- ontem
O podcast Política EM Pauta desta sexta-feira (18/7) trata sobre a repercussão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que Jair Bolsonaro (PL) utilize tornozeleira eletrônica e se afaste das redes sociais.
No segundo bloco, o programa aborda as pretensões eleitorais do governador Romeu Zema (Novo), que viajou a Brasília no início da semana.
O terceiro e último bloco discute a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na Assembleia Legislativa (ALMG).
O podcast Política EM Pauta traz um balanço semanal da atuação dos políticos mineiros em Belo Horizonte, cidades do interior de Minas, Câmara dos Deputados, Senado e governo federal.
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No segundo bloco, o programa aborda as pretensões eleitorais do governador Romeu Zema (Novo), que viajou a Brasília no início da semana.
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Categoria
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, começa agora mais uma edição do Política em Paulo, podcast do jornal Estado de Minas,
00:08que conta as principais notícias e os bastidores da política aqui em Belo Horizonte, no Estado de
00:13Minas Gerais e no Brasil. Para falar a verdade, desde a última semana a gente está até extrapolando
00:18essas fronteiras nacionais, né? Alessandra Melo está aqui comigo de novo. Alessandra,
00:23bem-vinda ao programa. Obrigada, Bernardo. Ultimamente as notícias do Brasil, até de
00:28Belo Horizonte, estão bem relacionadas ao que tem acontecendo no noticiário internacional,
00:33por essa questão do tarifácio de Donald Trump. E hoje a gente vai voltar a falar das repercussões
00:40dessa situação envolvendo o Brasil e os Estados Unidos, porque o nosso primeiro bloco é destinado
00:46a repercutir a notícia do dia. Esta sexta-feira, do dia 18 de julho, começou com a grande bomba,
00:53o ex-presidente Jair Bolsonaro recebendo ali um mandado da Polícia Federal, recolheu ali algum material
01:00dentro da casa do ex-presidente, atendendo a uma medida do Supremo Tribunal Federal, assinada
01:06por Alexandre de Moraes, que determina inclusive que Jair Bolsonaro utilize uma tornozeneira
01:11eletrônica, determina também que ele fique longe de embaixadas de outros países no Brasil,
01:18também limita ali o contato dele com os filhos e também o acesso dele às redes sociais.
01:25A gente vai falar um pouco sobre como repercutiu até aqui essa medida da Polícia Federal.
01:30Claro que em Minas Gerais a gente tem aliados importantes do ex-presidente que já estão se mobilizando,
01:36já manifestando sua indignação com essa investigação.
01:41No segundo bloco, a gente vai falar um pouco sobre o governador Romeu Zema,
01:45que esteve em Brasília no início da semana, se reuniu com o Rodrigo Pacheco
01:50para poder falar sobre a questão dos vetos ao Propag, mas também se reuniu com o próprio Jair Bolsonaro.
01:55Ele teria ali indicado sua vontade, seu desejo de concorrer à presidência da República em 2026.
02:02E a gente vai falar um pouco sobre como que os nossos colunistas, a Ana Mendonça e o Orião Teixeira,
02:08discutiram esse encontro de Zema com o Bolsonaro.
02:10Aparentemente, o ex-presidente não estava exatamente muito dentro dessa pauta,
02:17não estava realmente engajado com essa pauta do governador Mineiro,
02:20estava mais preocupado com seus próprios problemas.
02:24O que a gente viu hoje, ele tinha razão de estar preocupado.
02:28No terceiro bloco, a gente vai falar sobre as últimas movimentações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
02:33antes do recesso de meio do ano.
02:35Os deputados já aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias,
02:39a gente vai comentar um pouco sobre o balanço do orçamento do Estado de Minas Gerais para 2025, 2026.
02:47E vamos falar um pouco também sobre a reunião do Comitê do Propag,
02:51o comitê que é chefiado ali pelo Matheus Simões, vice-governador de Minas Gerais,
02:55que estabeleceu quais serão as metas do Executivo junto aos deputados estaduais
03:00a partir do segundo semestre.
03:02O governo de Minas vai voltar à carga aí para poder tentar a tramitação dos projetos
03:06que tratam da privatização de CEMIG e COPASA.
03:11Bom, sem mais delongas, vamos à notícia do dia, né, Alessandra?
03:15A notícia mais importante do dia, da semana e talvez até do mês aqui na política nacional.
03:21Essa decisão de Alexandre de Moraes, determinando que Bolsonaro utilize a tornozeleira eletrônica,
03:29vai ter aí os seus movimentos acompanhados de perto pela justiça brasileira,
03:34em uma decisão que responde diretamente ao tarifácio de Donald Trump.
03:41O Lula já havia respondido, né, por parte do Executivo brasileiro.
03:45A gente teve uma movimentação também de Davi Alcolumbre e Hugo Mota
03:50como uma resposta do Legislativo, exaltando a soberania nacional
03:56em relação a essa medida da sobretaxa anunciada pelo presidente americano,
04:00mas o STF até então estava mais calado, né,
04:03não emitiu uma resposta institucional sobre a carta em que a própria justiça brasileira é citada.
04:08demorou, mas veio com um efeito prático tão importante quanto o efeito simbólico, né,
04:15dessa decisão contra o ex-presidente Bolsonaro,
04:18porque se a gente lembrar da carta em que Trump anuncia o tarifácio,
04:23ele inicia dizendo que Bolsonaro sofreu uma caça às bruxas,
04:27um processo espúrio de investigação no Brasil,
04:30e, em alguma medida, o que o Alexandre de Moraes responde a isso
04:35é dizer que não teve efeito algum essa chantagem do presidente americano.
04:41Se teve efeito, foi um efeito contrário, né,
04:43ele agora toma uma medida cautelar e a medida mais dura tomada nesse sentido
04:47contra o ex-presidente Bolsonaro até agora.
04:50É uma resposta em alto e bom som, né.
04:53É verdade. A justificativa principal do Trump para o tarifácio foi o processo do Bolsonaro.
05:01Inclusive, na sequência, além da carta, ele ficou exigindo que a justiça brasileira
05:06suspendesse imediatamente o processo contra o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.
05:11Eu acho que os bolsonaristas perderam um pouco a mão nesse quesito aí, né,
05:16de afrontar mesmo a justiça e de claramente dizer,
05:20olha, o tarifácio só vai ser suspenso, o Eduardo Bolsonaro disse isso,
05:26se suspender o processo e passar a anistia, né.
05:30Então, eu acho que provocou bastante a justiça brasileira,
05:33que não soltou nota, não se manifestou nenhum dos ministros publicamente,
05:37mas deu essa decisão que tem como base justificativa o ACHAC,
05:41segundo o STF, que a família Bolsonaro tem feito
05:45para suspender o processo usando o tarifácio como argumento.
05:50Só suspendemos, o Trump só vai suspender as tarifas se o Bolsonaro não for mais processado.
05:56Aí deu nessa operação surpreendente hoje, né,
06:01que colocou tornozeleira no ex-presidente, busca prensão na casa dele,
06:05ele foi levado para a Polícia Federal de Carro.
06:07É a notícia do dia.
06:08Aqui em Minas já teve de imediato uma repercussão,
06:11como o Bernardo disse, Bolsonaro tem aliados importantíssimos no Estado, né.
06:17O deputado federal Nicolas Ferreira já postou de imediato nas redes sociais,
06:23disse que Moraes está dobrando a aposta, comparou o Brasil à Venezuela.
06:27O senador Cleitinho pediu impeachment do Alexandre Moraes.
06:32O governador Romeu Zema fez uma postagem e agora,
06:36há 20 minutos, 30 minutos, fez um vídeo.
06:39Na sequência, o vice-governador também.
06:43Então, o governador Romeu Zema e o Matheus Simões,
06:48reforçando até mesmo nesse momento em que o Bolsonaro está ficando enfraquecido
06:52pelo tarifácio e vai perder poder por não poder usar as redes sociais,
06:58eles estão também dobrando a aposta na aliança com o bolsonarismo, né.
07:02Eu acho que esse é um movimento interessante, né, Alessandra.
07:04Só para a gente passar uma régua na medida, né, na decisão de Alexandre de Moraes,
07:11vale lembrar que ele também já solicitou ao presidente da primeira turma do STF,
07:15que é o Cristiano Zanin, que esse processo seja incluído para a votação em plenário
07:20de forma digital, né, que até acelera com que essa medida tenha ou não
07:24a anuência dos outros ministros.
07:25Acho que até politicamente é interessante que o Alexandre de Moraes tenha tomado essa medida,
07:31porque a questão das decisões monocráticas dentro do Supremo Tribunal Federal
07:36é um dos principais pontos de crítica dos próprios bolsonaristas, né.
07:40Essa ideia de que um só ministro pode tomar as decisões e fazê-las valer,
07:45o que é uma crítica, pelo menos na minha opinião, até razoável.
07:48Então, vamos ver agora como os outros ministros vão se posicionar em relação a essa decisão.
