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O programa Em Minas, da TV Alterosa, recebeu neste fim de semana o ator e produtor Maurício Canguçu, da peça 'Acredite um espírito baixou em mim'.

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#teatro #EmMinas #TVAlterosa

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Transcrição
00:00Olá, sejam muito bem-vindos ao programa em Minas, um programa transmitido pela TV Alterosa
00:22em parceria com o Portal Uai e o Jornal Estado de Minas.
00:25O nosso convidado de hoje é ele, Maurício Canguçu, ator, diretor de teatro.
00:33E assim, junto de Ilvio Amaral, construíram a história com o espetáculo Acredite, o Espírito baixou em mim.
00:41Não vou fazer pergunta ainda não, quero te desejar aqui, ó, seja muito bem-vindo, muito obrigada.
00:46Obrigado, Carol.
00:47Por ter aceitado o nosso convite.
00:48Obrigado, eu que agradeço.
00:5027 anos de Espírito.
00:53Baixou em mim.
00:54Hoje, comemorando, então daqui a pouquinho, depois da entrevista...
00:58Corre para o teatro.
00:59Corre para o teatro, que amanhã também tem, então hoje e amanhã, 27 anos de Espírito.
01:04Ao que você deve esse grande sucesso desse espetáculo entre os mineiros, hein?
01:08Eu acho que é um presente dos deuses, né?
01:11Eu acho que o Ilvio e eu fomos abençoados por ele, pelos...
01:15Eu acho que talvez um pouco do trabalho, da dedicação nossa e tal.
01:19E aí os deuses do teatro resolveram nos presentear com esse sucesso, com essa alegria, com esses 4 milhões de pessoas que já viram essa peça.
01:28E tantos projetos que, a partir do Espírito baixou em mim, né, surgiram.
01:33O próprio filme, a gente foi para a televisão, né?
01:37Nós tivemos na Praça É Nossa uma época, por causa da peça e tantas outras coisas.
01:42Então eu acho que é uma bênção mesmo.
01:46Foi uma bênção.
01:46Tá me subindo aqui, ó, uns trechinhos da peça.
01:48Gente, eu mesma, confesso, eu já assisti várias vezes, tá?
01:52Eu não sei nem contar quantas.
01:54Agora, uma peça que encantou não só os primeiros, porque ela rodou outras cidades do Brasil também, né?
02:00Brasil todo.
02:00Nós fizemos 16 estados e ainda fazemos.
02:04A gente roda muito com a peça, né?
02:06A peça continua, assim, a todo vapor.
02:08A gente faz muito interior de Minas, porque nós participamos de um projeto que chama Copa em Sena.
02:14E esse projeto vai para o interior e a gente faz gratuito no interior, para as pessoas.
02:19A troco de alimento não perecível e esses alimentos são doados para a instituição de caridade daquela cidade.
02:25Nossa, interessantíssimo.
02:26Lindo o projeto.
02:27A gente faz há 20 anos esse projeto.
02:29Muito, muito, muito interessante.
02:30Já fizemos mais de 130 cidades.
02:32Pelo interior do estado, né?
02:33Pelo interior do estado de Minas.
02:35E a peça, ela é sucesso, assim como é aqui em BH, no interior e nas outras cidades do Brasil também?
02:40Muito.
02:41Nós fizemos Pitangui semana passada, quinta-feira, tive mil pessoas.
02:45É, é lindo.
02:46É uma loucura.
02:47Fizemos São Paulo, quase seis anos em Cartaz de São Paulo.
02:52No sábado a gente fazia duas sessões também.
02:54Então, assim, essa peça tem um signo, né?
02:58Um signo da energia, do sucesso, da felicidade, da alegria.
03:02Fizemos um projeto agora pelo Vale do Jequichonha com ela.
03:05A gente fez 25 sessões do Vale do Jequichonha em cidades que nunca tinham tido teatro.
03:11Nas cidades com o menor IDHM do estado, né?
03:15O Índice de Desenvolvimento Humano.
03:16Então, a gente viajou por essas cidades, fazendo em praça pública, fizemos dentro de escola, fizemos dentro de qualquer lugar.
03:25É uma realização também, né?
03:26É, então foi lindo, porque tinha gente que nunca tinha ido ao teatro.
03:29Tava vendo pela primeira vez e a gente foi com tudo, com o cenário, com o luz, com não sei o quê, um caminhão.
