- 10/05/2025
Sérgio Andrade defende justiça social na COP 30 e detalha ações no Pará para garantir renda e acesso à energia limpa
Reportagem: Gabriel da Mota
Reportagem: Gabriel da Mota
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, seguidores e leitores, eu sou o Gabriel da Mota, repórter de Política e Economia do Jornal Oliberal,
00:06e hoje eu vou conversar com o Sérgio Andrade, diretor executivo da Agenda Pública.
00:10Nós vamos falar sobre transição energética justa, pobreza energética no Brasil e COP30.
00:16Sérgio, antes de mais nada, muito obrigado pela sua presença e disponibilidade aqui comigo.
00:21Prazer é mesmo.
00:23Queria começar te perguntando, queria que você desse um panorama pra gente sobre a atuação da Agenda Pública.
00:28Como é que vocês têm atuado pra garantir que a transição energética no Brasil seja socialmente justa e inclusiva?
00:37Bem, nós somos uma organização da sociedade civil que atua há 15 anos com programas especialmente de melhoria da qualidade dos serviços públicos
00:47e com programas de desenvolvimento territorial.
00:51Por que é tão importante combinar essas dimensões?
00:53Quer dizer, a qualidade de vida é resultado de acesso a serviços públicos melhores
01:00e sem garantias de fontes estáveis, de renda, receita para a implantação de políticas públicas,
01:10os municípios, as regiões não conseguem fazer bem o seu trabalho.
01:14Então nós, da Agenda Pública, combinamos isso,
01:16combinamos essa forma de atuar por meio de advocacy, então presença em conselhos estaduais,
01:23conselhos federais, mas um grande conhecimento do Brasil.
01:27Então atuando de perto com realidades de municípios de diversos portes,
01:32desde uma capital como Belém, que nós avaliamos a qualidade dos serviços públicos,
01:37conhecemos aí os desafios do município,
01:39mas também, no caso do Pará, por exemplo, em várias regiões do Estado,
01:45do Oeste, o Sudoeste, o Sul do Pará, enfim, conhecendo bem a região metropolitana também,
01:52onde nós já atuamos aí por mais de cinco anos.
01:56Entendi.
01:57Sérgio, explica para a gente o que é pobreza energética
02:00e quais são os principais desafios para superá-la no Brasil,
02:03mas especialmente na Amazônia.
02:05Gabriel, esse é um conceito difícil de ser retratado.
02:11Exatamente por isso que a plataforma de trânsito justa
02:14por organizações, por municípios que são afetados por essa agenda,
02:25especialmente municípios do petróleo, municípios da mineração,
02:29e que precisam diversificar suas economias.
02:33Nós estamos falando de uma base da economia que é fóssil
02:38e que é fundamental que você faça um planejamento de longo prazo.
02:43Um exemplo é o Estado do Rio, por exemplo,
02:46que depende grandemente da fonte do petróleo.
02:50Como é que nós fazemos uma transição em que as receitas do município
02:55possam ser diversificadas,
02:57possam ser estáveis para a geração de renda para a população,
03:02e fundamentalmente aproveitando as oportunidades, Gabriel,
03:06que a economia verde traz para a população.
03:08Empregos de qualidade, empregos tecnológicos,
03:11mas também todo um ramo de serviços novos que podem ser explorados
03:16para que a gente tenha realmente oportunidade e não perda líquida de empregos,
03:22que é uma ameaça quando se fala em adoção de novas tecnologias
03:26que podem afetar bastante.
03:27E a pobreza energética é exatamente um conceito que olha,
03:35eu diria para dois fatores,
03:36o acesso seguro, estável, financeiramente acessível das pessoas,
03:43a energia elétrica, mas também a energia para a coxão.
03:48E nessa pesquisa, essa agenda, especialmente dos mais vulneráveis,
03:56ela é olhada sob esse ponto de vista invisível,
03:59que são as pessoas.