07:55Mas é muito interessante também que o timing que acontece essa decisão, né,
08:00muita gente já pedia medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro
08:04desde a abertura dos inquéritos do 8 de janeiro, né,
08:07quando o Bolsonaro se tornou réu criminal.
08:11Mas ele demora e ele justifica essa decisão com argumentos que é muito difícil
08:18que os próprios Bolsonaro, né, a família, consiga se defender,
08:22porque Eduardo Bolsonaro é absolutamente um réu confesso
08:25no aspecto de... que Alexandre de Moraes disse que ele estava fora do Brasil
08:31trabalhando para que governos estrangeiros emitissem decisões que afetam
08:36e prejudicam a soberania nacional.
08:38Não tem como o Eduardo Bolsonaro se defender dessa acusação específica.
08:42Chantajando a justiça brasileira, né?
08:44Desde que ele foi, se licenciou da Câmara dos Deputados e foi morar no Texas,
08:49com visitas periódicas, né, e quase religiosamente feitas a Washington,
08:55Eduardo Bolsonaro tem anunciado publicamente, em vídeos nas redes sociais,
08:59em entrevistas a jornais aqui do Brasil e dos Estados Unidos,
09:02que o seu objetivo era conseguir que o governo americano aprovasse sanções
09:06contra autoridades brasileiras.
09:07especificamente o Alexandre de Moraes.
09:10E essa medida, ela até talvez tenha vindo numa decisão que foi maior
09:15do que esperava o próprio Eduardo Bolsonaro, porque não foi uma medida
09:18contra o ministro, mas uma medida que afeta, de sobremaneira,
09:23todos os brasileiros, né, 50% de taxação dos produtos importados
09:27para os Estados Unidos, que é um dos principais parceiros econômicos do Brasil.
09:31Então, não tem muito como se defender do fato de que ele estava lá
09:36realmente agindo para que isso acontecesse.
09:38Afinal de contas, ele declaradamente disse isso dezenas de vezes.
09:42E, em relação ao Bolsonaro também, a medida que pede para que ele não
09:45se aproxime de embaixadas, por exemplo, que manifesta algum tipo de receio
09:50com a possibilidade de Bolsonaro fugir durante o processo,
09:56Bolsonaro, a gente tem que lembrar que, no ano passado,
09:59passou uma noite na Embaixada da Hungria, né, num movimento que
10:03não deu para entender muito bem até agora qual que era o objetivo.
10:07Então, ele também deu motivos para que essa decisão fosse tomada
10:11e ele se encontra numa situação de difícil defesa em relação a esse risco, né.
10:15Eu acho que não vale apenas ele dizer que não tinha nenhum interesse
10:19em fugir do país.
10:21Ele já, as próprias ações dele indicavam que essa era uma possibilidade.
10:25Então, nesse sentido, acho que a decisão é muito bem construída, de fato,
10:33a se valer, né, a se legitimar a partir das ações dos próprios alvos dessa decisão,
10:40principalmente Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.
10:43Agora, chama atenção, né, isso que você falou, Alessandra,
10:45dessa questão dos aliados de Bolsonaro, porque essa talvez, pelo menos,
10:51tudo aconteceu há muito pouco tempo, né, então as nossas percepções ainda são
10:54bastante incipientes.
10:55A gente grava o programa por volta das duas horas da tarde,
10:59tudo começou hoje de manhã, mas esse pode ser considerado um terceiro momento
11:05no enfraquecimento político de Jair Bolsonaro, desde que ele perde a eleição em 2022.
11:11A derrota eleitoral é justamente esse primeiro momento,
11:15em que começou a ser discutido a questão do espólio do bolsonarismo, né,
11:19quem, dos vários aliados que ele teve ao longo do seu período de governo,
11:23vai herdar essa enorme massa eleitoral que Jair Bolsonaro tem,
11:28quase venceu a eleição, né, o Lula ganhou por uma margem muito apertada.
11:32O segundo momento foi quando o TSE declarou que o ex-presidente ficaria inelegível,
11:37que, portanto, não poderia participar de 2026.
11:41Abriu-se de novo a discussão de quem vai herdar o espólio do bolsonarismo.
11:46E esse agora é um terceiro momento, porque, embora inelegível,
11:49ele continuou viajando pelo país, sendo um cabo eleitoral importante do PL,
11:54fazendo manifestações públicas, convocando manifestações públicas
11:58e sempre sendo muito ativo nas redes sociais.
12:01Essa decisão coloca ele, por exemplo, distante dessa participação digital.
12:07É um terceiro momento de discussão sobre o espólio de Bolsonaro.
12:11E o que a gente tem, pelo menos de manifestações até agora,
12:15é de que quem estava com ele segue fiel, né, com uma fidelidade canina ao ex-presidente.
12:21É, e na verdade, toda essa movimentação do ex-presidente Jair Bolsonaro,
12:25no final também ela acabou tendo um efeito reverso a tudo que ele gostaria,
12:31do que ele pretendia e almejaria alcançar.
12:34Porque as próprias pesquisas eleitorais dessa semana apontam a dificuldade da família Bolsonaro, né,
12:41numa eventual disputa com o presidente Lula na tentativa de reeleição.
12:45Então, o cenário não está fácil para o ex-presidente,
12:49até mesmo nessa questão de quem ele vai indicar para sucedê-lo, né.
12:53Eu acho que o Bolsonaro, ele, na verdade, quem dobrou a aposta
12:57para esticar mais a corda ainda foi ele e os seus aliados.
13:04E as respostas que estão chegando não são exatamente muito boas, né.
13:10Ele tem dificuldades, vai ter agora muita dificuldade.
13:14Ele tem também uma restrição de sair de casa, né.
13:17Ele tem que, ele não pode permanecer à noite fora de casa.
13:22Ele tem um período que ele tem que permanecer dentro,
13:23trancado dentro de casa à noite.
13:26Então, tudo isso são dificuldades para que ele continue a sua campanha.
13:30Ele sempre alega que vai ser candidato à presidência de qualquer maneira,
13:33ou que os aliados já estão se movimentando no sentido de que isso não vai ser possível, né.
13:39Teve uma reportagem da Jovem Pan essa semana
13:43que deixou o ex-presidente muito irritado, né,
13:47dizendo que ele não vai ser candidato.
13:49Ele também estava visivelmente irritado em algumas entrevistas que ele concedeu
13:52a um cerco que está fechando para esse movimento do Bolsonaro
13:56que atenta contra os poderes, a soberania nacional, né.
14:01Então, eu acho que, vamos ver agora que eu acho que vai,
14:05com essa decisão agora da justiça de hoje,
14:08que foi realmente uma coisa que a imprensa e ninguém aguardava,
14:13como que vai montar um cenário para o bolsonarismo na disputa eleitoral.
14:17Também essa semana, ventilado fortemente de que o Tarciso não vai ser o candidato mesmo,
14:23que ele seria, preferencialmente, por agosto dele,
14:27candidato à reeleição ao governo de São Paulo.
14:30E aí fica nesse vácuo aí de quem vai suceder o bolsonarismo.
14:34E aí é nessa tentativa que eu acho que o governador de Minas,
14:37Romeu Zema, entra aí querendo, mais uma vez, se fortalecer como o candidato à sucessão,
14:45a pegar esse legado aí, já que o Tarciso tem dado demonstrações
14:50de que talvez não seja mesmo o candidato à presença da República.
14:53Não está fácil a vida dos bolsonaristas, da família Bolsonaro também, principalmente.
14:59Essa questão do tarifácio ajudou a popularidade do presidente Lula,
15:05as pesquisas já apontaram isso.
15:08Eu acho que não só o tarifácio, mas também a campanha que o governo fez
15:11com a questão da taxação, dos super ricos, da necessidade do Congresso Nacional
15:15aprovar a exerção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil,
15:19que é uma medida importantíssima para a população brasileira,
15:22porque vai aliviar demais o bolso, quase 28% vai ser liberado mês ao mês o salário,
15:28porque para quem é assalariado, o desconto é na folha, o dinheiro nem chega para você.
15:33Então, foi uma semana que terminou positiva para o presidente Lula
15:38e negativa para os bolsonaristas e vamos aguardar o desfecho
15:42dessa questão da sucessão, de quem vai herdar esse espólio tão desejado,
15:46tão almejado pelo vice-governador Romeu Zema.
15:49E aí, essa sanha predatória do Trump contra o Brasil,
15:53até para usar um termo que o cientista político italiano Juliano D'Ampoli usa,
15:58dos predadores, ela colocou nessa semana também no alvo o PIX e os produtos da 25 de março,
16:08produtos populares no Brasil, ou seja, mais uma medida que coloca itens muito populares no país
16:17contra decisões atreladas à família Bolsonaro e aos bolsonaristas.
16:22E o PIX, lembrando que o PIX sempre foi plataforma, inclusive, de campanha eleitoral do Bolsonaro.
16:28Eu criei o PIX, eu criei o PIX, né?
16:30Quando teve a possibilidade de um, não a taxação do PIX,
16:34mas um controle sobre PIX de valores elevados pelo Banco Central,
16:39os bolsonaristas fizeram escarceio em cima da questão da defesa do PIX.
