráfego de drogas como terroristas.
10:49Inclusive disse que ia colocar as forças especiais das Forças Armadas Americanas,
10:55as equipes de forças especiais, para combater essas quadrilhas do tráfego de drogas.
11:00É uma abordagem na qual você olha a realidade, reconhece a realidade como ela é.
11:07Como eu falei aqui ontem, a polícia do Rio de Janeiro e a polícia de outros estados do Brasil
11:13enfrenta organizações criminosas com armas de guerra.
11:18A nossa polícia está travando uma guerra.
11:23E o nosso sistema de justiça criminal trata isso como se fosse um bando de pobres, coitados, desempregados,
11:31que não tinham o que comer e foram roubar um biscoito na loja.
11:35É assim que o sistema de justiça criminal olha e trata os criminosos do Brasil,
11:42sem fazer nenhuma diferença entre o sujeito que cometeu um crime porque realmente perdeu a cabeça
11:48e o chefe de facção que já foi preso e solto inúmeras vezes.
11:54Essa é a rotina do Brasil.
11:56Você olha esses elementos que lideram as facções criminosas,
12:00a maioria deles já foi preso e solto inúmeras vezes.
12:04E aí você tem que perguntar, que loucura é essa?
12:06Em que momento esse processo de suicídio da sociedade brasileira, do próprio Estado brasileiro, para?
12:15O Donald Trump está dando uma resposta para isso.
12:19Você tem que reconhecer o que essas organizações na realidade são.
12:24Aconteceu uma operação policial há alguns meses aqui no Rio de Janeiro,
12:29operação policial com mandato de prisão,
12:32para executar um mandato de prisão contra o chefe de uma operação do tráfico de drogas.
12:37Os traficantes, quando a polícia veio, eles viraram para o outro lado,
12:43para onde passa a Avenida Brasil, uma das maiores vias da cidade,
12:49e começaram a atirar com seus fuzis nas pessoas que passavam na avenida.
12:55Repare, deixa eu explicar de novo.
12:57A avenida ficava por um lado, diferente do lado por onde estava vindo a polícia.
13:03Foi um ato terrorista, colocando a vida de milhares de pessoas em risco,
13:09com o objetivo de desviar a atenção da polícia.
13:12Como é que você olha para uma situação como essa e finge que não está vendo?
13:18Há várias respostas possíveis, Caniato.
13:20Mas a forma com a qual o Estado brasileiro trata essas organizações
13:28é um suicídio institucional.
13:33Não há nenhuma outra possibilidade dessa história acabar a não ser no caos.
13:39É isso que muitas pessoas dizem aqui no Brasil há muito tempo,
13:42e é isso que agora, graças a Deus, o novo governo americano está dizendo para o mundo inteiro escutar.
13:50É muito bom essa finalização do Mota.
13:53É importante para a gente, inclusive, viu, Dávila,
13:57responder a alguns questionamentos de espectadores e ouvintes
14:01a respeito do posicionamento do governo,
14:05mas também o quanto isso faz alguma diferença,
14:07se isso faz cócegas no final das contas.
14:10Porque o governo pode achar uma porção de coisas, né?
14:12Mas quem é que vai mudar a legislação?
14:14O Congresso Nacional, via casas legislativas.
14:17E aí pessoas perguntam, bom, o Dávila falou sobre a criação de leis antimáfia,
14:22um arcabouço legal mais rigoroso, né?
14:25Ou até uma lei que classifica esses grupos
14:28ou os integrantes dessas facções como terroristas.
14:32Isso não deve ser feito via legislativo, via Congresso Nacional, Dávila?
14:36Não podemos chegar a classificar, inclusive,
14:40penalizar esses criminosos como terroristas
14:43a partir de um novo entendimento, a criação de uma nova lei
14:47ou um conjunto de leis via Congresso?
14:51Sim, aliás, este é o caminho correto.
14:54Afinal de contas, é o poder legislativo
14:56que deve criar leis no país.
14:58Nós precisaríamos de uma lei de execução penal
15:00na qual o preso vai cumprir integralmente a pena
15:05e não um sexto da pena.
