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  • 12/04/2025
O Hora H do Agro deste sábado (12) destacou a projeção do Brasil como maior exportador mundial de açúcar em 2025, mesmo diante das tensões comerciais. Também analisou o tarifaço de Donald Trump, que elevou tarifas sobre a China para 145%, acirrando a guerra comercial. E ainda: a disparada no preço do cacau, que deve encarecer os ovos de Páscoa e reduzir a produção neste ano.

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Transcrição
00:00:00Hora H do Agro, oferecimento
00:00:02Consórcio Magi, Volkswagen,
00:00:05caminhões e ônibus. Meteor da
00:00:07Volkswagen, caminhões e ônibus,
00:00:09mas pode chamar de meteoro da
00:00:11paixão.
00:00:23Hora H do Agro.
00:00:27Olá, seja bem-vindo a Jovem Pan,
00:00:29muito obrigado pela sua companhia
00:00:31e sintonia. Começa agora o programa
00:00:33Hora H do Agro. Muito obrigado
00:00:35pela sua participação. E nós
00:00:37vamos abordar, evidentemente, todos
00:00:39os desdobramentos do tarifácio.
00:00:42O presidente Lula criticou
00:00:43o comportamento justamente do
00:00:45presidente dos Estados Unidos,
00:00:47Donald Trump, que anunciou na última
00:00:49semana as tarifas recíprocas
00:00:51para todo o mundo. Também
00:00:53vamos falar do impacto do tarifácio
00:00:55anunciado pelo republicano
00:00:57aqui no Agro Brasileiro e,
00:00:59evidentemente, no restante do mundo.
00:01:01E vamos também falar das escaladas,
00:01:03das tensões comerciais entre os
00:01:05Estados Unidos e também,
00:01:07principalmente, a China.
00:01:09E a manifestação da Bia Rosa aqui
00:01:11no Brasil a favor da antecipação dos
00:01:13efeitos da reforma tributária do
00:01:16governo federal, que visa reduzir os
00:01:18impostos sobre produtos da cesta
00:01:21básica. Tudo isso e muito mais
00:01:23agora, na hora H do Agro, aqui na
00:01:25Jovem Pan.
00:01:27Dando sequência, em referência ao
00:01:29tarifácio anunciado por Trump, nós
00:01:31tivemos a reação do presidente Lula,
00:01:33que disse que o comportamento do
00:01:34presidente dos Estados Unidos não vai
00:01:37dar certo. Durante um evento aqui em
00:01:40São Paulo com representantes da
00:01:41indústria da construção, Lula
00:01:43criticou as atitudes do
00:01:45republicano, destacou que o livre
00:01:47comércio, a globalização, foram
00:01:50defendidos por décadas por países
00:01:52desenvolvidos, como os próprios
00:01:55Estados Unidos, que criticavam
00:01:57medidas protecionistas.
00:02:00De repente, o mundo tem um cavalo de
00:02:02pau, em que o cidadão sozinho acha
00:02:06que ele é capaz de dar regras para
00:02:08tudo que vai acontecer no mundo.
00:02:12Eu tenho em dizer para vocês que
00:02:15pode não dar certo. E por isso é
00:02:18importante que nós, brasileiros,
00:02:21mantenhamos o equilíbrio para que a
00:02:24gente tome decisão com base nas
00:02:26nossas realidades, para que a gente
00:02:29defina o projeto de país que a gente
00:02:31quer e a gente possa colocar ele em
00:02:33prática.
00:02:34E uma pesquisa divulgada no início
00:02:36deste ano pelo CPEA revelou que o
00:02:38Brasil continuará se destacando como
00:02:40principal exportador do açúcar no
00:02:43mundo em 2025. Quando publicado, o
00:02:46levantamento já levava em consideração
00:02:48as tensões comerciais entre grandes
00:02:51potências como um dos fatores
00:02:53benéficos, inclusive, que garantem
00:02:55rentabilidade para o setor e também
00:02:58para novos mercados. E muito bem, para
00:03:01falar sobre esse tema, após o anúncio
00:03:03que foi realizado aí do tarefaço feito
00:03:06pelo presidente dos Estados Unidos,
00:03:07Donald Trump, o cenário também é
00:03:09perspectiva, se eles continuam sendo
00:03:12positivos aqui para o Brasil, para
00:03:14procurar entender toda essa intenção e
00:03:16também toda essa taxação imposta aí ao
00:03:19setor açucareiro brasileiro, nós vamos
00:03:21receber agora o José Guilherme Nogueira,
00:03:24que é o CEO da Organização de
00:03:26Associações de Produtores de Cana do
00:03:28Brasil, Orplana. Muito bem-vindo,
00:03:32prazer tê-lo conosco aqui, queria que
00:03:33você falasse, José Guilherme, de fato,
00:03:36claro que tudo ainda é muito recente, as
00:03:38repercussões, aquele morde-a-sopra,
00:03:41anuncia, depois faz aí um anúncio que
00:03:44vai daqui a 90 dias, mas de qualquer
00:03:46forma, como é que o setor se prepara
00:03:49para todo esse turbilhão, essa guerra
00:03:51fiscal e também essa guerra comercial
00:03:52no mundo? Seja bem-vindo.
00:03:56Olá, Marcelo, obrigado, é sempre um
00:03:58prazer estar com vocês aqui na Jovem Pan,
00:04:00falando um pouquinho sobre o nosso setor.
00:04:02Bom, pra nós é muito claro a posição
00:04:06negocial de Donald Trump, do jeito que
00:04:08ele vem fazendo, pressionando os países
00:04:11aí e principalmente a geopolítica do
00:04:14petróleo também, né, Marcelo? Acho que
00:04:16isso traz muito também do posicionamento
00:04:21pró-combustíveis fósseis que o
00:04:23presidente Donald Trump tem, o que
00:04:26acaba impactando o nosso setor como um
00:04:28todo. Já o Brasil, a níveis de
00:04:31exportação para os Estados Unidos, tanto
00:04:33com açúcar quanto etanol, os volumes
00:04:36poderiam ser muito maiores, não são
00:04:38tão grandes assim, né, mas claro que
00:04:40isso afeta aí diretamente o nosso
00:04:43produtor e a gente precisa estar de
00:04:45olho para ver como é que isso vai se
00:04:46caminhar aqui para os próximos dias.
00:04:48José Guilherme, hoje então nós temos
00:04:50os Estados Unidos como o maior
00:04:52produtor de etanol do mundo e
00:04:56realmente a maior divisa que é feita
00:04:59aí na negociação com os Estados Unidos
00:05:01é justamente a questão do açúcar.
00:05:05Isso, no caso do etanol, né, a gente
00:05:07exporta hoje para os Estados Unidos
00:05:09algo em torno de 500 milhões de litros,
00:05:11algo em torno disso, principalmente
00:05:13para o estado da Califórnia, uma vez
00:05:16que o nosso etanol não é nem pelo
00:05:19preço que a gente acaba exportando, mas
00:05:21sim pela intensidade ou pela baixa
00:05:23intensidade de carbono, né, o nosso
00:05:25etanol é produzido pela cana de
00:05:28açúcar, ele tem aí uma captura de
00:05:30carbono bem interessante, bem
00:05:32diferente do etanol americano
00:05:34produzido pelo milho de primeira
00:05:36safra. Já o açúcar, né, a gente tem
00:05:40sim exportações para o açúcar, o
00:05:42mercado é um mercado mais fechado,
00:05:44somente as usinas do Nordeste tem
00:05:47entrada, tem um volume cotizado, né,
00:05:49um volume de cotas e isso vem sendo,
00:05:53claro, sempre uma barreira para o
00:05:56desenvolvimento do comércio do açúcar
00:05:59e, obviamente, do etanol. E, claro, com
00:06:01esse tarifácio e todo esse
00:06:03protecionismo do Trump, pode ser que
00:06:05isso enrijeça ainda mais as
00:06:08negociações e aí desfavoreça aí a
00:06:12relação entre Brasil e Estados Unidos.
00:06:14Marcelo.
00:06:15José Guilherme, hoje, então, o Brasil é
00:06:17o maior produtor, nós sabemos que o
00:06:19maior mercado, se não me engano, é a
00:06:20Índia, né, de açúcar. Então, quer dizer,
00:06:24o fato de vocês venderem, evidentemente,
00:06:26para os Estados Unidos, mas outros
00:06:28mercados, então, podem ser atrativos,
00:06:30esse fechamento, você acredita no
00:06:32fechamento ou numa negociação mesmo?
00:06:36A forma do Trump negociar, né, até nos
00:06:40livros dele, mesmo nas entrevistas que
00:06:44ele dá, ele gosta de colocar o que se
00:06:46chama de bode na sala, ele coloca um
00:06:48problema para que as pessoas venham fazer
00:06:52a negociação e tragam aí soluções
00:06:55a par para que ele faça a devida
00:06:59ação. Para nós aqui, se os Estados Unidos
00:07:02não for atrativo, certamente, o
00:07:05redirecionamento dos embarques, eles vão
00:07:08acontecer para outros países, sem sombra
00:07:11de dúvida, mas, claro, o mercado americano
00:07:13é um mercado pujante, é um mercado forte,
00:07:15é um mercado grande, é um mercado que os
00:07:17valores são muito importantes e que se
00:07:20paga bem, principalmente no que se tange ao
00:07:23açúcar, né, mas o redirecionamento
00:07:26desses embarques não tem problema nenhum
00:07:28e vai ser isso que, se acaso houver aí
00:07:31qualquer barreira ou qualquer entrave
00:07:33nessa negociação, Marcelo.