16:44O que não aconteceu agora, após essa decisão, essa ameaça do Trump de fazer uma retaliação ao Brasil
16:51em função do uso dessa ferramenta que é importantíssima, né?
16:53E que está substituindo o cartão de crédito no Brasil e que agora com a possibilidade de um PIX parcelado
16:59vai ser, de fato, um cartão de crédito sem as taxas, sem as cobranças exorbitantes de juros, né?
17:05Uma medida que começou ainda no governo Michel Temer,
17:09que foi totalmente tocada pela equipe econômica técnica do Banco Central
17:13e que o Jair Bolsonaro, no momento da implementação, não sabia sequer o que era o PIX, né?
17:18A gente tem um vídeo clássico de um cercadinho ali, né?
17:22De um apoiador do Bolsonaro, o parabenizando pelo PIX e ele responde
17:26Ah, isso é... eu não lembro exatamente o que ele fala, mas ele cita alguma coisa que não tem nada a ver.
17:31Demonstrando que ele não tinha ciência do que era o PIX
17:33e depois, num estelionato eleitoral, tentou trazer para si isso durante a campanha de 2022,
17:40com certeza funcionou, né?
17:42Deve ter rendido alguns votos a ele, ou pelo menos alguma simpatia,
17:46mas é engraçado como tudo isso virou contra ele agora
17:49por conta dessa ação do Trump, né?
17:52Que deu sobrevida ao governo Lula que vinha em frangagem.
17:56É impressionante isso, né?
17:57Toda essa ação dos bolsonaristas, ela reavivou o governo Lula,
18:03tanto na questão da comunicação, melhorou a popularidade, né?
18:09Foi tipo um tiro no pé.
18:11Sim, e deu elementos para que essas medidas cautelares fossem, enfim, tomadas contra o Jair Bolsonaro, né?
18:16Porque existia um cálculo político muito meticuloso ali do STF
18:19para poder não tomar decisões que pudessem alimentar a percepção do judiciário
18:25como um poder persecutório, né?
18:29Que estava tomando medidas autoritárias contra o ex-presidente.
18:33E, de certa forma, o tarifácio do Trump rendeu elementos que tornaram a medida mais popular.
18:41Toda essa questão, inclusive, da soberania nacional
18:44cria uma certa empatia com o governo federal, né?
18:49Uma ideia de que o Brasil está sendo chantageado, porque de fato está, pelo governo norte-americano.
18:57Então, vale lembrar que, inclusive, o ministro Alexandre de Moraes termina a sua decisão citando o Machado de Assis
19:05e fala, né, que o imortal da ABL diz, vou até ler aqui para não errar, mas ele fala sobre soberania nacional, né?
19:14Não existe nada mais belo do que soberania nacional, desde que ela seja soberania e que ela seja nacional.
19:21Acho que num recado muito claro a essa ideia do patriotismo aliado ao bolsonarismo,
19:27que tem se demonstrado, principalmente depois da viagem de Eduardo Bolsonaro,
19:30era um patriotismo totalmente subserviente a uma potência externa, né, uma potência estrangeira.
19:37Sobre o Romeu Zema, ele, nessas poucas horas de repercussão em relação às medidas contra Jair Bolsonaro,
19:45ele já foi ao Twitter, né, ao X, e publicou um texto e também publicou um vídeo.
19:50No texto, o vídeo ele corrobora mais ou menos o que ele já tinha escrito.
19:54O texto eu leio aqui para vocês agora.
19:57Ele diz o seguinte.
19:57Eu queria chamar a atenção aqui para uma situação que a gente já comentou, se não me engano,
20:18quando o Romeu Zema deu uma entrevista à Folha de São Paulo,
20:21dizendo que não teria capacidade de dizer se houve ou não ditadura militar no Brasil.
20:26E a gente comentou aqui, eu falei, que me chama muita atenção como ele parece perceber quais são os temas caros a esse eleitor,
20:35ao eleitor do Bolsonaro, que sem Bolsonaro vai continuar existindo, né, afinal de contas.
20:41Ele percebe os temas que são caros e sabe como sinalizar esse eleitor.
20:45Então, ele fala sobre ditadura com algum tipo de reticência, né, não sei se houve, se não houve,
20:52cita palavras de ordem-chave, né, quase uma tag assim, ah, Venezuela, democracia, comunismo, etc. e tal.
21:02E ele faz exatamente isso aqui agora, só que com uma superficialidade assustadora, né.
21:07Ele diz que o processo é injusto, que é uma perseguição, mas ele nunca teve, ele tem a oportunidade, ele é o governador do Estado,
21:16ele nunca explica muito bem porque ele acha que esse processo é injusto, ele nunca explica muito bem quais são os incômodos dele
21:21em relação às medidas que o STF toma.
21:23Então, eu acho muito, assim, todo mundo tem a possibilidade, né, a liberdade de ter suas opiniões sobre o que acontece no país.
21:32Estamos aqui, inclusive, fazendo isso nesse podcast.
21:36Mas, é, eu acho que me entristece um pouco que o governador nunca consiga elaborar muito as próprias ideias dele em relação a esses temas, né.
21:45Eu quero saber o que o Zema pensa sobre isso, né, porque ele considera um processo injusto.
21:49O que ele acha que existe de injusto nesse processo, para além de dizer que, simplesmente, ele acha que é persecutório.
21:58Eu acho que vale, né, ele precisa de, ele tem esse espaço para elaborar um pouquinho melhor a ideia dele.
22:03Era importante que ele fizesse isso, até do ponto de vista eleitoral, né, para poder não virar uma campanha totalmente leviana.
22:10E também era importante que o governador se manifestasse claramente sobre quais medidas e o que o Estado pretende fazer para reduzir os impactos do tarifácio.
22:23Ele não falava disso, né, Alessandra?
22:24Porque a gente publicou uma reportagem essa semana, um estudo do CDPLAR, da UFMG,
22:30mostrando que Minas Gerais vai ser o quinto estado mais impactado no seu PIB pelas medidas dos Estados Unidos.
22:40Primeiro é São Paulo e, em quinto lugar, Minas Gerais.
22:42Vai ter um impacto no PIB, vai ter um impacto no emprego.
22:46O setor mais atingido em Minas Gerais é a siderurgia, que vai ter um impacto maior do que o nacional,
22:51porque a gente tem aqui no Estado muitas indústrias desse segmento.
22:55Então, assim, foi feito durante, após esse tarifácio, algum movimento?
23:00Na imprensa, que foi comunicado para a imprensa, a gente não tem conhecimento.
23:05Um encontro com o empresário, um grupo de estudo, uma reunião, um comitê,
23:10porque Minas vai sofrer muito. Minas é um estado muito dependente das commodities.
23:14E me chama a atenção elementos, por exemplo, o Zema acabou de voltar de uma viagem à China.
23:20Ele acabou de voltar de uma viagem à China.
23:22Não é possível que ele não tenha nada apresentado que ele fez na China,
23:25para dizer, olha, gente...
23:27Porque a China, inclusive, pode ser um parceiro que vá, que possa substituir,
23:30a questão do aço é difícil, mas que possa substituir os Estados Unidos,
23:35na questão da compra...
23:36A China é o maior parceiro econômico de Minas Gerais.
23:39O vice-governador Matheus Simões, que nesse aspecto a gente já tem dito aqui,
23:44não só coordena a parte burocrática do Estado, mas até no sentido de declarações,
23:48da declarações muito mais substanciais que a do governador,
23:51falou sobre essa questão.
23:52Ele disse, olha, não tem muito o que fazer, porque a China já é o nosso maior parceiro,
23:57então não teríamos grandes possibilidades de aumentar ainda mais nossa relação com a China
24:04para poder suplantar o que os Estados Unidos vai nos fazer falta.
24:09Mas, assim, falta o governador falar sobre isso.
24:11E ele esteve na China.
24:13Olha, o balanço da nossa viagem foi esse.
24:15Apesar, quero tranquilizar os mineiros que estão preocupados com seus empregos,
24:20quero tranquilizar a indústria mineira que está preocupada com as suas exportações,
24:24de que aqui estamos sim trabalhando para poder criar alternativas,
24:27mas parece que isso não está na agenda do governador, isso não é importante.
24:32E, assim, me causa muita preocupação também que esses nomes muito atrelados ao bolsonarismo
24:38não consigam aproveitar nenhuma janela de oportunidade para poder andar com as próprias pernas.
24:42Eu não sei o que o Donald Trump achou que seria a resposta do Brasil àquela carta dele,
24:49que fere praticamente todos os princípios da diplomacia,
24:55se talvez pelo seu contato mais direto com os brasileiros ter acontecido junto aos Bolsonaro,
25:01que ele esperasse que o governo federal, que o sistema judiciário,
25:06que o poder legislativo do Brasil tivesse a mesma subserviência aos Estados Unidos.
25:13A mesma subserviência serviu?
25:15Subserviência serviu, né?