03:35Chegava aquela trupe, assim, ficamos lá fazendo 25 sessões.
03:38Foi lindo, foi lindo.
03:40Agora, vamos falar sobre a história da peça.
03:43Pode ser que em algum momento, ou lá na frente, porque nós vamos falar que ela virou filme também.
03:47Na verdade, o segundo filme, um primeiro feito lá atrás e agora um outro filme.
03:52Ela virou filme, né?
03:52Exatamente.
03:53Acabamos de filmar, filmamos aqui em Belo Horizonte e em Cartas Altas.
03:58E me conta aqui, quem são os atores que estão nesse filme, além de você e o Viola?
04:02Bom, temos aqui nossas estrelas maravilhosas, Carlos Nunes, temos Caete, Vône, Dior Sérgio.
04:08Ih, é um elencão.
04:10Somos 18 atores em cena.
04:12A história do filme, ela vai além da história da peça.
04:16Aí tá, aí eu ia perguntar exatamente isso, que a gente ia entrar um pouco sobre a história.
04:20Famosos tem o João Baldacerini, tem a Tati Lopes, tem o Otávio Miller.
04:24É um elencão.
04:26Vamos falar sobre a história da peça.
04:2827 anos, quase 30 anos com esse enredo, tem um desafio?
04:32Por quê?
04:33A peça fala sobre um homem homossexual que não aceita a morte, dá uma trabalheira danada,
04:40não quer ir para o céu e incorpora...
04:43Em mim, né?
04:44No machão convívio, radical, babaca, né?
04:48Eu costumo falar isso, porque é um homem babaca, né?
04:51Falamos.
04:51Hoje em dia, ser machão é meio antigo, né?
04:54Não está combinando mais com os tempos atuais.
04:57Mas como é essa peça que há 27 anos abordava já esse assunto, ela ter sido sucesso e ela
05:03continuar abordando esse assunto?
05:06Conta pra gente, como é que é?
05:07Pois é, naquela época, isso era um assunto muito novo, né?
05:10A proposta de que dois homens ficassem juntos abertamente.
05:15Hoje em dia, graças a Deus, já não temos nenhum problema isso, né?
05:19Isso já é uma situação absolutamente corriqueira.
05:21Mas naquela época, era muito inovador, digamos assim, né?
05:26Que os dois terminassem juntos, que um homem se apaixonasse pelo outro e ficasse com ele e tal.
05:32Então, naquela época, a gente teve situações...
05:34Nós tivemos situações, assim, de gente que chegava e falava, olha, eu sou gay, mas eu não tenho coragem de revelar.
05:39Então, essa peça, eu gosto de vir aqui porque ela me faz...
05:44Me representa.
05:44Me representa.
05:46Eu já trouxe minha mãe e meu pai aqui pra assistir, pra eles verem como é a minha vida e depois eu quero ter essa conversa.
05:51Então, assim, hoje não.
05:53Hoje é o público, mas é um público super comum, né?
05:55A gente tem muita família com filhos, com avós que vai assistir a gente.
06:00Assim, às vezes a gente termina o espetáculo e a gente vai lá pro final abraçar o público,
06:05tem lá dez pessoas de uma mesma família, junto com o pai, a mãe, o avô, a avó, o neto.
06:12E é uma maravilha.
06:12Foi o primeiro beijo gay do teatro em Minas?
06:16Tem uma história assim?
06:17Eu acho que sim, que eu tenha conhecimento, sim, assim.
06:22E numa comédia, né?
06:24Porque normalmente esse tema era um tema ligado aos pedacos mais pesados, assim.
06:28E a gente resolveu fazer isso de uma forma mais leve.
06:31Eu acho que é isso que é o sucesso da peça.
06:33A gente estava falando de uma comédia que o público já tem uma tendência a gostar,
06:37ir mais ao teatro, para se divertir.
06:39E lá tinha um assunto que era muito sério, sendo tratado como pano de fundo.
06:42Eu acho que isso foi a grande sacada do espetáculo, né?
06:46Que fez ele ter essa proporção e esse acolhimento.
06:48A gente pegar um tema importante e tratar de uma forma leve.
06:53Sim.
06:54E algum caso interessante que tenha acontecido durante todos esses 27 anos aí,
06:59vocês no palco e referente à plateia?
07:02Porque a plateia acaba que ela está ali, ela participa,
07:06ou nem sempre, nem em todo lugar.
