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Transcrição
00:00Donald Trump afirma que decidiu impor tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros
00:06porque pode fazer isso e quer dinheiro entrando no país.
00:11Trump estaria decepcionado com Putin e teria perguntado a Zelensky se ele poderia atingir Moscou.
00:17O líder ucraniano teria dito que sim, mas com o armamento certo.
00:22O TAM ameaça a China, Índia e Brasil com tarifas de 100% caso os países mantenham as relações comerciais com a Rússia.
00:31Guerra no leste europeu se intensifica com o envio de armas americanas a Kiev.
00:37Dezenas de palestinos morrem enquanto aguardam comida no ponto de ajuda humanitária.
00:43Cessar fogo entre Israel e Hamas parece distante e sem um acordo pela frente.
00:49Eu sou Eliseu Caetano, seja muito bem-vindo a essa edição especial do JP Internacional.
00:56Hoje nós vamos dar juntos uma volta ao mundo.
00:59Estaremos trazendo atualizações daqui dos Estados Unidos, lá da Europa com Luca Bassani
01:06e também diretamente de Israel com Fabrizio Naitzky.
01:11Jovem Pan Internacional está no ar.
01:19E nós abrimos essa edição com um assunto que tem movimentado praticamente todos os setores do Brasil.
01:27As tarifas de Donald Trump e o famoso tarifaço.
01:31O presidente dos Estados Unidos reacendeu a guerra comercial em escala global
01:36ao anunciar uma nova onda de tarifas contra diversos países, incluindo o nosso Brasil.
01:42Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump informou a imposição de uma tarifa de 50%
01:50sobre todas as exportações brasileiras e isso a partir do próximo dia 1º de agosto.
01:56Aliás, na mesma carta publicada em sua plataforma, a Trump Social, o republicano criticou e duramente
02:03o julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, chamando o processo de caça às bruxas
02:11e de vergonha internacional.
02:14Trump classificou ainda o julgamento como algo que não deveria estar acontecendo
02:20e afirmou que Washington abriria uma investigação sobre as práticas comerciais do Brasil.
02:27A mais recente ofensiva tarifária veio dias depois de o governo brasileiro convocar o encarregado
02:36de negócios dos Estados Unidos em uma resposta às declarações anteriores de Trump que questionavam
02:45o julgamento de Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe.
02:50Bolsonaro, por sua vez, nega qualquer envolvimento em um plano para impedir a posse de Lula,
02:59o que, segundo a Procuradoria-Geral da República do Brasil, só não se concretizou por falta de apoio
03:08do alto comando militar.
03:09Ao justificar as tarifas de 50%, Trump mencionou supostos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres
03:18e ainda advertiu para uma possível escalada caso o governo brasileiro opte por retaliar.
03:25Até então, o Brasil não figurava entre os países que haviam recebido comunicados prévios
03:30sobre a aplicação das tarifas.
03:33Em resposta firme, Lula utilizou a rede social X para declarar que qualquer medida de elevação de tarifas
03:43de forma unilateral será respondida à luz da lei brasileira de reciprocidade econômica.
03:50A legislação, aprovada por unanimidade pelo Congresso em abril, autoriza o Executivo a suspender concessões comerciais
03:59e também outras obrigações em casos de barreiras comerciais.
04:04Ainda na publicação, Lula enfatizou que o processo contra Bolsonaro é de competência apenas da justiça brasileira
04:13e que não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais.
04:21O petista também rebateu as críticas feitas por Trump às ações da justiça relacionadas à regulação das redes sociais no Brasil,
04:31afirmando que liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas.
04:40As novas tarifas impostas por Trump geraram reações também no cenário internacional.
04:45China, que foi alvo de uma tarifa de 50% sobre o cobre, sob alegação de segurança nacional, criticou a decisão.
04:55A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Nung, afirmou que medidas unilaterais e arbitrárias como essa
05:04não servem aos interesses de nenhuma das partes e condenou o uso excessivo do argumento de segurança nacional por parte de Trump.
