A Mercedes encara em 2022 um início de temporada dos mais complicados. Pela primeira vez na Era Híbrida, a equipe multicampeã está longe da briga por vitórias e poles. Na esteira, Lewis Hamilton também atravessa um momento difícil. O piloto inglês está apenas na quinta colocação no Mundial.

E nem o surpreendente pódio no GP do Bahrein salvou Lewis de seu pior começo de temporada na Fórmula 1 em 13 anos. O décimo lugar em Jedá, somado ao terceiro em Sakhir, lhe renderam apenas 16 pontos. A posição de chegada no GP da Arábia Saudita foi inclusive motivo de piada do britânico, que não sabia se estava dentro da zona de pontuação.

"Ok Lewis, chegamos em décimo. Desculpa por isso", disse ‘Bono’, voz que guia o piloto britânico nas pistas da Fórmula 1. O multicampeão não hesitou e, de prontidão, respondeu. “Existe sequer um ponto para essa posição?”, indagou.

Grande parte do problema é o W13. A Mercedes tem nas mãos um carro complexo e de performance irregular. A equipe decidiu por soluções extremas quanto à aerodinâmica e agora precisa lidar com uma série falhas, sobretudo sobre o efeito do ‘porpoising’, que faz o carro pular demais em alta velocidade.

“Não fizemos o melhor dos trabalhos em diferentes áreas. É difícil estimar o quão atrás estaríamos se pudéssemos deixar nosso carro mais baixo. Temos déficits que são maiores que o do motor”, disse o chefe Toto Wolff à revista alemã Auto Motor und Sport. “Estão todos próximos. O motor causa no máximo de 0s1 a 0s2 de perda por volta”, garantiu.

Como parece que os engenheiros terão de rever todo o projeto, é improvável que a octacampeã volte à briga nas próximas provas do calendário. Por isso, o momento já levanta a questão: Hamilton se aposenta se o time alemão não conseguir tornar o modelo prata competitivo?

O assunto foi tema do Paddock GP, programa de debate do GRANDE PRÊMIO.

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