80 anos da bomba de Hiroshima: sobrevivente relembra dia traumático

TV TRIBUNA BAND PERNAMBUCO

Se você gostou do vídeo inscreva-se no canal, deixe seu like, comente e ative as notificações clicando no sininho!   Agradecemos pela visita!  Mande sua sugestão de pauta pro nosso WhatsApp (81) 97307-1315  Siga nossas redes sociais: Twitter: @TVTribunaPE Instagram: @TVTribunaPE @RadioTribunaFMPE facebook.com/TvTribunaPE

Transcript

00:00E hoje o mundo recorda os 80 anos da bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade de Hiroshima, no Japão.

00:0880 mil pessoas morreram na hora, cerca de 210 mil sobreviveram, mas não dá pra encará-los como vítimas,

00:17afinal os traumas desse dia os perseguem por toda a vida.

00:22Claro que a gente encara essas pessoas como vítimas sim.

00:25Um desses sobreviventes emigrou para o Brasil e escolheu Barra de Guabiraba, no Agreste Pernambucano, pra reconstruir a vida.

00:34Ele era criança, estava em uma cidade próxima e viu de longe o imenso cogumelo que a explosão provocou.

00:41O japonês Hiromi Kubo conversou com a nossa equipe e tem uma mensagem muito importante sobre a paz.

00:48Veja na reportagem especial de Luciana Queiroz e Wagner Barbosa.

00:52Quem vê seu Hiromi Kubo, de 86 anos, apreciando as flores cultivadas nessa chácara, nem imagina o que ele testemunhou.

01:03Ele era criança, tinha 6 anos de idade, quando viu de longe a explosão da bomba de Hiroshima,

01:10que deixou um rastro de destruição no Japão e que marcou, pra sempre, a história da humanidade.

01:17Foi no dia 6 de agosto de 1945 que a cidade de Hiroshima foi marcada pela explosão da bomba atômica,

01:26lançada pelos Estados Unidos com a justificativa de acelerar o fim da Segunda Guerra Mundial,

01:32o que aconteceu dias depois, quando o Japão se rendeu.

01:36Naquele dia, seu Hiromi estava a 10 quilômetros do local da explosão,

01:41brincando de esconde-esconde quando viu o clarão de longe.

01:45Aquela falisca, e depois fica mais tempo sentado, escondido, aí ficou aquela cogumelo de...

01:58Primeiro aquele branco, né? Não é preto, branco.

02:02Aí depois mudou para preto assim, distância de mais ou menos 10 quilômetros por aí.

02:08Por isso que eu estou vivo ainda.

02:10Em Hiroshima, a explosão provocou a morte de 80 mil pessoas de uma só vez, de forma instantânea.

02:19Seu Hiromi perdeu a prima, que tinha 18 anos.

02:22O corpo dela nunca foi localizado.

02:25E por pouco, ele não perdeu a irmã.

02:28Minha irmã, porque não morreu, era a mesma idade e mesma escola.

02:35Ele também viu escolas das cidades vizinhas de Hiroshima servirem de abrigo para atendimento de emergência aos feridos.

02:54Pessoa que feriu, queimado, quase está morrendo.

03:01Muita pessoa vem aqui dentro da sala de escola, de primário, que eu estava no primeiro ano.

03:11O japonês saiu do país de origem 14 anos depois da Segunda Guerra Mundial.

03:17O destino foi o Brasil.

03:18Ele tinha 20 anos quando chegou aqui.

03:21A viagem de navio durou quase dois meses.

03:24Mas por que a escolha do Brasil para viver?

03:27O clima é muito bom.

03:28A gente é muito gentil.

03:31É muito bom para viver aqui no Brasil.

03:34No país promissor, a primeira parada foi São Paulo.

03:38Depois, ele se mudou para o agreste de Pernambuco.

03:41E na pequena cidade de Barra de Guabiraba, escolheu se dedicar às flores.

03:46Foi aqui que o imigrante japonês firmou raízes.

03:49Se casou com uma pernambucana de Cortês e construiu uma família, com três filhos.

03:56Em Pernambuco e no Nordeste, seu rirome ficou famoso cultivando flores.

04:02O negócio, batizado com o sobrenome Cubo, virou manchete de jornais.

04:08Hoje, aposentado, ele já não se dedica ao cultivo em larga escala.

04:12Mas ainda tem uma pequena plantação de flores.

04:15A vida se tornou suave e as lembranças da guerra não viraram traumas.

04:21Uma trajetória que orgulha a família Cubo.

04:24Todo mundo reconhece meu pai, porque ele sempre foi muito engajado, sempre foi pioneiro.

04:30Então, a gente está em uma cidade pequena e aí se torna referência.

04:35Tudo que ele faz, ele tenta se dedicar, ele faz ao máximo, ajudar a fazer o cooperativismo.

04:42Então, é muito importante, assim, e a gente tem muito orgulho dele.

04:46A maior lição?

04:48Dizer não para as guerras e para qualquer tipo de conflito.

04:52Tem que ser o mundo é paz.

04:57O mundo é paz, tem que ter conversa, né?

05:00E três dias depois da bomba de Hiroshima, no dia 9 de agosto, o horror se repetiu, né?

05:06Uma outra bomba atômica foi lançada pelos Estados Unidos, dessa vez sobre a cidade de Nagasaki.

05:12Os dois ataques levaram à redição do Japão e também ao fim da Segunda Guerra Mundial.

05:17E vale lembrar que além da bomba de Hiroshima, onde 80 mil pessoas morreram,

05:23até hoje, mais de meio milhão de pessoas, isso foi comprovado já,

05:27sofrem com as sequelas dessas bombas atômicas lá no Japão.

05:31Tchau.

05:32Tchau.

05:33Tchau.

Categoria

Transcrição

Recomendado