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AprendizadoTranscrição
00:00A receita não parece difícil. Se relacionar bem com você, com os outros, se relacionar bem com o seu trabalho,
00:06claro, cuidar da sua saúde, com exercício físico e boa alimentação.
00:10Encontrar um propósito e tentar ser feliz.
00:13Mas mesmo curtinha assim, a receita para ter uma boa saúde mental parece que está cada vez mais longe da maioria das pessoas.
00:22Mas por que será?
00:23Jovem Pan, viva bem, com Márcio Atala.
00:32E para responder essa pergunta, eu tenho prazer em receber o psiquiatra, doutor Guido Boabai de Mai,
00:39médico do corpo clínico do Einstein e especialista no assunto. Obrigado, Guido, por ter aceitado esse convite.
00:45É um prazer estar aqui. Muito obrigado pelo convite e pela oportunidade.
00:49Bom, vamos lá. A receita parece ser bem simples, né?
00:52A gente tem o controle de muitas coisas, como no nosso estilo de vida, o que a gente come,
01:00o quanto eu me movimento, o quanto eu durmo, como eu consigo gerenciar o estresse.
01:06Mas parece que mesmo a gente tendo o controle dessas coisas, né?
01:10Do estilo de vida, está cada vez mais difícil incorporar bons hábitos.
01:15Mesmo tendo a informação.
01:17Como que se explica isso?
01:18A gente tem a informação, mas dificilmente tem o controle sobre o nosso comportamento.
01:25Se todo mundo tivesse controle sobre o próprio comportamento,
01:29todo mundo estava magro, estava todo mundo fazendo exercício.
01:32Então, o que rege o nosso comportamento vai muito além da nossa consciência.
01:37Bom, eu acredito muito que o nosso meio ambiente acaba influenciando muito.
01:44Então, não só a informação, mas esse meio ambiente acaba fazendo com que a gente tome algumas decisões,
01:51muito influenciado por esse meio ambiente,
01:54e isso acaba aumentando muito essa prevalência aí de ansiedade, depressão,
01:59que a gente chama de problemas de saúde da mente.
02:02E eu te falo isso porque em muitas empresas que eu acabo indo palestrar,
02:07eu faço a mesma pergunta para as pessoas.
02:10Há 20 anos, essa empresa tinha algum programa de qualidade de vida?
02:15A pessoa fala não.
02:17Há 20 anos, existiam programas preocupados com a sua saúde mental?
02:23E a resposta é sempre, invariavelmente, é não, não tem.
02:27Era melhor trabalhar nessa empresa há 20 anos ou hoje?
02:31As condições?
02:32E todo mundo fala hoje.
02:34E apesar disso, os afastamentos por saúde da mente,
02:38aí a gente fala principalmente burnout, depressão e ansiedade, só aumentaram.
02:43Como que a gente explica esse fenômeno?
02:46No ano passado, nós tivemos um número de atestados médicos
02:50que superou 472 mil atestados médicos por depressão e ansiedade.
02:56entre os transtornos, mas principalmente.
02:59Isso representa um aumento de 68% em relação ao ano de 2023.
03:04Foi o maior número dos últimos 10 anos.
03:10O ambiente, certamente, ele vai interferir na nossa saúde geral
03:16e na nossa saúde mental,
03:18tanto positivamente quanto negativamente.
03:22E o trabalho, onde a maioria de nós passa boa parte do tempo, da mesma maneira.
03:29Entendi, mas o que eu acho que tem um paradoxo aí nessa história é
03:34se o meu ambiente no trabalho é mais saudável,
03:37por que aumenta esse tipo de problema em relação à saúde da mente?
03:43É da porta do trabalho para casa?
03:45Pois é, é difícil dar uma resposta generalizada.
03:51É que depende, né?
03:52Eu acho que hoje muitas empresas cuidam de saúde mental muito mais do que antes.
03:59Da mesma maneira que uma empresa tem que cuidar da ergonomia lá,
04:02das cadeiras para os seus colaboradores sentar,
04:04ela também tem que identificar os eventuais variáveis naquele ambiente
04:09que podem impactar negativamente a saúde mental dos seus colaboradores.
04:13Mas o que eu percebo nessa minha experiência, nesse contato com as empresas?
04:19É muito comumente, pelo menos os casos que eu conheço,
04:24os programas, eles vão até uma determinada camada de intervenção.
04:31Mudança de hábitos, suporte psicológico,
04:35isso é fundamental, com certeza é fundamental.
