- anteontem
O CRIME QUASE PERFEITO ID INVESTIGAÇÃO DISCOVERY 2024
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00:00Stephanie é uma jovem de 9 anos feliz, que prefere botas de cowboy a vestidos.
00:13Nós preferíamos ficar brincando na lama com carrinhos com os meninos do que brincar de boneca.
00:19Uma noite, ela foi jogar boliche com os amigos e nunca voltou.
00:24Eu me lembro daquele homem olhando para todos nós e aí eu percebi que ele poderia ser mais do que uma pessoa estranha.
00:34Ela tinha 9 anos de idade e se fosse fugir de casa iria para a casa da vovó, mas ela não estava aqui.
00:41Esta história mudou uma pequena cidade para sempre.
00:45Dia 11 de outubro sempre vai nos lembrar da Stephanie. Ninguém a esquecerá, nunca será esquecida.
00:51Desaparecidos
01:1711 de outubro de 1993.
01:36Charles, Idaho.
01:38É uma cidade rural de mil habitantes, que fica no meio de duas cordilheiras.
01:42E a cidade mais próxima fica a uma hora de distância.
01:45Charles é bem pequena. Há poucas pessoas aqui, então todos se conhecem.
01:51Todos tomam conta uns dos outros e se preocupam uns com os outros.
01:56Por volta das 3 da tarde, Stephanie Craney, de 9 anos, saiu da escola e foi com os amigos ao boliche, do outro lado da rua.
02:04Nós todos fomos juntos até o boliche e o Charles para fazer a nossa competição escolar de boliche.
02:10A Stephanie gostava de se misturar, então eu sei que ela jogava futebol e boliche.
02:27Stephanie definitivamente não era uma garota feminina.
02:30Ela era uma moleca. Ficava com o pai o dia inteiro, ia pescar, caçar, catar pedras.
02:42Gostava muito da natureza.
02:44Nós duas fomos criadas mais ou menos da mesma forma.
02:51A gente preferia ficar brincando na lama, com carrinhos, com os meninos, do que brincar de boneca.
02:56Ou pentear o cabelo e fazer as unhas.
02:59Mal podíamos esperar para ter idade para poder caçar.
03:03Stephanie sempre fez amizade fácil, tanto com meninas quanto com meninos.
03:08Ela parecia estar sempre brincando por aí, sorrindo.
03:13Ela sorria sempre e era muito engraçada, muito extrovertida.
03:17Não tinha inimigos.
03:18Não desgostava de ninguém, gostava de todo mundo.
03:21Era uma companhia divertida.
03:25Ben, o pai de Stephanie, trabalhava nas minas locais e também era taxidermista.
03:31A mãe, Sandy, era dona de casa.
03:33Eles tinham três filhas mais novas, com dois, quatro e seis anos.
03:37Stephanie era mais próxima do pai do que da mãe.
03:42Porque sempre tinha uma irmã mais nova e acha que a Sandy estava ocupada com elas.
03:48Os amigos diziam que Stephanie tinha uma relação única com o pai.
03:51Eles estavam sempre brincando um com o outro, se provocando, contando piadas.
03:56Bem felizes, sabe?
03:57Amorosos.
03:58Stephanie, sendo a primeira neta, era muito próxima de sua avó, Hazel.
04:11Stephanie vinha aqui para passar o tempo comigo, já que eu ficava no jardim e ela gostava de ficar lá.
04:17Ela ficava muito tempo comigo.
04:20Stephanie assumiu o papel de irmã mais velha para as três irmãs com facilidade.
04:24Me lembro dela levando a irmãzinha para todo lado.
04:28Era como se fosse a nossa boneca viva.
04:31Me lembro dela levando a sua irmãzinha por todo lado.
04:34Era como se fosse nossa boneca real.
04:38E a jovem menina adorava a liberdade de poder andar de bicicleta onde quisesse em Charles.
04:43Todos nós andávamos de bicicleta em Charles.
04:46Íamos para tudo que é canto da cidade, na cidade inteira.
04:49Era aquela cidade rara, onde ninguém trancava as portas.
04:55As crianças andavam de bicicleta pelas ruas e brincavam pelas ruas sem os pais.
05:01Nossos pais iam nos buscar algumas vezes, em alguns lugares.
05:06A Stephanie sempre voltava a pé do boliche, como voltava da escola.
05:09Às 4h45 da tarde, do dia 11 de outubro, Stephanie e os amigos estavam terminando um jogo da liga escolar de boliche.
05:20A mãe de uma amiga, Luanne Berry, estava lá para contar os pontos das crianças.
05:24O time das garotas que tinha Stephanie e suas duas amigas estava jogando.
05:31E quando terminaram, os pais vieram buscar.
05:34As duas amigas saíram juntas e fomos os últimos a sair do boliche.
05:41Ao sair, Luanne viu Stephanie no estacionamento do boliche.
05:45Eu perguntei a Stephanie se estava indo para casa.
05:48E ela morava depois do rio, perto do boliche.
05:51Ela disse que sim, que ia para casa.
05:54Então, eu entrei no meu carro e aí eu dei a ré, mas no meu retrovisor eu vi que a Stephanie estava indo a pé para a ponte do rio.
06:05Então, eu pensei que ela ia atravessar a ponte para ficar na casa da avó, a Hazel.
06:11Quando também estavam saindo do estacionamento, Brandi Bennetts e a mãe também viram Stephanie no estacionamento.
06:18Mas agora ela estava esperando para atravessar a estrada 93 em direção à escola.
06:22Me lembro da minha mãe esperando ela atravessar e ela me perguntou,
06:26pergunta se a Stephanie não quer uma carona, porque ela está indo de volta para a escola.
06:31E eu gritei, Steph, está indo onde?
06:33Quero uma carona.
06:35E ela disse, não, esqueci minha mochila no campo de futebol lá na escola.
06:39A escola ficava a cinco minutos dali e depois mais dez para a Stephanie chegar em casa.