04:00No Brasil, nós estamos falando aí de 17% dos lares brasileiros
04:06que usam ainda lenha para cozinhar.
04:10Usam de forma combinada com outras fontes de energia,
04:14principalmente o GLP, o gás de cozinha,
04:16mas um grande contingente que usa apenas lenha.
04:20Nós estamos falando aí de um contingente significativo,
04:26principalmente na região norte e nordeste,
04:28que concentra o maior número de população que usa lenha.
04:34Só para que você tenha essa dimensão do problema,
04:37no nordeste, na zona rural, nós estamos falando de 80%,
04:4180%, 85% das pessoas da zona rural usam lenha para cozinhar.
04:48Então, Gabriel, não é uma questão de tradição.
04:52As pessoas acham que é para produzir a comida com sabor,
04:56que é para fazer o churrasco.
04:58Não é isso.
04:59As pessoas estão usando por pura necessidade.
05:03E é esse problema invisível que nós queremos retratar
05:06por meio da pesquisa da plataforma de transição justa.
05:11Entendi.
05:12Sérgio, nos últimos meses, só se fala em COP30, né?
05:16Se fala muito em COP30 e aqui no norte, principalmente.
05:19Queria saber como é que você enxerga a possibilidade
05:22de colocar a pauta da justiça energética
05:25no centro dessas discussões,
05:26que, na verdade, vão ser discussões globais, né?
05:28Sobre mudanças climáticas no mundo inteiro.
05:30Bem, é um fórum muito privilegiado,
05:36como todos sabemos,
05:38a importância desse evento em Belém.
05:41Esperamos que todos possam receber
05:45o carinho aqui das pessoas de Belém,
05:48que recebem muito bem,
05:50mas que também seja palco
05:52para essas discussões de grande relevância
05:54como a justiça climática.
05:56É um assunto que é de grande importância.
06:03Nós estamos falando de vidas, Gabriel.
06:06Segundo a Organização Mundial de Saúde,
06:08cerca de 3,2 milhões de pessoas morrem
06:11todos os anos de causas evitáveis,
06:15principalmente crianças e mulheres,
06:17mulheres e crianças,
06:18ligadas à questão do cozinhar com lenha.
06:23E por que isso é um problema?
06:25O problema principal, nós podemos dizer
06:27que é a fumaça,
06:29aquilo que a gente imagina
06:31que seria o maior dos desafios.
06:33Aquela cozinha escura,
06:36onde a concentração de partículas
06:39chega a ser 33 vezes maior
06:42do que o recomendado
06:43pela Organização Mundial de Saúde.
06:45A concentração de CO2,
06:48é o gás do efeito estufa,
06:50ele é 15 vezes maior
06:51em uma cozinha como essa.
06:53E muitas vezes não é uma cozinha, Gabriel.
06:54É um conjunto de tijolos
06:58ou coisa parecida
07:00que as pessoas usam ali
07:02para preparar o seu alimento.
07:05É uma tarefa que, portanto,
07:09consome uma parte importante
07:15do dia das pessoas,
07:17principalmente mulheres e crianças,
07:19que crianças também estão envolvidas
07:20na catação da lenha.
07:24Portanto, além da fumaça,
07:26além de um problema de saúde,
07:28que podemos aqui dar detalhes
07:30desse grave problema de saúde,
07:32há o problema do tempo, Gabriel.
07:33Quer dizer, 18 horas por semana
07:35do tempo das pessoas
07:37que usam lenha para cozinhar
07:39é gasto com essa tarefa.
07:43Ou seja, catar a lenha,
07:45preparar os alimentos,
07:47acender o fogo,
07:48que é também uma tarefa feminina.
07:51Então, nós estamos falando
07:52de um problema multidimensional
07:54que tem questões de saúde,
07:56de renda,
07:57de educação
07:58e também de meio ambiente.