04:39Agora, o que acontece?
04:41E aí já vou chegando na tua resposta.
04:42Aqueles colaboradores, aquelas pessoas que já estão doentes
04:48e precisam de atendimento médico,
04:51em geral elas não são detectadas,
04:53não são diagnosticadas e não são cuidadas.
04:56Ponto.
04:58Pode partir de um pressuposto que o ambiente de trabalho hoje,
05:01em geral, é melhor que antes?
05:04Podemos, mas aí nós vamos ter que entender
05:06que cada empresa tem as suas particularidades
05:08e algumas continuarão sendo uma variável,
05:12um fator de impacto negativo.
05:14Agora vamos pensar do balcão para fora das empresas.
05:18Nós temos no Brasil hoje um ambiente
05:20de desigualdade social muito grande,
05:23portanto, insegurança econômica,
05:26violência urbana,
05:27excesso de contato com mídia social e excesso de informação.
05:32Excesso de informação, né?
05:33A gente sabe que isso sobrecarrega o cérebro.
05:36Nós temos menos acesso,
05:39ou pouco acesso a serviços de saúde mental de qualidade.
05:43Nós temos doenças inflamatórias,
05:46em geral, aumentando obesidade, por exemplo.
05:51E aí não tem muito a ver com o nosso estilo de vida?
05:53Quer dizer, a gente tem dormido muito pouco
05:56e aí a falta, a privação de sono
05:58tem uma relação muito direta
06:00com a prevalência aí de depressão,
06:02ansiedade e burnout,
06:04outras doenças da mente.
06:06Se exercitado muito pouco,
06:08então no Brasil menos de 30% da população
06:10consegue atingir o mínimo de movimento
06:13recomendado pela OMS,
06:14que são 150 minutos,
06:16divididos preferencialmente em 5 dias.
06:20Como que a gente vira essa chave
06:23para melhorar o estilo de vida das pessoas
06:25fora do ambiente de trabalho,
06:27para que no ambiente de trabalho
06:29ele esteja mais preparado
06:32para uma vida profissional?
06:34Afinal, trabalho é trabalho,
06:35lazer é lazer.
06:37Fazendo o que nós estamos fazendo aqui agora,
06:39levando informação relevante,
06:41porque o primeiro passo
06:42para a pessoa poder cuidar da sua saúde geral
06:45e também da sua saúde mental
06:47é conhecer a respeito.
06:49Como que é possível,
06:51você que está aí nos ouvindo
06:52e assistindo,
06:53cuidar daquilo que você não conhece?
06:56Como médico,
06:58além de palestra,
06:59empresas e trabalhar como empresário
07:02na área da biotecnologia,
07:04eu continuo sendo um médico muito atuante,
07:05um psiquiatra muito atuante.
07:07Então, é muito comum, gente,
07:10receber pessoas que vêm se sentindo mal
07:13há muitos anos
07:14e que não sabiam que estavam
07:16com sintomas depressivos, por exemplo,
07:18que não sabiam que aquele medo lá,
07:21que ela tem a mais de ir naquele lugar,
07:23aquela dificuldade para casa,
07:24aquele nervosismo a mais,
07:26aquela preocupação excessiva
07:27é sintoma de um transtorno de ansiedade,
07:29por exemplo.
07:30Por quê?
07:30Porque, ao contrário do que muita gente pensa,
07:34a maioria das pessoas
07:36que têm sintomas depressivos
07:38não têm sintomas graves,
07:40que é aquele mito,
07:41como que aquele fulano ali,
07:43aquele ser humano,
07:44que está trabalhando,
07:45que tem família,
07:46que vai até jantar fora,
07:48aquele cara não pode ter depressão?
07:50Por quê, gente?
07:51É fácil de explicar.
07:53A grande maioria,
07:5460, 70, talvez 80%
07:57das pessoas que têm sintomas de depressão,
08:00têm sintomas leves a moderados.
08:04Dá para viver com isso.
08:06Como dizem lá os manezinhos
08:07da ilha de Florianópolis,
08:09é do tipo que entonta,
08:10mas não derruba.
08:12Então...
08:13Enverga, mas não quebra.
08:14Enverga, mas não quebra.
08:16Então a pessoa vai se acostumando
08:18e aí, Márcio,
08:20tem uma particularidade na depressão,
08:22por exemplo,
08:23que é o fato de
08:25a grande maioria dos quadros depressivos
08:29começa fraco,
08:31leve
08:31e pode demorar meses ou anos
08:35para ir evoluindo.