15:06Nós precisaríamos acabar com essa história
15:09da prisão de terceira instância.
15:12A gente precisa voltar para a segunda instância.
15:16Travou, Dávila.
15:17Travou, mas numa posição bacana ali, né?
15:20Não estava de olhos fechados.
15:21Daqui a pouco a gente vai retomar o contato com ele
15:24e aí ele discorre e traz a finalização do seu raciocínio.
15:29Já voltou?
15:30Dávila, houve um congelamento da sua imagem,
15:33mas você ficou bem na imagem, viu?
15:36Fica tranquilo.
15:37Não teve um meme, não.
15:40Mas deixa eu só pedir para você retomar
15:42a sua reflexão sobre a necessidade
15:45dessas alterações acontecerem via Congresso Nacional.
15:49Sim, é por meio dessas leis que precisavam ser aprovadas.
15:51Como eu falei, a lei de execução penal,
15:53prisão de segunda instância,
15:55metas de esclarecimento dos crimes,
15:57que é muito baixo no Brasil,
15:58nós precisamos ter tudo isso.
15:59Agora, não adianta só aprovar a lei.
16:02A justiça precisa cumprir a lei.
16:04Esse é outro grande problema que nós temos no Brasil.
16:07Vou dar um exemplo aqui.
16:08Nós aprovamos uma reforma trabalhista
16:11na qual alguns juízes da Justiça do Trabalho
16:14não estão de acordo com a reforma trabalhista
16:17e simplesmente, Caneto, não cumpre a lei.
16:21Não, mas tem banco de horas.
16:22Não, banco de horas não é bom para você trabalhar.
16:24Então, eu não vou fazer valer a lei.
16:27Mas como é que é isso?
16:28Então, como é que você tem que aprovar leis
16:31e tem que fazer cumprir as leis?
16:33E aí, precisa de um governo,
16:35precisa de um presidente da República
16:37liderando esse processo.
16:40E, neste momento, nós temos, infelizmente,
16:43um governo que trata o criminoso
16:46de alta periculosidade como se fosse
16:48uma vítima da sociedade,
16:51uma vítima da questão social no Brasil.
16:54E, assim, Caneto, não tem como endurecer as penas.
16:58E, não endurecendo as penas,
17:00nós só temos um caminho,
17:01a escalada do crime organizado,
17:04ocupando cada vez mais espaço.
17:07Infelizmente, não é um filme
17:10que o final será um final feliz.
17:13E aí, muitos se perguntam,
17:15bom, Congresso Nacional compraria uma briga dessa,
17:17colocar um projeto desse
17:20que promove muitas mudanças na atual legislação,
17:24uma agenda anticrime organizado,
17:27quando você tem alguém no Executivo
17:30que pensa de forma contrária?
17:32Você acha que há vontade política para isso
17:36até 2026?
17:38Ou, pouco provável,
17:39é melhor que os holofotes se voltem
17:41para 2026, 2027 e 2028,
17:43na esperança de que, talvez,
17:45um governo conservador
17:47intensifique os debates
17:49para mudar a legislação?
17:51Porque você mesmo, né, Beraldo?
17:53Muitos entendem que a agenda anticorrupção
17:56se confunde com a agenda anticrime organizado.
18:00E há receio, por parte de alguns políticos,
18:03em avançar com uma agenda anticorrupção
18:06muito rigorosa, né?
18:08Porque, em algum momento,
18:09a classe política pode ser atingida a você mesmo.
18:12Quando olha para a gestão anterior,
18:14falou sobre as medidas que foram tomadas
18:17no esvaziamento das medidas
18:20da agenda anticorrupção,
18:22que, na visão de muitos,
18:23se confunde, em algum momento,
18:25com a agenda anticrime organizado.
18:27Enfim, muitos desafios pela frente, né?
18:31Tem dúvida, Caneto,
18:32porque onde há muito dinheiro
18:35e dinheiro ilícito,
18:38há corrupção,
18:38porque o dinheiro ilícito,
18:39ele se forma a partir
18:43da vista grossa
18:45do poder público.