05:15No dia seguinte, Trump continuou com a sua ofensiva e anunciou uma tarifa de 35% sobre as exportações do Canadá.
05:23A medida também foi comunicada em carta ao primeiro-ministro canadense Mark Carney e representa mais um capítulo
05:30da escalada protecionista do governo republicano, que já notificou mais de 20 parceiros comerciais
05:38desde o início da semana passada.
05:41Trump acusou o Canadá de retaliar injustamente com suas próprias tarifas e impôs a taxa de 35%
05:50também a partir de 1º de agosto, ameaçando colocar em risco o prazo para um novo acordo comercial entre os dois países.
05:58Canadá e México seguem tentando salvar o T-MEC, o Tratado de Livre Comércio que une as três nações norte-americanas.
06:08Ainda no sábado, Trump anunciou mais duas cartas, desta vez destinadas ao México e à União Europeia.
06:17No documento, anunciou também tarifas de 30% a ambos, citando o papel mexicano no tráfico de drogas para os Estados Unidos
06:26e um suposto desequilíbrio comercial com o bloco europeu.
06:30A nova alíquota para o México supera a anterior de 25%, embora o Tratado Norte-Americano isente alguns produtos.
06:39O governo mexicano respondeu e classificou a ação como tratamento injusto.
06:46Enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou as medidas,
06:52mas afirmou que ainda espera alcançar um acordo comercial com os Estados Unidos o quanto antes,
06:59e se possível, antes do prazo limite de 1º de agosto.
07:03Desde seu retorno à presidência, em janeiro, Trump impôs tarifas generalizadas a aliados e também rivais,
07:10movimentando mercados e elevando temores de uma recessão econômica global.
07:15Mesmo sob pressão para fechar acordos, até agora apenas Reino Unido e Vietnã assinaram compromissos comerciais com o Washington.
07:25Com a China, por exemplo, as tarifas foram temporariamente reduzidas em caráter recíproco.
07:33A ofensiva tarifária também chegou à Rússia.
07:36Nesta segunda-feira, Donald Trump ameaçou impor tarifas de 100% caso Vladimir Putin não aceite um acordo de paz na Ucrânia em até 50 dias.
07:48Durante uma reunião com o chefe da OTAN, Mark Rutte, na Casa Branca, Donald Trump declarou estar muito insatisfeito com a postura russa
07:56e afirmou que o objetivo das novas sanções seria sufocar economicamente o país.
08:03Trump e Rutte aproveitaram o encontro para anunciar que a OTAN comprará armamentos dos Estados Unidos,
08:10como baterias antimísseis Patriots, e os repassará à Ucrânia.
08:15A medida amplia o apoio militar americano ao governo de Volodymyr Zelensky.
08:21Nos bastidores, a pressão aumentou.
08:24Segundo reportagem do jornal Financial Times, Trump consultou Zelensky por telefone no último dia 4 de julho
08:34sobre a capacidade da Ucrânia de atacar Moscou e São Petersburgo.
08:39Segundo fontes dos dois governos, o presidente americano teria dito que,
08:45caso a Ucrânia demonstrasse essa capacidade, os Estados Unidos estariam dispostos a enviar armas de longo alcance.
08:55Zelensky teria respondido positivamente, desde que os armamentos fossem fornecidos.
09:01No dia seguinte, Trump rompeu com a pausa nas ajudas militares e anunciou o envio dos mísseis Patriots.
09:08A ligação com Zelensky ocorreu apenas um dia depois de Trump também ter falado com Putin por telefone.
09:18Segundo o próprio presidente americano, a conversa com o homólogo russo foi marcada por decepção,
09:26embora Trump tenha adotado uma postura de aproximação com o Kremlin no início desse seu novo mandato.
09:33As divergências vieram à tona nas últimas semanas após Vladimir Putin rejeitar propostas de cessar-fogo feitas pelos Estados Unidos.
09:45As falas de Trump repercutiram imediatamente em Moscou.
09:49O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, classificou as ameaças como um ultimato teatral.
09:59E ironizou, a Rússia não se importa.
