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Durante participação no 60º Congresso da UNE (Conune), realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, nesta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No mesmo discurso, Lula destacou a prisão de três generais no Brasil, classificando o fato como inédito na história do país. A bancada do Linha de Frente opinou sobre o assunto.

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Transcrição
00:00Os Estados Unidos é a única potência no mundo, então isso faz automaticamente ele ter um poder quase que imperial.
00:07Obviamente de uma maneira diferente, estamos vivendo num mundo cuja maioria dos países são democracias, incluindo os Estados Unidos,
00:15então não tem como ser um imperador aí na figura de linguagem extremamente coerente com tudo que se inclui, mas uma metáfora é válida.
00:26Então os Estados Unidos se posicionam como imperador ou uma polícia do mundo há muito tempo, é só você abrir os livros de história dos últimos 30 anos.
00:33Quem aí consegue interferir nos demais países do mundo? Quem aí consegue exportar modelos econômicos, políticos?
00:42Quem aí consegue ter uma certa hegemonia militar no mundo todo, interferências no Oriente Médio?
00:48Isso é sim agir como imperador do mundo, isso é sim agir como polícia do mundo.
00:52E o Trump veio para justamente não deixar a peteca cair deste país que está perdendo espaço econômico no mundo,
01:01perdeu a guerra recente do Afeganistão e isso já diz muito de como um país está numa crise econômica e política.
01:07Então o Trump vem para tentar recuperar esse fôlego, tentar recuperar uma economia que está mais numa calmaria
01:13e vem perdendo espaço no mundo.
01:15Então sim, é um pouco contraditório não se colocar e negar ser o imperador do mundo quando de fato você age como.
01:26Ainda sobre o imperador do mundo, na carta, como a gente já mencionou, enviada aqui ao governo federal,
01:32Donald Trump citou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
01:36A gente também tem um trechinho da fala do presidente Lula sobre isso. Vamos acompanhar.
01:41É a primeira vez na história deste país que nós temos três generais de quatro estrelas presos.
01:49É a primeira vez na história deste país.
01:52E não estão presos à toa, estão presos porque tentaram dar um golpe.
01:56Então essa gente vai ser julgada.
01:58Não vai ser julgada porque o Lula quer que ele seja julgado.
02:01Eu não estou juiz.
02:02Vai ser julgada porque eles mesmos se autodelataram e quem está julgando eles são os meninos da Suprema Corpo com base nos autos do processo.
02:13Então, Isadora, juntando a fala da Maria e a fala do presidente Lula, o que a gente pode tirar daí?
02:19Eu acho que complementando um pouco a fala da Maria sobre esse imperialismo americano e os Estados Unidos como polícia do mundo
02:26com esse posicionamento de poder se intrometer, investigar, dominar todos os países ao redor.
02:33Eu acredito que isso vem também um pouco de um cenário talvez de instabilidade do que é essa nova economia global.
02:40A gente tem passado por um, acho que o pós-pandemia tem provocado um movimento de novos blocos econômicos,
02:47de novas negociações, de um mundo um pouco diferente do que é o pós, do final dos anos 90, começo dos anos 2000,
02:53que foi a realmente era do imperialismo americano.
02:56Então, hoje, com a ascensão da China nos últimos 20 anos, a gente passou por uma nova lógica de mercado.
03:01E esse novo posicionamento coloca os Estados Unidos em xeque,
03:04muito por ele não estar ainda se adaptando e ser aderente a essa nova formação.
03:08Claro que é inquestionável a soberania americana, não tem como questionar os Estados Unidos nesse ponto,
03:14mas a gente está vendo sim um movimento dos blocos econômicos, de novos acordos entre BRICS,
03:19OTAN, desculpa, OTAN não, entre BRICS, Mercosul, e o Brasil está fazendo parte disso.
03:26E a gente vê que esse reflexo das tarifas dos 50%, elas vieram na sequência da cúpula do BRICS,
03:33que foi um momento onde se discutiu novos acordos comerciais,
03:36foi um momento em que a China se posicionou no Brasil mais fortemente,
03:39e que se voltou a falar de uma desdolarização,
03:41voltou a falar de uma independência à economia americana.
03:45Então, a gente está realmente discutindo esse cenário,
03:48e é um cenário consequente dessa guerra tarifária que se iniciou no começo do ano.
03:51Então, o próprio Trump provocou uma movimentação econômica global,
03:55para que os países começassem a enxergá-lo,
03:57não somente mais como um parceiro comercial,
04:00e sim como uma grande ameaça,
04:02que é literalmente o que ele está fazendo com o Brasil.
04:03A gente começou a enxergar que os Estados Unidos não é um parceiro.
04:06Ele pode, literalmente, de uma hora para outra,
04:08rever os acordos que ele tem com a gente,
04:10e tentar usar de tarifas e sanções como ferramentas de coesão.