07:08Como é que funciona?
07:09Tem, já aconteceu de casos de espetáculo ser, a plateia ser dura, né?
07:14Dura que a gente diz é aquela plateia que não ri ou que não se envolve.
07:19E a gente pensa, nossa, a plateia não está gostando.
07:21Aí depois a gente recebe um monte de mensagem,
07:23ah, foi ótimo, não sei o quê.
07:25É porque tem gente que ri mais alto, tem gente que ri mais baixo e tal.
07:28Já aconteceram inúmeros casos.
07:31A gente já parou o espetáculo, já teve gente na plateia,
07:34já teve aniversário, a gente já cantou parabéns pra gente na plateia,
07:39levava assim 50, 70 pessoas.
07:41Pra comemorar.
07:42Ia comemorar na hora, levantava a placa, assim,
07:44a faixa no meio da plateia, a gente cantava parabéns.
07:47Agora, na temporada passada, teve um casal que pediu,
07:51um rapaz pediu uma moça em casamento.
07:53E aí, no final, nós chamamos eles no palco e ele pediu em casamento a moça.
08:01E teve um caso de dois rapazes que se conheceram na plateia do teatro
08:05e eles se casaram, tem uma filha hoje, eles adotaram uma criança.
08:09Essa história é incrível.
08:10E eles foram lá pra comemorar, acho que, 10 anos de casamento agora,
08:15que eles se conheceram na plateia e estavam lá comemorando a festa de aniversário.
08:20É lindo, tem muita história.
08:22Tem muita história.
08:22Mas também são 27 anos, nós estamos aí caminhando pra três décadas.
08:27Agora, você e o Ilvio...
08:28Eu tinha cabelo, né, Carol, na época?
08:30Oi, gente!
08:31Agora, você e o Ilvio, há tantos anos juntos,
08:35eu havia te perguntado se essa parceria da Cangarau e entre vocês,
08:39ela começou com o Acredite, o Espírito Baixão em Mim.
08:43Você disse que foi anterior, né?
08:44Não, anterior.
08:45A gente...
08:45O Ilvio e eu...
08:46O Ilvio foi me assistindo uma peça de teatro,
08:48me chamou pra fazer um espetáculo com ele em 98.
08:52Então, a gente começou...
08:53Em 98...
08:54Em 89.
08:56Em 89.
08:57É, porque o Espírito é de 98.
08:58É de 98, exatamente.
08:59Isso, 89.
09:00Que foi a Noite das Maldormidas, que a gente fez.
09:02Foi um grande sucesso.
09:04Depois, nós montamos Quem Temer de Itália Fausta e fundamos a Cangarau.
09:08E aí, então, fizemos a Cangarau e estreamos na Sesquiate, no Palácio das Artes.
09:12E aí, desde então, nós estamos juntos na parceria, na vida, no teatro, no palco, enfim.
09:18Isso, um sucesso, não só em Minas, mas também em São Paulo.
09:21Um sucesso absurdo.
09:22E vocês estão ali transitando com vários trabalhos.
09:25E tem ainda, logo depois, desse fim de semana, viu, gente?
09:28Hoje e amanhã, não se esqueçam.
09:30Ainda tem ingresso para amanhã.
09:31Tem.
09:32Amanhã, amanhã, 18h30.
09:34Depois, a gente faz a chamada.
09:35Hoje, é 9h da noite, tá?
09:36Tempo de assistir e ainda correr para o teatro.
09:38Isso.
09:39Vocês estão com outros projetos também, né?
09:41E o Rio, a gente trabalha muito, né?
09:43A gente vive de teatro.
09:44A gente vive da nossa profissão.
09:45Então, a gente tem um projeto atrás do outro.
09:48Para você ter ideia, nós estamos com o Espírito do A Show em Minha hoje, amanhã.
09:51Segunda-feira, a gente vai para São Paulo, porque a gente começa a ensaiar um espetáculo
09:54novo, que se chama Colisão, que a gente estreia em setembro aqui em Belo Horizonte.
09:59E vamos ficar encartados lá em São Paulo com o Maio, Antes Que Você Me Esqueça, que
10:04é um espetáculo que a gente faz há quatro anos, que fala sobre a doença do Alzheimer.
10:09É lindo.
10:09Fizemos Rio já, fizemos aqui em BH.
