Presidente da Galvani revela impactos dos novos polos de mineração na economia baiana

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00:00Entrevista com o diretor-presidente da Galvane, Marcelo Silvestre.

00:07Seu Marcelo, nós temos aqui dois grandes projetos que vão impactar diretamente a economia,

00:14não só o setor da agricultura, mas diversos setores.

00:17O que é que a Bahia vai ganhar de forma direta e indireta com esses projetos?

00:22Bom, boa tarde. Primeiro é um prazer estar aqui com vocês.

00:26A Galvane já está há 35 anos na Bahia, no município de Luiz Eduardo Magalhães,

00:33onde tem a nossa planta atual.

00:36E também estamos no norte da Bahia, no município de Campo Alegre de Lourdes,

00:39no distrito de Angipe dos Dias, desde 2005.

00:43E nós temos hoje um investimento de R$ 1,1 bilhão na Bahia.

00:47Dois grandes produtos que nós estamos investindo.

00:49Um é duplicar a nossa planta de Luiz Eduardo Magalhães,

00:51onde nós estamos investindo R$ 600 milhões e vamos criar mais 200 empregos,

00:56chegando a quase mil empregos na região.

00:58E outro polo de investimento nós temos a IRC,

01:02em conjunto com a CBTM, a Bahia Baiana de Pesquisa General,

01:06onde nós estamos investindo R$ 500 milhões e vamos gerar 300 empregos diretos nessa operação.

01:12Esses projetos já estão em implementação neste momento.

01:14Nós esperamos partir a duplicação de Luiz Eduardo Magalhães agora no final do ano, de 2025,

01:22e a nova planta de mineração de IRC,

01:25nós vamos partir no meio do próximo ano, de 2026.

01:28Então, esta é uma parceria muito forte que a Galvani tem aqui com a região.

01:34E nós continuamos investindo fortemente na região para desenvolver,

01:37trazer mais fertilizantes para a região.

01:39Nós estamos com fertilizantes fosfatados,

01:41que é super importante no desenvolvimento da agricultura regional.

01:44Presidente, a expectativa dessa autonomia do fosfato no país,

01:48a partir dessa fábrica, é de outra iniciativa.

01:50Queria que você falasse a importância disso.

01:52Bom, hoje, se você pegar a agricultura no Brasil,

01:56é responsável por 49% da pauta de exportação do país,

02:0024% do que é diretamente ligado à agricultura,

02:03e nós temos 87% dos fertilizantes importados.

02:06Então, quando a gente investe na produção local,

02:09nós também estamos investindo em segurança alimentar,

02:11estamos investindo aí na perenidade do país,

02:16na questão alimentar.

02:17Então, para nós é um prazer estar envolvido nesse projeto.

02:20O senhor falou sobre um assunto,

02:22ele tocou em um ponto nevral,

02:23o senhor falou sobre importação.

02:25Nós estamos a um dia, né,

02:28de sermos taxados em 50%.

02:31Quais são as estratégias que o senhor,

02:33no setor, né, que o setor está buscando

02:36para mitigar esses problemas,

02:38esse impacto que não será pequeno?

02:41Nosso setor é um setor importador.

02:44Nós não temos exportação para quase nenhum país,

02:47na questão dos fertilizantes.

02:49Mas nós olhamos com um pouco de preocupação

02:51essa questão, né,

02:52já que nós precisamos de máquinas,

02:54precisamos de uma série de equipamentos,

02:56o mundo é interligado, né,

02:59ninguém vive sozinho.

03:01Então, a gente torce para que tudo dê certo aí nessa questão,

03:05consiga negociar,

03:06consiga chegar em bons termos,

03:08em bons termos, né,

03:09para que tudo dê certo aí para nós,

03:11para a agricultura, para o país,

03:13e nenhum setor seja impactado.

03:16O senhor falou também sobre a geração de empregos,

03:19de renda,

03:19e quanto à capacitação dessa mão de obra local.

03:22Já estão sendo pensados,

03:25organizados projetos em relação a isso?

03:29Bom, esse é um bom ponto.

03:31Nós sempre privilegiamos a contratação de equipes locais,

03:36né, das cidades.

03:37E nós temos feito isso em conjunto aí com o governo do estado da Bahia,

03:41né, que tem nos ajudado muito nessa questão,

03:44em capacitando, já começamos a capacitação local

03:47dos possíveis contratados futuros aí das nossas operações,

03:51e temos um bom projeto aí juntamente com o governo do estado

03:56e com a CBPM para desenvolver os nossos futuros funcionários

04:01dos locais que nós temos operações.

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