04:13Esse novo cenário da economia global, eu acho que reflete esse momento,
04:17e o BRICS se coloca em pauta aqui,
04:19e é muito importante a gente olhar para o BRICS nesse momento,
04:21porque a gente estava falando do PIX, antes, no ponto anterior,
04:25e aí eu bato na tecla do PIX,
04:27do PIX ser uma ferramenta que está sendo até
04:29uma possibilidade de desenvolvimento para um PIX internacional,
04:32considerando que na cúpula do BRICS a gente fala de nova moeda,
04:35a gente fala de desolarização,
04:38e a gente tem uma presidência do Banco do BRICS brasileira.
04:41Então, a Dilma, sendo a presidente do Banco do BRICS,
04:43coloca também essa disputa entre Bolsonaro, PT,
04:47a nossa democracia brasileira,
04:48ela entra em jogo no meio de um cenário globalizado.
04:51A gente tem, literalmente, o cenário político interno do Brasil
04:54no meio de um confronto e de um dilema global como um todo.
04:57Então, olhando para essa economia nova como um todo,
05:00o Brasil, eu acho que, ele, claro que não bate de frente
05:03com o imperialismo americano, nem com uma soberania,
05:05mas a gente é, sim, uma estratégia muito importante.
05:08A gente é um pilar ali dentro dessa nova dinâmica
05:11e que pode, sim, para os Estados Unidos,
05:13ser uma ameaça ali para a economia americana.
05:16Nátaly, queria complementar?
05:18Só um comentário breve aqui,
05:20mas é importante sempre destacar e esclarecer.
05:22Quando a gente fala aqui do PIX,
05:24a gente está tratando sempre do meio de pagamento.
05:26Isso é super fundamental de colocar,
05:28até porque, muito bem também, como a Isadora colocou,
05:31a gente começa a ter novos blocos,
05:33essa queda desse...
05:35Não a queda, mas essa perda da hegemonia
05:39também se reflete na moeda.
05:40Não é só no meio de pagamento, mas é a moeda.
05:43Essa questão da dolarização,
05:44o que a gente chama de um sistema Fiat,
05:46um sistema que se baseia na confiança.
05:49Essa fiducia, essa credibilidade,
05:51ela está sendo posta à prova no próprio Estados Unidos.
05:55Então, os Estados Unidos têm medo de perder essa dolarização
05:57porque a moeda, ela simboliza a força, o poder.
06:01A hegemonia americana também está nessa moeda.
06:04Então, quando ele fala do PIX como meio de pagamento
06:07e não como moeda,
06:08ele também está começando a desafiar outros novos pilares
06:12que a gente tem, como, por exemplo,
06:13o CDBCs, que são as moedas dos bancos centrais nacionais,
06:17que tentam já refutar uma nova realidade que está aqui,
06:21não em pauta, mas que é importante lembrar,
06:24que são as próprias criptomoedas e os criptoativos.
06:26Eles vieram hoje justamente para fugir
06:29desse sistema internacional global.
06:32Então, já é uma outra fuga
06:34e a moeda vai cada vez mais perder essa relação de poder.
06:37Então, quando a gente fala do PIX,
06:39também tem esse discurso por trás,
06:41essa perda da própria hegemonia,
06:42do poder da moeda americana,
06:44que a gente precisa aguardar mais um pouquinho
06:46para poder entender como vai ser
06:48esse sistema de fiducia, o Fiat,
06:49se vai, de fato, ruir
06:51e a gente terá novas possibilidades
06:53para se pensar em novas moedas
06:57que podem, inclusive, vir desses blocos
06:59em termos de moedas,
07:00não só com o meio de pagamento.
07:02Então, precisa ter atenção a esse ponto também.
07:05Sim, Tia, antes do nosso próximo bloco,
07:07esse bate-rebate,
07:08entrega uma carta daqui, outra de lá,
07:11deve dar em algo antes do dia 1º de agosto,
07:14quando efetivamente começam essas taxações?
07:17Olha, é imprevisível, né, Bia?
07:19Eu acredito que alguma resposta que venha
07:23não vai ser efetiva no sentido de
07:26vamos ceder,
07:28vai ser algo que vai resolver a situação.
07:32Não acredito, honestamente,
07:33porque ainda se está naquela fase do rosnar, praticamente, né?
07:38Eu rosno daqui, outro rosno dali,
07:39e estão medindo forças.
07:41Muito em que pese, como bem se disse nessa bancada,
07:44é uma medição de forças desleal,
07:47sob o ponto de vista econômico.
07:49O Brasil não tem poderio econômico
07:51para se colocar à frente dos Estados Unidos.
07:54Mas, por outro lado,
07:55também é importante
07:57que tenhamos em mente
07:58que precisamos salvaguardar a nossa economia
08:01e que é, sim, preciso uma postura.
08:03Só que essa postura é uma postura de negociação.
08:06Na imposição, o Trump não vai ceder de forma alguma.
08:10Eu acredito que isso não precisa nem
08:12que alguém seja economista,
08:14que seja minimamente que observe o cenário internacional
08:17para perceber isso.
08:19Eu não acredito, Bia,
08:20que a gente tenha uma resposta efetiva,
08:23um cessar-fogo nesse sentido.
08:26Talvez, durante esse período,
08:28nós tenhamos aí algum avanço,
08:31alguma abertura de diálogo,
08:32a depender do tom que o nosso presidente use
08:36e a depender também de como o Trump receba isso.

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