25:16Para poder usar o termo do Eduardo Bolsonaro.
25:18Ele achou que isso aqui era um país eco, né?
25:20Ele achou que isso aqui era um país eco, né?
25:21Eu não sei o que ele achou que ele esperasse isso, né?
25:24E agora, a única eco que ele encontrou desse tipo de comportamento
25:28foi justamente entre os Bolsonaro.
25:29E o que é interessante é que essa lógica hierárquica de vassalagem,
25:34ela não existe só entre os Estados Unidos e o Bolsonaro,
25:38mas também entre os Bolsonaro e aqueles com quem eles querem caminhar.
25:42Então, é quase um espasmo, é quase uma resposta de reflexo muscular.
25:52Acontece alguma coisa com o Bolsonaro,
25:54Romeu Zema vai às redes para poder se solidarizar.
25:56Ele está se solidarizando porque o Bolsonaro não pode mais falar com o seu filho
26:00de 41 anos que mora nos Estados Unidos.
26:03E aí o Tarcísio de Freitas vai fazer isso.
26:05Pô, a gente está falando do governador dos dois estados mais populosos do país,
26:09de dois dos três estados mais ricos.
26:12O Zema está no seu segundo mandato há sete anos governando Minas Gerais.
26:16Não é possível que ele não tenha um arsenal, um repertório,
26:20para poder demonstrar as próprias capacidades de se valer
26:24como uma figura política relevante nacionalmente,
26:26que não seja absolutamente atrelada ao eleitorado do Bolsonaro.
26:30Ele precisa ter isso.
26:32Ele é um governador reeleito, reeleito no primeiro turno de Minas Gerais.
26:36A postura altiva de quem está nesse cargo
26:40falta muito ao governador Romeu Zema.
26:42E oportunidades, pelo contrário, não faltam.
26:45Não faltam oportunidades para que ele demonstre que é possível viver eleitoralmente,
26:50ser eleitoralmente viável, inclusive nacionalmente,
26:52sem estar o tempo inteiro subserviente ao que diz a família Bolsonaro.
26:56Eu acho que essa é uma oportunidade.
26:59Não esperava que ele tivesse nenhum comportamento diferente do que ele já teve,
27:02de manifestar solidariedade.
27:04E nesse aspecto é até razoável, afinal de contas é o grupo político ao qual ele pertence,
27:09ou tenta desesperadamente pertencer.
27:11Mas que as próximas semanas, os próximos meses de vácuo,
27:17de abertura da possibilidade à direita,
27:19para que novos líderes se manifestem e se mostrem como alternativas viáveis,
27:23seja também uma oportunidade do governador
27:25de se mostrar alguém capaz de andar com as próprias BN.
27:28Eu acho que melhor oportunidade do que essa
27:31ainda não houve no Brasil e o Zema precisa aproveitar.
27:34É verdade.
27:35E esperar para ver esses movimentos eleitorais,
27:40porque ele tentou essa semana um movimento eleitoral.
27:44Eu acho que é um assunto do nosso próximo bloco.
27:47Exatamente.
27:48Esse movimento eleitoral do vice-governador que esteve em Brasília
27:52e teria se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro
27:56para tratar da sua candidatura à presidência da República,
27:58que parece que vai ser pelo novo,
28:02independente da situação do partido,
28:03que é um partido sem tempo na televisão, sem dinheiro,
28:07sem fundo eleitoral, perdão,
28:08que é um recurso importante para bancar as campanhas.
28:12Então, teve esse movimento essa semana
28:14que o bastidor não é bem assim, né, Bernardo?
28:18O nosso colunista Orion fez uma análise sobre isso
28:22e detalha para a gente, então.
28:25É, na quarta e na quinta-feira,
28:26as colunas da quarta, da Ana Mendonça e na quinta do Orion
28:30trazem os bastidores interessantes dessa conversa de Romeu Zema
28:34com o Jair Bolsonaro em Brasília.
28:37Eu convido o nosso ouvinte e o nosso espectador a ler as duas colunas,
28:41porque elas são complementares.
28:43Muito boas e complementares.
28:45E eu acho que o que o Zema foi ali, né,
28:47beijar a mão de Bolsonaro,
28:49e talvez até na expectativa de que conseguisse um apoio do ex-presidente
28:54diante desse movimento de que o Tarcísio talvez fique mesmo em São Paulo.
28:58E o que ele obteve foi, no máximo,
29:00uma doença silenciosa, né?
29:05Assim, olha,
29:05eu não vou me opor a que você se candidate.
29:10Vai lá, tenta a sorte, né?
29:12E não foi exatamente um endosso,
29:14não foi exatamente um apoio.
29:16Claro que nesse momento,
29:17a gente ainda está distante, né,
29:18mais de um ano da eleição,
29:20e claro que nesse momento,
29:21por tudo que a gente já falou,
29:22inclusive no primeiro bloco,
29:23Bolsonaro tem outras preocupações.
29:25Eu acho que não caberia,
29:27inclusive, ele agora já definir
29:29quem ele vai apoiar em 2026,
29:32se é que ele vai apoiar alguém,
29:33se ele vai querer se fechar na sua família
29:36e tentar talvez colocar um dos filhos dele como candidato, né?
29:40Mas o que fica dessa discussão
29:43é que o governador Romeu Zema foi à Brasília
29:45e voltou sem muitas respostas, né, Alessandra?
29:48Ele não conseguiu um apoio do Jair Bolsonaro agora.
29:52Vamos ver se nos próximos movimentos,
29:54como eu já tinha dito,
29:55ele vai continuar tentando essa linha
29:57ou vai tentar uma linha de trabalhar
29:59de forma mais autônoma, né, politicamente.
30:02É, apoio espiritual,
30:03implícito, eu acho que nunca teve, né,
30:05nunca teve apoio explícito.
30:08Na verdade, o governador nunca foi muito próximo
30:10do bolsonarismo aqui.
30:11Ele começou esse movimento,
30:13se aproximar ao bolsonarismo,
30:14do ano passado para cá, né,
30:15lembrando que o partido dele, Novo,
30:18não apoiou o candidato do Bolsonaro,
30:20a prefeitura de Belo Horizonte, né,
30:23não houve um apoio explícito a Bolsonaro,
30:25o Novo lançou um candidato à presidência da República
30:28na disputa,
30:29quando o Bolsonaro tentou a reeleição,
30:31só houve um apoio no segundo turno.
30:34Então, nunca houve uma proximidade tão grande
30:36entre o governador Zema e o bolsonarismo.
30:38Ela é uma coisa que foi sendo adotada pelo governador
30:41de um tempo para cá,
30:42quando ele passou a subir mais o tom
30:44nas redes sociais,
30:46das críticas,
30:47dos ataques,
30:47e se aproximar mais,
30:49como você disse,
30:49desse discurso bolsonarista,
30:51de todos os pontos do discurso bolsonarista, né,
30:53esse questionamento em relação
30:56à existência ou não da ditadura militar,
31:00que é uma coisa incontestável,
31:01a história está aí para dizer,
31:03os fatos e os documentos estão aí para dizer
31:06que a gente viveu,
31:07durante duas décadas,
31:08uma ditadura militar.
31:10Também,
31:10essa questão do Supremo,
31:13ele não tinha essa postura tão beligerante,
31:15o vice-governador contra o Supremo,
31:18e agora, surpreendentemente,
31:19o vice-governador Matheus Simões,
31:21mas também, de uns meses para cá,
31:24também tem adotado essa linha muito próxima
31:27da tentativa de aglarear,
31:28talvez, esses 30%,
31:30esse percentual aí da extrema-direita
31:34que sempre aparece.
31:36Nesse movimento aí,
31:38que, como você disse,
31:40eu acho uma análise muito boa,
31:43seria, não sabemos se,
31:45não avalio,
31:46eu não acho que poderia ser o melhor caminho.
31:48O melhor caminho seria mostrar
31:49os feitos da gestão,
31:51uma gestão
31:53não atrelada
31:55a nenhum
31:55grupo político,
31:58dessa maneira,
31:59mas não é isso
32:00que a gente vem
32:01percebendo,
32:02e o vice-governador
32:04fez também,
32:05agora,
32:05uma postagem nesse sentido também,
32:07em defesa da família,
32:09em defesa do Bolsonaro e da família,
32:11então,
32:11se aproximando muito,
32:13cada vez mais,
32:14do bolsonarismo,
32:14mas não tendo,
32:15por outro lado,
32:16essa resposta.
32:17Os bolsonaristas mineiros
32:18sempre disseram aqui que,
32:20durante a eleição para a prefeitura,
32:22que não tinha uma relação
32:23muita de prós,
32:24muita de confiança,
32:25porque todas as vezes que precisaram
32:26do apoio do Zema,
32:28ele sempre se aliou
32:29a outros grupos políticos.
32:31É, vale lembrar também
32:32que o PL,
32:32na Assembleia também,
32:33era da base do Zema.
32:35Deixou a base.
32:36E o ministro de Anos se descolou.