06:44Era para ela chegar às cinco da tarde.
06:48Sua avó Hazel morava ao lado.
06:50Mas já havia passado das cinco e Stephanie não apareceu.
06:55Sandy, a mãe da Stephanie me ligou às cinco e quinze para perguntar se ela tinha ido à minha casa.
07:02E eu disse que não.
07:03Mas talvez ela estivesse no quintal brincando com os meninos.
07:07Então eu fui perguntar para os amigos dela.
07:10Mas nenhum deles tinha visto a Stephanie.
07:13A mãe e a avó de Stephanie começaram a procurá-la imediatamente.
07:18Eu peguei o meu carro e fui procurá-la pelas ruas.
07:22E quando escureceu, eu sabia que ela estava em algum lugar,
07:27porque ela não ia ficar na rua depois de anoitecer.
07:31A família disse que todos que a conheciam sabiam que a coisa que ela mais tinha medo era o escuro.
07:37Ela sempre me pedia para passar a noite comigo e eu sempre aceitava.
07:45Assim que o sol se punha, ela queria voltar para casa.
07:50Ela passava poucas noites comigo.
07:54Mesmo quando Stephanie ficava sozinha em casa, não podia ficar escuro no seu quarto.
07:59Passamos a noite na casa dela uma vez e ela não apagou a luz do quarto dela.
08:05Eu não sabia porquê.
08:07E ela não me disse nada.
08:10A família se perguntava se ela tinha ido passar a noite na casa de uma amiga.
08:15Talvez para escapar do barulho da própria casa com as três irmãs.
08:18Nós pensávamos que era provável ela ter ido para a casa de uma amiga.
08:24Então eu comecei a ligar para os outros para saber se ela tinha ido para a casa de alguém.
08:30Mas os telefonemas de Hazel e a volta de carro pela cidade de Sandy não deram em nada.
08:37Às oito da noite, ainda não haviam notícias de Stephanie.
08:40E sua mãe ficou extremamente preocupada.
08:44Sandy Crane, a mãe de Stephanie, chegou na delegacia às oito e pouco da noite
08:49para dizer que não conseguia encontrar sua filha de nove anos, Stephanie.
08:55Então nós mandamos o único policial que tínhamos lá
08:58para ver se ela tinha caído no rio perto do boliche.
09:03Parecia que Stephanie não estava no rio.
09:06Apesar de ser difícil ter certeza no escuro.
09:10A atendente da emergência, Linda Dubiel,
09:12ligou imediatamente para o departamento de busca e resgate de Custer e para os bombeiros.
09:18Moradores próximos também se juntaram à busca por Stephanie.
09:22Éramos cerca de cinquenta pessoas na época.
09:25E todos procuramos por onde devíamos procurar e voltamos para nos encontrar no boliche.
09:32Eles queriam estender a busca até o centro.
09:35Sabendo que o tempo é fundamental, os grupos de busca usaram tudo o que podiam.
09:40Eles usaram as caminhonetes da polícia, os cavalos e os carros na busca.
09:45Eles procuraram a pé.
09:48A equipe de busca e resgate de Custer usou um barco para procurar no rio Salmo.
09:53Mas as equipes não encontraram nada da Stephanie.
09:56Era para a gente voltar à delegacia à meia-noite.
09:59E quando chegamos lá, o delegado disse que ia cancelar a busca.
10:04Com a melhor amiga, então desaparecida, a última imagem de Stephanie agora aterroriza Brandi Bennett.
10:11Eu dei tchau para ela quando ela estava na calçada, voltando para a nossa escola.
10:18Eu disse tchau e depois falei para ela.
10:20Te vejo amanhã na escola.
10:22Stephanie Craney, de 9 anos, não chegou em casa depois de sair do boliche em sua cidade natal de Charlize, Idaho.
10:37Ela está desaparecida há 14 horas.
10:40As últimas pessoas que viram Stephanie dizem que ela estava voltando para a escola para pegar sua mochila e voltar para casa.
10:48A notícia do desaparecimento de Stephanie se espalhou rápido por Charlize.
10:53Na manhã seguinte, a mãe de sua amiga Brandi lhe deu uma notícia terrível.
10:58Ela falou, eles não estão achando a Stephanie.
11:02Ninguém falou com ela desde ontem no boliche.
11:05Eu não sabia o que pensar.
11:06Os pais de Stephanie e seus entes queridos estão preocupados com o seu desaparecimento.
11:11Descobri na manhã seguinte que a Stephanie não tinha voltado e foi aí que todo mundo me encheu de perguntas.
11:18A avó dela me perguntou, a Stephanie estava com você? Sabe para onde ela foi?
11:26Durante o dia, policiais locais, bombeiros, o departamento de busca e resgate e mais de 100 voluntários ajudaram na busca.
11:34Policiais estaduais e federais também foram a Charlize para dar uma ajuda.
11:41Uma foto de Stephanie junto com uma descrição do que usava foi enviada à polícia de Idaho e a todas as agências de polícia pelo estado.
11:49Passamos um pente fino na área inteira que andamos na noite anterior.
11:59Arbustos, quintais com barracos e garagens.
12:03E então, de repente, um achado curioso perto da escola chamou a atenção dos investigadores.
12:09Um veículo que os moradores não reconheciam estava parado no estacionamento a alguns metros da entrada da escola de Stephanie.
12:16Recebemos várias denúncias de uma caminhonete amarela perto da escola.
12:21As pessoas acharam o suspeito.
12:25Numa cidade do tamanho de Charlize, os moradores afirmam reconhecer os carros uns dos outros.
12:31Mas esse não era de ninguém da cidade.
12:34Quando a polícia foi procurar o carro, tiveram um problema.
12:38A caminhonete que havia sido vista perto da escola não estava lá quando os policiais chegaram e ninguém sabia a placa.