08:37Então,
08:38aquele ser humano ali,
08:39aquela ser humana,
08:39ela vai se acostumando.
08:41Aí perde a vontade de sair de casa,
08:43daqui a pouco não quer mais ir ver os amigos,
08:45vai estar indo trabalhar,
08:46daqui a pouco dorme pior,
08:48mas consegue se virar bem,
08:50aí perde o apetite,
08:52passa um, dois, três anos,
08:53está uma pessoa diferente.
08:54O nosso corpo,
08:55ele é muito forte,
08:56vai se adaptando, né?
08:57E o estilo de vida,
08:58ele acaba sendo mandatório
09:00para a nossa saúde em geral.
09:01Bom,
09:02por falar em bons hábitos
09:03e maus hábitos,
09:05será que ficar mexendo
09:06no celular à noite,
09:07deitado na cama,
09:09atrapalha?
09:09Mito ou verdade?
09:15É mito ou verdade?
09:18E aí, Atala?
09:19Bora desvendar o mito ou verdade de hoje?
09:21Viemos dar uma passadinha aqui nas ruas
09:23para descobrir o que as pessoas acham.
09:25Mexer no celular antes de dormir
09:26atrapalha?
09:27Com certeza, né?
09:29Que você vai ficar muito movido ali na tela
09:31e aí você acaba
09:32que vai tirando o seu sono
09:35e eu sou prova disso,
09:36que tira sim o sono.
09:38Ah, eu acho que sim.
09:39Todo mundo fala que a luz do celular
09:42acaba afetando a nossa visão,
09:45tira mais o nosso sono.
09:47Você acha que as telas no geral,
09:48uma televisão?
09:49Sim.
09:49Você jogar um jogo,
09:50por exemplo,
09:51dar um pouco de adrenalina,
09:52escutar músicas assim agitadas,
09:53tipo música eletrônica,
09:55dar um pico assim de adrenalina na gente
09:56e acaba atrapalhando o nosso sono,
09:57às vezes.
09:58Isso já aconteceu comigo.
09:59Ver vídeo de TikTok também
10:00deixa a pessoa também
10:01um pouco mais agitada,
10:02então acho que isso
10:04atrapalha um pouco assim
10:06na hora de viver um sono
10:06para a pessoa,
10:07para a pessoa descansar,
10:08para a pessoa relaxar.
10:09E aí, Márcio?
10:10Fala para a gente,
10:11é mito ou verdade?
10:14Verdade.
10:14Levar o celular para a cama
10:15inibe um sistema
10:17que é o sistema
10:18do ciclo circadiano.
10:19sono, vigília,
10:21luz,
10:22ausência de luz.
10:23Então, à medida que vai escurecendo
10:25o nosso corpo,
10:26vai liberando uma série
10:27de substâncias
10:28que vai fazer com que a gente vá
10:29pegando no sono
10:31para ter uma noite reparadora.
10:33E quando você leva a luz
10:34para dentro do quarto,
10:35para a sua frente,
10:37como a tela do seu celular,
10:38por exemplo,
10:39você vai inibindo
10:40a produção
10:41de algumas substâncias.
10:42Sem falar
10:43que é o momento
10:44da gente
10:44não ficar excitando
10:46tanto assim o cérebro
10:47com muita informação.
10:48E isso acaba acontecendo.
10:50Concorda comigo,
10:51doutor Guido?
10:52100% Márcio.
10:54A luz azul,
10:54principalmente do celular,
10:56ela como que avisasse
10:57o seu cérebro
10:57que você que fica aí
10:59vendo o celular
11:00antes de dormir,
11:01porque muita gente,
11:02quase todo mundo fica,
11:03não resiste,
11:04é como se avisasse
11:05o seu cérebro
11:05que ainda não está de noite.
11:07E a produção de melatonina,
11:08que é uma substância
11:10essencial
11:10para a regulação do sono.
11:11Aí as pessoas
11:12querem comprar a melatonina,
11:13né?
11:13E mantém o ambiente aceso,
11:15quer dizer,
11:16aí não funciona.
11:17É um paradoxo.
11:18Aí a produção de melatonina
11:19cai
11:20e o sono piora.
11:21E além disso,
11:22ponto bem disseste,
11:24muitos conteúdos
11:27que a gente vê
11:28ali no celular
11:28naquela hora
11:29são conteúdos excitatórios.