10:04Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as declarações de Trump eram sérias e que precisariam ser analisadas com cuidado.
10:15O vice-chanceler russo, Sergei Ryabov, afirmou que Moscou não aceitará imposições ou ultimatos,
10:24mas reiterou que a Rússia está disposta a participar de novas rodadas de negociação pela paz no leste europeu.
10:33A mudança de tom de Trump em relação a Putin marca uma guinada importante na postura diplomática dos Estados Unidos.
10:41O republicano, que em sua primeira gestão mantinha uma linha ambígua com o Kremlin,
10:47agora pressiona ir publicamente por um cessar-fogo e amplia o apoio militar à Ucrânia.
10:54Ao final, mesmo diante das críticas internacionais e também do aumento da tensão geopolítica,
11:01Donald Trump confirmou o envio de mais armamentos para Kiev,
11:05reforçando a aliança com o governo ucraniano e também colocando fim, ao menos temporário,
11:13a qualquer expectativa de reconciliação com Moscou.
11:17E essa mudança de postura já mostra seus reflexos na política internacional.
11:23E o Luca Bassani nos conta como está a situação lá na Europa,
11:28agora que os Estados Unidos voltaram a se posicionar próximos à Kiev.
11:34É com você, Luca.
11:36Muito obrigado, Eliseu. Um abraço a você aí nos Estados Unidos.
11:40Realmente, a situação também tem repercutido dentro da Europa.
11:44Primeiramente, a gente vê que o bloco está dividido.
11:49O bloco europeu, a União Europeia.
11:51A gente não pode esquecer que são 27 países regidos internamente,
11:55cada um com seu próprio parlamento e muitas vezes representando visões opostas,
12:00seja no aspecto econômico, seja na política externa.
12:03Exatamente por isso que essa relação da União Europeia com os BRICS,
12:08ela é interpretada por alguns países do centro e também mais progressistas,
12:12mais da esquerda, como algo positivo, uma interação maior, pelo menos econômica,
12:18tanto com o Brasil, com a Índia, com a China.
12:21Obviamente que a Rússia sendo deixada de lado por conta das sanções econômicas envolvendo a guerra da Ucrânia,
12:26mas também pensando o que são países em potencial para o seu mercado consumidor,
12:32para produtos de alto valor agregado a produtos industriais,
12:38produtos que também são da indústria da moda, mais refinados,
12:42os italianos, os franceses, os espanhóis pensam nisso,
12:45mas tem sempre o entrave de outros países dentro da União Europeia
12:49que barram certas votações ou certas aproximações,
12:53achando que isso pode mandar uma mensagem errada aos Estados Unidos,
12:58o que acarretaria em maiores sanções econômicas, mais taxações.
13:02A União Europeia já foi taxada também por Donald Trump por 30%,
13:06não chegou aos 50% do Brasil,
13:08mas ainda assim muito salgado este preço desta guerra tarifária com um aliado histórico,
13:14e por isso mesmo são mais cautelosos.
13:17Eles abrem os caminhos para o diálogo sempre em todas as possíveis alternativas,
13:24mas sabendo que o cenário não é o ideal.
13:26Afinal, aqui na Europa, no aspecto da economia,
13:29temos o alto preço da energia, o alto preço dos combustíveis,
13:33já que o principal fornecedor, a Rússia,
13:36está fora do comércio continental por conta das sanções.
13:40Também tem um encarecimento natural do custo de vida desde a pandemia,
13:45algo que não reverteu aos preços anteriores a 2020.
13:51E essas questões geopolíticas, muito medo, muita tensão,
13:55que fazem o bloco investir cada vez mais em armamentos, em defesa.
14:01Inclusive, uma proposta da Comissão Europeia para o orçamento de 2028 a 2034,
14:07estamos falando há quase 10 anos de hoje,
14:10ele prevê quintuplicar os gastos militares,
14:14seja com a segurança das fronteiras,
14:16seja com a segurança também de cada um dos países no aspecto marítimo e aéreo,
14:22e também investir em armamentos mais novos,
14:25modernizando toda a sua indústria bélica.
