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  • 16/07/2025

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Transcrição
00:00Eu fiquei sabendo agora aqui que eu ia pegar o Andai e falaram que ele tinha matado uma pessoa e falaram o nome dele.
00:04Ele é muito conhecido aqui, que ele mora aí faz tempo.
00:07Ele é uma pessoa tranquila, né? Pessoa tranquila, tem um trabalhozinho dele nessa cidade, nem era pra ele trabalhar mais.
00:12Eu pensei que tinha sido num bar, num negócio inteiro ali, que tem um barzinho, né? Vendo umas coisinhas.
00:16Mas ele não é uma pessoa alterada, é uma pessoa do trabalho dele, trabalha direito, mais direito do que ele não tem.
00:22Nunca ouvi dizer que ele deve ter brigado com ninguém e ser alterado com ninguém.
00:24Agora, o Estado marginal, ele só se satisfaz se ele fazer um negócio desse.
00:30Assassinar uma pessoa, apesar... Ninguém merece ser assassinado, mas assassinar uma pessoa que não merece.
00:37Ninguém merece, né?
00:38O seu abílio, mesmo aos 76 anos de idade, não deixava de trabalhar?
00:43Não, não. Abriu um negocinho dele, tem uma terrinha lá na Serra Verde, ia trabalhar lá e sempre trabalhava.
00:49Eu tenho 67 anos, eu trabalho até hoje.
00:52Não fui pro sítio trabalhar o dia todinho, que a gente é assim, é tudo de família, de gente trabalhador.
00:57Ô, meu amigo, ele estava vindo do comércio, ele tinha feito compras, né?
01:03Ele estava voltando pra mercearia.
01:04Eu não sei, disse que ele vinha com o negócio na mão, né?
01:06Diz que ele vinha com o negócio na mão, lá pro negocinho dele, né?
01:10Ele trabalhava, ele ainda trabalhava ainda, comprava as coisinhas dele pra vender.
01:13Ele não tem nem precisão disso.
01:15Mas a gente que é trabalhador, você sabe que isso aí é uma terapia pra pessoa.
01:19Aqui, onde nós estamos, no Vassoral, nessa travessa do Matadouro, a violência está grande.
01:25Vocês estão assustados.
01:26Olha, veja bem, eu passo aqui, bem cedo, cinco horas, eu passo assustado.
01:31Porque eu vou pegar onde vai pra Riacho.
01:32Mas aqui é muito perigoso essa região.
01:35Você não viu o que foi que fizeram com aquele major que ela veio?
01:37Não mataram ele por Jesus e que chegou um rapaz de uma moto, um vigia?
01:40É muito perigoso, é muito perigoso.
01:43A gente não tem sossego nem de dia, quando mais de cinco horas, meio-dia, qualquer hora.
01:47Esperar que a polícia descubra quem fez isso?
01:50Descubra e ter justiça.
01:52Um bandido desse, é um bandido.
01:54Essa turma que fica aí, que usa droga, fica por aí, que foi um negócio desse.
01:58Não é verdade?
01:59Mas pedir a Deus que Jesus, né, dê o conforto à família e fazia o quê, né?
02:04No começo, quando o rapaz avisou lá, nós correu, eu e no, cheguei no primeiro, eu peguei nele,
02:10aí ele falou, me tire daqui, senta eu ali, Manoel.
02:12Eu digo, eu não posso tirar você daqui, vamos esperar o SAMU chegar, o homem tá ligando.
02:16Aí eu segurei ele até o fim, até a hora que ele faleceu.
02:19Ele chegou a dizer o que aconteceu, seu Manoel?
02:22Não, não falou nada.
02:25Ele só pediu pra eu tirá-lo dali, sentá-lo num canto, né, mas ele não...
02:27Isso demorou mais ao menos quanto tempo?
02:29Até a chegada do SAMU, quando foi?
02:31Mais de meia hora.
02:31Mais de meia hora.
02:33A viatura chegou, eu fico lá, eu fico lá, um rapaz segurando ele, um rapaz com o pano no peito dele,
02:39em cima da furada e depois ele chegou à óbita.
02:42Ele apresentava outras perfurações à faca, além dessa do peito?
02:46Não, nós não vimos não, só vimos uma, em cima do peito dele.
02:49Seu Manoel, perceber que uma pessoa amiga, né, uma pessoa que o senhor gostava, conversava com uma pessoa,
02:55que o senhor mora no imóvel dele, né, que o senhor é inquilino, de repente foi assassinado.
03:00De uma forma tão...
03:00Confiança em mim, eu entrava no baile dele, eu tomava conta do baile dele, tá todo mundo aqui que sabe disso,
03:04que ele não deixava ninguém, mas eu entrava e ficava, ele saia e ficava tomando conta.
03:08Eu gostava muito dele, considero ele, ele é uma pessoa com oitenta e poucos anos, mas eu...
03:12Eu tô com sessenta e quatro, mas eu considero ele igualmente o meu pai.
03:15Aqui tá muito violento?
03:17Muito violento, muito violento.
03:18Muito violento, esse beco aqui é triste, muito triste mesmo.
03:22O pessoal quer te ver.
03:23Aí o senhor foi assaltado na quinta-feira, ou eles tentaram?
03:26Ele queria tomar o pão da padaria.
03:27Aí foi com o olhão, eu disse, não vamos não, que o gordo lá vai lá na padaria e vai entregar a gente.
03:33Eles conheceram o senhor?
03:34E agora, meu amigo, o seu amigo, o Abílio, foi assassinado, inclusive acreditam que tenha sido uma tentativa de assalto.
03:51Exatamente.
03:52Agora me diga, quanto é que vale uma vida?
03:55Né?
03:56Quanto é que vale?
03:57Nada.
03:58Se eu tiver com dois reais, dá.
04:00Ele acha pouco, ele vai fazer o mal.

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