11:31Eles podem aumentar
11:32a ansiedade
11:33e a gente fica estimulado
11:34ali,
11:35então esse conjunto
11:35de coisas,
11:36de fatores,
11:37piora muito o sono.
11:38Portanto,
11:39nada como uma boa
11:40e velha higiene
11:41do sono.
11:42Não é que hábito simples
11:44que o pessoal pode
11:45achar que é besteira,
11:47desligar o celular ali
11:48umas duas horinhas
11:49antes de dormir,
11:50tomar aquele banhinho.
11:51Doente silencioso.
11:52Silencioso,
11:53escurinho.
11:54E aí eu queria
11:55aproveitar isso
11:56para te fazer uma pergunta.
11:57Como que eu vou
11:58diferenciar um quadro
11:59de tristeza,
12:00que é normal,
12:01ao longo da vida
12:02você vai passar
12:02por vários momentos
12:03ali de tristeza,
12:05de uma depressão leve?
12:08Rapaz,
12:08sabe que
12:09nesses meus 31 anos
12:11e mais de 110 mil
12:13consultas realizadas,
12:15o que eu acho
12:16mais difícil
12:16até hoje
12:17são os quadros leves.
12:19Quando o paciente
12:21vem com sintomas depressivos
12:22perceptíveis,
12:24a gente vai criando
12:25um olho clínico,
12:26não é?
12:27E não é tão difícil
12:28assim de diagnosticar
12:30e estabelecer
12:30o tratamento.
12:32Os quadros leves,
12:33muitas vezes,
12:34eles vão exigir
12:35acompanhamento
12:37do paciente,
12:38o que eu faço
12:39pelo menos,
12:39porque como médico
12:43eu não posso errar
12:43nem por medicar
12:45desnecessariamente
12:46e nem por deixar
12:50de medicar
12:50um paciente
12:51que precisa ser medicado
12:52porque o prejuízo
12:53é muito grande.
12:55Quando eu fico
12:55na dúvida,
12:56eu observo o paciente,
12:59vejo ele dali
12:59a duas semanas
13:00em outra consulta,
13:01depois dali a outra,
13:02mas veja,
13:05tristeza, gente,
13:06todo mundo tem
13:07é uma emoção
13:09que faz parte
13:11da vida
13:12e a questão é
13:14uma tristeza normal
13:16ela é proporcional
13:18à sua causa
13:20tanto na duração
13:21quanto na intensidade
13:23e depois que passa
13:25o motivo
13:25passa a tristeza.
13:27Agora,
13:27a depressão
13:28ela inclui
13:30um humor triste,
13:32um entristecimento
13:34na maior parte
13:36dos dias
13:36por algumas semanas
13:38consecutivas.
13:39Agora,
13:39num quadro leve
13:41a gente tem
13:42muito estudo
13:43mostrando o poder
13:44da atividade física,
13:45ele consegue fazer
13:48com que a pessoa
13:49produza mais
13:50algumas substâncias
13:51relacionadas ao bem-estar,
13:53ao prazer,
13:54ela quando faz
13:54mais atividade física
13:56ela normalmente
13:57tem uma facilidade maior
13:58em ter um sono
13:59de qualidade,
14:01como que a atividade física
14:03pode ajudar nesses quadros
14:04e depois eu quero puxar
14:05em relação
14:06ao envelhecimento,
14:08a atividade física
14:10por exemplo,
14:11diminuindo a chance
14:12de você ter
14:13alguns quadros
14:15de demência
14:15e até Alzheimer.
14:18Quadros leves
14:19de depressão
14:20é claro que isso
14:21depende do caso
14:22e causas etc,
14:24mas em grande maioria
14:25eles podem ser tratados
14:27e revertidos
14:28com ajuda de rotina.
14:30Atividade física,
14:31regulação do sono,
14:34boa alimentação,
14:35socialização positiva,
14:38gestão de estresse
14:40e em geral reverte.
14:43Atividade física,
14:44antigamente,
14:45a gente fazia
14:46atividade física
14:47porque faz bem
14:47pro coração,
14:48porque faz bem
14:48pro pulmão,
14:49porque faz bem
14:50pro músculo.
14:51Hoje tem aí
14:51sem número de estudos
14:54comprovando
14:55que atividade física
14:57também faz bem
14:58pro cérebro.
14:59O nosso cérebro
15:00foi feito
15:01para ter um corpo
15:02com boa massa muscular,
15:03por exemplo.
15:04Massa muscular
15:05está relacionada
15:06com o menor índice
15:07de depressão,
15:08o menor índice
15:08de Alzheimer
15:09também,
15:09se salvo engano.