08:00Sérgio, agora eu queria falar
08:02sobre a sua estadia aqui no Pará,
08:04no início do mês de abril.
08:06Você esteve estruturando um projeto
08:08com foco em sistemas agroflorestais,
08:10não é isso?
08:11Você poderia falar para a gente
08:13quais são os objetivos centrais
08:14dessa iniciativa
08:15e em que região do Pará
08:16vocês estão atuando?
08:20Muito bem.
08:21Nós sabemos o quanto a agricultura
08:23é uma coisa fundamental
08:25para o país,
08:26é uma atividade essencial
08:28da nossa economia,
08:30é a segunda fonte
08:31ou a segunda
08:32ou a primeira fonte,
08:33muitas vezes,
08:34na nossa balança comercial,
08:36mas nós temos um olhar
08:37que é fundamental
08:38para a economia
08:39gerada pela agricultura familiar.
08:43Essa base da economia
08:46que garante o sustento
08:48de milhões de famílias,
08:52mas também que é responsável
08:54pela segurança alimentar
08:56de nós brasileiros.
08:58é o agricultor familiar
09:00que traz,
09:02que não é o grande produtor,
09:03é o agricultor familiar
09:04que produz aquilo
09:05que nós consumimos
09:08nas nossas mesas,
09:09desde as frutas
09:10até os laticínios
09:11e, é claro,
09:14grãos, hortaliças,
09:15tudo isso vem
09:16da agricultura familiar.
09:18O Pará tem
09:19uma estratégia
09:22que vem se sofisticando,
09:24se complexificando
09:25ao longo do tempo
09:26e o próprio governo brasileiro,
09:27nessa retomada
09:28da agricultura familiar,
09:30muitos programas
09:31foram estruturados,
09:34foram ampliados,
09:36mas isso precisa chegar
09:37nos municípios,
09:38Gabriel.
09:39Então,
09:39numa iniciativa
09:40em parceria
09:41com o programa
09:42Parceiros pela Amazônia
09:44e apoio da Suzano,
09:46nós estamos atuando
09:47aqui no Sudoeste do Pará,
09:50em cinco municípios,
09:52tendo como base
09:53Rondon do Pará,
09:55para que nós possamos
09:57fortalecer,
09:59apoiar os gestores públicos
10:02a construir
10:04experiências
10:06de serviço público
10:08que realmente façam sentido
10:10para os agricultores,
10:12porque, muitas vezes,
10:13nós deixamos de considerar
10:14as reais necessidades
10:16no desenho dos programas,
10:17como eles devem
10:18ser acessados,
10:19porque os programas,
10:21muitas vezes,
10:22têm muitos abandonos,
10:23apesar de termos
10:25diversas fontes
10:26de financiamento
10:27que podem, hoje,
10:30ser acessadas
10:31por esses agricultores.
10:32E nós queremos
10:33que isso seja
10:34à disposição
10:36dos agricultores
10:37num programa
10:38que começa
10:39numa fase inicial
10:40de um ano,
10:41mas que tende
10:42a se desdobrar
10:43para a implementação
10:44de iniciativas
10:45que vão fortalecer
10:46o desenvolvimento rural,
10:48que é essa agenda
10:50que nós trabalhamos
10:51com o desenvolvimento rural,
10:53dando especial atenção
10:55à agricultura familiar.
10:56Portanto,
10:57é algo que
10:59nós sabemos
11:01que essa região
11:01tem desafios fundiários,
11:05desafios logísticos,
11:07da maior,
11:10é muito significativo,
11:11nós temos unidades
11:12produtivas
11:14que estão,
11:15às vezes,
11:16a 200 quilômetros,
11:17150 quilômetros
11:19da sede do município,
11:20portanto,
11:21as questões logísticas
11:23são fundamentais,
11:24mas também
11:25é uma questão
11:26de cultura.
11:26Como é que nós
11:27lidamos com tudo isso
11:28para que a gente
11:29tenha realmente
11:31algo que,
11:32para o produtor,
11:33faça sentido?