00:07:35Antes, como é que era e como é que vai
00:07:37ser a partir de agora, se é que você
00:07:39sabe, né, que tem muito setor que está
00:07:40dizendo, não está entendendo nada, está
00:07:41esperando aí, infelizmente.
00:07:45Isso. A gente tinha, né, nós aqui no
00:07:47Brasil, nós temos uma barreira tarifária
00:07:49de 18% na entrada de produtos
00:07:52americanos, aí eu vou dar o exemplo do
00:07:54etanol, né, então pro etanol americano
00:07:58entrar no Brasil, ele tem uma tarifa de
00:08:0118%, tá, e lá nos Estados Unidos era algo
00:08:04em torno de 2,5%. E aí agora vieram os
00:08:08tarifaços com uma notificação, né, que
00:08:11seria 10% a entrada desse etanol
00:08:15brasileiro. As próprias empresas
00:08:18americanas estão pressionando o governo
00:08:21americano, né, a não ter um tarifácio
00:08:24tão alto devido a não só o efeito de
00:08:27inflação que vai ocasionar, mas claro,
00:08:29os produtos vão ficar mais caros para o
00:08:31consumidor americano. O americano não
00:08:33quer pagar mais caro por produtos. E hoje,
00:08:36né, o Brasil por ser competitivo não só
00:08:39no etanol, mas também no açúcar, consegue
00:08:42colocar esse produto, né, com um custo
00:08:45bem atrativo e mesmo com esses 10%, se
00:08:49foi incluído somente isso, a gente
00:08:52entende que esse mercado ainda continua.
00:08:55Claro que vai depender das empresas, não
00:08:57depende do governo, depende das empresas
00:08:59para elas repassarem isso para os
00:09:01consumidores e se os consumidores
00:09:04entenderem que mesmo assim tem capacidade
00:09:06de pagar aquele preço, aí certamente esse
00:09:09mercado vai continuar e vai se desenvolver,
00:09:12Marcelo.
00:09:12Em relação à safra deste ano, é uma boa
00:09:14safra, ela está sendo bem produtiva, nós
00:09:17tivemos, claro, anos aí de onde não havia
00:09:21chuva suficiente, a produção caiu,
00:09:24tivemos queimados aqui em São Paulo,
00:09:25como é que está a safra deste ano?
00:09:29A safra de cana este ano, todo ano é uma
00:09:31surpresa para nós, né, nenhuma safra é
00:09:34igual a outra. Esse ano ela deve ser uma
00:09:37safra menor do que o ano passado, né, a
00:09:40gente teve aí uma safra do ano passado
00:09:42afetada já pela seca, pelos incêndios, né, e
00:09:47isso deve continuar agora para essa safra
00:09:51agora que se iniciou dia 1º de abril, a
00:09:54safra 2025-26. A cana ela responde muito
00:09:58pela chuva, né, e a gente percebe aí que o
00:10:02clima não tem ajudado, ou melhor, ele não
00:10:04tem seguido níveis de estabilidade, e aí
00:10:09com variações grandes, de geadas, de
00:10:13chuvas torrenciais, ou de secas grandes,
00:10:16então cada vez mais o produtor pensando
00:10:19no clima, buscando estratégias para isso,
00:10:22mas isso afetando aí a safra, com uma
00:10:25safra menor aí, podendo chegar até uma
00:10:28quebra de 10%, dependendo das chuvas aqui
00:10:31no centro-sul principalmente. Pra gente
00:10:33voltar a falar nesse comércio bilateral
00:10:36com os Estados Unidos, né, então já há
00:10:39uma regra fixa, vocês acreditam então que
00:10:42lá, a própria produção lá, o próprio país
00:10:45está imaginando que essa, e é o que todos
00:10:47os analistas colocam, né, quer dizer, essa
00:10:50movimentação vai gerar inflação justamente
00:10:52nos Estados Unidos. Então, esse argumento
00:10:55aí, você acredita que com o passar do
00:10:58tempo aí, isso vai ser analisado, vai ser
00:11:00medido, e pode ser que não haja então
00:11:03uma, um envio de produtos brasileiros,
00:11:07uma quebra tão grande assim?
00:11:10É, o que que acontece? O mercado americano,
00:11:13por ele ser muito grande, e ele ter uma
00:11:16compra, uma importação também muito
00:11:19pujante, se aumentarem os preços externos
00:11:23ou se forem taxados, certamente que isso
00:11:26vai chegar pro consumidor. Então, produtos
00:11:29mais caros ao consumidor vai gerar toda
00:11:33essa discussão interna que já está
00:11:37gerando. Tá havendo antecipações de
00:11:40importação dos Estados Unidos, aí eu não
00:11:42falo nem do nosso setor, a gente percebe
00:11:44com carros, com iPhone, com várias, várias
00:11:49frentes de produtos que isso vem
00:11:51acontecendo. Mas o comércio bilateral é
00:11:54assim, né? A gente precisa estar muito
00:11:57preocupado e amparado com as discussões
00:12:01que estão acontecendo com o México
00:12:05também, o México é um grande exportador
00:12:07de açúcar para os Estados Unidos, e se sim,
00:12:11isso afetar o comércio bilateral aí, ou
00:12:14mesmo do nafta ali de México, Canadá,
00:12:19dentro das relações dos Estados Unidos,
00:12:21pode ser também até uma oportunidade
00:12:23para o Brasil entrar com mais produtos.
00:12:26Mas isso vai depender aí do consumidor
00:12:28americano e de toda essa dinâmica de
00:12:30mercado, de como que ela vai se dar aí
00:12:32para os próximos meses.
00:12:34Exatamente, claro que nós vamos continuar
00:12:36acompanhando tudo, evidentemente, né?
00:12:38Com preocupação, que eu fico imaginando,
00:12:41como você disse, né? O clima já não está
00:12:44dentro da sua normalidade, os regimes
00:12:45cada vez mais diferentes, ano após ano, né?
00:12:50As queimadas que tivemos no ano passado.
00:12:52Então fica difícil. É aquela indústria
00:12:53a céu aberto, né? Que não é fácil, não,
00:12:56no dia a dia aí, embora haja toda a
00:12:59profissionalização do setor, mas é um
00:13:02período aí delicado para ser atravessado.
00:13:05Sem dúvida, a gente faz, inclusive, uma
00:13:09medição aqui dos níveis de risco do
00:13:12produtor rural de cana-de-açúcar aqui no
00:13:14Brasil, né? A gente tem hoje mais de 140
00:13:18itens de risco mapeados, né? Justamente
00:13:22por ser uma indústria a céu aberto,
00:13:24justamente por ter impactos de exportação,
00:13:28de dólar, preço de barril de petróleo.
00:13:30A gente percebe, né? Com toda essa
00:13:33movimentação do governo Trump, o
00:13:37barril do petróleo, ele saiu de 80
00:13:39dólares, ele chegou na casa aí dos 63
00:13:41dólares. Isso faz com que o combustível
00:13:45fóssil fique atrativo ao passo do
00:13:48combustível renovável, como o etanol, e
00:13:51aí tem mais problemas, porque aí os
00:13:53investimentos não ficam voltados para a
00:13:55indústria de etanol, eles ficam
00:13:57represados aí ainda na indústria fóssil.
00:14:02Então, tudo isso acaba impactando esse
00:14:06processo todo e, claro, o produtor aí
00:14:09tendo que monitorar, tendo que
00:14:12ajustar, tendo que trabalhar com essa
00:14:14centena de riscos aí para conseguir
00:14:17ter a sua rentabilidade e ter a sua
00:14:20lucratividade no seu negócio, Marcelo.
00:14:22Agradecemos, então, a participação do
00:14:24José Guilherme Nogueira, CEO da
00:14:26Organização de Associações de
00:14:28Produtores de Cana do Brasil, Orplana.
00:14:31Muito obrigado aqui pela sua
00:14:32participação na Jovem Pan. Até a
00:14:34próxima. Até a próxima, tchau, tchau.
00:14:37Grande abraço. Grande abraço.
00:14:40Muito bem, o tarifácio anunciado por
00:14:41Trump também vem impactando no preço
00:14:44das commodities no mercado
00:14:46internacional e, inclusive, o índice
00:14:49Commodity Research Bureau Index, que é o
00:14:52editor do desempenho em 19 matérias-primas
00:14:54no mercado global, recuou 8,43% na
00:14:59semana do anúncio das tarifas
00:15:01recíprocas. As cotações de diversas
00:15:04commodities registraram quedas
00:15:06significativas. O petróleo tipo Brent
00:15:09caiu 17,87%, o cobre 18,45%, o
00:15:16minério de ferro 12,5% e o café 12,22%.
00:15:22A soja e também o algodão também
00:15:25recuaram, mas de uma forma menos
00:15:28impactante justamente em relação aos
00:15:31demais produtos. Nós tivemos, então,
00:15:34o recuo do grão, que recuou 4,37%,
00:15:38enquanto a fibra vegetal 3,8%.