15:11Atividade física,
15:12gente,
15:13aumenta áreas cerebrais
15:15como hipocampo,
15:15por exemplo,
15:17que está diretamente
15:19relacionada com memória,
15:20processamento de formação
15:21e emoções.
15:23Você sabe que
15:23um documentário
15:26que eu fiz,
15:26que eu visitei,
15:28Wendy Suzuki,
15:29a chefe do departamento
15:30de neurociência
15:31da Universidade
15:31de Nova York,
15:33e ela tem uma frase
15:34que eu gosto,
15:35que ela fala o seguinte,
15:36se ela pudesse escolher
15:37um órgão só
15:39no corpo humano
15:39como mais beneficiado
15:40com o movimento,
15:41ela escolheria o cérebro.
15:43E ela fala isso,
15:44que você estava falando,
15:45que em 12 semanas
15:46você tem neurogênese,
15:48você produz novos neurônios,
15:49você melhora a sua memória,
15:50você melhora a sua aprendizagem,
15:52seu estado de alerta,
15:53isso com 3 meses
15:55de atividade física regular.
15:56E no longo prazo,
15:57como você falou,
15:59você tem a diminuição
16:00de ocorrência
16:01de quadros de demência
16:03e também de Alzheimer.
16:05E aí eu quero puxar
16:06a sardinha para o meu lado
16:07e não vou deixar de fora
16:09a atividade física
16:11aqui no Viva Bem,
16:12por isso eu quero saber
16:13o que a Joana preparou
16:14para o Saia do Sofá.
16:20Claro que o físico
16:22cuida do mental,
16:23o mental cuida do físico,
16:24mas a gente está aqui
16:25para falar do que o físico
16:27pode fazer por você, né?
16:28O exercício físico,
16:29a atividade física.
16:30Então, obviamente,
16:31que existem várias atividades
16:33que podem ajudar você
16:34a desestressar,
16:36liberar a serotonina,
16:37dopamina
16:38e você ficar feliz da vida.
16:40Inclusive,
16:40a natação é uma delas.
16:41E tem um estudo
16:42que foi feito recentemente
16:43com adultos
16:44que comprovou que,
16:45nadando durante 8 semanas,
16:473 sessões por semana
16:49de 45 minutos de natação,
16:51esses adultos tiveram
16:52uma melhora em 20%
16:54nos níveis de serotonina
16:56e redução de 25%
16:58nos sintomas de depressão.
17:00Olha que maravilha!
17:01E a natação,
17:02você fica ali dentro d'água,
17:03você quase não ouve o barulho, né?
17:05Você fica meio imerso
17:06ali naquela história
17:08e é maravilhoso.
17:08Mas se a natação
17:09não é a sua praia,
17:10você pode escolher,
17:11porque, na verdade,
17:12qualquer atividade física
17:14vai ajudar na liberação
17:15da serotonina
17:16e vai ajudar a relaxar.
17:18E claro que tem atividades
17:20que vão fazer isso
17:20com mais intensidade,
17:22como, por exemplo,
17:23as lutas.
17:24Eu já peguei
17:25minha luvinha de boxe
17:26porque o boxe
17:27é maravilhoso
17:28para desestressar.
17:29É descarga de adrenalina,
17:31é liberação de dopamina,
17:32de serotonina.
17:33E quando você acaba
17:34seu treino,
17:34você está exausto,
17:36mas você está feliz
17:37e relaxado.
17:38Só pensa nisso.
17:39Fazer atividade física
17:40para a sua saúde mental.
17:42É isso aí.
17:44No mar,
17:44no ar,
17:45na terra,
17:45seja qual for o exercício,
17:47o mais importante
17:48é regularidade.
17:50E aí,
17:51eu queria te perguntar,
17:52doutor Guido,
17:52a gente tem ali no cérebro
17:54o nosso sistema límbico,
17:55né?
17:55Então,
17:56aquilo que dá prazer,
17:57eu tenho vontade
17:58de fazer novamente,
17:59aquilo que eu tive
17:59uma experiência negativa,
18:01eu não quero fazer tanto.
18:02Só que hoje,
18:03a gente está numa geração
18:04que quer tudo
18:05muito imediato.
18:06Então,
18:07sempre a opção
18:07é para uma dieta restritiva,
18:09que não vai te dar
18:10muito prazer.
18:10por uma atividade física
18:12extenuante,
18:13que acaba que
18:14você fica muito dolorido
18:16e você não mantém
18:17a regularidade.
