Um novo estudo brasileiro acende um alerta importante: o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em até 42% o risco de desenvolver sintomas de depressão. A pesquisa foi conduzida pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e publicada na revista Clinical Nutrition.
Alimentos ultraprocessados são formulações industriais compostas por cinco ou mais ingredientes, muitas vezes ricos em açúcar, gorduras ruins, sódio e aditivos artificiais. São produtos projetados para alta durabilidade e palatabilidade, mas com pouco ou nenhum valor nutricional real, como:
- Barras de cereal; - Pão de forma industrializado; - Iogurtes aromatizados; - Saladas prontas para consumo; - Bolachas e biscoitos recheados; - Sucos de caixinha.
Além de contribuírem para obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, os ultraprocessados afetam o cérebro. Eles podem interferir na microbiota intestinal, importante para a produção de neurotransmissores como a serotonina, diretamente ligada ao humor. O consumo frequente desses produtos também aumenta inflamações sistêmicas, outro fator associado à depressão.