10:12E agora vamos fazer São Paulo.
10:14E é uma peça que vai virar filme em 2026.
10:18E de onde veio a inspiração para essa peça do Alzheimer?
10:21Essa peça é o seguinte, a gente tem um grande amigo, que é um grande autor mineiro, que
10:26é o Jair Razo, e ele é autor e diretor.
10:29O Ilvio, em 2006, o pai dele apareceu com Parkinson e a minha mãe com Alzheimer.
10:36Daí nós falamos, quando o pai do Ilvio faleceu, o Ilvio falou com o Jair, escreve um texto
10:41para a gente sobre esse assunto, sobre o Alzheimer, a morte, pai, filhos, né?
10:47Então, o Jair foi e escreveu essa peça.
10:49Só que a gente, na época, não tinha condições, eu acho, não tinha maturidade de fazer o espetáculo.
10:55Então, nós não fizemos.
10:56Quando foi agora na pandemia, em 2023, 2020, 2020, a gente lendo textos, né?
11:06Lendo, lendo, lendo.
11:07Vamos montar essa peça.
11:08Chegou a hora.
11:09E estava na hora mesmo, um assunto super atual, né?
11:13Todo mundo hoje tem alguém, conhece alguém, tem alguém na família com a doença.
11:16Que tem Alzheimer, é.
11:18E a gente tem muita plateia, muito médico vai ver a gente, muito.
11:22E muita família com Alzheimer, muita.
11:24Impressionante.
11:25E ela vai pelo drama, tem uma pegada.
11:29Mas é, o espetáculo é legal porque ele começa muito divertido.
11:33As primeiras, os primeiros 30 minutos da peça, é muito divertido.
11:38As pessoas riem muito do Ilvio, de mim, a relação.
11:41Eu sou um filho meio estressado, que não aceita a doença do pai, que nem vê que o pai está doente.
11:47Então, tem uma pegadinha cômica.
11:49Cômica.
11:49E aí, depois, tem um acontecimento, que eu não vou dizer qual é, para não entregar.
11:54Que aí, muda a chave da peça.
11:56E aí, vai para um lugar muito emocionante, muito bonito.
12:00Que a plateia sai muito emocionada do teatro.
12:03Espera a gente para falar que ficou muito tocado, que se sentiu dentro da peça.
12:09Que parecia a história da vida.
12:10Você se sente realizado como ator, como diretor, na profissão hoje?
12:14Totalmente.
12:14Eu falo uma coisa, que as pessoas pensam que é tético, que é horrível, mas não é não.
12:20Se eu morrer aqui agora, agora, neste momento, você pode dizer a todo mundo,
12:25Maurício era um cara completamente realizado.
12:27Eu sou completamente realizado.
12:29Eu, assim, eu sou feliz.
12:31Eu trabalho com o que eu gosto.
12:33O público vai me assistir.
12:35Claro que tem gente que não gosta.
12:37Normal, está tudo certo não gostar.
12:40Eu vivo disso.
12:42Eu viajo com isso.
12:43Eu me sustento com isso.
12:44Eu sou um cara...
12:45Imagina, se você trabalhar com o que você gosta, as pessoas te pagam para você fazer o que você gosta.
12:49É especial, né?
12:50É, eu sou completamente realizado.
12:53Completamente.
12:54Gente, esse é Maurício Canguçu, ator, diretor, nosso convidado aqui do Em Minas.
12:59Obrigada pela companhia de vocês.
13:01Lembrando que a íntegra desta entrevista, vocês acompanham amanhã no Jornal Estado de Minas.
13:06E a gente, é claro, continua esse bate-papo, porque tem muita história ainda para o Maurício nos contar,
13:10no YouTube do Portal Uai.
13:12Obrigada pela audiência e corre, porque hoje e amanhã tem, acredite, o Espírito Baixão em mim...
13:17Hoje, às nove, no Cine Brasil, ali na Praça Sética, e amanhã às 18h30.
13:22Daqui a pouquinho ainda dá tempo, pessoal.
13:23Ingressos na Eventim, corre!
13:26Fica o convite.
13:27Obrigada pela companhia, pessoal.
13:28Estamos de volta com o programa Em Minas, para este bloco exclusivo, para você que nos acompanha,
13:49pelo YouTube do Portal Uai.
13:50Nosso convidado de hoje, nosso entrevistado, Maurício Canguçu, ator, diretor, né?