18:47E, no caso do crime organizado,
18:49isso é muito evidente.
18:51Quando o Brasil reconhece
18:53que tem,
18:54no seu território,
18:56o maior corredor de exportação
18:58de drogas do mundo,
19:00porque essas drogas saem
19:01da Colômbia e da Bolívia,
19:02atravessam o território brasileiro
19:04para serem exportadas
19:05a partir dos portos brasileiros,
19:07isso só se dá com corrupção.
19:10Tem que ter corrupção de A a Z
19:11para que isso continue acontecendo
19:13da forma cotidiana que acontece.
19:16E, de vez em quando,
19:17a gente tem visto
19:18a atuação da Polícia Federal
19:20e outros órgãos de segurança
19:22e pegam lá um carregamento,
19:24inclusive polícias internacionais,
19:28pegam lá um carregamento
19:29de 100, 200, 300 milhões de dólares.
19:32Mas, no dia seguinte,
19:33tem outro.
19:35Essa dimensão do dinheiro
19:36que essas organizações criminosas
19:38movimentam.
19:39A partir daí,
19:41você consegue colocar
19:43tudo no mesmo balaio,
19:45a corrupção e o crime organizado.
19:47Agora, Caniato,
19:48sobre o papel do Congresso Nacional,
19:51o Congresso Nacional
19:52tem demonstrado
19:54uma disposição enorme
19:56de favorecer o governo.
19:59Então, todas as agendas
20:00que são caras,
20:02que são urgentes,
20:03como o PL da Anistia,
20:05a CPI do INSS
20:06e outras coisas,
20:08não estão avançando
20:09porque há ali
20:10uma orquestração
20:12para segurar essas agendas.
20:14Acabamos de falar há pouco
20:15desse anúncio
20:17feito pela mesa diretora
20:19da Câmara
20:19de que não vai ter
20:21expediente
20:22na semana que vem.
20:24Ou seja,
20:24o governo ganha
20:25mais uma semana.
20:25E esse governo,
20:28Caniato,
20:28ele vai resistir
20:29com todas as forças
20:30a qualquer tipo de ação
20:33que possa colocar
20:36num contexto de terrorismo
20:37essas organizações criminosas.
20:39Por quê?
20:40Porque é só a gente olhar
20:41os exemplos do passado.
20:44Esse governo,
20:46quando estava
20:47no poder em 2010,
20:51concedeu refúgio
20:53ao César e Batiste,
20:55um sujeito terrorista
20:57ligado a movimentos
20:59extremistas de esquerda
21:01que foi condenado
21:03na Itália
21:03na década de 1970
21:05de assassinar
21:07quatro pessoas.
21:08Ele foi condenado
21:10à prisão perpétua,
21:12fugiu,
21:13veio parar no Brasil
21:14e no Brasil
21:16encontrou
21:16no governo brasileiro
21:18os seus grandes protetores,
21:21a ponto
21:23de ter
21:24o presidente
21:25da república
21:26lhe concedido
21:27um refúgio.
21:28Permitiu que fosse solto
21:30pelo Supremo Tribunal Federal
21:31e vivesse uma vida
21:32como qualquer pessoa
21:34no Brasil.
21:35Então,
21:36este país,
21:37Caniato,
21:37não vai,
21:39de fato,
21:39tomar medidas duras
21:41contra facções criminosas,
21:43sobretudo,
21:44classificando-as
21:45como terroristas.
21:47Por quê?
21:47Se César e Batiste
21:49para o governo
21:49não é terrorista,
21:50não vai ser o PCC
21:52e o Comando Vermelho
21:53que serão.
21:54Pois é,
21:54mas muitos se questionam
21:55se trocarem
21:57o presidente
21:58da república.
21:59Será que,
22:00mesmo assim,
22:01a dificuldade
22:02não vai permanecer?
22:04Não haverá ali
22:05muitos desafios
22:08para serem superados
22:09pelo Congresso Nacional?