00:15:42E a escalada nas tensões comerciais
00:15:45continua a crescer justamente após o
00:15:48tarifaço realizado por Trump. E nós
00:15:50vamos dar sequência. Depois dos Estados
00:15:52Unidos também subirem as tarifas, a China,
00:15:55claro, recuou e agora fez, então, a sua,
00:15:58também, o seu movimento de 145% para
00:16:01cima. O governo de Xi Jinping anunciou
00:16:04nesta sexta-feira, então, que vai
00:16:05aumentar a taxação sobre produtos
00:16:07americanos para 125% a partir deste
00:16:12sábado. É uma guerra mesmo, aumenta
00:16:14dali, aumenta daqui. E o Ministério do
00:16:17Comércio Chinês também anunciou ter
00:16:19entrado com um processo contra os
00:16:21Estados Unidos, na Organização Mundial
00:16:23do Comércio Exterior, alegando
00:16:25práticas unilaterais de coerção,
00:16:28inclusive bullying também, alegando o
00:16:31governo chinês. E pra entender como se
00:16:33encontra, né, o atual cenário da guerra
00:16:35comercial entre ambos os países e
00:16:38também como as nações europeias estão
00:16:41respondendo ao tarifácio global. Nós
00:16:43recebemos agora o nosso correspondente
00:16:45da Europa, Luca Bassani, que vai trazer
00:16:48todos os detalhes aí, o correspondente
00:16:50da Jovem Pan. Luca, seja bem-vindo. De
00:16:52fato, semana após semana, nós estamos
00:16:55acompanhando o desenrolar dessa guerra e
00:16:57fica assim, 100 pra cá, 145 pra lá, a
00:17:01situação não tem parada, Luca. Seja
00:17:03bem-vindo. Muito obrigado, Marcelo.
00:17:06Olá a você, a todos que acompanham o
00:17:08Oragado Agro. Realmente, essa situação
00:17:10tarifária tem preocupado os diversos
00:17:13cantos do mundo, mas parece que esses
00:17:15dois titãs, né, os Estados Unidos e a
00:17:17China, não irão recuar, pelo menos é o
00:17:20que mostrou as últimas semanas de
00:17:22aumentos consideráveis. Desde que Donald
00:17:24Trump assumiu a presidência em 20 de
00:17:26janeiro, já tarifas foram anunciadas
00:17:29sobre os produtos chineses, inicialmente
00:17:30de 10 por cento, que depois viraram 20, até
00:17:34o tarifácio aumentar consideravelmente
00:17:36este patamar, aí subindo para 34, depois
00:17:41para mais de 5 por cento e estacionando
00:17:43na faixa dos 145 por cento. Os chineses
00:17:46que disseram não querer participar de
00:17:49uma guerra comercial, também deixaram
00:17:51claro que não podem ficar sem responder
00:17:53e, portanto, a resposta chinesa de
00:17:55125 por cento acabou abalando os
00:17:58mercados asiáticos e europeus e também
00:18:00nos Estados Unidos, considerando essas
00:18:02duas grandes economias. Se juntarmos os
00:18:04Estados Unidos com a China, dá quase 40 por cento
00:18:07do PIB mundial, então essa relação
00:18:09econômica saudável entre os dois é
00:18:12muito importante, é fundamental para
00:18:15todos os demais países do mundo,
00:18:16considerando também os mercados
00:18:18consumidores de ambos, né, estamos
00:18:19falando dos Estados Unidos, um país muito
00:18:21rico, com mais de 300 milhões de
00:18:23pessoas e a China, um país que vem
00:18:24enriquecendo com mais de um bilhão e
00:18:27quatrocentas milhões de pessoas. Por isso
00:18:29mesmo que a gente vê que agora a
00:18:32questão é mais geopolítica do que
00:18:34econômica, porque ambos sabem que
00:18:36precisam fazer uma negociação, ambos
00:18:38sabem que aumentar 20 por cento, 30 por
00:18:41cento a cada dia, a cada semana é
00:18:42insustentável para o comércio global e
00:18:45para suas próprias economias ao longo
00:18:47prazo. O único problema é que Donald
00:18:49Trump quer que os chineses façam o
00:18:51primeiro passo, né, deem o primeiro
00:18:52passo, enquanto que a China diz que não
00:18:54vai recuar, que tem essa robustez
00:18:57econômica para poder responder à
00:18:59altura dos Estados Unidos. A gente vai
00:19:00ficar, obviamente, acompanhando, é de
00:19:03interesse do Brasil, do agro-brasileiro
00:19:05e também dos diversos países
00:19:07periféricos aos Estados Unidos e à
00:19:09China, que isso aconteça o mais rápido
00:19:10possível, porque é uma sangria econômica
00:19:13que deixa projeções preocupantes para o
00:19:16ano de 2025.
00:19:18Exatamente, né, Luca, mexe no mercado
00:19:21financeiro, mercado de ações, dólar
00:19:23sobe, desce, de acordo com a notícia do
00:19:26dia. Agora, Luca, também tem um outro
00:19:28lado, né, falando um pouco do Brasil, a
00:19:31gente sabe que o acordo Mercosul e União
00:19:34Europeia, a França era um grande
00:19:36entrave. Com toda essa disputa, essa
00:19:39briga, é claro que a Europa também
00:19:41começa a se reposicionar e imaginar
00:19:45também que a América Latina, principalmente
00:19:47para o Brasil aqui, pode ser uma
00:19:49alternativa, né, o continente e o próprio
00:19:52Brasil, em relação aí a outros
00:19:55mercados que poderão abastecer justamente
00:19:57a Europa e a França começa a recuar,
00:20:00então, no seu protecionismo e esse acordo
00:20:02pode sair agora?
00:20:04A gente vê uma movimentação
00:20:06diferente, de fato, Marcelo, a guerra
00:20:08comercial, ela tem feito que os países
00:20:10mais afetados procurem alternativas para
00:20:13que possam vender os seus produtos da
00:20:15mesma forma ou de forma parecida como
00:20:17faziam para os Estados Unidos antes
00:20:19das tarifas. É bom dizer que naquele
00:20:21tarifaço apresentado por Donald Trump
00:20:23antes do seu recuo, a União Europeia
00:20:26foi taxada em 20%, depois teve a queda
00:20:29para 10%, o que fez com que o bloco, que
00:20:32também havia sancionado os Estados Unidos
00:20:34com 25%, voltasse também atrás, então
00:20:37agora as relações foram normalizadas. De
00:20:40qualquer maneira, o que este cenário
00:20:44bastante imprevisível ele mostra? Ele mostra
00:20:46aos europeus que eles precisam encontrar
00:20:50alternativas para vender os seus
00:20:52produtos e, neste momento, o mercado
00:20:54latino-americano, os países do Mercosul,
00:20:56Argentina, Uruguai, Brasil, se mostram
00:20:58como pessoas que têm um capital muito
00:21:02importante em suas mãos e têm interesse
00:21:06nos produtos europeus e vice-versa.
00:21:08Como nós sabemos, a França, que é o maior
00:21:10produtor agrícola da União Europeia,
00:21:12tem representado entraves para a assinatura
00:21:14deste acordo, mas agora, como os seus
00:21:17vinhos, os seus queijos, a produção dos
00:21:20seus azeites e de vários outros gêneros
00:21:22agrícolas estão sendo afetados para um
00:21:25dos maiores mercados consumidores dos seus
00:21:27produtos, que é os Estados Unidos, olhar
00:21:29para a América do Sul parece agora ser
00:21:31algo que faz sentido e pode fazer essas
00:21:34conversas serem retomadas em outro
00:21:36ritmo. Nós esperamos que isso seja
00:21:39assinado, afinal, seria um ganho econômico
00:21:41imenso para o Brasil e também um dos
00:21:43maiores mercados comuns do mundo, em cerca
00:21:45de 700 milhões de pessoas na Europa e na
00:21:47América Latina, podendo consumir bens
00:21:49industrializados e agrícolas de forma
00:21:51mais barata. Isso que seria muito positivo
00:21:54para os brasileiros, de maneira geral, a
00:21:56gente consegue enxergar nessa situação.
00:21:59Luca, claro que além da guerra fiscal que
00:22:01preocupa a todos, evidentemente, porque
00:22:03mexe, como você disse, as principais potências
00:22:05e blocos mundiais, também tem esse
00:22:08crescente interesse por compra de
00:22:11armamentos, também o arsenal agora
00:22:15militar, nós temos guerras em andamento,
00:22:17temos situações delicadas e muitos
00:22:19também analistas temem que toda essa
00:22:23guerra fiscal que está acontecendo do
00:22:25ponto de vista comercial possa também
00:22:27haver uma escalada, um fio desencapado
00:22:30ali, a gente sabe que o mundo não vive
00:22:31de monotonia nesse momento, para também
00:22:34uma questão militar. O que a Europa, eu
00:22:36imagino, tem uma grande preocupação
00:22:37hoje em dia?
00:22:39Tem uma grande preocupação e essa
00:22:41questão da segurança nacional foi
00:22:43inclusive mencionada por Donald Trump
00:22:45para justificar as tarifas. Ele disse
00:22:47que o superávit que a China estava
00:22:49fazendo com a relação econômica com os
00:22:52Estados Unidos estava sendo utilizado
00:22:54para implementar a sua indústria
00:22:56armamentista, a sua indústria bélica.