32:37E não é um grupo muito atrelado,
32:41assim,
32:41fielmente atrelado
32:42ao governador Romeu Zema,
32:44nas pautas que envolvem
32:45questões fiscais,
32:47aumento de imposto,
32:52questão da segurança pública,
32:53o PL sempre vota ao contrário.
32:56Um dos maiores opositores
32:57do governador Zema,
32:59dentro da Assembleia,
33:00é do PL,
33:00Sargento Rodrigues,
33:01deputado Sargento Rodrigues,
33:03é um dos maiores críticos,
33:04praticamente,
33:05um integrante do bloco
33:06da oposição,
33:07nas questões que envolvem
33:08o governo de Minas.
33:10Então,
33:11não foi uma viagem
33:14que surtiu,
33:16talvez,
33:16o efeito
33:17que o governador desejasse.
33:19E não houve, na sequência,
33:20uma manifestação pública
33:21nesse sentido.
33:22Pelo contrário,
33:24o bolsonarismo vai,
33:26parece que dá uma fechada
33:28em relação a quem vai ser.
33:29acredito que o Bolsonaro
33:30vai manter o nome dele
33:32até o último momento
33:34que for possível,
33:36na tentativa até mesmo
33:38do que o Lula fez.
33:39O Lula,
33:39inelegível já,
33:41sabendo que não teria condições
33:42de se candidatar,
33:44manteve seu nome
33:45na disputa
33:46para depois sair
33:47e colocar o Haddad.
33:48Eu acho que a tática
33:49talvez seja a mesma.
33:50É,
33:51pelo menos,
33:51por agora,
33:52parece bem semelhante.
33:53E vai assim,
33:55eu acho importante,
33:56só para destacar,
33:57você lembrou bem,
33:58Alessandra,
33:59que ele não tinha
34:01essa postura beligerante
34:01contra o STF.
34:04É bom lembrar
34:04que a tão sonhada
34:07adesão ao regime
34:08de recuperação fiscal
34:09que Zema tentou
34:10durante cinco anos
34:10dentro da Assembleia
34:11e não conseguiu,
34:12nas vias que seriam
34:14mais democraticamente razoáveis,
34:16que eram junto
34:17aos deputados mineiros,
34:18ele conseguiu essa adesão
34:19via o Supremo Tribunal Federal.
34:20E, naquele momento,
34:22não houve nenhum questionamento
34:25em relação a essa decisão,
34:27ter suplantado um outro poder,
34:29ter sido uma decisão autoritária.
34:32E, sei lá,
34:33se depois não vem também
34:34alguma ação do Supremo
34:36contra essas falas
34:37dos governadores
34:38que atacam o poder.
34:40Pois é.
34:41E, assim,
34:41eu acho interessante,
34:43só para a gente fechar
34:44essa questão dos bolsonaristas
34:45em Minas Gerais,
34:46que os que mais
34:47são umbilicalmente ligados
34:49não só ao presidente
34:50Bolsonaro,
34:50mas a todo o movimento
34:51que elegeu Bolsonaro
34:52em 2018
34:54e fez centenas
34:55de parlamentares
34:56no Brasil
34:56nas eleições seguintes,
34:58são os nomes
34:59que também parecem
35:00ter mais autonomia,
35:01uma autonomia
35:02que, às vezes,
35:02até incomoda
35:03o próprio Jair Bolsonaro.
35:05Se a gente pensar
35:06em Nicolas Ferreira,
35:07por exemplo,
35:08ele é um cara
35:09com a sua base eleitoral
35:10muito sólida.
35:10A gente falou aqui
35:11na semana passada
35:12de como,
35:14na pesquisa
35:15que a Opus fez
35:16em Belo Horizonte,
35:17quando ele aparece
35:18entre as sugestões,
35:19as pessoas dizem
35:20que vão votar nele
35:21e quando ele sai
35:21das sugestões,
35:22essas pessoas dizem
35:23que não sabem
35:23quem vão votar.
35:24Não é um voto
35:25à direita,
35:26é um voto
35:26no Nicolas Ferreira.
35:28Ele é uma figura
35:29com autonomia política
35:31em Minas Gerais,
35:31mais do que o Zema.
35:33O Cleitinho também
35:34tem uma autonomia política
35:35maior do que a do governador.
35:37E são todos bolsonaristas.
35:39E é interessante
35:40que essas outras figuras
35:41que tentam
35:41esse movimento
35:43de aproximação,
35:44a ideia do bolsonarismo
35:45e ao ex-presidente em si,
35:47acabam meio que
35:48ficando absolutamente
35:49dependentes.
35:50Até figuras tradicionais
35:51da política,
35:51como o presidente
35:52do PL estadual,
35:54Domingos Sávio,
35:55um deputado federal
35:55de vários mandatos.
35:57Ele, mandatos.
35:58Então, assim,
36:00isso é interessante.
36:01Eu acho que essas figuras
36:02originalmente bolsonaristas
36:04conseguem ter um recall
36:05político maior
36:06dentre essa base eleitoral
36:08do ex-presidente
36:08do que quem tenta
36:09desesperadamente
36:10se atrelar
36:11à imagem dele.
36:12E sobre essa visita,
36:15essa passagem
36:16de Zeme em Brasília também,
36:17eu acho interessante dizer
36:18que, na segunda-feira,
36:19ele se reuniu
36:20com o Rodrigo Pacheco.
36:22Rodrigo Pacheco,
36:22senador,
36:24muito possivelmente
36:25o candidato
36:27que vai rivalizar
36:27com o Matheus Simões,
36:29o candidato governista,
36:30em 2026,
36:32para poder tentar
36:32debater
36:33os vetos
36:36ao Propag,
36:37tentar viabilizar
36:38uma derrubada
36:38dos vetos
36:38do presidente Lula
36:39ao Propag
36:40dentro do Congresso Nacional.
36:42E o próprio Pacheco
36:44teve, na terça-feira,
36:45uma reunião
36:46com o Fernando Haddad
36:47para poder viabilizar
36:48um empréstimo
36:49do Banco dos BRICS,
36:51que é presidido
36:51por Dilma Rousseff,
36:53outra petista,
36:54outra ex-presidente,
36:56de 200 milhões
36:58de reais
36:58ao BDMG,
37:00Banco Estatal
37:01de Minas Gerais,
37:02para poder
37:02repassar esse dinheiro
37:04aos municípios.
37:05E o que está sendo dito
37:06ali, pelo menos,
37:07dentre o núcleo
37:08mais próximo
37:09do Rodrigo Pacheco,
37:10ou que está tentando
37:11ser evidenciado,
37:12é que o Rodrigo Pacheco
37:13está servindo
37:14como ponte
37:14até para um governo
37:15com o qual ele vai ser
37:16provavelmente oposição
37:18na eleição de 2026,
37:20já que não existe
37:21interlocução
37:22entre esse governo
37:23de Minas
37:23e o governo federal,
37:24muito menos com os BRICS.
37:25Então, ele está meio que
37:26fazendo um papel
37:27de governador ali já.
37:28No poder não há vácuo,
37:30não existe vácuo no poder.
37:32Então, ele está
37:32ocupando esse espaço,
37:33esse espaço
37:34de fazer uma articulação
37:35que caberia ao governo
37:36de Minas,
37:37encabeçar,
37:39porque, afinal de contas,
37:39é um assunto mais importante
37:41para Minas Gerais,
37:43é a redução da dívida,
37:44né?
37:45A dívida que é bilionária
37:46e que impacta
37:47os investimentos,
37:49o funcionalismo,
37:50em obras,
37:51em tudo mais
37:52que a gente está vendo.
37:53E o senador
37:54Rodrigo Pacheco
37:55faz esse papel
37:57e divulga
37:59muito claramente, né?
38:01Tipo assim,
38:02estou atuando
38:03como no espaço
38:07que deveria ter
38:08sido ocupado
38:09pelo governador
38:10de Minas Gerais.
38:12Um espaço
38:12que está vazio também,
38:14porque se perde
38:14muito tempo
38:15e energia
38:15nessa tentativa
38:16de se bolsonarizar,
38:19ou então
38:19de ir à extrema-direita.
38:22Portas se fecham
38:23com esse tipo
38:24de comportamento,
38:24inclusive portas
38:25com o governo federal,
38:26o que nenhum Estado
38:27deveria almejar,
38:28nenhum Estado
38:29deveria almejar
38:29um relacionamento
38:31conturbado com a União.
38:33Enfim,
38:34para a gente
38:34continuar falando
38:35de dívida,
38:36mas primeiro
38:38falar um pouco
38:38sobre o orçamento
38:40de Minas Gerais.
38:43Esse é aquele
38:44evento importante,
38:45né, Alessandra?
38:46A nossa edição
38:47de quarta-feira.
38:49Esse é um evento
38:50importante, né, Alessandra?
38:52De fechamento
38:53do semestre, né?
38:53Quando é aprovada
38:54a Lei de Diretrizes
38:55Orçamentárias.