13:56Que está ali, ao lado de Ilfe Amaral, nesse grande sucesso nacional, acredite, o Espírito Baixão em mim.
14:02E a gente continua o nosso bate-papo, claro.
14:04Agora, eu quero perguntar...
14:04Que é um orgulho, né, Carol?
14:06Desculpa eu te cortar, mas...
14:07De forma alguma.
14:08Você falar do Espírito Baixão em mim, assim, um sucesso nacional, que saiu de Belo Horizonte.
14:12Eu sou do Vale de Gentionha, de Felisburgo, uma cidade pequenininha, de 3 mil habitantes.
14:17O Ilfe é de São Gonçalo do Pará, uma cidade pequenininha, do Centro-Oeste.
14:21E aí, a gente chegar e ir para o Brasil inteiro, com o nosso projeto.
14:24Ganhar as capitais.
14:25As pessoas irem nos prestigiar.
14:27Os fãs, que a gente tem uns fãs que vai...
14:30Nessa semana, eu encontrei com um menino, assim, ele ficou meio tremendo quando viu o Ilfe e eu,
14:34porque ele era muito fã nosso.
14:35E eu falo assim, poxa, gente, muito legal isso, né?
14:38A gente ter essa sensação de que a gente está certo no trabalho da gente, né?
14:42E vocês merecem esse sucesso, porque realmente foi assertivo.
14:4730 anos de Acredite no Espírito Baixão em mim.
14:50E eu não posso deixar de conversar agora.
14:51Nós estamos com um pouquinho de imagens da peça aí no ar.
14:56Esse momento é o momento que ele já está ali, né?
14:58No Espírito, né?
15:00Tem um documentário sobre essa peça, você sabe?
15:02Tem um documentário que fala, contando toda a trajetória, é um documentário de uma hora e meia.
15:08Está na internet esse documentário, eu não sei exatamente...
15:11Que interessante.
15:12É, conta, tem entrevistas, tem...
15:15Ah, está na EMC Play.
15:18Ai, pronto, gente.
15:19EMC Play.
15:20Agora, me conta aqui, um ponto alto da peça é a hora que entregam o retrovisor para a plateia, não é não?
15:27Você sabe que tem gente que manda mensagem para a gente pedindo para receber o retrovisor.
15:32Ah, mentira.
15:34Tem que, olha, já comprometi com um.
15:38Porque toda vez que tem apresentação, aparece 10, 12, 15 pessoas pedindo.
15:42Querendo pegar o retrovisor.
15:42Ah, eu vou levar meu irmão, pega ele.
15:44Ah, vou levar meu namorado, vou levar meu cunhado.
15:46Ah, me pega, eu tenho vontade.
15:48Isso, todo dia.
15:49Gente, você que não assistiu a peça ainda, é um spoilerzinho, mas vale a pena assistir.
15:54Tem um momento, conta para o pessoal.
15:56É, tem um momento que o Wilvio chega pela plateia, entrega um retrovisor e aí essa
16:00pessoa, ela participa do espetáculo.
16:03Durante todo o espetáculo.
16:04Ela ganha brinde.
16:04Aliás, tem brinde nessas duas sessões.
16:07É mesmo?
16:07Um brinde surpresa nessas duas sessões de sábado e domingo.
16:11Hoje e amanhã.
16:13Exatamente.
16:13Ó, adorei.
16:16Eu estarei na plateia, vou sair daqui, ó, junto com o Maurício, já direto para o teatro.
16:21Agora, vamos falar sobre televisão ainda.
16:23Tem um seriado aí feito pela Cangarau por você e o Wilvio?
16:28Conta para a gente.
16:29É assim, a gente, a Cangarau, ela, nós estendemos a nossa atuação.
16:35Agora a gente é Cangarau Filmes.
16:37Então a gente está fazendo também audiovisual.
16:39A gente já fazia, nós fazíamos menos.
16:42Depois de um tempo a gente resolveu que queria engajar e engajamos.
16:45Aprovamos um projeto na Lei Paulo Gustavo do Estado, né?
16:50E a gente filmou, ano passado, o que se chama As Mineiras Uai.
16:55São oito municípios de Minas contando a história de oito mineiras.
16:59E são 68 atores mineiros em cena.
17:03Como assim?
17:04É uma loucura.
17:06São 68 atores, sendo que são oito episódios.