18:18Qual seria o segredo
18:19para as pessoas
18:20manterem a regularidade
18:21e incorporar
18:22a atividade física?
18:24Bom,
18:24a boa notícia
18:26é que o nosso cérebro,
18:27ele tanto se habitua,
18:29se acostuma
18:30com maus hábitos,
18:31quanto com bons hábitos.
18:33Então,
18:34quem faz atividade física
18:36regularmente sabe.
18:37Lá no começo,
18:38para botar a roda
18:39para girar,
18:40sofre um pouco,
18:40demora um tempinho,
18:41depois que se acostuma
18:42quando falta academia
18:43ou falta corrida,
18:45se sente mal.
18:47A ideia é ter um programa
18:50sustentável,
18:52que se adapte
18:53à minha percepção
18:54e ao que eu faço comigo.
18:57O teu programa
18:58de alimentação,
18:59de atividade física,
19:00de sono,
19:00ele tem que se adaptar
19:01à tua vida
19:02e não à tua vida
19:03se adaptar ao programa.
19:04Eu acho que...
19:05Muito bom.
19:06O chave do negócio
19:07é como um tratamento.
19:08Tratamento farmacológico também
19:10e de toda ordem, né?
19:13A consciência é importante
19:14porque depois que a gente
19:15se acostuma
19:16a comer direito
19:17e a dormir bem
19:19e a fazer atividade física,
19:21a gente sente falta.
19:22A gente logo sente
19:23quando deixa de praticar.
19:26Outra questão importante
19:27e aí eu acho que
19:28a turminha mais nova aí
19:31está carente
19:32desse equipamento psicológico
19:35é o limiar de tolerância
19:37à frustração.
19:39Então, hoje,
19:40eu sei disso como médico
19:41e como empresário
19:42porque a gente
19:43contrata pessoal lá
19:45de todas as idades
19:46e o que a gente está vendo
19:47com a turminha mais nova ali?
19:49Está difícil
19:49porque a turma quer
19:50pouco esforço,
19:53muito ganho,
19:54não se engaja
19:55e isso não é todo mundo, tá?
19:56Gente, eu tenho uma filha
19:57de 25 anos
19:57que é aprendedor
19:59com as amigas dela,
20:00resiliente,
20:01não quero generalizar
20:02todo mundo aqui
20:03sabe de si.
20:05Mas a ideia é,
20:06pessoal,
20:07construir coisas na vida,
20:09não é aquela foto
20:09no Instagram lá.
20:10A gente sabe
20:11quantos anos?
20:13Eu estou 30 anos
20:15como médico,
20:16a minha empresa tem 11 anos,
20:18tudo demora,
20:18tudo dá trabalho.
20:20Você sabe que eu estava
20:20fazendo uma reflexão
20:21em relação a isso, né?
20:24E tem uma música
20:25da Elis Regina
20:26com os nossos pais
20:28e tem uma frase dela
20:29que ela fala assim,
20:30o novo sempre vem.
20:33E eu fico imaginando
20:34aqui meu pai,
20:35quando eu tinha 20,
20:3718 anos,
20:3821 anos,
20:39ele,
20:40e eu fico ouvindo ele
20:41com meu tio,
20:42com as pessoas,
20:43falando assim,
20:44pô, essa geração
20:45está perdida,
20:46o cara usa uma calça rosa
20:47com uma camisa amarela,
20:49pô, eles não têm
20:50o mesmo esforço
20:52que a nossa geração tem.
20:55E será que a gente também
20:57não está querendo cobrar
20:58dessa geração,
20:59que tem um ambiente
21:00completamente diferente
21:02do que a gente cresceu,
21:04as mesmas respostas
21:06que a gente
21:07obteve no passado
21:09com meio ambiente diferente?
21:10Eu tenho sempre
21:11muita dificuldade
21:11de generalizar,
21:13porque eu vejo
21:15garotos e garotas
21:17dessa nova geração
21:17extremamente comprometidos,
21:20resilientes,
21:22empreendedores.
21:23mas tem uma média,
21:26não tem?