12:46Enquanto a polícia tentava localizar o carro, os moradores locais se organizaram para espalhar a notícia do desaparecimento de Stephanie.
12:56O pessoal formou o chamado Amigos de Stephanie.
13:00E começaram a mandar vários panfletos dela em envelopes de cartas para o país inteiro.
13:05Mandamos panfletos para os Estados Unidos inteiro.
13:09Fizemos um monte de panfletos e começamos a pendurar em tudo quanto é canto perto de onde morávamos na cidade.
13:19Um cão farejador da polícia de Idaho foi levado para procurar qualquer vestígio de Stephanie.
13:24Ele foi do boliche até a escola e depois para a casa da Reza onde a Stephanie ficava.
13:31O cão farejador identificou o cheiro de Stephanie, mas o perdeu alguns metros do boliche.
13:40No terceiro dia depois do desaparecimento de Stephanie, os moradores procuraram nas beiras de estrada a pé.
13:47Luan e Barry e seu filho Brandon juntaram-se a eles.
13:51Numa vala perto da estrada, eles encontraram uma placa de carro.
13:54A placa do carro estava em cima da grama, onde ficavam os arbustos e tudo mais.
14:01E ela estava lá, disseram para deixar as coisas onde encontrássemos e ligar para a polícia.
14:06Achando que a placa poderia ter vindo do carro envolvido no desaparecimento de Stephanie,
14:12Luan e anotou o quilômetro mais próximo da estrada 93.
14:17Depois, um caminhão os levou oito quilômetros ao sul para continuarem a busca.
14:22Ele encontrou outra placa e me disse, mãe, achei outra placa e tem o mesmo número daquela que nós achamos.
14:32Eu avisei para a polícia e depois eles foram lá para recolher as provas.
14:41Cerca de cinco meses depois, a polícia estadual de Idaho ligou para Luan e seu filho
14:47para falar das placas que encontraram dois dias após o desaparecimento de Stephanie.
14:51Perguntaram se elas estavam cobertas de terra ou se estavam escondidas nas plantas,
14:57se pareciam estar lá há muito tempo, se elas estavam viradas para baixo ou então viradas para cima.
15:06Mas as placas não levaram a nenhum suspeito.
15:08No meio de tantos esforços, os amigos de Stephanie disseram que tentaram voltar às próprias vidas.
15:18Mas nada mais seria o mesmo.
15:21Ela sentava à minha esquerda.
15:23Eu me lembro que quando chegava na escola e podíamos ir para as nossas carteiras,
15:27mas não podia encostar na da Stephanie.
15:29Tinha alguma coisa em volta dela e era para ficar exatamente daquele jeito.
15:34Eu ficava na sala, mas a Stephanie não aparecia.
15:38E quando uma outra criança ficava doente, todo mundo sabia o porquê, o que aconteceu.
15:44Então aquilo foi bem estranho.
15:46Me lembro que havia alguma coisa na mesa dela que eu queria,
15:49mas eu não lembro exatamente o quê.
15:52Talvez um bilhete.
15:53A gente estava na idade de ficar passando bilhete uma para a outra.
15:57Eu acho que escrevi alguma coisa vergonhosa num bilhete para ela, ou sei lá.
16:01Eu queria aquilo no lixo.
16:05Mas eu não podia pegar.
16:11Quatro dias depois do desaparecimento de Stephanie,
16:15os investigadores interrogaram as crianças com as quais ela estava naquela noite.
16:19E vários deles perceberam uma coisa preocupante.
16:22Eu vi uma pessoa estranha que eu nunca tinha visto.
16:27E ele era assustador.
16:30De acordo com as crianças, o estranho parecia estar fixado no jogo de boliche.
16:34Eu lembro bem daquele homem olhando para todos nós.
16:38E eu percebi, eu senti mesmo,
16:41que ele poderia ser mais do que uma pessoa estranha.
16:44Seguindo a nova pista,
16:51os policiais pediram ao amigo de Stephanie, Chase,
16:54que desse mais detalhes.
16:55Foi aí que eu decidi contar para eles
16:57tudo o que eu conseguia lembrar daquele dia.
17:00Eles queriam saber até o tipo de cigarro que o cara fumava.
17:04O FBI trouxe um desenhista profissional
17:07para fazer o retrato falado do suspeito.
17:10Eles perguntavam, ele tinha a cara redonda ou uma cara oval?
17:14Mas ele tinha uma cara bem fina.
17:16Depois eles perguntaram das bochechas dele
17:19e eles sempre me mostravam como o desenho estava ficando.
17:22Quando eu falei, é, esse aí parece com ele.
17:25Aí eles imprimiram e colocaram um aviso de procurado.
17:31Os investigadores mostraram o desenho no estado todo,
17:35mas não receberam ligações.
17:37Também falaram com o dono do boliche.
17:41Nos dez dias seguintes,
17:43nenhuma informação adicional foi recebida
17:45quanto ao caso de Stephanie.
17:49Mesmo a recompensa de 50 mil dólares,
17:52metade arrecadada pelos moradores
17:54e metade por uma fonte anônima,
17:56resultou em nada.
17:57A família de Stephanie continuou a lidar com a dor
18:02e a confusão do seu desaparecimento repentino.
18:07Você fica atormentada no começo.
18:11Acho que não dormi nada na primeira semana.
18:15E por que eu fui achar que se ficasse acordada,
18:17nada de ruim aconteceria com ela?
18:20De acordo com os amigos,
18:22os pais de Stephanie ficaram desolados,
18:24mas tentavam manter as esperanças.
18:27O pai, Ben, ficou bem mais reservado.
18:32Eu me lembro dele ficar mais quieto.
18:35Quase, quase mudo.
18:40Ao ver um de seus moradores desaparecer assim,
18:43o povo de Charles passou a viver com medo.
18:50Você pensa que essas comunidades pequenas são seguras,
18:53mas aí bate a sensação ruim
18:55de que nada mais está seguro.