22:10Porque há
22:11mil e um desafios
22:13e entendimentos distintos
22:16sobre de que maneira
22:17uma nova legislação
22:18pode também
22:19nos prejudicar
22:20lá na frente,
22:21não é, Mota?
22:21Porque quando se fala
22:22de um arcabouço
22:26para impedir
22:27a atuação
22:28de terroristas
22:29ou uma mudança
22:29de entendimento
22:30de que traficantes
22:31passariam a ser classificados
22:33como terroristas,
22:34isso em algum momento
22:35pode também
22:36ter algum tipo
22:38de ligação
22:40com uma legislação
22:41anticorrupção,
22:42não é?
22:43Foi essa relação
22:43que o Beraldo fez
22:45sobre a atuação
22:46dos criminosos,
22:47dos traficantes
22:48e também
22:49a maneira como
22:50eles atuam
22:50corrompendo também
22:52muitos segmentos
22:54da administração pública.
22:57E aí, assim,
22:58passamos por um governo
22:59mais conservador,
23:00mas muitos
23:01se questionaram
23:02se não poderia
23:03ter avançado mais
23:04em relação
23:05a essa agenda
23:06anticorrupção
23:07e antiterrorismo.
23:09Mota?
23:09Eu acho que há
23:11duas questões
23:12distintas,
23:14Cariato.
23:15A primeira questão
23:16é o combate
23:17ao crime.
23:19Corrupção
23:20é uma forma
23:20de crime.
23:22O combate
23:22ao crime
23:23no Brasil,
23:24o maior desafio
23:26do combate
23:26ao crime
23:26no Brasil
23:27são as ideias
23:28que dominaram
23:30a cultura,
23:32a mídia,
23:33o sistema
23:33de ensino,
23:34acabaram chegando
23:35no direito
23:36e entraram
23:37no Estado
23:38brasileiro
23:38principalmente
23:39no sistema
23:40de justiça
23:41criminal.
23:42O Estado
23:43brasileiro
23:44hoje
23:44se comporta
23:46como se o criminoso
23:47fosse um pobre
23:48coitado.
23:49Todos os dias
23:50a gente dá
23:50exemplo disso.
23:52Não há crime
23:53no Brasil
23:54que você cometa
23:55que faça
23:57com que você
23:58fique preso
23:59mais de 10,
24:0012 anos.
24:01Por mais
24:02objeto que seja,
24:04mais violento
24:05que seja o crime,
24:07logo, logo
24:07você está
24:08de volta às ruas.
24:09No Brasil
24:09não existe prisão
24:10perpétua,
24:11não existe pena
24:12de morte,
24:13no Brasil
24:13existe uma
24:14leniência
24:14institucionalizada.
24:16Eu dei o exemplo
24:16ontem
24:17de uma decisão
24:18da Corte
24:19Interamericana
24:19de Direitos
24:20Humanos
24:20que foi aceita
24:21aqui no Brasil
24:22sem nenhum
24:23pio
24:23e que fez
24:24com que
24:25o tempo
24:25de prisão
24:26de presos
24:27num sistema
24:28prisional
24:28do curado
24:29em Pernambuco
24:29fosse contado
24:30em dobro.
24:31Ou seja,
24:32todo mundo
24:32que estava preso
24:33lá teve a sua
24:33pena efetivamente
24:34reduzida pela metade.
24:36homicidas,
24:37estupradores,
24:38assassinos,
24:39torturadores,
24:40todo mundo.
24:42A maioria das pessoas
24:43não tem ideia
24:44de que isso aconteceu.
24:45Esse é um fato.
24:47Tem uma lista enorme,
24:48eu escrevi um livro
24:49contando esses absurdos
24:50que se chama
24:51Construção da Maldade.
24:52Isso é o combate
24:54ao crime.
24:55Agora,
24:56tem uma outra questão
24:57que é o terrorismo.
24:59É óbvio
25:00que o Estado
25:01brasileiro
25:02tomou uma decisão
25:03de não se importar
25:05com o terrorismo.
25:06Basta ver
25:07a lei de terrorismo.