00:22:59Algo que não foi provado, mas pode ser
00:23:02verdade, já que a gente vê a China
00:23:03ampliando inclusive o seu arsenal
00:23:05nuclear. No caso europeu, sair desta
00:23:07crise promovida pelo tarifácio o mais
00:23:10rápido possível é algo extremamente
00:23:12importante, porque o grupo se comprometeu
00:23:15há cerca de um mês em gastar ainda
00:23:18mais com os gastos militares. Eles
00:23:21falaram em uma cifra de aproximadamente
00:23:23800 bilhões de euros. Estamos falando aí
00:23:26de trilhões de reais que seriam investidos
00:23:28nos próximos dez anos no setor armamentista
00:23:31e também nas forças armadas de cada um
00:23:33desses países. Para isso eles precisam
00:23:36continuar comercializando com todo o
00:23:38mundo e não ter muitas tarifas, muitos
00:23:40entraves econômicos, protecionistas
00:23:42pelos seus próprios aliados, como é o
00:23:45caso dos Estados Unidos. Então as
00:23:48alternativas estão sendo procuradas,
00:23:50vender os produtos europeus na América
00:23:51Latina, como acabamos de falar, também
00:23:53ampliar suas próprias relações com a
00:23:55Ásia, o Oriente Médio, os países do
00:23:58Extremo Oriente, China, Japão, Coreia do
00:24:00Sul, é algo que a União Europeia tem
00:24:02buscado de maneira conjunta para ter
00:24:04dinheiro em caixa que financiaria este
00:24:07movimento de rearmamento do continente
00:24:10que é visto como fundamental para a
00:24:12estabilidade e a segurança geopolítica
00:24:14da Europa que se sente ainda ameaçada
00:24:16com a Rússia que invadiu a Ucrânia e
00:24:18provavelmente sairá vitoriosa dessa guerra,
00:24:20pelo menos do aspecto territorial.
00:24:22E Luca, você que fala justamente da
00:24:24Alemanha, né? A gente sabe também que a
00:24:27Europa vive uma pré-recessão, se não
00:24:29recessão, os países crescendo muito
00:24:30pouco, nem crescendo. Então é um
00:24:33momento extremamente delicado financeiro
00:24:35também dos países, né?
00:24:37É extremamente delicado e você toca num
00:24:39ponto que é importante. Aqui na Alemanha
00:24:41tivemos eleições no mês de fevereiro e
00:24:43no final do mês de abril o novo
00:24:45chanceler Friedrich Merz tomará posse
00:24:47prometendo uma mudança nas questões
00:24:50econômicas do país para recuperar este
00:24:53vigor econômico que a Alemanha deixou de
00:24:55ter durante os últimos três anos. Tudo
00:24:57bem que tivemos a pandemia, a guerra na
00:24:59Ucrânia, a guerra no Oriente Médio, tudo
00:25:00isso desestabiliza o mercado, mas o novo
00:25:03chanceler conservador que também trabalhou
00:25:05no mercado financeiro, tem uma visão
00:25:07bastante liberal na economia, acredita que
00:25:10mudanças precisam ser feitas para tirar
00:25:12a Alemanha dessa recessão técnica. Você
00:25:14mencionou muito bem, Marcelo, a Alemanha
00:25:16tem a previsão de crescimento apenas entre
00:25:190,1 e 0,3% neste ano de 2025, ou seja, se
00:25:24nós considerarmos o tamanho da economia
00:25:26alemã, tudo aquela, a potencialidade que
00:25:28ela tem para poder crescer é um número
00:25:30muito baixo e que desanima tanto os
00:25:32alemães quanto os investidores, por isso
00:25:34essa mudança política e econômica é
00:25:36fundamental para fazer com que a força
00:25:39motriz da Europa, que sempre foi a Alemanha,
00:25:41volte a respirar e isso também incentive o
00:25:43bloco como um todo a buscar alternativas
00:25:45econômicas e voltar a crescer também.
00:25:48Agradecemos a participação do Luca
00:25:50Bassani, correspondente internacional da
00:25:53Jovem Pan, falando diretamente da Alemanha,
00:25:55trazendo essa visão, portanto, do continente
00:25:57europeu com todos os desobramentos aí em
00:26:01relação a esse tarifasto de Donald Trump,
00:26:03que, claro, semana após semana vamos
00:26:05continuar acompanhando aqui na hora H do
00:26:08agro e você retorna conosco. Luca, até
00:26:10a próxima. Muito obrigado.
00:26:13Muito obrigado, até a próxima.
00:26:15Muito bem, mas vamos dar sequência aqui a
00:26:17hora H do agro na Jovem Pan, porque a
00:26:19Associação Brasileira da Indústria do
00:26:22Arroz manifestou apoio à antecipação dos
00:26:25efeitos da reforma tributária do governo
00:26:27federal, que visa reduzir os impostos sobre
00:26:30produtos da cesta básica. De acordo com a
00:26:34entidade, a equalização tributária do
00:26:36produto será fundamental para tornar o
00:26:39arroz mais acessível à população
00:26:42brasileira. E sobre esse tema, vamos
00:26:44conversar com Andressa Silva, diretora
00:26:46executiva da Associação Brasileira da
00:26:49Indústria do Arroz, a Bia Arroz. Seja bem-vinda, Andressa.
00:26:54Muito obrigada, Marcelo, obrigada pelo espaço e pela
00:26:57oportunidade de trazer a perspectiva da
00:26:59indústria do arroz, esse alimento tão
00:27:02essencial para a segurança alimentar da
00:27:04população brasileira, nesse contexto de
00:27:06contenção da inflação e das medidas que foram
00:27:10propostas pelo governo e também por outras
00:27:12entidades setoriais. Tá no dia a dia do
00:27:14brasileiro, né Andressa? O arroz com feijão
00:27:17tradicional, né? Exato, isso. Agora, Andressa, me
00:27:22diga uma coisa, o ano passado tivemos aquela
00:27:24enchente, aquela terrível, infelizmente, lá no
00:27:27Rio Grande do Sul, né? Depois, agora, nós
00:27:30temos um excesso de produção, quer dizer,
00:27:32naquele momento se imaginava até que poderia
00:27:34faltar arroz e agora nós temos no mercado um
00:27:37excesso? Bom, no ano de 2024, as enchentes
00:27:43se abatendo sobre o estado do Rio Grande do
00:27:45Sul comprometeu temporariamente o
00:27:47abastecimento das regiões consumidoras em
00:27:50função de problemas logísticos. Então, havia
00:27:53arroz suficiente para o abastecimento da
00:27:55população ao longo do ano, mas por questões
00:27:58de comprometimento de muitas rodovias, esse
00:28:02arroz, houve dificuldade de levar esse arroz da
00:28:05região produtora, que é a região sul do país,
00:28:07às regiões consumidoras. E isso acabou
00:28:11levando uma alta de preço, combinado
00:28:13também com o cenário internacional, na
00:28:15Índia, que restringiu as exportações de
00:28:18arroz e isso impactou os preços
00:28:20internacionalmente, não só no Brasil. Então,
00:28:23essa alta de preços no ano de 2024 acabou
00:28:26atraindo os produtores, fazendo com que
00:28:29eles aumentassem a área de plantio e esse
00:28:33aumento da área de plantio foi da ordem de
00:28:3515% em relação a 7%, perdão, em relação ao ano
00:28:40passado e uma produção 15% maior do que a do ano
00:28:44passado. Então, o Brasil já é alto o suficiente
00:28:47na produção de arroz, mas esse ano nós temos
00:28:49uma produção um pouco maior em relação a dos
00:28:52anos anteriores. Isso acaba levando a uma
00:28:56redução do preço.
00:28:57Exatamente. Então, a ideia de vocês é o
00:28:59seguinte, contaria com o apoio do governo,
00:29:02então seria uma antecipação da reforma
00:29:04tributária, a gente sabe que ela ainda está em
00:29:06discussão lá no Congresso, mas de qualquer
00:29:08forma, então, como o arroz faz parte da
00:29:10cesta básica, poderia já haver esse desconto
00:29:13agora, a questão de tributo, seria isso?
00:29:15Exatamente, Marcelo. A ideia é que a
00:29:20implementação da reforma tributária ocorre em
00:29:222033, mas dentre as propostas que foram
00:29:26anunciadas pelo governo e também por algumas
00:29:29entidades privadas, a Biarros entende que a
00:29:32antecipação dos efeitos da reforma tributária
00:29:34é a medida que seria mais eficaz nesse contexto de
00:29:38redução da inflação. Então, falou-se na redução de
00:29:42imposto de importação para a entrada de produtos, no
00:29:45caso do arroz, que já tem uma safra significativa,
00:29:48não existe falta de oferta que justifique essa
00:29:51medida, falou-se também em aplicar o imposto
00:29:54de exportação aos produtos da cesta básica, aos
00:29:58alimentos, e também no caso do arroz seria muito
00:30:01deletério, uma vez que isso desestimula o produtor
00:30:04a se manter na atividade, porque você retira a
00:30:07demanda. A questão da formação de estoques públicos,
00:30:11que o governo também tem trabalhado, historicamente
00:30:14a formação de estoques, ela reflete um custo fiscal
00:30:17muito elevado para transporte, aquisição do produto,
00:30:21armazenagem, e isso desvia recursos de outras áreas
00:30:25essenciais, como saúde, educação, para manter esses
00:30:28estoques. Fora que se houver uma liberação desses
00:30:31estoques em um momento inadequado, isso acaba não
00:30:34refletindo na estabilização de preços pretendido
00:30:37pelo governo. Então, não é uma medida tão eficiente a
00:30:40formação de estoques. Então, dentro dessas medidas
00:30:43todas, a antecipação dos efeitos da reforma
00:30:45tributária, ela traz efeitos imediatos no sentido da
00:30:49redução do custo de produção do arroz e de outros
00:30:52produtos da cesta básica, na eficiência tributária, uma
00:30:55vez que hoje o que a gente vê é uma complexidade
00:30:59tributária muito grande, que traz custos para a indústria,
00:31:03o setor produtivo, o aumento da competitividade das indústrias
00:31:07brasileiras. Hoje, por exemplo, o arroz que vem do Mercosul
00:31:12muitas vezes chega mais barato em alguns estados do Sudeste
00:31:16e do Nordeste do que o arroz do Rio Grande do Sul, em função
00:31:19de distorções tributárias. Então, além disso, possibilitaria
00:31:25também o maior acesso aos alimentos essenciais. É uma medida
00:31:29que demandaria também todo um ajuste para amortecer essa
00:31:33transição, mas que poderia já ser iniciada nesse ano de
00:31:372025, para que a gente tivesse um efeito mais favorável na
00:31:41contenção da inflação. E em que pé está então essa medida?