14:28Então, esses gastos que vão sendo superados no novo orçamento
14:34para questões militares e de fronteira acabam faltando para outras áreas
14:37que poderiam ser compensadas com uma aproximação maior com os BRICS,
14:42mas nós sabemos que não é uma visão homogênea.
14:45Há aqueles que veem os BRICS como uma ameaça,
14:47inclusive por conta da presença da Rússia.
14:50Isso é inegável.
14:51Essa dicotomia, esse antagonismo entre a Rússia e o resto da Europa,
14:55neste momento, ele é talvez dos mais claros,
14:59desde que a Guerra Fria oficialmente acabou e a União Soviética colapsa em 1991.
15:04Outro ponto que é interessante falar do aspecto econômico
15:07e que essa questão dos BRICS às vezes atrapalha um pouco para a visão europeia
15:12é o acordo entre Mercosul e União Europeia.
15:15Sabemos aí que o Mercosul é um outro tipo de bloco,
15:18é uma unidade, união, melhor dizendo, econômica,
15:22que temos entre o Brasil, Bolívia agora, Argentina, Uruguai e Paraguai,
15:28e que poderia ter um mercado comum de mais de 700 milhões de pessoas.
15:34Esse tipo de proposta que vem sendo levada por ambos os lados do Atlântico
15:39desde mais ou menos o final da década de 90 tem os seus entraves na França,
15:43mas também tem fortes defensores, como a Alemanha, como a Espanha,
15:47como também alguns países menores do centro-leste europeu
15:52que também querem comprar o valor mais baixo, o café, carne bovina, laranja, etc.
15:57Então as questões econômicas envolvendo as tarifas, envolvendo um certo isolamento da Rússia
16:03faz com que a Europa olhe para a América do Sul, sobretudo o Brasil,
16:07como uma alternativa para ampliar os seus investimentos
16:11e ampliar a sua balança comercial com o resto do mundo.
16:14As dificuldades são sempre no campo político.
16:17E aí, para arrematar, olhando as questões políticas,
16:20a grande dificuldade ainda tem sido a guerra na Ucrânia.
16:24Um problema não resolvido, mais de três anos e meio de guerra acontecendo.
16:29A gente não pode esquecer que são centenas de milhares de mortos,
16:33sejam entre eles russos ou ucranianos, militares ou civis.
16:37E este impasse, já que temos os europeus defendendo que a Ucrânia
16:42mantém a sua integridade territorial assim como era antes da guerra,
16:45a guerra se mostrando extremamente cruel para a Ucrânia
16:50e difícil de se reverter esse quadro de configuração territorial
16:53e o presidente Donald Trump pressionando para que seja feito um acordo de paz,
16:59mas não tendo sucesso em convencer o presidente Vladimir Putin.
17:03Inclusive, colocando uma espécie de ultimato econômico
17:07que se dentro de 50 dias do prazo estabelecido não for assinado nenhum tipo de termo de paz,
17:13a Rússia sofreria sanções econômicas de 100%,
17:16ou seja, tarifas de 100% dos seus produtos que chegassem nos Estados Unidos.
17:21Em meio a tudo isso, muitos ataques têm acontecido dentro da Ucrânia.
17:26Foram mais de 2 mil drones utilizados nas últimas duas semanas,
17:30mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos também destruindo a infraestrutura energética,
17:35deixando milhares de pessoas sem energia e matando muitos civis,
17:39deixando tantas outras pessoas feridas.
17:41O presidente Zelensky vê que esse momento tem sido pelo menos positivo
17:46dentre tantas tragédias para regimentar a maior ajuda econômica dos Estados Unidos.
17:51Afinal, o presidente Donald Trump, nesse contexto de não conseguir convencer Putin
17:55e também não conseguir cumprir a sua promessa feita aos seus eleitores,
18:00prometeu novos armamentos para a Ucrânia, principalmente de defesa,
18:03sistemas de defesa antiaérea, como aqueles famosos Patriots,
18:07que chegarão a partir da OTAN, os Estados Unidos vai vender para a OTAN e a OTAN repassar para a Ucrânia,
18:13como uma maneira de mostrar sua solidariedade e de pressionar até mesmo os russos
18:20para se encontrar um caminho pacífico para essa guerra.