19:00Estávamos aterrorizados.
19:02Todos nós, pais, filhos,
19:05nos tornamos ainda mais reclusos
19:08do que éramos, mais cautelosos.
19:12Os moradores diziam que os dias
19:14sem preocupações das crianças andando sozinhas
19:17haviam acabado.
19:18Ted estava na terceira série,
19:21então eu levava ele para a escola.
19:23De manhã, levava ele até a porta da sala.
19:26Eu pegava ele na sala.
19:27Não confiava em ninguém
19:29para levá-lo até o ônibus.
19:31E quando eu chegava na escola,
19:33havia 10, 15, 20 outros pais
19:36lá buscando os filhos na sala.
19:44Os policiais continuaram a procurar
19:46de porta em porta,
19:48tentando determinar se alguém havia visto
19:50algo suspeito na noite do desaparecimento de Stephanie,
19:53incluindo alguém estranho na cidade.
19:56Ou a caminhonete misteriosa parada na porta da escola
19:59ainda não identificada.
20:01A tarefa deles ficou mais complicada,
20:04já que Stephanie desapareceu em outubro,
20:06no meio da temporada de caça a cervos e wipe cheese.
20:09Durante o mês inteiro,
20:12caçadores de outros estados foram a Chalice,
20:15pela estrada 93,
20:17a estrada principal da cidade,
20:19onde Stephanie foi vista tentando atravessar.
20:21Caçadores vêm de outras cidades pelo sul,
20:24entende?
20:25De Idaho Falls e Pocatelo.
20:27Os investigadores tiveram que imaginar
20:33o pior e mais assustador cenário.
20:36Um caçador de passagem pela cidade
20:38raptou Stephanie na beira da estrada.
20:40No dia 15 de outubro,
20:46quatro dias após o desaparecimento de Stephanie,
20:49uma dica surgiu sugerindo essa possibilidade.
20:52Na noite em que ela desapareceu,
20:54um veículo desconhecido foi visto na cidade.
20:57Uma van azul parada na estrada 93,
21:00a meio quilômetro do Boliche.
21:03E 45 minutos depois,
21:05outra pessoa viu essa van azul,
21:0745 quilômetros ao sul de Chalice.
21:09Um dos relatos que a polícia de Custer
21:12recebeu do atendente de uma loja de conveniência
21:15foi que havia dois homens brigando.
21:20Quatro dias depois do desaparecimento de Stephanie Craney,
21:24as autoridades conseguiram uma pista promissora
21:26sobre uma van azul avistada em Chalice, Idaho,
21:29com dois homens brigando próximos a ela.
21:32Me solta! Por que você fez isso?
21:35Os policiais tentaram encontrar a van
21:37onde foi avistada por último,
21:39na estrada 75,
21:41no sudeste de Chalice.
21:42Quando os policiais chegaram,
21:44a van já tinha ido.
21:46Pelo que os policiais de Custer disseram,
21:49a van não estava mais lá.
21:51Descobriram que,
21:51como da outra vez que viram uma van,
21:53ninguém anotou a placa ou o modelo.
21:56E também não havia nenhum vídeo
21:58de segurança para ajudar.
22:01Nos três meses seguintes,
22:03nenhuma pista nova
22:05foi encontrada pela polícia.
22:07O retrato falado do homem do boliche
22:11também não levou a lugar nenhum.
22:13No dia 27 de setembro de 1994,
22:26um dia antes do que seria
22:27o décimo aniversário de Stephanie,
22:29os moradores decidiram comemorar
22:31com um gesto simbólico.
22:33A cor favorita dela era roxo.
22:36Em lembrança,
22:37Stephanie,
22:37sua família e outros moradores
22:39soltaram balões roxos.
22:41Já sofrendo com a perda de Stephanie,
23:04sua família passou por situações
23:06ainda piores nos anos seguintes.
23:08Em 1995,
23:12um ano e meio depois do desaparecimento
23:14de Stephanie,
23:15seus pais, Sandy e Ben,
23:17decidiram se divorciar.
23:18Eles acabaram se separando
23:21e eu não achei isso estranho.
23:24Acho que o Ben
23:25tentou esquecer
23:27esquecer ou seguir,
23:28seguir em frente
23:29e que a Sandy
23:31sofreu mais.
23:35Em maio de 1995,
23:37a Nora de Hazel, Sandy,
23:38se mudou para Reno,
23:40Nevada,
23:40e teve problemas de saúde.
23:42Não acho que a vida dela era boa.
23:44Ela acabou morrendo
23:46com coágulos no pulmão.
23:48O pai de Stephanie, Ben,
23:51ficou em Chalice
23:52e cuidou das três filhas sozinho.
23:56De acordo com a avó,
23:57a família Crane lamentou
23:59a perda de Stephanie
24:00todos os dias.
24:03Hazel diz que seu marido Earl,
24:05o avô de Stephanie,
24:07ficou com raiva e frustrado
24:08com a completa falta de respostas
24:10sobre o desaparecimento da neta.
24:12Ele estava com raiva.
24:14Com raiva de quem a levou.
24:16Com raiva do nosso sistema legal
24:18que não conseguia encontrá-la.
24:20De si mesmo,
24:21pois não conseguia
24:22resolvido esse problema sozinho.
24:25Hazel diz que tentou de tudo
24:27para ter uma vida normal,
24:28mas que é extremamente difícil.
24:31Eu acho que você não esquece.
24:33Só faz as coisas
24:36que tem que fazer.
24:39Teve uma vez que uns amigos
24:40foram lá em casa
24:41na sexta para jantar
24:43e estavam todos rindo
24:46e brincando.
24:49Eu desabei,
24:50saí de casa,
24:51entrei no trailer
24:52e fiquei sentada lá chorando.
24:57Os membros da família de Stephanie
25:00dizem que sentiram
25:01que os policiais
25:02não os mantiveram
25:03a par das novidades
25:04da investigação.