00:31:45Ela está no Congresso? Ela está justamente no Executivo,
00:31:47com a Presidência? Quem poderia aí, de fato, iniciar esse
00:31:52processo e já valer agora?
00:31:54Então, a reforma tributária foi aprovada no ano passado e ela
00:31:59está em fase de regulamentação. Então, cabe aos parlamentares
00:32:03propor as medidas de regulamentação para a reforma tributária para
00:32:07que ela passe a entrar em vigor. E aí, nesse sentido, nessas medidas
00:32:11de regulamentação, é que a ideia é que sejam antecipados os efeitos
00:32:16da reforma tributária para os produtos da cesta básica. Então, existe
00:32:20uma previsão de isenção dos produtos da cesta básica e também de redução
00:32:24dos impostos incidentes sobre os insumos que são utilizados pelas
00:32:28cadeias produtivas. Então, isso já refletiria positivamente no bolso
00:32:32do consumidor.
00:32:33É, sem dúvida. Então, quer dizer, já houve aprovação, como você disse,
00:32:37mas dependeria, então, ainda agora, aí seria mais o Executivo
00:32:41colocá-lo em prática? Seria isso? Não apenas o arroz, né?
00:32:44Isso que você está dizendo. Todos os itens da cesta básica.
00:32:47Isso. Na verdade, o Legislativo promoveu a regulamentação para que o Executivo
00:32:52possa praticar a antecipação da reforma tributária.
00:32:57A gente sabe que a bancada do Agro é muito importante e representativa,
00:33:02justamente em Brasília. Vocês em contato lá com os deputados, isso é viável?
00:33:06Isso está possível? Está na pauta de discussão do governo, do próprio Congresso?
00:33:11Isso foi colocado por algumas entidades setoriais, não foi uma medida proposta
00:33:17pelo governo. Isso requer uma previsão orçamentária e uma discussão ampla
00:33:22no Congresso, mas não é inviável. Tendo em vista o benefício que essa proposta
00:33:27propõe, traz para a população, e dentre das alternativas que nós temos
00:33:34de medidas propostas para conter a inflação, nós entendemos que essa é a medida
00:33:39mais viável e que deveria ser priorizada pelo Legislativo brasileiro.
00:33:43Inclusive, a Associação Brasileira dos Supermercados também endossa
00:33:46essa tese dessa antecipação. Nós também já falamos com o setor.
00:33:51Agora, para a gente fechar, normalmente isso acontece.
00:33:54Como nós tivemos o período do ano passado com a quebra, um pouco,
00:33:58a data safra, o produtor produz mais e agora há um risco, de fato,
00:34:03de não se pagar os custos?
00:34:07Então, a redução de custo de produção é muito importante para que a cadeia
00:34:12consiga ter uma remuneração adequada sem pesar o bolso do consumidor.
00:34:17Então, em períodos em que o preço do arroz é praticado muito abaixo
00:34:21do custo de produção, o que ocorre é que o produtor se vê desestimulado,
00:34:25acaba reduzindo a área plantada e, no ano seguinte, a oferta de arroz
00:34:29ou de produto é menor. Com a oferta menor, os preços tendem a subir.
00:34:34Então, é importante que hajam políticas públicas de sustentação do preço
00:34:38ao produtor e à indústria, preços justos ao consumidor e isso passa
00:34:44inevitavelmente pela redução do custo de produção.
00:34:47Lembrando também, Marcelo, que um ponto relevante da antecipação
00:34:53dos efeitos da reforma tributária é a garantia de segurança alimentar,
00:34:56nada mais é do que o acesso aos produtos básicos, é permitir que a população
00:35:02tenha acesso a esses produtos a preços favoráveis e isso está dentro das medidas
00:35:11do governo relacionadas a acordos com a FAO, acordo dentro do G20 que ocorreu
00:35:18no ano passado, por exemplo, uma aliança global para redução da fome e da pobreza.
00:35:22Então, está dentro dos princípios do governo brasileiro e poderia ser alcançado
00:35:27com medidas como a redução do custo de produção através da antecipação
00:35:31dos efeitos da reforma tributária.
00:35:33E é claro que nós vamos continuar acompanhando.
00:35:36Nós agradecemos a Andressa Silva, que é diretora executiva da Associação Brasileira
00:35:40da Indústria do Arroz, ABI Arroz, colocando todo o panorama do setor
00:35:44e essa expectativa que pode, de fato, segundo a Andressa,
00:35:48beneficiar o dia a dia dos brasileiros em relação à mesa, os produtos da cesta básica
00:35:54com a inclusão, evidentemente, do arroz.
00:35:56Muito obrigado pela sua participação conosco.
00:35:58Até a próxima.
00:36:01Muito obrigada, Marcelo.
00:36:02Até a próxima.
00:36:03Muito bem, uma rápida pausa.
00:36:05E depois do intervalo, você vai ver aqui conosco a exportação brasileira de ovos
00:36:09cresceu 340% em março deste ano, em comparação ao mesmo mês de 2024.
00:36:16E também a alta do preço do cacau e o impacto na Páscoa deste ano,
00:36:22menos ovos, menos chocolate e, é claro, o preço muito maior.
00:36:26É um rápido intervalo.
00:36:27Daqui a pouco a gente volta.
00:36:29Eu espero você aqui conosco no RH do Agro da Jovem Pan.
00:36:32Hora H do Agro
00:36:45Gigante, hein?
00:36:48Tá gostando?
00:36:49Muito.
00:36:49Mas, rapaz, tem um negócio engraçado acontecendo toda vez que eu dirijo?
00:36:53O quê?
00:36:53Sobe aí.
00:36:54Olha isso.
00:36:55Volkswagen Meteor.
00:37:16Pense gigante.
00:37:17Vender, negociar é um problema pra você?
00:37:20Acredita que é um bom?
00:37:21Ou que tem que enganar pessoas?
00:37:23Nada disso.
00:37:25Vem comigo que eu vou revelar o segredo dos maiores negociadores.
00:37:34Com o meu curso Engenharia da Persuasão, você vai se tornar um grande vendedor.
00:37:39Vai aprender a conduzir as negociações passo a passo, evitar possíveis manipulações mentirosas
00:37:45e, o que é melhor, finalizar as vendas com total segurança.
00:37:49E, é claro, você vai aumentar a sua lucratividade através de técnicas imbatíveis da persuasão.
00:37:56Esse curso vai fazer você vender qualquer coisa para qualquer um.
00:38:02Talvez você esteja se perguntando qual o valor do curso.
00:38:05E eu garanto pra você, é menor do que o valor da última venda que você perdeu pro seu concorrente.
00:38:11Acesse newcursos.com.br e garanta sua vaga.
00:38:17No campo, os sonhos crescem junto com o trabalho.
00:38:21E com o Consórcio Nacional Valtra, você investe nesse sonho com parcelas que cabem no seu bolso e sem sair de casa.
00:38:29Afinal, são quase 20 anos colocando máquinas pelo campus de todo o Brasil.
00:38:34O Consórcio Nacional Valtra, investe no seu futuro com o que entende do campo.
00:38:42Acesse consórciovalta.com.br e simule sua máquina.
00:38:58Hora H do Agro
00:38:59Muito bem, estamos de volta agora aqui com a Hora H do Agro aqui na Jovem Pão.
00:39:07Muito obrigado pela sua companhia e sintonia.
00:39:10E a exportação brasileira de ovos disparou em março deste ano, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal.
00:39:17O crescimento foi de mais de 340% em relação ao mesmo mês do ano passado.
00:39:23Quem traz mais detalhes agora é a repórter Valéria Luizete.
00:39:27Foram embarcadas 3.770 toneladas de ovos in natura e processados no mês de março, contra 853 toneladas no mesmo período de 2024.
00:39:40O crescimento foi de 342%.
00:39:43Já a receita das exportações saltou 383%, passando de 1.790.000 dólares para mais de 8.600.000.
00:39:55No acumulado do ano, o desempenho também foi positivo.
00:39:59De janeiro a março, as exportações brasileiras somaram 8.654 toneladas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
00:40:09O crescimento foi de 116%, com faturamento de 17.700.000 dólares.
00:40:16Os Estados Unidos foram o país que mais comprou ovos do Brasil no primeiro trimestre de 2025.
00:40:23Foram mais de 2.700 toneladas exportadas para o país, um aumento de mais de 340%.
00:40:30Segundo a Associação, essa alta está ligada à recente abertura do mercado norte-americano para o produto brasileiro, destinado ao termoprocessamento.
00:40:40A explosão nas compras norte-americanas tem um motivo.
00:40:43Surtos de gripe aviária afetaram a produção local e provocaram escassez de ovos nos Estados Unidos.
00:40:49Com dificuldades no abastecimento, o país viu os preços dispararem e precisou recorrer a novos fornecedores, como o Brasil.