25:08A lei
25:09anti-terrorismo
25:10do Brasil
25:10só classifica
25:12o ato
25:13como terrorista
25:14se ele for cometido
25:15em razão
25:15de um preconceito.
25:17Então,
25:17se você simplesmente
25:18matou muita gente
25:19porque você gosta
25:20de matar
25:21ou porque você
25:22quer tomar o poder,
25:23veja bem,
25:24isso não é considerado
25:25terrorismo.
25:27Por que que isso
25:27acontece?
25:28Eu só vou dar
25:29um palpite,
25:29hein, gente?
25:30Eu não tenho certeza.
25:31Apenas uma hipótese.
25:32é que muita gente
25:34que está no poder
25:36no Brasil
25:36e que participa
25:37do Estado
25:37tem relações
25:39amistosas
25:40com pessoas
25:41que no passado
25:41se envolveram
25:43em atos terroristas
25:44e elas nunca
25:46viram esses seus atos
25:47como terrorismo.
25:48Elas achavam
25:49que era uma coisa
25:50legítima.
25:51Estávamos lutando
25:52para reduzir
25:54a desigualdade,
25:55estávamos lutando
25:56para trazer
25:57a democracia
25:58ao país.
25:58Bom,
25:59teve algumas pessoas
26:00que participaram
26:00das mesmas atividades
26:02que falavam
26:02não,
26:02não,
26:02ninguém queria
26:04democracia,
26:04não.
26:05A gente queria
26:05implantar
26:06a mesma ditadura
26:06comunista aqui.
26:07É fácil achar
26:08na rede social
26:09alguns participantes
26:11que tiveram
26:11essa coragem.
26:12Então,
26:13eu acho
26:13muito difícil
26:15enquanto pessoas
26:17como essas
26:17estiverem no poder
26:18que o Brasil,
26:20o Estado
26:21brasileiro
26:22realmente
26:23tem uma legislação
26:25que coloque
26:25os pingos nos rios
26:27em relação
26:27ao terrorismo.
26:29São dois desafios
26:30destinos,
26:31o combate ao crime
26:32e o combate
26:33ao terrorismo,
26:34eles estão,
26:35a única coisa
26:36de ligar,
26:37o elemento de ligação
26:38entre eles
26:39é a nossa classe
26:40política
26:40que ainda não está
26:42com a estatura moral
26:43que precisa ter
26:44para abordar
26:45esses problemas.
26:47Dávila,
26:47mas falando em classe
26:48política
26:49e em vontade
26:50política
26:51para promover
26:52alguma mudança
26:53substancial
26:54em relação
26:54ao entendimento
26:56desses criminosos,
26:57o processo
26:59fica mais
27:00célebre
27:02e talvez fácil
27:03quando você tem
27:04alguém sentado
27:05na cadeira principal
27:06do executivo
27:06que apoia
27:08essas mudanças
27:09e essas medidas.
27:10Você acha
27:11que acaba sendo
27:12um carimbo,
27:13um aval
27:13que facilita
27:14todo o processo
27:15ou você acha
27:16que independe
27:17de quem estiver
27:18na cadeira
27:19da presidência
27:19da república
27:20e aí o Congresso
27:21Nacional
27:22deve se impor
27:24e atuar
27:24para promover
27:25as mudanças
27:26necessárias?
27:28Caneto,
27:28são dois problemas.
27:29O primeiro é o seguinte,
27:30nós precisamos
27:31fazer valer
27:32o verdadeiro
27:32federalismo.
27:34Ontem mesmo
27:34comentávamos
27:35aqui nos Pingos
27:36nos Is
27:36a sugestão
27:37do governador
27:38Ratinho Júnior
27:39de transformar
27:41a lei penal
27:42em lei estadual
27:42como é nos Estados Unidos.
27:44Esta é uma lei
27:45que cabe aos estados.
27:47Cada estado
27:48nos Estados Unidos
27:48tem um código penal
27:49diferente.
27:50Um estado tem
27:51uma legislação
27:52mais branda,
27:53outro tem uma legislação
27:54mais dura,
27:54um tem pena de morte,
27:55outro não tem.