25:06Em 1995,
25:08o procurador-geral de Idaho
25:10visitou os cranes
25:11numa tentativa
25:12de acalmar suas preocupações.
25:14Mas a mensagem oficial
25:15que ele trazia
25:16não foi bem aceita.
25:17Uma das coisas
25:18sobre a qual reclamamos
25:20era o fato
25:21de não sabermos de nada.
25:23Eles não nos contavam nada.
25:25E o procurador disse,
25:26de acordo com o nosso gabinete,
25:29não há provas
25:29de que o crime
25:30foi cometido.
25:33E eu disse,
25:34você acha que ela evaporou?
25:36Sim,
25:36um crime foi cometido,
25:38mas ele respondeu,
25:39talvez ela tenha
25:40fugido de casa,
25:41mas eu falei
25:42que isso era impossível.
25:44Ela só tinha nove anos,
25:45se ela fosse fugir de casa,
25:47ela estaria na casa da avó,
25:48mas ela não está.
25:50O caso foi arquivado
25:51por mais um ano.
25:52Mas no começo de 1997,
25:56o Departamento de Caça e Pesca
25:58de Idaho
25:58avisou aos policiais
26:00de uma pista gigantesca.
26:03Eles estavam com o caçador
26:05Keith Haskock
26:06sob custódia,
26:07por posse ilegal de animais.
26:09Os inspetores
26:10encontraram um estoque
26:11de pornografia
26:12em seus pertences
26:13e parecia incluir
26:14meninas menores de idade.
26:18E mais,
26:19eles acreditavam
26:20que Haskock
26:21estava em Chalice
26:22há quatro anos atrás,
26:23quando Stephanie desapareceu.
26:26Sabíamos que o senhor Haskock
26:28estava aqui
26:28no dia 11 de outubro,
26:30porque ele matou
26:31uma ovelha
26:32no Rio Morgan,
26:32no condado de Cursor.
26:34Os investigadores
26:35também descobriram
26:36que Haskock
26:37costumava dirigir
26:38uma caminhonete
26:39parecida com
26:39a amarela misteriosa,
26:41avistada perto da escola
26:42depois do desaparecimento
26:43de Stephanie.
26:45Ele dirigia
26:46uma caminhonete amarela,
26:47mas não tínhamos
26:49o bastante,
26:49não havia provas
26:50para prendê-lo.
26:52Mas quatro anos depois,
26:54a polícia não conseguiu
26:55localizar a caminhonete amarela.
26:57Apesar de encontrar
26:58a pornografia
26:59e uma possível ligação
27:00com a caminhonete,
27:01uma busca na casa
27:02de Haskock
27:03não resultou
27:03em provas do caso.
27:05No final,
27:06os policiais
27:07não puderam conectá-lo
27:08ao ocorrido.
27:09Nenhuma pista nova
27:10surgiu no condado
27:11de Custer.
27:12Mais uma vez,
27:13o caso foi arquivado.
27:16E outras mudanças
27:17aconteceram na vida
27:18da família Craney.
27:19Em 1998,
27:22cinco anos depois
27:23do desaparecimento
27:24de Stephanie,
27:25seu pai, Ben,
27:26se mudou com a família
27:27para a ilha Orcas,
27:29em Washington,
27:30cerca de 2 mil
27:31quilômetros
27:31de Idaho.
27:32Os avós de Stephanie,
27:34Hazel e Earl,
27:35ficaram em Charles,
27:36ainda torcendo
27:37para que ela
27:37voltasse algum dia.
27:38Passaram-se mais
27:58dois anos
27:58sem nenhum desenvolvimento
28:00no caso.
28:04E então,
28:05em maio de 2000,
28:06quase sete anos
28:08depois do desaparecimento
28:09de Stephanie,
28:10houve uma nova pista
28:11em Nampa,
28:12Idaho,
28:13500 quilômetros
28:14a leste de Charles.
28:15O sargento Myers
28:16recebeu a informação
28:17de que um detento
28:18da nossa prisão
28:20possuía informações
28:21do desaparecimento
28:23de Stephanie Craney.
28:24Então,
28:25o Myers interrogou
28:25esse detento.
28:26O detento disse
28:28para o detetive
28:29que uma amiga dele
28:30havia alugado
28:31um quarto
28:31no apartamento
28:32de um homem
28:33em 93,
28:34no ano
28:34do desaparecimento
28:35de Stephanie.
28:38Ele afirmou
28:39que ela lhe falou
28:40que os vizinhos
28:41ouviram sons perturbadores
28:42de uma janela próxima.
28:46Eles ouviram
28:46uma menina chorando
28:47e berrando no purão,
28:49mas ninguém podia
28:50entrar lá.
28:50Nos sete anos
28:56desde o desaparecimento
28:58de Stephanie Craney
28:59de nove anos,
29:00a polícia teve
29:00poucas pistas promissoras.
29:03No ano 2000,
29:04o caso Craney
29:05ficou famoso
29:06dentro do estado
29:07de Idaho.
29:09Quando eu digo
29:10que cresci em Charles,
29:12eu escuto,
29:13então foi lá
29:13que uma garota
29:14foi sequestrada?
29:15Pois é,
29:15a repercussão
29:16foi nacional.
29:18E então,
29:19em abril de 2000,
29:20o caso arquivado
29:21voltou à vida
29:22de repente,
29:23depois de aparecer
29:24uma pista
29:25para a polícia
29:25de Canyon,
29:26300 quilômetros
29:27ao leste
29:28de Charles.
29:29O caso de Stephanie Craney
29:31era considerado
29:31um caso grande
29:32todas as vezes
29:33que uma menininha
29:34some.
29:35É importante
29:35fazer todo o possível
29:36para resolver
29:37e nosso departamento
29:38trabalhou muito,
29:38muito duro.
29:39Seguimos muitas pistas
29:40e informações
29:41durante vários meses.