00:40:58O impacto também foi sentido no mercado interno.
00:41:01A alta demanda internacional, somada ao aumento nos custos de produção, levou à elevação dos preços dos ovos em algumas regiões brasileiras.
00:41:10Em certos supermercados, a dúzia chegou a ficar até 15% mais cara nos últimos meses.
00:41:17De acordo com o presidente da BPA, Ricardo Santin, a expansão é uma conquista importante para o setor.
00:41:23Ele destaca que o avanço não compromete o abastecimento interno e contribui para a valorização do segmento no mercado internacional.
00:41:32Com um bom momento nas exportações, o Brasil consolida sua posição como fornecedor global, também no mercado de ovos.
00:41:40Um setor que, até pouco tempo, tinha presença tímida no comércio exterior.
00:41:44E não apenas a proteína animal também teve alta em relação aos ovos, porque agora nós estamos chegando à Páscoa.
00:41:52E também, presentear amigos e familiares com ovos de chocolate na Páscoa será uma tarefa mais difícil este ano.
00:42:00A alta do preço do cacau, que em 2024 atingiu 180%, impactará, evidentemente, no custo dos produtos, além também de reduzir a produção.
00:42:10De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados,
00:42:17cerca de 45 milhões de unidades serão produzidas este ano.
00:42:22Cerca de 22% a menos na comparação com o mesmo período de 2024.
00:42:29Vamos permanecer nesse tema porque a Vanusa Barroso está conosco,
00:42:33presidente da Associação Nacional de Produtores de Cacau, a NPC.
00:42:37Vanusa, eu me lembro que o Brasil era o maior produtor mundial de cacau.
00:42:43Depois, infelizmente, nossa produção foi afetada, tivemos um problema justamente no campo.
00:42:49E agora dependemos, infelizmente, da África, que passou a ser o maior produtor.
00:42:55Eu queria que você explicasse, então, todo esse sobressalto de preços em relação ao cacau.
00:43:00Seja muito bem-vinda.
00:43:01Muito obrigada por essa oportunidade, viu?
00:43:06E é um prazer estar aqui com vocês.
00:43:09Bom, como você disse muito bem, já fomos exportadores e hoje somos importadores.
00:43:17No passado, nós fomos surpreendidos pela vassoura de bruxa
00:43:21e isso dizimou as lavouras cacaueiras, principalmente no sul da Bahia.
00:43:27Bom, hoje nós somos importadores de cacau lá de Costa do Marfim.
00:43:31E é justamente por conta desses países africanos, Costa do Marfim é apenas um deles, né?
00:43:37Lá existem muitas doenças que não estão presentes aqui no nosso país,
00:43:43mas estão presentes nesses países exportadores.
00:43:46E com isso, o déficit mundial tem se aumentado muito devido a todas essas doenças.
00:43:55Lá nós temos uma doença que está dizimando a produção de cacau de nome broto-inchado,
00:44:01fitoptero-omegacária, dentre outras doenças.
00:44:05E com isso, nós estamos trazendo esse cacau, inclusive, de Costa do Marfim,
00:44:11através de normativas inseguras, aproveitando a oportunidade desta entrevista.
00:44:18Estamos aqui denunciando a importação de cacau de Costa do Marfim,
00:44:23que está entrando no nosso país sem nenhum controle fitossanitário.
00:44:29E veja, está aí a sua fala.
00:44:31Você foi muito objetivo de dizer que existe uma alta, né?
00:44:35Quando o produto está escasso, o preço se eleva.
00:44:39E foi isso que ocorreu desde o ano passado aqui para o nosso país.
00:44:44Isso tudo em virtude dessas doenças.
00:44:47Agora, você imagina a irresponsabilidade do Ministério da Agricultura
00:44:51trazendo esse cacau de lá para cá,
00:44:54que pode, com certeza, através dessas importações,
00:44:57trazer essas doenças aqui para o nosso país.
00:45:00Já tivemos doenças demais aqui no nosso país, né?
00:45:03Como você disse bem sobre a vassoura de bruxa.
00:45:06E agora nós estamos lutando contra uma importação
00:45:09que está sem controle fitossanitário.
00:45:12Veja o absurdo.
00:45:13Mas como assim, né, Vanusa?
00:45:15Então, o Ministério autorizou sem fazer essa análise
00:45:18ou é algo, de fato, totalmente ilegal?
00:45:24Está totalmente ilegal.
00:45:25Você disse muito bem.
00:45:27Para se fazer uma alteração da norma,
00:45:29era necessário fazer uma análise de risco de pragas.
00:45:33E o Ministério da Agricultura não fez.
00:45:36Nós estamos falando isso porque nós buscamos documentos
00:45:39junto à Lei de Acesso à Informação
00:45:41e nós temos provas do que nós estamos falando.
00:45:44Só para você ter uma ideia, o Ministério da Agricultura
00:45:47mandou somente uma única pessoa fiscalizar este país importador
00:45:52e esta única pessoa visitou apenas um produtor de cacau,
00:45:57apenas uma cooperativa, num universo de 800 mil produtores.
00:46:02E fora que ela esteve fora da área do núcleo de produção.
00:46:07Ela esteve em áreas periféricas.
00:46:09Então, por si só, já existe uma irregularidade.
00:46:13Porque a ARP, como você falou bem,
00:46:16é a única ferramenta reconhecida a nível mundial
00:46:19de controle fitossanitário, de proteção agrícola.
00:46:23Então, veja bem a irresponsabilidade do Ministério da Agricultura.
00:46:26Exatamente.
00:46:28Então, o Ministério autorizou essa importação.
00:46:32Não houve o cuidado, como você está colocando,
00:46:34de fazer uma análise.
00:46:35Nós temos, então, lá uma doença.
00:46:37Então, trazendo para cá,
00:46:38isso pode até prejudicar ainda mais a nossa situação aqui no país?
00:46:44Sim, porque, veja bem,
00:46:46do ano passado,
00:46:47a questão das doenças africanas é histórica.
00:46:51Nós buscamos esse processo junto ao Ministério da Agricultura.
00:46:56E desde 1998,
00:46:58quando começaram as importações aqui para o nosso país,
00:47:01já existiam os registros dessas doenças.
00:47:04Todas as normativas, até então,
00:47:06foram feitas com controle fitossanitário adequado.
00:47:10As únicas que não foram feitas foi em 2012,
00:47:14que, inclusive, os Ministérios Públicos Estadual e Federal
00:47:17teve que intervir,
00:47:18porque chegaram insetos vivos
00:47:20e até um cadáver humano chegaram sobre as sacarias.
00:47:24E agora, novamente, em 2021,
00:47:26a ministra Tereza Cristina,
00:47:28gestão passada,
00:47:29liberou a importação de cacau.
00:47:31Da mesma forma que a IN-47 da época,
00:47:35lá atrás, em 2012, como citei,
00:47:38chegaram insetos vivos,
00:47:39eles tiraram a única substância que matam essas doenças.
00:47:42E, novamente, agora, em 2021,
00:47:45a história se repetiu com a IN-125.
00:47:47Ou seja, existe um déficit mundial gritante
00:47:51por conta de doenças africanas,
00:47:53está explícito,
00:47:55e isso ocasionou os preços elevados
00:47:58do nosso produto interno,
00:48:01e, mesmo assim,
00:48:02o Ministério da Agricultura
00:48:03faz uma normativa
00:48:06com riscos graves fitossanitários,
00:48:09que é a IN-125.
00:48:10E a ideia, imagina,
00:48:12é evitar que suba ainda mais o preço.
00:48:14Seria isso?
00:48:14A ideia seria essa?
00:48:15Vamos importar sem ter cuidado
00:48:18para, pelo menos, não subir demais,
00:48:19ainda mais os ovos.
00:48:20Seria isso, na sua visão?
00:48:24Não, eu acho que é irresponsabilidade mesmo,
00:48:26porque, veja bem,
00:48:29nós aqui já temos uma monelíase
00:48:31que está no estado do Pará,
00:48:33que essa monelíase é uma doença terrível,
00:48:35que ela pode dizimar a produção
00:48:37dos estados produtores,
00:48:40se chegar.
00:48:40Por enquanto, está em regiões
00:48:42que são extrativistas,
00:48:44que é Amazonas e Norte.
00:48:46Aí, veja bem,
00:48:47o Ministério da Agricultura
00:48:48está achando que a cultura do cacau
00:48:51está abandonada, né?
00:48:53Ninguém cuida de nada,
00:48:55o produtor não existe.
00:48:57Então, é o momento
00:48:59de a gente expor
00:49:00a nossa indignação,
00:49:02o nosso repúdio
00:49:03ao tratamento
00:49:04que o Ministério da Agricultura
00:49:05vem dando ao produtor de cacau.
00:49:08Eu acho, viu,
00:49:09respondendo a sua pergunta,
00:49:10que eles não estão avaliando isso.
00:49:13Eu estou achando
00:49:14que existe uma irresponsabilidade,
00:49:16um descaso total
00:49:18do Ministério da Agricultura
00:49:19para com os produtores de cacau.
00:49:21Van Luz, agora,
00:49:22imaginando até hoje
00:49:24essa questão mundial
00:49:26que envolve o cacau
00:49:27e é claro que a gente sabe
00:49:28que é um mercado,
00:49:29virou uma commodity,
00:49:30é uma commodity, evidentemente.
00:49:32E eu queria que você falasse
00:49:33justamente das iniciativas
00:49:34aqui no Brasil
00:49:35para ampliar a nossa produção.