17:10Cada episódio é protagonizado por uma mulher.
17:13E se passa, quatro episódios se passam no Vale do Jequitinhonha, Felisburgo, Jequitinhonha, Araçuaí e Rubim.
17:22E quatro episódios no Centro-Oeste.
17:25São Gonçalo do Pará, Maravilhas e Garatinga e Pitangui.
17:31E aí conta a história de mulheres.
17:33Foi escrito pelo Silvio Sersô, que é um autor muito conhecido, mineiro, mas conhecido nacionalmente.
17:40E dirigido pelo Márcio Trigo.
17:41Aí tem em cena Milmara Gomes, Ana Cândida, tem Caete, Carlos Nunes, Amaury Reis, eu, Kenia de Oliveira.
17:50É tanta gente, não dá para falar.
17:52São 68 pessoas, 68 atores mineiros.
17:55E já está disponível?
17:57Como é que é?
17:57Como é que funciona agora?
17:58Então, nós vamos fazer uma exibição agora do seriado em agosto no Palácio das Artes, na Sala Humberto Mauro.
18:05E depois vamos fazer em todos os municípios.
18:08A gente vai chegar com o episódio lá, rodando, para eles veem a cidade deles em cena.
18:14E está sendo negociado para a distribuição através do streaming, né?
18:17Para poder as pessoas assistirem.
18:19Eu acredito que até meio do ano, lá para outubro e tal, já vai estar disponível para todo mundo.
18:25Então, vamos recapitular aqui os próximos passos da Cangarau e o que vem por aí.
18:30Nós temos o seriado que possivelmente...
18:33As Meninas Uai, que no meio do segundo semestre vai estar disponível nos streamings.
18:37Aí a gente tem o espetáculo novo que vocês estão... vão começar a ensaiar agora, segunda-feira.
18:44Que deve chegar por aqui quando...
18:46A gente estreia dia 18 de setembro no CCBB.
18:50No CCBB da Praça da Liberdade.
18:51Primeira vez que nós vamos fazer peça no CCBB.
18:55Olha, então é uma estreia e num lugar assim...
18:58O Yves está fazendo 50 anos de carreira, gente.
19:01Olha que lindo.
19:02O Yves tem 50 anos de carreira.
19:04Eu 35.
19:05Sim.
19:06E é a primeira vez que nós vamos fazer no CCBB.
19:08Muito legal.
19:09É, merece uma...
19:10É a altura de vocês.
19:11É uma celebração com oração.
19:12A altura já começa aí.
19:13E temos também...
19:16Então vamos lá, o seriado, o filme.
19:18O filme, eu acredito que o Espírito achou em mim.
19:20Que deve chegar talvez no ano que vem?
19:21É, o filme é julho do ano que vem.
19:23Porque nós terminamos de filmar agora.
19:26E aí agora tem a montagem.
19:28Tem muita coisa de efeito especial.
19:30Porque é um filme que tem um fantasma em cena.
19:33E tem uma novidade no filme.
19:35A história do filme, ela é uma história modificada da peça.
19:38Isso que eu ia perguntar.
19:40É modificada.
19:40Então tem algumas mudanças.
19:42Muitas mudanças.
19:43Muitas.
19:44A gente entendeu que no filme, a gente achava que precisava tratar de outros assuntos.
19:51Que o assunto da sexualidade em si, ela estava superado.
19:55Hoje em dia já é muito comum, muito normal, o que eu falei.
19:58Graças a Deus.
19:59Sim.
20:00Então a gente fez um filme tratando de outras coisas.
20:03Então é como se fosse uma continuação do Espírito da Show em mim do teatro.
20:08Até porque a gente já tinha feito um que era a mesma história.
20:11Então agora a gente pegou o mote, que é a história de um cara que baixa no outro para conversar com o outro.
20:18Sim.
20:18Esse mote está lá presente.
20:20Os personagens estão lá presentes, mas eles contam a história um pouco diferente.
20:25Ah, eu já estou ansiosa pela estreia desse filme.
20:28Quem viu a peça vai reconhecer os personagens, vai reconhecer algumas histórias, mas vai ver uma história nova.
20:35No filme, para você ter ideia, a gente monta uma peça do Shakespeare.
20:40Tem Shakespeare no nosso filme.
20:42E a gente fala lá que o Shakespeare, um dos personagens tenta provar que Shakespeare é mineiro.