11:33é crédito,
11:35é assistência técnica,
11:37é apoio
11:38a políticas públicas
11:40que possam
11:41fazer sentido
11:42para esse agricultor.
11:45E aí, Sérgio,
11:46eu queria que você
11:47pudesse dar um exemplo
11:48de que maneira
11:49esses SAFs,
11:51como se chama,
11:53se tornam viáveis
11:54e sustentáveis
11:55justamente
11:56para esse contexto
11:57do desenvolvimento
11:58da Amazônia.
12:00Muito bem.
12:01Nós sabemos
12:02da importância
12:03das frutas.
12:04O Pará
12:04é talvez
12:06onde nós temos
12:08belos exemplos,
12:10como o açaí,
12:11mas uma série
12:12de outros cultivos
12:14que podem ser
12:17desenvolvidos
12:18no modelo
12:18de quintais produtivos.
12:20É um programa
12:21do governo federal
12:22que
12:23consorcia
12:27essas áreas
12:28que geralmente
12:29estão ali.
12:31Muitas vezes
12:32bem preservadas,
12:34há espécies nativas
12:35que os assentamentos,
12:39que acampamentos
12:41e assentamentos,
12:41mas também os pequenos
12:42produtores,
12:43mantêm essas áreas
12:44e que eles têm
12:45um valor
12:46essencial
12:47para garantir
12:50uma diversidade
12:51ali de cultivos
12:52para a economia
12:54do município.
12:55então é em produzir
12:56essas produções,
12:59o açaí,
13:00as leguminosas,
13:02o cacau também,
13:03que na região
13:03vem tendo
13:05grande interesse
13:06por parte
13:07de produtores
13:08com o preço
13:09internacional
13:09em alta
13:10e são
13:12variáveis
13:14que são
13:15consideradas
13:16para que o produtor
13:17tenha renda
13:18de curto prazo,
13:20por exemplo,
13:20ao plantar maracujá,
13:22ao plantar
13:23milho,
13:24algumas leguminosas,
13:26mas que também
13:26ele possa introduzir
13:27espécies
13:28que possam
13:29ter valor comercial.
13:31Então nós estamos
13:31falando aqui
13:32de um sistema
13:33agroflorestal
13:34produtivo,
13:35não é apenas
13:35aquele de restauração
13:37florestal,
13:38mas aquele
13:39que tem valor
13:39produtivo
13:40para que a renda
13:41chegue
13:42para o produtor
13:43e esse é o principal
13:44desafio, Gabriel.
13:45Muitas vezes
13:46o produtor
13:48precisa enxergar
13:49valor
13:50naquilo,
13:51nesse esforço
13:52que ele faz
13:52tanto para
13:54garantir
13:54o alimento
13:55na mesa
13:55de todos nós,
13:57mas também
13:57para,
13:58muitas vezes,
13:59garantir
13:59que a gente
14:00tenha
14:00áreas
14:02preservadas
14:03e reservas,
14:06pequenas reservas
14:07ali na propriedade
14:08garantindo,
14:09inclusive, que a água
14:09possa ser
14:10um bem
14:12de longo prazo
14:14para a manutenção
14:15da propriedade.
14:17Sérgio,
14:18como os gestores
14:19públicos locais
14:20têm se envolvido
14:21na implementação
14:22desses processos,
14:23especialmente
14:23nas regiões
14:24algumas
14:24com poucos
14:25recursos?
14:29Pois então,
14:30nós acabamos
14:31de construir
14:33o que nós
14:33chamamos
14:34de jornada
14:35dos usuários,
14:37que é
14:37a jornada
14:37do cidadão,
14:38exatamente
14:39com os
14:40gestores públicos
14:41que vêm recebendo
14:43bem a iniciativa,
14:46exatamente
14:47tentando entender
14:48quais são os desafios
14:50desde o começo
14:52de uma iniciativa,
14:54de um atendimento
14:55ao produtor rural,
14:57quais são os desafios
14:57que ele tem?