18:24Aquilo que a gente vê que o cenário continua de grande instabilidade,
18:26os blocos estão bem formados, Ocidente, Oriente, aqueles mais aliados à Rússia, China, Irã, Coreia do Norte
18:33e aqueles aliados ao eixo ocidental clássico com a Europa Ocidental, Estados Unidos, Japão, Austrália, etc.
18:39Mas tudo indica que as questões econômicas podem sim ser uma das respostas para reaproximar os dois lados,
18:49já que todo mundo quer fazer dinheiro, todo mundo quer poder pagar pelos bens necessários
18:55sem ter grandes dificuldades de continuar a sua vida, o seu país, a sua sociedade,
19:01assim como a gente observa muitas crises econômicas também surgindo nesse cenário.
19:05É muita coisa para a gente assimilar, mas são situações que nós continuamos sempre monitorando,
19:12seja nos Estados Unidos com o Elizeu, seja aqui na Europa comigo,
19:15ou também em outras localidades onde a notícia acontece.
19:19Exatamente por isso que eu passo a bola para você, querido Fabrício Naitzky.
19:24Oi, Luca! Oi, Elizeu!
19:25É um prazer falar com vocês nessa edição muito mais do que especial do JP Internacional.
19:30A gente está aqui em Israel, Tel Aviv, nesse momento.
19:33E olha, é um prazer estar por aqui, viu?
19:35Depois de 20 meses cobrindo esse conflito entre Israel e Hamas,
19:40que começou lá no 7 de outubro de 2023,
19:42pela primeira vez as equipes da Jovem Pan vieram aqui para Israel.
19:47O Luca conhece muito bem a região, né?
19:49Já esteve no Líbano, esteve há pouco também na Síria,
19:52conheceu vários e vários países aqui ao redor,
19:55mas Israel, desde o começo da guerra, é a primeira vez que as nossas equipes estão por aqui,
20:00conhecendo um país que tem muita história para contar,
20:03numa região que tem muita história para contar.
20:07E aqui a gente tem visto uma sociedade, um povo de mais de aproximadamente 11 milhões de pessoas
20:13que vivem aqui em Israel, que tem uma ferida muito aberta.
20:17E essa ferida tem nome.
20:19Para ser preciso, são aproximadamente 200 nomes,
20:23que são os reféns que foram sequestrados pelo Hamas naquele 7 de outubro de 2023.
20:30Enquanto todos esses reféns não voltarem para casa,
20:34esse país aqui não vai voltar ao normal.
20:37A gente vê aqui faixas, cartazes, manifestações,
20:42todos os dias, por todos os lados,
20:45todas as pessoas só falam na questão dos reféns.
20:50Nem tanto na questão da operação militar que acontece na faixa de Gaza,
20:54da guerra que acontece na faixa de Gaza,
20:57que já fez milhares e milhares de vítimas,
20:59mas principalmente e sobretudo na questão dos reféns.
21:04Essa é a grande questão para o povo israelense,
21:07é isso que nós ouvimos de absolutamente todas as pessoas
21:11com quem nós conversamos aqui em Israel nessa última semana.
21:16Um país que está acostumado a estar em guerra.
21:19Desde a Declaração da Independência em 1947,
21:22é um estado praticamente permanente aqui em Israel.
21:25As pessoas andam com armas nas ruas,
21:28as pessoas estão acostumadas, por exemplo,
21:30a ouvir sirenes e procurar abrigos nos bunkers.
21:34Há pouco, antes da gente entrar aqui no ar,
21:36nós estávamos nos preparando para entrar no ar
21:39e as sirenes tocaram em Tel Aviv.
21:40E imediatamente nós fomos para um bunker que tem aqui,
21:44ao lado de onde nós estamos.