38:56E os deputados
38:57aprovaram,
38:58agora já podem sair
38:59para o recesso
39:00de meio de ano.
39:00uma Lei de Diretrizes
39:04Orçamentárias
39:04que chama atenção
39:05principalmente por conta
39:06da questão
39:08das renúncias fiscais,
39:10né?
39:10Como é que foi
39:10essa LDO
39:11que os deputados
39:12aprovaram nessa semana?
39:14A Lei de Diretrizes
39:15Orçamentárias,
39:16como diz bem o nome,
39:17ela dá a diretriz
39:18para o que vai entrar
39:19no orçamento do Estado
39:20para o ano que vem.
39:21E a lei,
39:22a LDO
39:23aprovada
39:24nessa semana,
39:26ela prevê
39:26uma renúncia fiscal
39:27de 25 bilhões.
39:28o número
39:30que vem crescendo
39:30ano a ano
39:31desde que o governo,
39:33o governador Zema,
39:34Romeu Zema,
39:34assumiu o Estado.
39:36Na LDO
39:36de,
39:38no primeiro mandato
39:39do governador
39:40em 2019,
39:41a renúncia fiscal
39:42era em torno
39:43de 5 bilhões
39:44e ela já chegou
39:45a 25 bi,
39:47que é a previsão
39:47orçamentária,
39:48mas ela tem uma diferença
39:49porque a previsão
39:50da renúncia fiscal
39:51no orçamento,
39:52ela é sempre menor
39:54do que efetivamente
39:55o Estado abre mão.
39:56efetivamente
39:58o que o Estado
39:59abriu mão
39:59de 21 para 24,
40:02nós fizemos
40:03essa reportagem
40:04com base em dados
40:05da Secretaria Estadual
40:06da Fazenda,
40:07entre 21 e 24,
40:09a renúncia fiscal
40:10cresceu 50%
40:11em Minas Gerais.
40:13Não dá para a gente
40:14falar quanto que cresceu
40:15em relação aos anos
40:16anteriores,
40:16o governador
40:17Romeu Zema
40:18assumiu em 2019,
40:19porque a Secretaria
40:20da Fazenda
40:21não disponibiliza
40:22esses dados.
40:23Ela disponibiliza
40:24no portal dela,
40:25quem quiser pode
40:25entrar lá e consultar,
40:26quanto que o governo
40:27abriu mão
40:28e onde ele abriu mão.
40:30A maioria é IPVA
40:30e depois,
40:32segundo lugar,
40:32ICMS
40:33e os outros
40:34são valores menores.
40:36Mas não é possível
40:36saber,
40:37para fazer uma comparação
40:38do começo do mandato
40:39do Zema
40:40de 2019
40:41até agora,
40:42que seria interessante,
40:43porque esses dados
40:43a Secretaria da Fazenda
40:45não disponibiliza.
40:46E a reportagem,
40:48inclusive,
40:48nós tentamos conseguir
40:49esse dado
40:50e a Secretaria
40:51informou
40:51que a gente procurasse
40:52no Tribunal de Contas,
40:54nas prestações
40:54de contas
40:55do Tribunal de Contas
40:56que esses dados
40:57estavam lá.
40:58Então,
40:58efetivamente,
40:58a gente não sabe dizer,
41:00mas pela lei
41:01de diretrizes orçamentares
41:02aprovada de 2019,
41:04subiu de 5
41:05para 25,
41:07que é um valor
41:08muito elevado,
41:09foi até questionado,
41:11isso já foi questionado
41:12pelo Tribunal de Contas,
41:13o excesso de renúncia fiscal,
41:15que ultrapassa,
41:16inclusive,
41:16os valores
41:17que o Estado
41:18tem que,
41:18obrigatoriamente,
41:19aplicar na educação
41:24e na saúde,
41:25que são os mínimos
41:25constitucionais,
41:27foi alvo também
41:28de uma crítica
41:29do presidente
41:29da Assembleia Legislativa,
41:31que se disse,
41:32nessa semana,
41:33quando fechou a LDO,
41:34ser favorável
41:35às renúncias fiscais,
41:37mas,
41:37surpreso,
41:38não com esse montante,
41:40que ele considerou
41:41um valor
41:42elevado,
41:43exorbitante,
41:44para um Estado
41:44muito endividado,
41:45Minas Gerais,
41:46deve 170,
41:47quase 170 bi
41:48para a União,
41:4925 bilhões,
41:51um número
41:51que se aproxima
41:52do que o Estado
41:53precisa abater
41:54da dívida
41:54para poder
41:56reduzir os juros
41:57e na adesão
41:58ao Propag.
41:59E tinha essa promessa
42:01não cumprida
42:02até agora
42:03pelo governo,
42:04pelo governo
42:05na época
42:06Matheus Simões,
42:08o mês passado,
42:09o governador
42:09interino,
42:10essa promessa
42:10que ele fez
42:11de colocar
42:12a disposição
42:14da transparência
42:15sobre onde,
42:15de onde vem
42:16essa renúncia fiscal.
42:17Então,
42:17esse foi o assunto
42:18que pautou
42:19essa semana
42:20a votação
42:22da LDO,
42:22foi o que pautou
42:23a oposição
42:24e até mesmo
42:25parte da situação
42:26para a polida
42:26de governo
42:27fez também,
42:28não,
42:28temos que ver aí
42:30de onde isso vem,
42:31porque foi um assunto
42:32muito debatido
42:33na hora da votação
42:35do orçamento.
42:36Isso é interessante,
42:37porque justamente
42:38naquela viagem
42:38que a gente citou
42:39do Zema à Ásia,
42:40ele passou pela China
42:41e pelo Japão,
42:43o governador
42:44em exercício
42:45Matheus Simões,
42:46ele falou,
42:46olha,
42:46a gente está aí
42:47até o fim desse mês,
42:49a Secretaria de Fazenda
42:50vai divulgar
42:51a lista das empresas
42:52em regime especial
42:54de tributação
42:55e agora ele voltou
42:56atrás.
42:57E voltou atrás
42:57sem muita justificativa
42:59também,
42:59ele deu uma entrevista,
43:00se eu não me engano,
43:01à Rádio Band
43:01e disse que
43:04naquela época
43:05ele era governador
43:06em exercício
43:07e agora ele não é mais,
43:08então não está mais
43:09sob o controle dele
43:10fazer isso ou não.
43:12E é outra decisão
43:13que vai entrar
43:14no escrutínio
43:16ali da Assembleia,
43:17né, Alessandra?
43:17Porque o deputado
43:18da oposição,
43:19o professor Clayton
43:20do PV,
43:21vai entrar com uma medida
43:22que susta os efeitos
43:23de uma decisão
43:24lá do governo Pimentel,
43:26que coloca sob sigilo
43:28essa lista de empresas.
43:30Então, isso está em discussão.
43:31É, na verdade,
43:32o vice-governador
43:33tinha dito
43:34quando ele estava
43:34governador interino
43:35no mês passado
43:36que ele ia liberar
43:37a publicação,
43:38soltou uma nota
43:39para a imprensa.
43:40Sim,
43:41disse naquele café da manhã
43:42com a imprensa também.
43:43Depois,
43:43disse no café da manhã
43:44seguinte,
43:45reforçou,
43:45disse até um número,
43:46né,
43:47de cerca de 7 mil.
43:49Isso, é.
43:50Cerca de 7 mil.
43:517 mil regimes especiais.
43:52Regimes especiais
43:53de tributação
43:53que eles iam divulgar tudo,
43:56defendeu a transparência,
43:57o governo tem que ser
43:58transparente.
43:59Então,
43:59esse decreto,
44:00na verdade,
44:02existe um decreto
44:02publicado em 2015
44:03que coloca
44:04sob sigilo
44:05todas essas
44:06renúncias fiscais.
44:08E havia esse compromisso
44:09cobrado pelos parlamentares
44:11do vice-governador
44:12quando ele foi
44:12levar o Propag
44:13para a Assembleia Legislativa.
44:16Naquela época,
44:17os parlamentares
44:18já cobraram
44:18do Estado
44:19que tivesse uma clareza
44:20em relação
44:21a essas renúncias fiscais,
44:22né,
44:22porque elas impactam
44:23demais o orçamento
44:25e são elevadas.
44:26Já tinha sido alvo,
44:27como eu disse aqui,
44:28de um alerta do Tribunal
44:29de Contas
44:29do Estado
44:30pela relatoria
44:31do ex-presidente
44:32da Assembleia,
44:33também hoje,
44:34conselheiro
44:34Agostinho Patrus.
44:36E havia esse compromisso
44:38firmado em maio
44:39durante a aprovação
44:40do Propag,
44:41depois reforçado
44:43em junho
44:43por uma nota
44:44publicada
44:45pelo então governador
44:47em exercício
44:48Matheus Simões,
44:49confirmada
44:50no café da manhã
44:51com os jornalistas
44:52e agora
44:53não existe mais.