29:43A pista veio
29:43de um detento
29:44numa prisão
29:45do condado de Canyon,
29:46que contou
29:47aos oficiais
29:47sobre uma mulher
29:48que dizia
29:49conhecer o homem
29:50responsável
29:51pelo desaparecimento
29:52de Stephanie.
29:53Os detetives
29:54interrogaram a mulher
29:55e ela lhes disse
29:56que há sete anos,
29:57em 1993,
29:59morou com um homem
30:00que viajava
30:01entre Idaho
30:02e Oregon.
30:03quando ela morou
30:05com ele em Nampa,
30:06Idaho,
30:07achou o comportamento
30:08dele extremamente
30:09suspeito.
30:10Foi aí que descobrimos
30:11esse porão
30:12e ninguém podia
30:13entrar nele.
30:15Ele não deixava
30:16ninguém lá embaixo,
30:17ninguém foi lá,
30:18mas dava para ouvir
30:19uma menina chorando.
30:20A colega de quarto
30:21disse que os vizinhos
30:23achavam que alguém
30:24estava em cativeiro.
30:25Ela disse que
30:26perguntava a ele
30:27por que o porão
30:28estava sempre trancado
30:29e sua resposta
30:30foi perturbadora.
30:31Ele disse que
30:32era filha dele,
30:33que ela estava
30:34de castigo
30:34por ter fugido
30:35ou algo do tipo.
30:37A mulher disse
30:38aos policiais
30:38que quando o homem
30:39saía do apartamento,
30:41ela olhava
30:41os pertences dele
30:42e que achou
30:43várias coisas perturbadoras,
30:45incluindo calcinhas infantis.
30:49Assustada
30:50e confusa,
30:51ela decidiu
30:51que precisava
30:52fugir deste homem
30:53antes que algo
30:54acontecesse a ela
30:55ou aos seus filhos.
30:56Sete anos depois,
31:00os investigadores
31:01ainda se perguntam
31:02se a menina
31:03no porão
31:03era realmente
31:04Stephanie Crane.
31:06Esse era o apartamento
31:07dele,
31:08número um,
31:09onde o homem
31:10morava.
31:11Era dessa janela
31:13que os vizinhos
31:14diziam ouvir
31:15uma menina chorando
31:16e gritando.
31:19Em abril de 2000,
31:21com o depoimento
31:21da mulher em mãos,
31:23os detetives
31:23do condado
31:24Keniel
31:25investigaram
31:25o passado do homem.
31:27Eles descobriram
31:28que 13 meses
31:29antes do desaparecimento
31:30de Stephanie,
31:31em novembro de 92,
31:33ele foi preso
31:34por crimes sexuais
31:35contra um menor.
31:37Ele foi acusado
31:38na época
31:39em que vivia
31:39em Portland
31:40de abusar
31:42da própria filha.
31:44O homem,
31:44cujo nome
31:45as autoridades
31:45não divulgaram,
31:47foi sentenciado
31:48por estupro
31:48de vulnerável,
31:49mas nunca cumpriu
31:50a pena por um acordo
31:51com a polícia.
31:52ele foi sentenciado
31:55a seis meses
31:55de cadeia,
31:56convertidos
31:57em três anos
31:58de condicional
31:58e pôde se mudar
32:00para Idaho.
32:01O juiz também
32:02decidiu que todo
32:03contato futuro
32:04com a sua filha
32:05deveria ser
32:06supervisionado.
32:08Em meados de abril,
32:09os detetives
32:10o acharam
32:11em seu trabalho.
32:11Quando falei
32:12com aquele homem
32:13pela primeira vez,
32:14ele estava trabalhando
32:15como uma pessoa
32:16qualquer em Nampa
32:18e eu perguntei
32:19se ele aceitaria
32:19participar do interrogatório.
32:21O homem concordou
32:22em fazer o teste
32:23do polígrafo
32:24e os investigadores
32:25lhe fizeram
32:26várias perguntas
32:27específicas.
32:28Elas eram do tipo
32:29você teve algum envolvimento
32:30no desaparecimento
32:31de Stephanie Crane?
32:33Você raptou
32:34Stephanie Crane?
32:35Três perguntas
32:36dessa natureza
32:36e ele respondeu
32:37que não.
32:38Mas a máquina
32:39indicou que ele
32:40estava sendo bem
32:41desonesto
32:42nas respostas.
32:44Quando lhes disseram
32:45o resultado do polígrafo,
32:47o homem ficou
32:47na defensiva.
32:49Ele ficou um pouco
32:49zangado, argumentativo,
32:51sabe?
32:52Ele estava tentando
32:52explicar
32:53porque o teste
32:54apontou mentira.
32:58Uma semana depois,
33:00os detetives
33:01obtiveram
33:02um mandado de busca
33:02para o apartamento
33:03do homem
33:04em Nampa.
33:06Eles inspecionaram
33:07o apartamento
33:08por completo,
33:09onde há sete anos
33:10os vizinhos
33:11ouviram a voz
33:12de uma menina.
33:13E havia
33:13dois colchões
33:14no purão.
33:16Algumas manchas
33:17que pareciam
33:18de sangue
33:18as quais nós
33:19cortamos
33:19e etiquetamos.
33:21Encontramos também
33:22corda e algumas
33:23fibras com cabelo.
33:28Os detetives
33:28mandaram os colchões
33:30com marcas de sangue
33:31para o laboratório
33:32de Boise.
33:34Dois meses depois,
33:36os resultados chegaram.
33:38Os vestígios
33:39de sangue
33:39eram inconclusivos.
33:41Os detetives forenses
33:42não puderam determinar
33:43se o sangue
33:44era humano
33:45ou animal.
33:46O cabelo
33:46era humano,
33:47mas o laboratório
33:48não possuía
33:49o equipamento
33:50para realizar
33:50testes de DNA,
33:52já que não havia
33:53folículo.