21:46As pessoas que estavam na rua foram para esse mesmo abrigo.
21:50Dois minutos depois, elas saíram
21:52e a vida retomou como se nada tivesse acontecido.
21:56Essa é uma sensação, confesso para vocês,
21:59todo mundo que acompanha aqui o JP Internacional,
22:02que é um pouco bizarra,
22:04para a gente dizer o mínimo para nós brasileiros.
22:06porque nós fomos em diversos cantos ao redor do país
22:10e todo mundo sabe que há uma guerra sangrenta
22:13acontecendo na faixa de Gaza.
22:15Há uma tragédia humanitária acontecendo na faixa de Gaza.
22:18Mas aqui em Tel Aviv,
22:20que fica a aproximadamente 80 quilômetros da faixa de Gaza,
22:24e também, por exemplo, no Kibbutz Niros,
22:26que nós visitamos,
22:27que foi invadido pelo Hamas no 7 de outubro,
22:29que fica a 1,5 quilômetro da faixa de Gaza apenas,
22:33é como se nada estivesse acontecendo.
22:35A vida das pessoas segue normalmente.
22:38Quando nós estávamos no Kibbutz Niros nessa semana,
22:40isso foi na terça-feira,
22:42nós ouvimos bombas, explosões, tiros, sem parar.
22:48Um atrás do outro.
22:49Isso não é nenhum exagero.
22:51Bombas que caíram a 2, 3 quilômetros do local onde nós estávamos.
22:56E a vida seguia normalmente do lado israelense.
23:00A dona de casa segue fazendo as suas atividades.
23:02O jardineiro que cuidava ali do Kibbutz continuava regando as plantas.
23:08A vida segue assim.
23:09As pessoas aqui estão acostumadas com a vida desse jeito.
23:14Isso é algo que está encrustado nessa sociedade
23:18e que, para nós brasileiros, pode soar bizarro,
23:22pode soar até mesmo um pouco trágico.
23:24Porque isso, pelo menos na minha, nada mais que humilde opinião,
23:29não deveria ser o normal para absolutamente ninguém
23:32que haja esse estado tão belicoso,
23:35de tanta beligerância,
23:37em qualquer lugar do mundo que seja,
23:39por qualquer motivo que seja.
23:41E a gente sabe que muito se fala na questão da solução dos dois estados.
23:45Ou seja, seguir o plano que foi estabelecido pela ONU
23:48lá atrás, na década de 40,
23:50que estabelece um estado de Israel, um estado judeu,
23:54vivendo de maneira pacífica, coexistindo com o estado palestino.
23:59Agora, há aquilo que a gente chama de expectativa
24:02e há aquilo que a gente chama de esperança.
24:05Na minha, nada mais que humilde opinião,
24:06a gente conversa também com muitos especialistas
24:10aqui no JP Internacional,
24:12ao longo de toda a programação da Jovem Pan,
24:14todo mundo tem essa opinião,
24:17de que somente a solução dos dois estados
24:19levaria esse conflito ao fim,
24:21traria uma paz, uma estabilidade para a região.
24:24Mas agora, em questão de expectativa,
24:26tendo passado uma semana aqui,
24:28eu confesso,
24:29a expectativa para que algo assim aconteça é baixíssima,
24:33porque não é da vontade da população israelense.
24:36Então, qualquer político israelense
24:38que propor essa ideia,
24:40ele nunca mais vai ser eleito para rigorosamente nada.
24:43Ele nunca mais vai ganhar nem mesmo uma disputa
24:45para síndico do prédio.
24:46Isso é um fato.
24:48A gente tem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,
24:50que nessa semana se tornou minoria no parlamento,
24:54mas que sabe que ele pode negociar,
24:57que ele pode tentar convencer os partidos
24:59a voltar à sua coalizão
25:01para ter a maioria absoluta aqui no Knesset,
25:04que é de 61 deputados.
25:06É isso que é necessário para você ter maioria absoluta
25:09aqui no Knesset e continuar no governo.