14:59Por que
14:59muitas vezes
15:01ele não segue
15:03no programa?
15:03Por que
15:03ele não consegue
15:06chegar até o final?
15:08Por que
15:08ele não consegue
15:09aumentar a renda?
15:10Então,
15:10nós estamos
15:11construindo
15:11um caminho
15:13onde nós
15:14estamos reconhecendo
15:15quais são
15:16os principais desafios
15:17e construindo
15:18com o poder público
15:19formas
15:20de ajudá-los
15:23a superar
15:24esses desafios.
15:25Então,
15:25é um programa
15:26que tem
15:27intercâmbios
15:28com práticas
15:29de todo o país
15:30que também
15:33reúne
15:33o que nós
15:35chamamos
15:36de formações
15:37de alto nível,
15:38são jornadas
15:39de inovação
15:41aberta
15:42em que a gente
15:42tem
15:43produtores,
15:45especialistas
15:46do campo,
15:48universidades,
15:50empresas,
15:50Gabriel,
15:51que trabalham
15:52juntos
15:53para solucionar
15:53problemas específicos
15:55dessa produção.
15:57É entender
15:57juntos
15:57o que pode ser
15:59produzido ali,
16:02como nós resolvemos
16:03desafios de logística,
16:04por exemplo,
16:04o acesso a crédito.
16:06Então,
16:06mesmo as instituições
16:07financeiras
16:08aqui da região,
16:09é um esforço
16:10que tem sido
16:12muito bem recebido,
16:13nós acreditamos
16:14que tenha um sucesso,
16:16principalmente na região
16:18sudoeste do Pará.
16:21E aí, Sérgio,
16:22para finalizar,
16:23eu queria que você falasse
16:24sobre quais são
16:26os aprendizados
16:27acumulados ao longo
16:28desses anos de atuação
16:29da agenda pública
16:30nesse momento histórico
16:32para o Brasil,
16:33que tanto se espera
16:34mudanças,
16:36existem desafios
16:36climáticos e sociais
16:37e tanto se esperam
16:38mudanças nesse sentido.
16:39Bem,
16:43eu diria que
16:44uma mudança
16:45quando nós
16:46procuramos entender
16:47por que as políticas
16:48públicas falham,
16:50nós temos
16:50duas questões
16:52que são fundamentais,
16:53que é
16:54governança,
16:56ou seja,
16:57nós precisamos
16:58ter coordenação
16:59entre as áreas,
17:00então não são áreas
17:00apenas isoladas
17:02que vão garantir
17:02sucesso
17:03de implementação,
17:04então é preciso
17:05realmente ter bons
17:06arranjos regionais,
17:08bons arranjos,
17:09inclusive,
17:10por exemplo,
17:11um problema
17:11de desenvolvimento
17:12econômico,
17:12Gabriel,
17:13ele não pode ser resolvido
17:14dentro da Secretaria
17:15de Desenvolvimento
17:15Econômico,
17:16ele precisa
17:17dos atores econômicos,
17:19ele precisa também
17:20envolvendo,
17:21por exemplo,
17:22pessoas em situação
17:23de vulnerabilidade,
17:24ele precisa trazer
17:25a área de desenvolvimento
17:27social e assim por diante,
17:29é um arranjo
17:30que faz a diferença
17:31para que o programa
17:32muitas vezes
17:32continue a despeito
17:33da descontinuidade
17:34que a gente sabe
17:35que existe no poder público,
17:36então participação
17:37da sociedade
17:37é importante.