44:54então a Assembleia
44:54tenta,
44:55por meio
44:55de um decreto
44:56sustar,
44:57de um projeto
44:58de resolução,
44:59sustar o decreto
45:00que impede
45:01a divulgação
45:02para que as pessoas
45:04tenham conhecimento
45:05para onde vai
45:05essa renúncia,
45:06quem está sendo
45:08beneficiado,
45:08porque se discute
45:10muito no Brasil
45:11que não pode
45:12isentar
45:15o imposto
45:16de renda
45:17porque impacta
45:18o orçamento,
45:20desequilibra,
45:22não pode taxar
45:23as pessoas
45:24super ricas
45:25porque o empresário
45:25investe no Brasil,
45:27gera emprego,
45:28esse é bastante
45:29um argumento,
45:30mas existe
45:30uma categoria
45:31que tem
45:32uma renúncia
45:33fiscal muito grande,
45:34para quem são
45:35as pessoas
45:36beneficiadas
45:37por esses
45:3825 bi
45:39de renúncia,
45:40acho que é importante
45:41que o cidadão
45:41saia,
45:42o princípio da administração
45:42é transparência,
45:44a gente quer saber
45:44quem são as pessoas
45:45que estão sendo
45:46beneficiadas,
45:46por quê,
45:47o que justifica isso?
45:48isso está trazendo
45:49para o Estado
45:51emprego,
45:52está gerando
45:52emprego e renda,
45:53isso compensa
45:55a mão de 25 bi
45:58compensa financeiramente
45:59para o Estado,
46:00isso gera
46:00imposto,
46:01gera emprego,
46:02gera renda,
46:03é uma decisão
46:05que é uma discussão
46:05que tem que ser feita,
46:07então vamos ver
46:07se vai passar
46:08esse projeto lá
46:10para ver,
46:11nós estamos tentando
46:12conseguir esses dados,
46:14vamos ver se a gente
46:14vai conseguir,
46:15mas não é fácil.
46:17Pois é,
46:17então quem sabe
46:18na próxima edição
46:19do Política em Pauta
46:20a gente vai estar
46:20comentando isso aqui,
46:21Leonardo,
46:22para a gente
46:24fechar esse tema,
46:25vale lembrar que
46:26essa semana também
46:27houve a segunda reunião
46:28do Comitê do Propag,
46:30que é um comitê interno
46:31de Minas Gerais,
46:32que ele é capitaneado
46:33pelo Matheus Simões,
46:34vice-governador,
46:35e conta ali
46:36com a secretária
46:37de governo,
46:37secretária de planejamento,
46:38fazendo as pastas
46:40mais ligadas
46:41a essa questão
46:42da dívida do Estado
46:43e até da relação
46:44do governo
46:45com a Assembleia,
46:47Matheus Simões fez um balanço
46:51dessa reunião
46:51do Comitê do Propag,
46:54disse que depois
46:55do recesso da Assembleia,
46:56a partir do segundo semestre,
46:57vai voltar à carga
46:58tendo como prioridade
47:00a tramitação
47:01dos projetos
47:02de CEMIG e Copasa,
47:03que são projetos
47:04que o governo do Estado
47:05já deixou bastante explícito,
47:07que não pensa
47:07na ideia de federalização,
47:10pensa sim
47:10na privatização
47:11da Copasa,
47:13na privatização
47:14da CEMIG
47:14naquele modelo
47:15de corporation,
47:16e também quer discutir
47:18a questão
47:19da empresa mineira
47:20de comunicação,
47:21que é a empresa
47:23guarda-chuva
47:23sobre a qual
47:24estão a Rede Minas
47:25e a Rádio Inconfidência.
47:27Essas são, então,
47:27as prioridades
47:28do governo de Minas
47:29a partir do segundo semestre
47:31dentro da Assembleia Legislativa.
47:33Lembrando que,
47:34para poder enviar
47:35aquela lista
47:36de empresas
47:37do Propag
47:38para análise
47:39do BNDES,
47:40para análise
47:41do Ministério
47:41da Fazenda,
47:43para ver
47:43o que o governo federal
47:44vai aceitar ou não
47:45como forma
47:45de amortizar a dívida,
47:47precisa ter certo
47:48já e autorizado
47:49pela Assembleia
47:50até o dia 31 de outubro.
47:52Então,
47:53o tempo está bastante curto,
47:55cada vez mais próximo
47:56a chegada
47:58desse prazo.
48:00E um outro ponto
48:01interessante
48:01que o Matheus Simões
48:02traz
48:03é que eles,
48:04o governo de Minas,
48:05tem uma ansiedade,
48:06está preocupado
48:07com a falta
48:08de resposta
48:08da Secretaria
48:09do Tesouro Nacional
48:10em relação
48:10ao que o BNDES
48:13já apresentou
48:14como possibilidade
48:15de avaliações
48:16mais rápidas
48:17das empresas.
48:18Só para a gente
48:19poder ter em mente
48:20isso,
48:21o Propag
48:22vai parcelar
48:24a dívida
48:24em 30 anos
48:25e ele estabelece
48:26os mecanismos
48:26para redução
48:27de juros,
48:27que hoje é a inflação
48:28mais 4% ao ano.
48:31Você pode cortar
48:32dois pontos percentuais
48:33desses juros
48:34se você conseguir
48:34amortizar 20%
48:35da dívida.
48:36Em Minas Gerais,
48:37tem um trunfo
48:37que nenhum outro estado
48:38tem,
48:39que são só as estatais,
48:40as empresas do estado.
48:41tem a EMC,
48:43tem a Codemig,
48:44Codenji,
48:44Cemig,
48:45Copasa.
48:46Então,
48:47o estado quer autorizar
48:49dentro da Assembleia
48:49o repasse
48:50ou privatização
48:51dessas empresas
48:52para abater
48:52os 20%
48:53da dívida
48:53que seria
48:54mais ou menos
48:5434 bi,
48:56esses 20%.
48:57Só que
48:58quem vai averiguar
48:59o preço,
49:00quem vai determinar
49:01o preço
49:01dessas estatais
49:02de acordo
49:03com a
49:03regulamentação
49:04do Propag
49:05é o BNDES.
49:06O BNDES
49:07já disse
49:07que não tem
49:08tempo hábil,
49:09de forma alguma
49:10vai conseguir fazer
49:11a análise
49:12dessas empresas
49:12até o final
49:13do ano,
49:13que é o prazo
49:14em 31 de dezembro
49:15para que os estados
49:16definam se vão
49:17ou não aderir
49:18ao Propag
49:18e aí
49:19a gente até já
49:20conversou
49:21com a diretoria
49:22do BNDES
49:24o Nelson Barbosa
49:25que disse
49:25olha,
49:26a gente não tem
49:26como fazer
49:27o que a gente
49:27pode sugerir
49:28já colocou
49:29os estados
49:30já colocou
49:31o governo federal
49:32é a possibilidade
49:33de que os estados
49:34mesmo
49:34contratem consultorias
49:35privadas
49:36para poder fazer
49:37a sua análise
49:38e eles vão valer
49:39como valor preliminar
49:40depois lá na frente
49:41quando o BNDES
49:41terminar a sua avaliação
49:43a gente vê se teve
49:44alguma discrepância
49:45faz ali os ajustes
49:46para poder
49:47equacionar
49:49as contas
49:50ou também
49:51que a gente mude
49:51o nosso método
49:52de avaliação
49:53não faça pelo método
49:54mais longo
49:54que é o método
49:55determinado no plano
49:56nacional
49:56de desestatização
49:58que é um método
49:58muito minucioso
50:00a gente até
50:01inclusive já publicou
50:02há duas semanas
50:03como é que é feito
50:04esse processo
50:05então assim
50:06precisa de uma equipe
50:07técnica gigantesca
50:08advogados
50:09tributaristas
50:10que conseguem avaliar
50:11o passivo
50:12que essas empresas
50:12tem
50:13o passivo trabalhista
50:14consegue avaliar
50:15o quanto vale
50:17por exemplo
50:17no caso da Semig
50:18uma linha de transmissão
50:19de energia
50:20o quanto se perde
50:21energia nesse caminho
50:22o quanto que vale
50:23cada reloginho
50:24na sua casa
50:25se você mora
50:25em Minas Gerais
50:26aquele reloginho
50:27que mede
50:27o consumo de energia
50:28então é um processo
50:30lento mesmo
50:30de fato
50:31você precisa de tempo
50:32para poder fazer
50:32uma análise
50:33e precisa de quanto
50:34valem essas empresas
50:35e a Secretaria
50:37do Tesouro Nacional
50:38ainda não se manifestou
50:40sobre isso
50:40ainda não falou
50:41olha beleza
50:41a gente vai aceitar
50:42esse número preliminar
50:44da empresa
50:45que a Acodemig
50:45contratou
50:46a Acodemig
50:46até já contratou
50:47a consultoria
50:48do banco Goldman Sachs
50:49então o Matheus Simões
50:52falou que o comitê
50:53terminou também
50:54como uma das suas
50:55análises
50:58depois dessa segunda reunião
51:00que está trazendo
51:01uma certa
51:02preocupação
51:03dentro do governo
51:03de Minas Gerais