20:49É, lê, lê, imagina.
20:51Olha isso, Shakespeare.
20:51Isso vai dar um desdobramento bom.
20:54Vai dar o que falar.
20:55Vai dar um desdobramento bom.
20:56E aí temos o filme, temos o seriado As Mineiras Uai, que já está pronto.
21:03É, já está pronto.
21:04E temos a peça nova, o Colisão, que é o Ivo comemorando 50 anos.
21:11Temos o Maio, que a gente continua fazendo.
21:14E o Maio no teatro.
21:16E o Maio que a gente, ano que vem, vai filmar também.
21:19Está virando um longa.
21:20No filme.
21:20Que a gente filma.
21:21Da Cangarau Filmes.
21:22Da Cangarau Filmes.
21:23Exatamente, já vai ser o quarto produto da Cangarau Filmes.
21:26Agora, vamos falar um pouquinho sobre o teatro em Minas Gerais.
21:30Não é um caminho muito fácil essa escolha de ator para os mineiros aqui em Belo Horizonte
21:35ou para o interior do estado.
21:36É um caminho difícil, né?
21:37É duro, é duro, é muito duro.
21:41Eu posso dizer isso porque, assim, eu, graças a Deus, Silvio e eu, a gente é muito privilegiado
21:46com a nossa carreira, com a nossa profissão.
21:48A gente teve e tem bastante sucesso.
21:51As pessoas reconhecem o nosso trabalho.
21:53A gente tem um público que sustenta a gente, né?
21:56Que paga as nossas contas.
21:57Mas não é fácil.
21:59É difícil, é difícil.
22:00É difícil.
22:01Quanto mais difícil fala, mais difícil é.
22:04Porque a gente tem dificuldade de patrocínio.
22:06A gente tem dificuldade de apoio.
22:09A gente tem dificuldade...
22:10Os aluguéis de teatro são caros.
22:12E eu não estou reclamando.
22:13É porque é caro mesmo.
22:14Porque a estrutura é cara, porque o segurança é cara, a luz é cara.
22:19A estrutura é cara.
22:20Então, tem que ser caro mesmo.
22:23E é difícil.
22:24A nossa profissão é muito difícil.
22:26Eu, Ilvio e mais uns gatos pingados aqui, a gente é privilegiado.
22:30Viver só de teatro.
22:31O ator hoje, ele não pode viver...
22:32Um ator em geral, em Belo Horizonte ou em Minas, ele não consegue viver só de teatro, né?
22:37A gente vive, a gente faz outra...
22:39A gente faz televisão, né?
22:40O Ilvo agora acabou de sair de uma novela.
22:42A gente está fazendo audiovisual.
22:47Eu dirijo, né?
22:48Eu dirigi, eu dirigi muito teatro.
22:49Agora mesmo eu estou dirigindo um espetáculo novo, que estreia.
22:52Nós estamos montando uma peça infantil também, que a gente está produzindo, que se chama Água Joia Rara.
22:58Gente, não, para!
23:01Eles não param.
23:02É projeto, é trabalho, é atrás de trabalho.
23:05A gente vive disso, então a gente acaba tendo que fazer muito para poder a coisa acontecer.
23:11É uma profissão, né?
23:12Nós temos um escritório com as meninas que trabalham lá, os meninos, né?
23:15O Alisson, a Marisa, que trabalha segunda, funciona de segunda a sexta, de 8 a 18, abre como qualquer outra empresa.
23:22E essa empresa, ela precisa sustentar as famílias que trabalham lá, as pessoas que trabalham lá.
23:27E o processo criativo precisa continuar acontecendo para que isso também...
23:30Exatamente, exatamente.
23:31Então, nós estamos atualmente com uns 10 projetos, mais ou menos.
23:36Porque tem ainda, eu não falei, mas, por exemplo, nós estamos com um filme que a gente vai estar começando a produzir,
23:43que chama Confurreição, que é um filme que a gente vai filmar 25% dele em Portugal, em Lisboa.
23:49Talvez em 2026 ou em 2027.
23:52É uma produção mineira junto com a produção paulista e uma produção de Portugal.
23:57São três produtores.
23:59E aí a gente vai prospectando coisas para dois anos, para três anos, porque a gente não pode parar, né?
24:05Sim, e é assim que funciona, né?
24:07E é assim que funciona, exatamente.