17:39Então governança
17:39é um aprendizado,
17:41comunicar-se com a sociedade,
17:43não fazer serviços
17:44ou ofertas
17:45que nasçam
17:46só no gabinete,
17:48não é um serviço
17:49que deva ser pensado
17:50por poucas pessoas,
17:52nós temos que ouvir
17:54como o usuário
17:55se,
17:56ele usa aquele serviço,
17:57então,
17:57por exemplo,
17:58se nós temos
17:59num bairro
18:00principalmente
18:00pessoas mais velhas,
18:02será que o serviço
18:03de saúde
18:04naquele bairro
18:04precisa atender
18:05crianças,
18:07precisa atender
18:08ou ele pode
18:09inclusive garantir
18:11economia de recursos
18:13especializando o serviço.
18:15Então nós temos
18:15que conhecer o nosso usuário,
18:17por isso que
18:18a base do trabalho
18:19da agenda pública
18:20é a lei 13.460,
18:22o código do usuário
18:23do serviço público
18:24que dá base
18:25para que a gente
18:26possa escutar,
18:27para que a gente
18:27possa construir
18:28com o cidadão
18:29e para que a gente
18:30possa avaliar,
18:31isso é fundamental,
18:32essas avaliações
18:32que a gente publica
18:33sobre as capitais
18:34é um exemplo disso
18:36e que agora
18:37inspira uma avaliação
18:38que a Ouvidoria Geral
18:40da União
18:40realiza
18:41dos principais
18:42serviços públicos federais,
18:43nós estamos lá
18:44contribuindo
18:45através do
18:46Conselho Nacional
18:47de Transparência
18:48e Integridade
18:49e Combate à Corrupção
18:50para essa pesquisa nova
18:52que vai avaliar
18:53os serviços públicos federais.
18:55E por último,
18:55eu diria que
18:56não podemos
18:58mudar uma realidade
18:59sem trabalhar
19:00a base econômica,
19:01nós precisamos
19:03para promover
19:06o desenvolvimento
19:07territorial
19:08que é a nossa
19:09preocupação
19:10partir de uma base
19:11econômica.
19:12Qual a base econômica?
19:13Se ela é diversificada?
19:16Como pode ser,
19:17por exemplo,
19:17o futuro
19:18da mineração
19:19aqui no Estado do Pará?
19:20Como nós pensamos
19:22o destino
19:22dos municípios
19:23que ficam
19:2420 anos
19:25dependentes
19:25de uma atividade
19:26e que ao final
19:27do ciclo
19:29isso pode
19:30se transformar
19:31num problema
19:32porque
19:33não haverá
19:34mais nenhuma atividade
19:35que substitua
19:36essa grande
19:38fonte de renda
19:38se não for
19:39trabalhado
19:39desde o início.
19:40Por isso,
19:41a base econômica,
19:43seja a agricultura,
19:44seja a novas indústrias,
19:45seja a economia
19:47do conhecimento,
19:48a atração
19:49de investimentos
19:50precisa ser pensada
19:51desde um primeiro momento
19:52para que haja
19:53esse processo
19:54de desenvolvimento
19:56para todos.
19:58Acho que
19:58essas questões
19:59de combinação
20:00de governança,
20:01base econômica,
20:03construção
20:04com a população
20:05e bons arranjos
20:06de governança.
20:10Está certo, Sérgio.
20:11Muito obrigado
20:11mais uma vez
20:12por sua presença aqui.
20:14Eu que agradeço.
20:15Gabriel,
20:16o link
20:17para a pesquisa,
20:19eu gostaria
20:19de convidar
20:20aqui os seus seguidores,
20:21seus leitores,
20:22é
20:23pobrezaenergética.transiçãojusta.org.br
20:29A pesquisa está
20:30na íntegra
20:30disponível aqui
20:31para o leitor.
20:33Está certo.
20:34E é você
20:35que nos acompanhou.
20:35Muito obrigado, Gabriel.
20:37Obrigado.
20:38Obrigado pela audiência.
20:39Acesse o liberal.com
20:40e as nossas redes sociais
20:41para ver outros conteúdos.
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