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Gominho revela últimos momentos com Preta Gil e processo de luto: ‘Quinze dias de pranto’

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Transcrição
00:00Obviamente que é triste, é muito doloroso, mas eu já estou numa parte muito de celebrar a vida dela,
00:06porque ela vai ficar em mim dela, ela vai ficar em mim.
00:09Tem que ter a alegria dela, a energia dela, o astral dela, os conselhos dela.
00:12Então eu estou vibrando que ela viva dentro de mim.
00:15Perfeito. E assim, você fala muito sobre a representatividade dela,
00:18ela lutou bastante, que ela também não se entregou para a doença.
00:22Você que estava bem próximo dela, assim, nesses últimos momentos,
00:24ela chegou a dizer alguma coisa que realmente queria e que não aguentava mais?
00:29Não, não, mas ela sempre fazia piada escrota, porque ela tinha um gosto escroto.
00:36Eu fui lá agora para ensinar ela, e aí a Sabrina deu uma bolsa para ela, uma bolsa caríssima.
00:42Aí eu falei, irmã, que você foi? Então ela falou, é, né, vou ter que usar no céu.
00:46Aí ela falou, dois segundos, falou, será que vou para o céu?
00:49E eu tive uma crise no quadro do hospital.
00:51Então essa era a preta, mano, sempre debochando das situações, mas ali firme.
00:55Eu acho que era uma forma dela firmar ainda mais a energia dela, né, brincando, zoando.
01:01Mas eu acho que no fundo mesmo, ela sempre teve um dado momento que ela sabia.
01:06A preta era muito sábia.
01:08A preta era muito sábia nesse lugar.
01:10E é difícil as pessoas entenderem isso.
01:12E é isso. Quando eu cheguei lá em Nova York, eu olhei para ela,
01:16e eu entendi que ali não tinha mais o que eu posso fazer.
01:19Foi um conjunto doido, assim.
01:21E ela pegou minha mão e me olhou com o olhar, eu falei, é, amor, vou pegar mais minha amiga.
01:26E aí eu voltei para o Brasil aos prantos.
01:28Foram 15 dias de pranto mesmo, passando no quarto dela chorando, no closet dela chorando.
01:33Fiquei uma semana sem falar com a mãe dela, para não conseguir encarar a mãe dela.
01:37Não consigo encarar a mãe dela.
01:37Então, agora eu estou assim, tranquilo, falando com essa tranquilidade, sem remédio, sem nada.
01:43É porque é isso, assim, eu convivi com ela nesses dias, uns três anos, todo dia.
01:46Eu sei quanto esses descantos dela é merecido, mesmo sendo triste, porque ela está indo embora.
01:51Ela sabe quanto é merecido, porque eu não estava, tá?
01:54Mas ela lutou, ela lutou.
01:56Lomir, se você pudesse resumir a preta em uma palavra, qual seria ela?
01:58Uma palavra?
02:01Entusiática.
02:02Literalmente entusiática.
02:03Da vida, da música, da horta, dos amigos, sabe?
02:06Qualquer pessoa que cruzasse o caminho dela, essa seria a mudadinha da pessoa.
02:12Uma palavra, ela tem dinheiro, aquela vida de um jeito com os outros, sabe?
02:17Então, é isso, fica uma entusiática do ser humano.
02:20Da era.
02:21Dominho, você estava em São Paulo, né?
02:22Quando você chegou, eu fui com o Dom Domingos.
02:25Não, tranquilo, você estava em São Paulo, né?
02:27Eu fui fazendo a Maria agora.
02:28Como foi essa correria para eu chegar até aqui?
02:30Ah, eu fui tranquilo, quando a Ana me chamou, eu quis muito ir, porque eu acho que,
02:33é, primeiro que começaram a falar, começaram a supor várias coisas na internet, eu achei
02:37meio deselegante, porque é isso, mano, é a preta.
02:40A preta é a pessoa que mais agrega, e isso ganha uma coisa dela de sempre.
02:45Então, achei meio chato e fiquei feliz também, porque eu sabia que era para enaltecer a vida
02:48dela.
02:49É, eu anotoci a vida dela em vida, homenageei ela em vida o tempo inteiro, vibrei por ela
02:53em vida o tempo inteiro, e eu vou continuar vibrando.
02:55O melhor é o meu topo lá nos Estados Unidos.
02:57Ela me proibiu, eu vou lembrar que ela queria comigo e o Big Brother descansar, ele precisa
03:02descansar do mundo, assim.
03:03Ela diz, ah, eu não arrumo ideia, pelo amor de Deus, estou no dia aqui para te defender.
03:08Ela veio para essas piadas, né?
03:09A gente pensou muito sobre mim, sobre ela, sobre o que ela estava sentindo.
03:13A gente tinha uma relação muito, muito... e nem é íntima, assim, a gente era meio
03:19que quase um espelho, assim, é verdade mesmo.
03:22Então, eu cheguei lá, não entendi tudo, eu falei, é, minha amiga vai embora.
03:29E é isso, aí eu tive duas semanas de luta, assim, sozinho, na casa dela, que é muito chato.
03:33Por isso que eu agora estou tão bem, até para falar sobre isso, sem remédio, sem nada,
03:36eu já não tomo remédio.
03:37Você vai ver o luto antes, né?
03:38É.
03:38Fora o luto, a convivência diária mesmo, é do sofrimento.
03:44Quim, terapia é um negócio infernal.
03:46A radioterapia é uma desgraça, não é um negócio que eu exige para ninguém, tá ligado?
03:49Quem dirá para minha amiga, que é pura, sabe?
03:52E eu tenho falado dela sempre no presente, porque é o que eu tenho falado para todo mundo.
03:55Para mim, ela está mais que viva dentro de mim, eu vejo o sol, o sol bate em mim, eu
03:58vejo o sorriso dela e sinto ela bem.
04:00Por isso que eu já falei, ela está odiando esse chororô, ela está com o peito desse chororô.
04:04Porque, preta, a bateria não topou, ela é com a puta que a bateria não topou.
04:07Não iam botar drink, aliás, com a puta, aí botaram o drink.
04:11Eu conheço ela nesse lugar, nessas camadas, nessas nuances muito sutis da vida.
04:16Então, foi lindo.
04:17Foi a cara dela ali, que você não gasta, que você fez as festas dela, foi lindo.
04:20Como ela merece.
04:21Como ela merece.
04:22Exato.

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