27:56Tem lá várias
27:56legislações.
27:57Por que isso é importante?
27:59Porque para combater
28:00o crime
28:01o melhor aliado
28:03são os governadores.
28:05Eles são
28:06os que comandam
28:07as polícias
28:07e eles têm
28:09o seu trabalho
28:09frustrados
28:10por uma justiça
28:12molenga
28:13que não cumpre
28:14aquilo que deveria
28:16cumprir
28:16diante da lei.
28:17então se deixar
28:18as assembleias
28:20legislativas
28:21ou os governadores
28:22tomarem conta
28:23da segurança
28:25pública
28:25e principalmente
28:27do combate
28:27ao crime
28:28eu duvido
28:29que vai ter
28:30estado
28:30que vai ter
28:31lei mole
28:32contra o crime.
28:33Se tiver
28:33sabe o que acontece?
28:34Todas as empresas
28:35todas as pessoas
28:36de bem
28:36vão deixar
28:37aquele estado
28:37e vão mudar
28:38de estado
28:38porque ninguém
28:39quer morar
28:40num estado
28:40que continua
28:41tratando o criminoso
28:42como uma vítima
28:43da sociedade.
28:43Então
28:44este é um ponto
28:45importante
28:46descentraliza
28:47para de ter
28:48uma lei nacional
28:48manda os estados
28:50cada um cuidar
28:50da lei criminal
28:52para cuidar
28:53da lei penal.
28:53Agora
28:54para combater
28:55o crime organizado
28:57aí sim
28:58é uma lei federal
28:59e aí nós precisamos
29:00de uma lei
29:01antimáfia.
29:02O problema
29:03Caniato
29:03é que nós não temos
29:05presidentes da república
29:07que estão
29:07convictos
29:09de que isso é
29:10hoje
29:10um problema
29:11urgentíssimo
29:12a ser tratado
29:13e aí nós vimos
29:15recentemente
29:16presidentes
29:18que tem a coragem
29:19porque acreditam
29:20nas suas ideias
29:21e chegar uma hora
29:22e falar assim
29:22olha aqui
29:22não importa
29:23próxima eleição
29:24é hora de zerar o jogo
29:26precisamos zerar o jogo
29:27começar tudo de novo
29:28que é o caso
29:29do Milene na Argentina
29:30contaminado
29:32pelo peronismo
29:33chega um presidente
29:34da república
29:34e fala
29:35o negócio assim
29:35vamos zerar o jogo
29:36e começa a implementar
29:37medidas
29:38Margaret Thatcher
29:39fez isso na Inglaterra
29:41a partir de 1979
29:43até 1992
29:44chega uma hora
29:45que assim
29:45vamos zerar o jogo
29:46para dessa história
29:47do sindicato
29:48da regra
29:49não ter economia
29:49de mercado
29:50vamos fazer valer
29:51o jogo
29:52vamos virar o jogo
29:52e teve a coragem
29:55política
29:55para liderar
29:56essa transformação
29:57então nós precisamos
29:58de duas coisas
29:59precisamos de um
30:00presidente da república
30:01com coragem política
30:03para combater
30:04o crime organizado
30:05para combater
30:06esse terrorismo
30:08e nós precisamos
30:09de um presidente
30:09que tenha coragem
30:10de descentralizar
30:11esse poder
30:12do combate
30:13ao crime
30:13e dar mais poder
30:15aos governadores
30:16é na base
30:18que nós vamos resolver
30:19esse problema
30:20porque onde pega
30:22é exatamente
30:23nos estados
30:24o cidadão cobra
30:25a polícia
30:26cobra o governador
30:27então dê a ele
30:28a autonomia
30:29para enfrentar
30:30esse problema
30:31eu tenho certeza
30:32que nós vamos ter
30:33resultados
30:34muito bons
30:36para a população
30:38quando os governadores
30:39controlarem
30:40a legislação
30:42e a polícia
30:43
30:44o
30:45o
30:46o
30:46o
30:47o
30:47o
30:47o

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