00:49:37Isso está acontecendo,
00:49:38há pessoas interessadas.
00:49:39A gente sabe que a cadeia
00:49:40aí de vocês,
00:49:41desde o produtor
00:49:42até a indústria,
00:49:43é muito completa
00:49:44aqui no Brasil, né?
00:49:47Sim.
00:49:47Já tem aí um projeto
00:49:50em Nova Cacau 2030,
00:49:52que foi feito
00:49:53sem a participação
00:49:54também dos produtores de cacau.
00:49:56É um projeto
00:49:57do Ministério da Agricultura
00:49:58e da indústria.
00:49:59Só para você ter uma ideia,
00:50:00o órgão técnico
00:50:02do cacau,
00:50:03que é a CEPLAC,
00:50:04este órgão
00:50:06não foi convidado
00:50:07sequer a participar.
00:50:08Então,
00:50:09o produtor de cacau
00:50:09está de fora,
00:50:10CEPLAC está de fora.
00:50:12Agora,
00:50:12a indústria
00:50:13e o Ministério da Agricultura
00:50:14estão juntos,
00:50:15sempre juntos, né?
00:50:16Eles estão juntos
00:50:17com a importação de cacau
00:50:18quando retiram
00:50:20os critérios fitossanitários,
00:50:21porque vai atender
00:50:22a Barrica Libu,
00:50:23a Orpi e a Cargill,
00:50:25que são as três grandes
00:50:26multinacionais
00:50:27que compram 97%
00:50:29do nosso cacau.
00:50:31Então,
00:50:32o Ministério da Agricultura
00:50:33é um órgão
00:50:34que defende
00:50:34os interesses
00:50:35das três grandes
00:50:36multinacionais.
00:50:37Está longe
00:50:38de atender
00:50:39os interesses
00:50:40dos produtores de cacau.
00:50:42Então,
00:50:42fica aqui também,
00:50:43mais uma vez,
00:50:44a nossa indignação
00:50:45denunciando
00:50:46esse descaso,
00:50:48a falta de participação
00:50:49do produtor
00:50:51de cacau
00:50:51em medidas
00:50:52que visam,
00:50:53inclusive,
00:50:54olha só
00:50:54o tamanho
00:50:55da ignorância.
00:50:56Se está visando
00:50:57o aumento
00:50:58das áreas
00:50:59para que aqui
00:50:59o Brasil
00:51:00possa ser
00:51:02o ambiente
00:51:03de expansão
00:51:05dessa cultura,
00:51:06por que não ouvir
00:51:07a classe produtora?
00:51:08Por que não ouvir
00:51:09o órgão técnico
00:51:10do cacau,
00:51:10que é a CEPLAC?
00:51:12Eles estão simplesmente
00:51:13passando por cima
00:51:14de tudo isso
00:51:15a benefício
00:51:16dessas três
00:51:17grandes multinacionais.
00:51:18Veja,
00:51:19não somos contra
00:51:20essas três
00:51:20grandes multinacionais.
00:51:22Não somos contra
00:51:23a importação
00:51:25de cacau.
00:51:26Só que tudo
00:51:26tem que ser feito
00:51:27com responsabilidade,
00:51:29visando sempre
00:51:30esses produtores
00:51:31que produzem
00:51:32riqueza,
00:51:33renda,
00:51:34que gera emprego,
00:51:35que preservam
00:51:36o meio ambiente.
00:51:38Nós somos
00:51:39uma das únicas
00:51:39economias verdes
00:51:41e o governo
00:51:42não está preocupado
00:51:43com isso.
00:51:44Exatamente.
00:51:44Tem tudo a ver
00:51:45com o próprio país
00:51:46e essa ideia
00:51:47hoje de preservação
00:51:48do meio ambiente,
00:51:48valorização,
00:51:49inclusive,
00:51:50dos produtos nacionais,
00:51:51a produção local.
00:51:52E como é que vocês
00:51:53estão se virando
00:51:54em toda essa situação?
00:51:56Vocês já,
00:51:56evidentemente,
00:51:57tentaram contato
00:51:59com o Ministério
00:51:59da Agricultura.
00:52:00O que foi dito
00:52:01para vocês?
00:52:01O que está sendo feito
00:52:02na tentativa
00:52:03de poder auxiliá-los
00:52:05nesse aumento
00:52:06da produção
00:52:07aqui do Brasil?
00:52:08Olha,
00:52:11que nós saibamos
00:52:12exatamente nada.
00:52:14O que nós queremos
00:52:14é o seguinte,
00:52:16nós estamos
00:52:17nos erguendo
00:52:18sozinhos,
00:52:19mesmo diante
00:52:20de todas
00:52:21essas crises
00:52:22que já passamos,
00:52:23principalmente a crise
00:52:24da vassoura de bruxa,
00:52:25que foi um fator
00:52:26determinante
00:52:27para sairmos
00:52:28de exportadores
00:52:29para importadores.
00:52:31Então,
00:52:31hoje nós estamos
00:52:32nos erguendo sozinhos.
00:52:33A gente só quer,
00:52:34já que o governo
00:52:35não pode nos ajudar,
00:52:36que ele pelo menos
00:52:37não nos atrapalhe.
00:52:39Então,
00:52:39é isso que hoje
00:52:42nós produtores de cacau
00:52:44queremos.
00:52:45Mas é claro
00:52:45que nós precisamos
00:52:47do governo federal,
00:52:48nós precisamos
00:52:48de políticas públicas
00:52:50para o nosso setor.
00:52:52Veja,
00:52:52por exemplo,
00:52:53nós temos uma monilha,
00:52:54como eu falei,
00:52:55que está presente
00:52:56no Acre
00:52:57e no Amazonas.
00:52:58Essa é um fungo
00:52:59que somente
00:53:00numa fruta
00:53:01ela produz
00:53:02bilhões de esporos
00:53:03e ela pode ser
00:53:05disseminada
00:53:06pelo homem,
00:53:06pelo vento,
00:53:07enfim.
00:53:08E só para você
00:53:09ter uma ideia,
00:53:10nós ficamos sabendo
00:53:11por fontes seguras
00:53:12que na região
00:53:13do Alto Solimões,
00:53:15no Amazonas,
00:53:16esse foco,
00:53:17o último foco
00:53:18está desassistido
00:53:19pelo mapa.
00:53:20Então,
00:53:21olha para você ver
00:53:22o tamanho
00:53:23da irresponsabilidade
00:53:25desse Ministério
00:53:25para comprar
00:53:26do torro de cacau.
00:53:27Então,
00:53:28assim,
00:53:28esse é um momento
00:53:29realmente de desabafo,
00:53:31sabe?
00:53:32E agradecemos demais
00:53:33por essa oportunidade.
00:53:35Ivanusa,
00:53:35outra questão,
00:53:36quando você falou
00:53:37dessa queda
00:53:38que foi brutal mesmo,
00:53:40dizimou praticamente
00:53:41metade da produção
00:53:42essa praga
00:53:43que atingiu
00:53:43aqui no Brasil
00:53:44e é muito difícil
00:53:46vocês,
00:53:47como você está me dizendo,
00:53:48restabelecer
00:53:49toda essa produção,
00:53:50né?
00:53:50É, mas nós temos
00:53:53todas as condições
00:53:54absolutas
00:53:56de conseguir
00:53:57atingir
00:53:58maiores produtos,
00:54:00sermos maiores.
00:54:02Só que o problema
00:54:03é que nós não temos
00:54:04políticas públicas
00:54:06para o nosso país.
00:54:07Nós não temos
00:54:07nenhuma certeza
00:54:09de garantia
00:54:11para a gente
00:54:12expandir
00:54:13com tranquilidade.
00:54:14Observe o que eu citei
00:54:16aqui nessa entrevista.
00:54:17Nós temos uma normativa
00:54:18que nos coloca em risco,
00:54:19que chega pelo
00:54:20Porto de Ilhéus.
00:54:21A região é toda
00:54:22cercada de Mata Atlântica.
00:54:24Então,
00:54:25nós temos
00:54:25doenças
00:54:26devastadoras
00:54:28lá na África
00:54:29que sem condições
00:54:30de risco,
00:54:31sem condições
00:54:32fitossanitárias
00:54:33adequadas,
00:54:34pode chegar lá
00:54:35no Porto de Ilhéus.
00:54:36Agora,
00:54:36nós temos uma monilha
00:54:37desassistida
00:54:38pelo Ministério da Agricultura.
00:54:40Então,
00:54:41eu fico vendo
00:54:42que o Brasil
00:54:43é o único país
00:54:44capaz de suprir
00:54:46o déficit
00:54:46mundial
00:54:48de chocolate
00:54:48porque nós temos
00:54:49aqui tudo.
00:54:50Nós temos
00:54:50uma legislação
00:54:51social
00:54:52favorável.
00:54:53Aqui não tem
00:54:54trabalho escravo
00:54:55análogo à escravidão
00:54:57infantil
00:54:58e até tráfico
00:54:58de crianças
00:54:59como tem lá
00:54:59na África.
00:55:01Aqui nós temos
00:55:01as condições
00:55:02de plantio adequado.
00:55:04Aqui nós preservamos
00:55:05a natureza.
00:55:06Nós temos
00:55:06tudo.
00:55:08Só falta
00:55:08incentivo
00:55:09por parte
00:55:10de governo
00:55:11e, principalmente,
00:55:12o respeito
00:55:12ao produtor
00:55:13de cacau.