33:54Eles precisavam
33:55de mais uma prova
33:56para poder afirmar
33:57que aquele cabelo
33:58era, de fato,
33:59de Stephanie Craney.
34:01Apesar dos investigadores
34:02acreditarem
34:03ter provas
34:04de que o homem
34:04estava ligado
34:05ao desaparecimento
34:06de Stephanie Craney,
34:07não podiam prendê-lo.
34:10Então,
34:10o mistério
34:11do que aconteceu
34:12com Stephanie Craney
34:13permaneceu.
34:14Era um caso
34:15muito antigo.
34:16Eu sinto muito,
34:17mas quanto mais
34:17tempo passa,
34:18mais difícil
34:20fica de se solucionar.
34:23Um mês depois,
34:25a polícia estadual
34:26de Idaho
34:26e o FBI
34:27voltaram a Charles,
34:29ainda procurando
34:29provas ligadas
34:30ao homem.
34:33Eles mostraram
34:34uma série de fotos
34:35a Tina Foster,
34:36que trabalhava
34:37no boliche
34:37na noite
34:38em que Stephanie
34:38desapareceu.
34:40Quando lhe perguntaram
34:41se ela via
34:42o homem misterioso
34:43ali,
34:43descrito há sete anos
34:44por Chase,
34:45amigo de Stephanie,
34:46Tina apontou
34:47para a foto
34:48do suspeito.
34:51Mas disse não ter
34:52100% de certeza.
34:55Sem uma identificação
34:56correta,
34:57nem o DNA,
34:58os investigadores
34:59não puderam
35:00prendê-lo
35:00por sequestrar
35:02Stephanie Craney.
35:03em junho de 2002,
35:07o nome de um homem
35:08interrogado
35:09há cinco anos
35:10pelas autoridades
35:11ressurgiu.
35:13Os policiais
35:14de Bonneville
35:15estavam perseguindo
35:16Keith Hescock,
35:17o caçador
35:18preso por caça
35:19ilegal
35:19e posse de pornografia
35:21de menores de idade.
35:24Agora,
35:25Hescock
35:25era suspeito
35:26de um crime hediondo.
35:27Ele sequestrou
35:29uma menina
35:30de Adaral Falls,
35:31estuprou
35:32e algemou
35:33numa cama
35:34e saiu
35:34para trabalhar.
35:36Ele disse
35:36que já havia
35:37feito isso antes
35:38e que havia
35:38matado outra menina.
35:40Ela pegou
35:40um extintor
35:41de incêndio
35:41e bateu
35:43nas algemas
35:44até se soltar.
35:46Quatro horas
35:47depois de sua
35:47vítima de 14 anos
35:49se soltar,
35:50Hescock
35:50foi encontrado
35:51pelas autoridades
35:52em sua casa.
35:54Quando o senhor
35:54Hescock
35:55apareceu em casa
35:56do trabalho,
35:57os policiais
35:58estavam esperando
35:58na porta.
36:00Ele fugiu
36:00e houve
36:01uma perseguição
36:02de carros
36:02em Bonneville
36:03e acabou
36:03em Madison.
36:06Ele saiu,
36:07atirou
36:07e matou
36:08um cão policial
36:09e atirou
36:10na perna
36:10de um policial
36:11e depois
36:12se matou.
36:19Hescock
36:20morreu
36:20de seu ferimento.
36:21Então,
36:22os policiais
36:22nunca descobriram
36:23se ele tinha
36:24algo a ver
36:24com o desaparecimento
36:25de Stephanie,
36:26mas ele ainda
36:27é um suspeito.
36:30Em novembro
36:30de 2003,
36:32Hazel
36:32sofreu mais
36:33uma perda
36:34quando seu marido
36:35Earl
36:35morreu.
36:40Nos três anos
36:41seguintes,
36:42o caso não teve
36:43nenhuma novidade.
36:44em dezembro
36:49de 2006,
36:5013 anos
36:51após
36:51o desaparecimento
36:52de Stephanie
36:53Craney
36:53de nove anos,
36:54uma nova pista
36:55incomum
36:56apareceu.
36:58Um homem
36:58em Torn Creek
36:59a 430
37:00quilômetros
37:01de Chalice
37:02deixou um bilhete
37:03de suicídio
37:04dizendo que
37:04há alguns anos
37:05um amigo dele
37:06chamado
37:07Kevin Mooney
37:07lhe disse
37:08ter sequestrado
37:09uma menina
37:09chamada Steph
37:10em Chalice
37:11e a matou.
37:14Os policiais
37:15de Chalice
37:15seguiram a pista.
37:17Depois da delegacia
37:18de Custer
37:19receber essa informação,
37:21ligamos para os
37:22policiais estaduais
37:23de Idaho
37:23e para o FBI.
37:24Eles descobriram
37:25que Kevin Mooney
37:26tinha 42 anos,
37:28que trocava
37:29de emprego
37:29frequentemente
37:30e tinha diversas
37:31acusações
37:32de crimes menores.
37:33O senhor
37:34Mooney
37:35foi contatado
37:36e trazido
37:36para o escritório
37:37do FBI
37:37em Boise
37:38para um teste
37:39de polígrafo.
37:41Mooney
37:41disse para a polícia
37:42que não se lembrava
37:43de ter estado
37:44em Chalice
37:44no dia 11
37:45de outubro
37:46de 93.
37:47Os policiais
37:48realizaram uma busca
37:49completa na casa dele.
37:51Achamos vários
37:52cadáveres de cachorros
37:53perto da propriedade
37:54do senhor Mooney
37:55mas não deram em nada.
37:59Mooney
37:59disse aos investigadores
38:01que não sabia
38:01por que seu amigo
38:02diria que ele matou
38:03a garota.
38:04Quando passou
38:05no polígrafo
38:06os detetives
38:07não o consideraram
38:08mais um suspeito.
38:09A investigação
38:10morreu mais uma vez.