21:26E aí tem a média,
21:29eu tendo a achar
21:30que os grandes valores,
21:33eles vêm de dentro de casa,
21:34da família,
21:36então,
21:37garotos,
21:38jovens,
21:39que têm famílias,
21:40que transmitem
21:41esses valores,
21:43eles tendem a
21:44desenvolver
21:46essas habilidades,
21:47essas habilidades,
21:48eu acho
21:49essa geração
21:50nova,
21:51eu vejo pela minha filha
21:52de 25 anos,
21:53lá a gente tem
21:54uma de 25
21:54e uma de 8,
21:55teve oportunidades
21:56ao longo de toda
21:57a infância
21:58e adolescência dela
21:59que eu não tive,
22:00de fazer intercâmbio fora,
22:01de fazer curso no exterior,
22:03de ter acesso a,
22:04enfim,
22:05aprendei
22:05um montão de coisa,
22:07gente,
22:07então,
22:07o mundo hoje oferece
22:09oportunidades
22:10maravilhosas,
22:11a questão é saber
22:12aprender,
22:13hoje,
22:14existe essa cultura
22:15do imediatismo,
22:17de olhar ali
22:18aquela foto
22:18do Instagram
22:19ou aquele vídeo
22:20de YouTube
22:21e aquilo que eu quero
22:22e é lá que está
22:23o cara bacana,
22:26é ali que eu quero
22:27ter aquele sucesso,
22:29então,
22:30linear de tolerância
22:31à frustração
22:32significa a gente
22:33poder lidar
22:33com as frustrações
22:34inevitáveis da vida,
22:36de qualquer processo
22:38de construção
22:38de alguma coisa
22:39que deu certo,
22:40de qualquer processo
22:41de aprendizado,
22:43de qualquer processo
22:44de construir um corpo
22:45saudável em forma
22:47e aí tu vê os caras lá
22:48médicos hormonizados
22:51pregando saúde
22:52e criando aquele...
22:53Tem pessoas buscando
22:55o atalho,
22:55e aí os atalhos
22:56pouco saudáveis
22:58são atalhos
22:59do S,
22:59uma coisa eu aprendi
23:00na vida,
23:01tudo tem seu preço.
23:02Hoje mudou,
23:03a realidade não é mais essa,
23:05mas hoje eu acho
23:06que é pior ainda
23:06porque a cultura
23:07do imediatismo
23:08e do sucesso rápido
23:09ela cria uma falsa
23:10sensação de que é fácil
23:12de conseguir as coisas
23:13e se eu não consigo,
23:15como dizem lá em Florianópolis,
23:16é porque eu sou um tanso,
23:18é porque eu não tenho
23:19capacidade,
23:20é porque eu sou incompetente
23:21e aí eu começo
23:22a me sentir frustrado,
23:24desvalorizado,
23:26diminuído,
23:27ansioso,
23:28deprimido
23:29e aí eu vou, né?
23:30Então,
23:31mas eu assisti
23:32uma entrevista
23:33do SEO
23:33da Google
23:35e ele falando o seguinte,
23:38a gente tem matemáticos
23:40maravilhosos,
23:40engenheiros maravilhosos,
23:41programadores maravilhosos,
23:43mas em um,
23:44dois anos,
23:4420% de tudo
23:46que a gente usar
23:46no nosso computador,
23:47no nosso celular,
23:48já vai ter sido feito
23:49pela inteligência artificial
23:50e daqui cinco anos,
23:53qualquer pessoa
23:54no seu celular
23:55vai ter a resposta imediata
23:57para qualquer tema
23:58com a qualidade
24:00dos melhores especialistas
24:02sobre aquele tema.
24:04E aí eu fico imaginando
24:05que vai ter muita mudança
24:09no mercado de trabalho,
24:10porque você vai ter,
24:12me parece,
24:13menos profissionais empregados
24:16e isso pode gerar
24:17daqui a um tempo
24:18um problema de propósito,
24:21não sei o que você pensa
24:22em relação a isso.
24:23Nessa mesma entrevista,
24:24ele diz que
24:25não é possível prever
24:27as consequências disso,
24:28não é?
24:29Exato.
24:30Então,
24:31eu tendo às vezes
24:32a pecar por ser um otimista
24:35na maioria das situações,
24:38né?
24:38Então,
24:39é claro que isso é imprevisível,
24:42tem os seus riscos,
24:43não vou entrar na discussão
24:44do que vai acontecer
24:44no mercado de trabalho,
24:45porque não tenho expertise
24:47para isso,
24:48mas,
24:49o que eu sinto hoje
24:50com a inteligência artificial?
24:53Da maneira que eu a utilizo,
24:55se eu quero ler um livro,
24:57e eu consigo ler o resumo
24:59daquele livro
25:00e aprofundar os artigos
25:01que eu quero
25:02e complementar com outro livro
25:04e assim por diante,
25:05para mim,
25:07eu adoro,
25:08o meu cérebro fica mais estimulado.