25:11Por mais que Benjamin Netanyahu caia,
25:13e isso pode acontecer,
25:15logo mais o parlamento vai entrar em recesso de verão,
25:17aí ele fica parado por três meses
25:19e só depois ele volta,
25:20caso a oposição chegue ao poder,
25:23certamente a oposição também não vai propor
25:26a solução de dois estados,
25:28por mais que a comunidade internacional fale sobre isso.
25:31A comunidade internacional fala,
25:33mas pouco faz.
25:34Não há uma pressão muito efetiva.
25:37E aí, com a falta também de vontade política,
25:39porque não há apoio popular desse lado aqui da fronteira,
25:43fica muito difícil imaginar que algo assim pode acabar acontecendo.
25:48A situação humanitária na faixa de Gaza é gravíssima.
25:50A gente tem conversado com muitas pessoas em relação a isso,
25:54fomos até a passagem de Kerem Shalom,
25:56bem na fronteira,
25:58para ver um pouco mais de perto o que acontece por lá.
26:01E é uma sensação de desesperança.
26:05Precisa da entrada de mais caminhões por lá,
26:07entram cerca de 40, 50 por dia.
26:10A ONU fala que precisam de 500
26:12para abastecer a população diariamente,
26:15num nível suficiente.
26:17E as negociações para um cessar-fogo,
26:19elas se tornam cada vez mais difíceis.
26:21Na semana passada,
26:23a gente ouvia o governo dos Estados Unidos
26:25falando que tudo se resolveria naquela última semana.
26:27Isso não aconteceu.
26:28Nessa semana agora, também havia sido dado um novo prazo,
26:32também não aconteceu.
26:33Certamente vamos ouvir isso na próxima,
26:35na próxima e na próxima,
26:36e uma expectativa muito baixa.
26:38Por mais que se chegue a um acordo,
26:39a expectativa agora é de um acordo de 60 dias
26:42pela libertação de 30,
26:44dos 50 reféns que ainda estão lá,
26:47e a expectativa de que 20 estão com vida
26:49e outros 30 já não estão mais,
26:52a gente imagina que não vai haver um acordo muito duradouro.
26:57Muitas questões para a gente seguir trabalhando,
27:00para a gente seguir acompanhando de perto,
27:02e a gente espera logo voltar ao Brasil,
27:05vamos ter um belo documento,
27:07Jovem Pan,
27:08contando bastante do que a gente viu aqui,
27:10ouvindo especialistas,
27:11ouvindo a população local,
27:13que quer uma solução,
27:15mas não sabe exatamente qual é o caminho para isso,
27:18por onde que isso passa.
27:19É um grande enigma o que acontece aqui no Oriente Médio.
27:25Nada nessa região se resolve de maneira simples.
27:28Nada aqui é tratado de forma fácil.
27:33E isso deve continuar assim,
27:35infelizmente, até pelas próximas semanas,
27:38pelos próximos meses,
27:40quizá pelos próximos anos,
27:41e pelas próximas décadas.
27:43O que a gente pode imaginar que vai acontecer é difícil.
27:48O Estado de Israel é muito bem estabelecido.
27:51As coisas aqui são muito bem formadas.
27:53E é difícil imaginar como que isso aqui poderia também dar espaço,
27:58abrir espaço para a criação de um Estado palestino
28:01existindo de maneira conjunta,
28:03existindo de maneira respeitosa,
28:05com as fronteiras bem estabelecidas,
28:07dois Estados soberanos.
28:08O JP Internacional dessa semana vai ficando aqui,
28:11mas a gente se encontra, claro,
28:13ao longo da programação da Jovem Pan News
28:14e no sábado que vem,
28:16já com o JP Internacional,
28:18direto de São Paulo.
28:20Muito obrigado pela sua companhia
28:22e até a próxima.
28:24A opinião dos nossos comentaristas
28:26não reflete necessariamente
28:28a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
28:35Realização Jovem Pan
28:37Jovem Pan
28:39Jovem Pan
28:40Jovem Pan
28:41Jovem Pan

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