51:04essa falta de resposta
51:05do governo federal
51:06também é uma
51:08um daqueles efeitos
51:09dessa falta de contato
51:11não é uma engrenagem
51:12muito azeitada
51:13a engrenagem
51:14entre União
51:15e Estado de Minas Gerais
51:16mas eu acho que
51:17nesse quesito aí
51:18a Assembleia Legislativa
51:19vai entrar na parada
51:20porque o presidente
51:21da Assembleia Legislativa
51:22na entrevista coletiva
51:24essa semana
51:25logo após a aprovação
51:26da LDO
51:27ele disse que
51:28esse prazo do recesso
51:30ele pretende usar
51:32o Legislativo
51:33pretende usar
51:33pra procurar o governo federal
51:35pra agilizar
51:36ele também cobrou
51:37que o governo se manifeste
51:39seja um governo federal
51:40seja ágil
51:41em relação a isso
51:41pra que
51:42possa desembolar
51:44essa questão
51:44se a Codemig
51:45vai ser suficiente
51:46se a federalização
51:48da Codemig
51:48vai ser suficiente
51:49pra bater
51:50o valor dela
51:51vai ser suficiente
51:52pra chegar
51:53nesses 20%
51:54retirar
51:54esses juros
51:56que impacta demais
51:58a finança
51:59as finanças de Minas
52:00e aumenta a dívida
52:02o valor da dívida
52:03ele também disse
52:04o presidente da Assembleia
52:05que acha
52:06que não vai precisar
52:07votar
52:08a questão
52:08do referendo
52:09porque ele acredita
52:11que
52:11a Codemig
52:12vai ser suficiente
52:13ou seja
52:14você vê que
52:14há ali
52:15uma divergência
52:17entre o que
52:18o governador
52:19vice-governador
52:19Matheus Simões
52:20está pretendendo
52:21e o que
52:21o legislativo
52:22está pretendendo
52:23salvo engano
52:24essa entrevista
52:25foi dada
52:25no mesmo dia
52:26eu até estava olhando
52:27e acho que foi dada
52:28no mesmo
52:28no mesmo dia
52:30não
52:31foi não
52:32foi dada um dia
52:32foi dada anteriormente
52:33não foi no mesmo dia não
52:34mas ele
52:35disse bem claramente
52:36que acha que
52:37o referendo
52:38não vai ser necessário
52:39ser votado
52:41porque a Codemig
52:41talvez seja suficiente
52:43e não é o desejo
52:44do governo
52:45do estado
52:45porque o governo
52:46do estado
52:46eu acho que independente
52:47de ser
52:48Codemig
52:49suficiente
52:50ou não
52:50talvez trabalhe
52:51até para que
52:52a Codemig
52:52não seja suficiente
52:53para que você consiga
52:55para que o governo
52:55de Minas
52:56consiga derrubar
52:57o referendo
52:58e privatizar
52:59a CEMIG
53:00Copasa
53:00é um desejo
53:02anterior ao Propag
53:03isso é
53:04tanto que os projetos
53:05de privatização
53:06e derrubado
53:06do referendo
53:07são anteriores
53:08à discussão
53:08sobre a federalização
53:09sobre a aprovação
53:11do Propag
53:11então você vê que
53:12aí um desencontro
53:14entre o que fala
53:15o presidente da Assembleia
53:16e o que pretende
53:18o vice-governador
53:19Matheus Simões
53:19o Tadeuzinho
53:20foi muito claro
53:21na entrevista
53:22nesse quesito
53:23mas ele também
53:24foi muito duro
53:25sim na cobrança
53:26do governo federal
53:27para que isso
53:28seja esclarecido
53:31e solucionado
53:32e deu a entender
53:33que a Assembleia
53:34vai usar esse período
53:35para fazer essa mexida
53:36e talvez com o apoio
53:37do senador
53:38Rodrigo Pacheco
53:39que foi quem articulou
53:40o Propag
53:40e quem é a ponte
53:41entre o governo de Minas
53:42e o governo federal
53:43nessa discussão
53:44para que se defina
53:45se a Codemig
53:46vai ser suficiente
53:47para que a Assembleia
53:48possa voltar
53:49voltar os trabalhos
53:50no segundo semestre
53:51já com uma clareza
53:53em relação
53:54de qualquer maneira
53:55o governo de Minas
53:56está se movimentando
53:57nessa questão
53:59dessas prioridades
54:01CEMIG
54:01Copasa
54:02e MC
54:04os terrenos
54:05da empresa mineira
54:06de comunicação
54:06por exemplo
54:07já estão sendo avaliados
54:09por funcionários
54:10do Estado
54:11estão visitando
54:12já os terrenos
54:13e já
54:14para ver a situação
54:15para fazer
54:16essa avaliação
54:17já nessa tentativa
54:19do vice-governador
54:20de talvez
54:21o segundo semestre
54:22ter
54:22uma coisa que o vice
54:23que o presidente
54:24da Assembleia
54:25destacou também
54:26nessa coletiva dele
54:27é que a federalização
54:28o fim do referendo
54:31é uma discussão difícil
54:32de ser feita
54:33dentro do parlamento
54:33porque não há consenso
54:35não há consenso
54:36entre os deputados
54:38a respeito desse tema
54:39então ele destacou
54:40que não é um assunto fácil
54:41de ser levado
54:42dentro do parlamento
54:43então eu acho
54:45que eles estão
54:46o próprio presidente
54:47da Assembleia
54:47trabalha
54:48para não
54:49derrubar o referendo
54:51e para não
54:52privatizar
54:53a CEMIG
54:53Copasa
54:54não é clara
54:56essa postura
54:57não é uma postura clara
54:58ele sempre diz
54:59que não é contrário
55:00a privatização
55:01mas os sinais
55:02são muito evidentes
55:03nesse sentido
55:04né Bernardo
55:04é eu acho que ele
55:06ele não fala
55:07com essa contundência
55:08até porque ele precisa
55:08trabalhar como mediador
55:10é isso mesmo
55:11e ele faz esse papel
55:11muito bem
55:12faz muito bem
55:13mas ele deixa
55:14a quem precisa
55:16se fazer entendido
55:18a quem precisa
55:20entender o que ele diz
55:21a mensagem
55:22fica explícita
55:23fica clara
55:24bom
55:25é isso
55:27um tema
55:27hoje um dia
55:28com bastante
55:29variedade
55:31nos temas
55:31muitas emoções
55:32sempre
55:33muitas emoções
55:34eu estava brincando
55:35mais cedo na redação
55:35que o roteirista
55:36do Brasil
55:37ele se surpreende
55:38e quem estiver
55:40aqui em Belo Horizonte
55:41nesse fim de semana
55:42vai poder participar
55:43da vida política
55:44nacional
55:45com
55:45pequenos reflexos
55:48aqui na capital
55:49porque tem
55:49ato no sábado
55:51de quem ficou satisfeito
55:52com essa decisão
55:53do Alexandre de Moraes
55:55e tem ato no domingo
55:56pedindo a cabeça
55:57do Alexandre de Moraes
55:58sábado
55:58deve ter um ato
55:59ironizando
56:02inclusive essa questão
56:02da tornozeleira
56:03do Bolsonaro
56:04sábado estão convocando
56:06os blocos de carnaval
56:07para participar
56:08de um cortejo
56:09da tornozeleira
56:11concentração
56:12na praça da estação
56:14às 10 horas
56:16que é um reduto
56:16da esquerda
56:17e no domingo
56:18no mesmo horário
56:19um ato convocado
56:20pela extrema direita
56:21para
56:22em defesa do Bolsonaro
56:23na Praça da Liberdade
56:24então tem ato
56:25esse final de semana
56:27para todos os gostos
56:28esse da Praça da Liberdade
56:29já tinha sido convocado
56:30antes dessa decisão
56:31talvez agora
56:32tenha até alguma repercussão
56:33talvez agora
56:34fique até mais cheio
56:35do que os anteriores
56:36atrai até uma
56:38que é um ato
56:39que a pauta principal
56:40é fora Lula
56:41fora Moraes
56:41e fora Pacheco
56:42isso mesmo
56:43então esse final de semana
56:44está animado
56:45para quem
56:46para um lado
56:47e para o outro
56:48exato
56:48e você acompanha
56:49a repercussão
56:49de tudo isso
56:50que está acontecendo
56:50e obviamente
56:51de todos
56:52a repercussão
56:53dessa decisão
56:55do STF
56:56de sexta-feira
56:56no em.com.br
56:58também aqui
56:58no canal do youtube
57:00do portal Y
57:00já temos publicado
57:02a entrevista
57:02de Jair Bolsonaro
57:03logo depois da decisão
57:04vamos ter também
57:05vídeos
57:06com as próximas
57:08entrevistas
57:09sobre esse tema
57:09e sobre vários
57:10outros assuntos
57:12aqui de Minas Gerais
57:13e do país
57:13o Política em Pauta
57:15volta na próxima
57:16sexta-feira
57:17até a próxima
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