00:55:14Exatamente.
00:55:15Então,
00:55:15como a gente começou
00:55:16essa entrevista,
00:55:18porque,
00:55:18claro,
00:55:19já está chegando
00:55:19a Páscoa,
00:55:20esse é um tema
00:55:21que gira agora
00:55:22e o consumidor
00:55:23vai lá
00:55:24e ele observa
00:55:25que todo ano
00:55:26a situação
00:55:26fica mais cara.
00:55:27Então,
00:55:28você está explicando
00:55:28todo o processo.
00:55:29Agora,
00:55:29a gente pode entender,
00:55:31evidentemente,
00:55:32subiu,
00:55:32inclusive,
00:55:32até mais de 200%.
00:55:34Se a gente colocar
00:55:35de dois,
00:55:35três anos para trás,
00:55:37a situação,
00:55:38de fato,
00:55:38é muito crítica mesmo.
00:55:41Sim,
00:55:42crítica demais.
00:55:43Esses países africanos
00:55:45têm doenças
00:55:46devastadoras
00:55:47e lá,
00:55:48essas áreas,
00:55:49só para você ter uma ideia,
00:55:50lá tem uma doença
00:55:52chamada
00:55:52chalichute,
00:55:53mais conhecida
00:55:54como broto inchado,
00:55:55que não tem cura,
00:55:57essa doença,
00:55:57e é transmitido
00:55:58por um inseto.
00:56:00Agora,
00:56:00veja bem,
00:56:01lá,
00:56:01a única cura
00:56:02que pode ocorrer
00:56:05é o arranque
00:56:06do pé de cacau.
00:56:08Agora,
00:56:08você imagina,
00:56:09a gente aqui
00:56:09arrancando
00:56:10os pés de cacau,
00:56:11né?
00:56:12Chegando esse inseto
00:56:13aí,
00:56:14através das importações
00:56:15de cacau,
00:56:16e a gente arrancando
00:56:17os nossos pés de cacau
00:56:18em plena Mata Atlântica,
00:56:20em plena Amazônica,
00:56:21o que vai virar?
00:56:21Vai virar pasto,
00:56:23né?
00:56:23Então,
00:56:24o que nós chamamos
00:56:24atenção
00:56:25é de que
00:56:26esses preços
00:56:27altos
00:56:28são devido
00:56:29a essas doenças
00:56:30tão terríveis
00:56:31lá na África,
00:56:32e que nós não queremos
00:56:33que elas entrem
00:56:35aqui para o nosso país.
00:56:36E como estamos vendo
00:56:38que a importação
00:56:38de cacau
00:56:39está com erros
00:56:40gravíssimos
00:56:41fitossanitários,
00:56:43a começar,
00:56:44como eu falei,
00:56:44foi enviado
00:56:45uma única técnica
00:56:46para fazer
00:56:47uma fiscalização,
00:56:48que fiscalização
00:56:49é feita,
00:56:49é essa,
00:56:50feita por uma única pessoa
00:56:51sem fazer análise
00:56:52de risco de pragas.
00:56:54Então,
00:56:54assim,
00:56:54o mapa está brincando
00:56:56com algo muito sério
00:56:58e principalmente
00:56:59com a vida
00:56:59de 100 mil famílias
00:57:01que vivem do cacau
00:57:02aqui no nosso país.
00:57:03E a maioria,
00:57:05o que é pior,
00:57:06são pequenos
00:57:07e médios
00:57:08agricultores
00:57:09e agricultores
00:57:10familiares.
00:57:12Presidente Lula,
00:57:14o Ministério
00:57:15da Agricultura
00:57:15está brincando
00:57:16com 100 mil
00:57:18famílias
00:57:19que vivem
00:57:19do cacau
00:57:20através das
00:57:21importações
00:57:22de cacau
00:57:22e também
00:57:23sobre o descaso
00:57:25da monilha
00:57:25nos estados
00:57:26do norte.
00:57:27Então,
00:57:28fica difícil
00:57:29de a gente
00:57:29conter os preços
00:57:30altos do cacau
00:57:31porque não existe
00:57:32uma colaboração
00:57:33sabendo disso tudo,
00:57:35o que era necessário?
00:57:36Incentivo
00:57:37ao produtor
00:57:38de cacau
00:57:38aqui no nosso país
00:57:39e também
00:57:40conter
00:57:41as chegadas
00:57:42dessas doenças
00:57:43para que a gente
00:57:43tenha um ambiente
00:57:45cada vez mais
00:57:46tranquilo
00:57:46que a gente
00:57:47possa investir
00:57:48nas nossas
00:57:48lavouras.
00:57:49Então,
00:57:50Valusa,
00:57:50só para a gente
00:57:51fechar,
00:57:52de fato,
00:57:52vocês chegaram
00:57:54a manter
00:57:54esse diálogo
00:57:55com o Ministério,
00:57:56apresentaram
00:57:56toda essa situação,
00:57:58quer dizer,
00:57:58houve,
00:57:59vocês chegaram
00:57:59até Brasília
00:58:00ou então
00:58:01no próprio estado
00:58:02que vocês estão
00:58:02e ninguém fez nada,
00:58:05ninguém quer saber
00:58:06de conversar,
00:58:06eu queria que você
00:58:07explicasse até que ponto
00:58:08vocês levaram
00:58:09esse problema
00:58:10para o Ministério
00:58:11da Agricultura
00:58:12e nada foi feito.
00:58:13Olha,
00:58:16nós já fomos
00:58:17em 2022,
00:58:18foi recebida
00:58:19pelo ministro
00:58:19Marcos Montes,
00:58:20gestão Bolsonaro,
00:58:22fomos dia 18
00:58:23de janeiro
00:58:24de 2023,
00:58:25ministro Fávaro
00:58:26na gestão
00:58:27agora atual,
00:58:28Lula,
00:58:29já fizemos
00:58:29audiências públicas
00:58:30na Câmara
00:58:31dos Deputados,
00:58:32já fizemos
00:58:33protesto
00:58:34no Porto de Ilhéus,
00:58:35por último,
00:58:36quem puder
00:58:37visitar o nosso
00:58:38Instagram,
00:58:39nós estamos
00:58:39já no vídeo 15,
00:58:40explorando
00:58:41as irregularidades
00:58:43da IN-125,
00:58:44mostrando
00:58:45com papéis,
00:58:46fazendo os vídeos
00:58:47bem explicativos
00:58:48sobre as irregularidades
00:58:51da IN-125,
00:58:52está tudo lá
00:58:53no nosso Instagram.
00:58:54Então,
00:58:55o Ministério
00:58:56da Agricultura,
00:58:57o nosso
00:59:00ministro atual
00:59:01está muito ciente
00:59:03da situação
00:59:04do cacau
00:59:05com as importações
00:59:06e também
00:59:07agora
00:59:07com relação
00:59:08à monilha.
00:59:10Então,
00:59:10esperamos,
00:59:11sim,
00:59:12que eles
00:59:12nos ouçam
00:59:13e que sensibilizem
00:59:14e revoguem
00:59:15a IN-125.
00:59:17Essa é
00:59:17uma das nossas
00:59:19pautas.
00:59:21Agradecemos,
00:59:22então,
00:59:22a participação
00:59:22da Vanusa Barroso,
00:59:24que é presidente
00:59:24da Associação Nacional
00:59:26de Produtores
00:59:27de Cacau,
00:59:28a NPC,
00:59:29que traz
00:59:29esse relato
00:59:30extremamente grave,
00:59:32importante,
00:59:33vai muito além
00:59:34da questão
00:59:34do preço,
00:59:35como ela colocou,
00:59:36isso pode colocar
00:59:37em risco
00:59:38a própria produção
00:59:39aqui do Brasil,
00:59:40doenças que estão
00:59:41chegando,
00:59:42infelizmente,
00:59:42então,
00:59:43uma situação
00:59:43muito pior,
00:59:44que a gente,
00:59:44claro,
00:59:45centraliza nessa
00:59:46questão do preço,
00:59:47porque agora é
00:59:47Páscoa,
00:59:48o ovo sobe,
00:59:49isso vira notícia,
00:59:50mas a situação
00:59:51é muito mais grave
00:59:52do que imaginávamos
00:59:53e agradecemos
00:59:54a sua participação
00:59:55aqui hoje
00:59:56conosco
00:59:57na Hora H do Agro
00:59:58aqui da Jovem Pan.
00:59:58Muito obrigado,
00:59:59Vanusa.
01:00:02Muito obrigado
01:00:02pela oportunidade,
01:00:04estou aqui
01:00:04sempre às ordens,
01:00:05tá?
01:00:05Muito bem,
01:00:08e o Hora H do Agro
01:00:10de hoje
01:00:10fica por aqui,
01:00:11muito obrigado
01:00:12pela sua companhia,
01:00:13sintonia,
01:00:13claro,
01:00:14na semana que vem
01:00:14estaremos de volta,
01:00:16até mais.
01:00:16Hora H do Agro
01:00:30Hora H do Agro
01:00:33Oferecimento
01:00:34Consórcio Magi
01:00:36Volkswagen Caminhões e Ônibus
01:00:38Meteor da Volkswagen Caminhões e Ônibus
01:00:41Mas pode chamar de
01:00:42meteoro da paixão
01:00:43A opinião dos nossos comentaristas
01:00:46não reflete necessariamente
01:00:48a opinião do Grupo Jovem Pan
01:00:50de Comunicação
01:00:51Realização Jovem Pan News

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