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Refúgios climáticos: quando o calor aperta, para onde podemos fugir?

As ondas de calor são mais frequentes e intensas e são precisas soluções para refrescar as cidades. Com a pobreza energética a deixar as pessoas mais desprotegidas no interior das suas casas, os refúgios climáticos podem ser uma opção para tornar as cidades resistentes às temperaturas extremas.

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Transcrição
00:00Para onde podemos ir para fugir do calor?
00:03Os refúgios climáticos estão a tornar-se cada vez mais uma solução.
00:07Numa onda de calor intenso, como a que se vive por estes dias em Lisboa,
00:11são lugares que podem oferecer alguma frescura à população.
00:15Podem ser parques e jardins públicos, bibliotecas, centros cívicos, museus ou escolas,
00:20abertos durante o dia para receber pessoas que são vulneráveis às temperaturas extremas.
00:25O efeito de ilha de calor é intensificado nestas ondas de calor
00:29e acontece normalmente em cidades.
00:32Isto porque nós temos cidades que estão densamente construídas,
00:36temos muito alcatrão que faz absorver o sol e ao final do dia
00:40nós vemos que às 6, 7 da tarde ainda é possível estar muito calor,
00:44apesar de já não estar muito sol, porque o chão absorveu.
00:47Depois temos vários edifícios e muitas vezes ruas estreitas,
00:50o que faz que seja difícil o ar circular.
00:53Barcelona tem servido de modelo para o resto das cidades europeias,
00:57não por ter sido pioneira, porque já existiam espalhados pelo mundo os chamados cooling centers.
01:02O que faz da cidade catalã realmente um grande exemplo são os critérios claros
01:06para definir o que é um refúgio.
01:08Não é qualquer espaço que é automaticamente um refúgio climático.
01:14E eu acho muito importante que esses espaços realmente,
01:19para que eles respondam às necessidades dessas populações que são mais vulneráveis
01:23a temperaturas extremas, eles precisam realmente ter esses critérios mínimos.
01:29que, como eu falei, precisam ter um espaço mínimo onde as pessoas possam sentar,
01:35possam beber água, possam utilizar o banheiro.
01:38Em Lisboa, onde o desconforto térmico nas habitações é uma realidade,
01:42a Câmara Municipal ainda não promoveu uma rede.
01:45Mas Manuel Banza criou um mapa interativo onde é possível consultar os espaços
01:49para fugir ao calor, como o bebedouro, os espaços verdes, lagos, fontes, bibliotecas
01:54ou piscinas municipais.
01:56Há uma grande amplitude térmica nas casas e Lisboa é das piores cidades da Europa
02:02em termos de eficiência energética, o que significa que, tanto no verão como no inverno,
02:07as pessoas têm dificuldade a aquecer a sua casa ou a arrefecer a sua casa.
02:11E por isso há aqui uma responsabilidade municipal e pública de nós transformarmos
02:16o espaço público num espaço que seja uma extensão das nossas casas.
02:20Além do desconforto, o calor também surge associado ao aumento da mortalidade.
02:24Portugal registrou 284 mortes em excesso entre 28 de junho e 3 de julho,
02:31durante o alerta de tempo quente.
02:33Joana Marão Carvalho, para a Euronews, em Lisboa.

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