38:17No dia 11
38:18de outubro
38:19de 2012
38:2019 anos
38:21depois do
38:22desaparecimento
38:22de Stephanie
38:23a família Craney
38:24sofreu mais uma perda.
38:2719 anos
38:28depois do dia
38:29em que perdemos
38:30a Stephanie
38:30perdemos o Ben.
38:32ele teve um infarto.
38:36Ben
38:36o pai de Stephanie
38:37tinha 48 anos.
38:41Hazel
38:42diz que
38:42enfrentar
38:43a perda
38:44de sua primeira neta
38:45afetou
38:46para sempre
38:46a maneira
38:47como sua família era.
38:49Nunca saia
38:50sem abraçar
38:51uns aos outros
38:52ou falar
38:52eu te amo.
38:55Mesmo que seja
38:56pelo telefone.
38:57não fique com raiva
39:02um do outro
39:03sabe
39:03porque
39:04a vida é curta.
39:08E tudo
39:08que lembrava
39:09Hazel
39:10sobre sua neta
39:10Stephanie
39:11era algo
39:12a ser guardado.
39:13eu tenho um salgueiro
39:15no meu jardim
39:16que tem
39:19um galho
39:19estranho
39:20saindo dele.
39:21O meu marido
39:24pegou
39:24algumas tábuas
39:26e construiu
39:27uma casinha ali
39:28para ela subir
39:29e ficar em sua
39:30casinha da árvore.
39:32Já vieram
39:35várias pessoas
39:36querendo aparar
39:37a minha árvore
39:38querendo cortar
39:39esse galho
39:40e eu digo
39:41não
39:41esse é o galho
39:43da casa
39:43na árvore
39:44da Stephanie.
39:47De acordo
39:48com Hazel
39:49ela recebeu
39:49notícias
39:50sobre a investigação
39:51do desaparecimento
39:52de Stephanie
39:52durante os anos
39:53mas ela entende
39:55porque não lhe contam
39:56de todas as pistas
39:57que chegam
39:58no departamento.
40:00Se eu soubesse
40:02de tudo
40:02que chegasse lá
40:04eu ia acabar
40:06numa montanha
40:07russa
40:07de emoções
40:08e ia ficar
40:10maluca.
40:11Então eles
40:12me protegeram
40:13não me contando
40:14tudo.
40:16Linda Dubiel
40:17que atendeu
40:17o pedido
40:18de desaparecimento
40:19da mãe
40:19de Stephanie
40:20há 24 anos
40:21nunca esqueceu
40:23a jovem
40:23animada menina
40:24de 9 anos.
40:27Eu só quero saber
40:29o que aconteceu
40:29com aquela menina
40:30que sumiu
40:31enquanto eu servia.
40:32Onde ela está?
40:33Por que não
40:33achamos ela?
40:34Parece que ela
40:35acabou evaporando.
40:39Depois
40:40em junho
40:40de 2016
40:42a busca
40:43por Stephanie
40:43esquentou
40:44novamente.
40:46Desta vez
40:46Linda Dubiel
40:47e um novo
40:48grupo de
40:49investigadores
40:49foram a
40:50Charles
40:50para interrogar
40:51o homem
40:51que supostamente
40:53estava escondendo
40:53uma menina
40:54em seu porão
40:54em 1993.
40:57O departamento
40:57de Custer
40:58não deu detalhes
40:59do interrogatório
41:00porque o caso
41:01de Stephanie
41:02é uma
41:02investigação
41:03aberta.
41:05O detetive
41:05Wayne Chris
41:06que interrogou
41:07o homem
41:08em 2000
41:08diz que estava
41:09prestes a desvendar
41:10o caso.
41:11esse homem
41:15estávamos convencidos
41:16de que ele
41:17estava envolvido
41:18mas não conseguimos
41:19uma confissão.
41:21Ele chegou perto
41:22mas nunca
41:22admitiu tudo
41:23de fato.
41:24A avó
41:39de Stephanie
41:39Hazel
41:40diz que faz
41:41o que pode
41:41para viver
41:42no presente
41:42mas há
41:47um fato
41:48do desaparecimento
41:49de Stephanie
41:50que ela
41:50não engole.
41:51eu pensei
41:52por anos
41:53que alguém
41:53devia ter visto
41:54algo
41:55ou alguém
41:56não tem certeza
41:57do que viu
41:59ou não quer
42:01falar o que viu.
42:04Depois de tanto
42:05tempo
42:06do desaparecimento
42:07dela
42:08acho que se
42:09alguém soubesse
42:10de algo
42:10já teria falado.
42:12Notícias
42:13recentes
42:13sobre meninas
42:14sequestradas
42:15que escaparam
42:15de sequestradores
42:16anos depois
42:17dão esperanças
42:18ao povo
42:18de Chalice.
42:19quando eu vi
42:21a história
42:21de três meninas
42:22sequestradas
42:23em Ohio
42:24e depois
42:26a história
42:26de Jace Lee
42:27Duggar
42:27da Califórnia
42:28de vez em quando
42:29eu penso
42:29talvez ela esteja
42:30viva.
42:32Hazel
42:33diz que
42:33depois de todos
42:34esses anos
42:35ela ainda
42:35não consegue
42:36imaginar
42:36o que aconteceu
42:37com Stephanie
42:38naquela noite
42:39de outubro.
42:41Eu nem sei
42:42se ela morreu
42:43e eu nem sei
42:44se eu quero saber.
42:46Seus entes
42:47queridos
42:47ainda dizem
42:48depois de 24 anos
42:50que Stephanie
42:51ainda está
42:52viva em seus
42:52corações.
42:5311 de outubro
42:54sempre me fará
42:55lembrar da Stephanie.
42:58No outono
42:59eu penso na Stephanie.
43:01Isso é um fato.
43:04Ela nunca será
43:05esquecida
43:05por nenhum
43:07de nós.
43:07de nós.
43:08Tchau.
43:09Tchau.
43:10Tchau.
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