24:09Mas para vocês fica, talvez, um caminho que não seja...
24:13Não é que não seja tão difícil quanto você prospectar, você ir atrás de investidor, de patrocínio.
24:18Isso deve ser, gente, sempre muito complicado.
24:20Muito.
24:21E o Will e eu fazemos um pouco de tudo.
24:23Por exemplo, a gente é ator, a gente é o produtor e a gente vai atrás dos patrocínios.
24:30A gente tem as pessoas que captam para a gente, eventualmente, os captadores,
24:34mas, de um modo geral, eu vou atrás também, o Will também vai atrás.
24:37Porque a gente não pode ficar só esperando o captador, porque nem sempre ele capta.
24:42E aí a gente tem que usar...
24:44Nós temos uma empresa, por exemplo, que patrocina a gente muito já, em todos os nossos projetos,
24:51que é a Ruxinal Turismo.
24:53Ela, ele patrocina a gente já todos os anos.
24:56Mas por quê?
24:57Ele foi ver a gente uma vez, gostou do nosso trabalho e eles patrocinam a gente no Brasil inteiro.
25:02Então é isso, é lindo, assim.
25:04Mas são conquistas que são diárias, né?
25:07Para a gente encerrar esse bate-papo, porque se deixar, eu fico aqui, ó, falando sobre teatro.
25:11Tem muita coisa, hein, com os projetos novos.
25:14Me conta que, independentemente de filme, de streaming, de encartaz em São Paulo e no Rio,
25:21Belo Horizonte sempre vai ser palco para Ílvio e Maurício.
25:25Sempre, sempre.
25:25Eu tenho, assim, a gente tem casa no Rio e a gente tem casa em São Paulo e o Viel.
25:31Mas a gente opta em morar em BH, porque nós temos casa aqui também e a gente mora aqui.
25:35A gente passa, agora mesmo eu vou para São Paulo, fico lá 50 dias.
25:40Eu estava no Rio, fiquei um mês, fico um mês em Belo Horizonte.
25:43A gente se divide nos três estados, porque além de a gente gostar dos três estados,
25:48a gente tem trabalho nos três estados.
25:51Os negócios acontecem nos três estados.
25:53Mas a nossa moradia é Belo Horizonte.
25:56Eu gosto de Belo Horizonte, eu gosto de morar aqui.
25:58Eu gosto de andar em Belo Horizonte, eu ando muito, né?
26:00Eu moro na região central aqui, então eu saio a pé, batendo perna e tal, eu adoro.
26:05Amo BH, amo, amo a minha terra.
26:07E não tem isso que a gente tem aqui em lugar nenhum, você concorda comigo, né?
26:10Não, não tem mesmo.
26:11E o palco de BH sempre vai ser palco para vocês dois, né?
26:14E aqui tem teatros maravilhosos, Cine Brasil, os Feluma, os Chico Nunes.
26:20A gente é muito bem recebido.
26:22Eu fui assistir um espetáculo com o Palácio das Artes outro dia.
26:25Todo mundo me recebendo a bilheteira, o porteiro, o segurança, todo mundo abraça a gente.
26:34Eu estava com duas amigas, você conhece, é segurança do teatro.
26:39E esse?
26:39Ah, esse é porteiro do teatro.
26:41E esse?
26:41Ah, essa é a bilheteira do teatro.
26:43Gente, mas foi porque a gente trabalha aqui há muitos anos.
26:46Então a gente tem uma história com esse teatro, tem uma história com essas pessoas.
26:50A gente trabalha junto, eles estão lá vendendo nossos ingressos, a gente está lá em cena pulando, correndo, tentando agradar o público.
26:56Aí, cara, Belo Horizonte, eu vou sair de Belo Horizonte, sabe quando?
27:00Quando eu morrer.
27:01Mas vai ficar ainda muitos anos por aqui com a gente.
27:04Muito obrigada pela entrevista.
27:06Obrigado.
27:06Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
27:09Você que está aí com a gente, o nosso bate-papo termina aqui.
27:12Você acompanha a íntegra desta conversa amanhã no Jornal Estado de Minas.
27:17Tá bom?
27:17Muito obrigada.
27:18E até o próximo em Minas.
27:19Obrigada, Laura.
27:20Obrigado, viu?
27:21É ótimo, né?
27:21É ótimo.
27:22E aí
27:38E aí
27:38Legenda por Sônia Ruberti

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