25:10É,
25:10o nosso cérebro é poupador.
25:12Aí tá,
25:13aí,
25:14para que a gente vai gastar
25:15espaço nobre
25:17que o espaço do nosso cérebro
25:19aquele limitado, né?
25:21Se a gente tá pensando assim,
25:22imagina um garoto
25:23que já nasceu
25:24com essa tecnologia na mão.
25:25Aí,
25:26tu imagina um garoto
25:26que usa bem,
25:27porque a questão é
25:28o quanto de insight
25:29mais legal
25:31tu consegue ter
25:32com mais informação
25:33de qualidade.
25:34E tudo bem,
25:35gente,
25:35não quero parecer ingênuo aqui,
25:36nem otimista,
25:38nem excesso,
25:39mas isso é o que eu vivo hoje.
25:41Hoje eu consigo,
25:43antes eu tinha,
25:44ali na Genitec,
25:46nossa empresa de biotecnologia,
25:47de teste genético,
25:49tem uns que umas 60,
25:4970 pessoas lá.
25:51Tem um time inteiro lá
25:53só para fazer pesquisa,
25:55analisar artigo científico e tal.
25:56Eu,
25:57como médico,
25:57tinha duas itagiárias
25:58só para fazer revisão bibliográfica
26:00para mim.
26:02Elas estão lá ainda,
26:03aliás,
26:03tem uma só hoje,
26:04mas a velocidade
26:05com que eu consigo aprender
26:07e produzir
26:08e multiplicar esse conhecimento
26:10e usar
26:11aumentou muito.
26:13Então,
26:13eu sou entusiasta
26:14nesse sentido.
26:16Eu acho que
26:17tudo tem sempre
26:18o lado positivo
26:19e o lado negativo.
26:20A moeda sempre tem
26:21duas faces para tudo.
26:23Então,
26:24eu acho que a gente
26:25só com o tempo
26:26e a nossa espécie
26:27ela é maravilhosa,
26:28ela evoluiu
26:30em centenas de milhares de anos
26:32e não é agora
26:32que ela vai colapsar.
26:33Você pode ter certeza
26:34que os mais adaptados
26:35vão sobreviver
26:36e a gente só está aqui
26:37de passagem.
26:39E a gente tem que viver
26:40da melhor maneira possível
26:41e, claro,
26:42cuidar da nossa saúde
26:43e da mente
26:44é fundamental.
26:45Queria que você deixasse
26:46um grande recado
26:47para a nossa audiência
26:47aqui, doutor Guido.
26:49Não tenha medo
26:51de cuidar
26:51da sua saúde mental.
26:54Conheça
26:55o que significa
26:57estar com a saúde mental
26:59em dia
26:59que nada mais é
27:00do que
27:01viver bem.
27:02Viver bem com o nosso corpo,
27:04viver bem
27:05com as pessoas,
27:06viver bem com o nosso trabalho,
27:09com a família,
27:09com o dinheiro.
27:10e lá no fundo,
27:13no fundo,
27:14ter aquele sentimento
27:16de que a vida
27:16verdadeiramente
27:17vale a pena
27:18do jeito
27:19que ela é.
27:21Então,
27:22é isso que é saúde mental.
27:24Não tem perfeição.
27:26Aprenda
27:26e se cuide.
27:28Boa.
27:29É aquilo, né?
27:30O ótimo
27:32inimigo do bom.
27:33A gente vai vivendo,
27:34a vida
27:35tem seus supercalços,
27:36mas é assim.
27:37Obrigado, viu,
27:38doutor Guido.
27:39Tenho certeza
27:39que você gostou
27:40desse programa,
27:41então você já pode
27:41acessar o canal
27:43do YouTube
27:43da Jovem Pan News
27:45e também do Spotify.
27:46Não esquece
27:47de compartilhar
27:47esse programa
27:48com quem você gosta.
27:49Semana que vem
27:50a gente tem um encontro
27:51marcado aqui no Viva Bem
27:53na Jovem Pan News
27:54e eu conto com você.
28:01Jovem Pan Viva Bem
28:03com Márcio Atala.
28:05A opinião
28:06dos nossos comentaristas
28:07não reflete necessariamente
28:09a opinião
28:10do Grupo Jovem Pan
28:11de Comunicação.
28:16Realização Jovem Pan
28:18do Grupo Jovem Pan
28:19do Grupo Jovem Pan
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