- anteontem
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Título Original: A Morte Vermelha na Nova Zelândia
Publicado em OS, 01 de Setembro de 2020 ; BC, First published at 02:02 UTC on September 2nd, 2020.
Créditos: Marco Batalha, J M Pernicião, Leafar, Visão Libertária
Publicação Original | Vídeo : https://odysee.com/@ancapsu:c/a-morte-vermelha-na-nova-zel-ndia:0
Publicação Original | Descrição ou Thumbnail : https://old.bitchute.com/video/rVHW2Fss90x7/
Descrição Original do Autor:
Fontes:
How the Virus Penetrated Fortress New Zealand (
https://tinyurl.com/yydckg7b
)
A Máscara da Morte Vermelha (
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Edgar Allan Poe foi um escritor nascido em Boston, nos Estados Unidos, em 1809. Suas principais obras são consideradas góticas, com temas misteriosos e macabros, recheados de protagonistas de caráter questionável. Ele influenciou vários gêneros literários, como terror, ficção científica e histórias de detetives. Entre as suas obras-primas, estão "O Poço e o Pêndulo", "O Gato Preto", "Os Assassinatos da Rua Morgue" e o poema "O Corvo". Em 1842, Poe publicou um conto também sensacional: "A Máscara da Morte Vermelha". É uma história curtinha. Em apenas 14 parágrafos, Poe descreve como um nobre tenta escapar de uma perigosa praga. Vamos contar algumas das coisas que acontecem nessa história. Portanto, se preferir, leia o conto primeir
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Título Original: A Morte Vermelha na Nova Zelândia
Publicado em OS, 01 de Setembro de 2020 ; BC, First published at 02:02 UTC on September 2nd, 2020.
Créditos: Marco Batalha, J M Pernicião, Leafar, Visão Libertária
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Edgar Allan Poe foi um escritor nascido em Boston, nos Estados Unidos, em 1809. Suas principais obras são consideradas góticas, com temas misteriosos e macabros, recheados de protagonistas de caráter questionável. Ele influenciou vários gêneros literários, como terror, ficção científica e histórias de detetives. Entre as suas obras-primas, estão "O Poço e o Pêndulo", "O Gato Preto", "Os Assassinatos da Rua Morgue" e o poema "O Corvo". Em 1842, Poe publicou um conto também sensacional: "A Máscara da Morte Vermelha". É uma história curtinha. Em apenas 14 parágrafos, Poe descreve como um nobre tenta escapar de uma perigosa praga. Vamos contar algumas das coisas que acontecem nessa história. Portanto, se preferir, leia o conto primeir
Categoria
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NotíciasTranscrição
00:00Do alto de sua arrogância, políticos acreditam que podem usar a coerção estatal para extinguir
00:07um vírus.
00:12Este é o Visão Libertária, sua fonte de informações descentralizadas e distribuídas.
00:17Este artigo foi sugerido e escrito por Marco Batalha, revisado por J.M.
00:21Pernicião e narrado por Min Leafar.
00:25Edgar Allan Poe foi um escritor nascido em Boston, nos Estados Unidos.
00:30Em 1809, suas principais obras são consideradas góticas, com temas misteriosos e macabros,
00:36recheados de protagonistas de caráter questionável.
00:40Ele influenciou vários gêneros literários como terror, ficção científica e histórias
00:45de detetives.
00:46Entre as suas obras-primas estão O Poço e o Pêndulo, O Gato Preto, Os Assassinatos da Rua
00:53Morgue e o poema O Corvo.
00:56Em 1842, Poe publicou um conto também sensacional, A Máscara da Morte Vermelha.
01:03É uma história bem curtinha.
01:05Em apenas 14 parágrafos, Poe descreve como um nobre tenta escapar de uma perigosa praga.
01:10Vamos contar algumas das coisas que acontecem nessa história.
01:13A história se passa no castelo de um certo príncipe próspero.
01:23Ele e os outros mil nobres se refugiam nesse castelo para evitar uma terrível praga que
01:29assolava a região.
01:30Essa praga, conhecida como a Morte Vermelha, era fulminante.
01:34Aqueles que a pegavam tinham vertigens súbitas, dores agudas, sangramentos profusos e, em apenas
01:41meia hora, morriam.
01:43Poe escreve.
01:44Durante muito tempo, a Morte Vermelha devastou aquele país.
01:48Jamais havia existido peste tão fatal e tão terrível.
01:52Próspero e sua corte são indiferentes à dor do povo que sofre com a praga.
01:57Eles acreditam que podem se encastelar e viver em segurança até que a praga termine naturalmente.
02:02E assim, eles se isolam no castelo.
02:06Ninguém entra, ninguém sai.
02:08Eles passam meses lá, procurando levar suas vidas da maneira mais normal possível.
02:13Após cinco meses de confinamento, Próspero resolve dar um baile de máscaras na abadia
02:18do castelo, para entreter seus hóspedes.
02:21Na abadia, há sete aposentos.
02:24Cada um dos seis primeiros aposentos é decorado com uma cor.
02:27O último é decorado com preto e iluminado por uma luz vermelha.
02:38Por causa dessa combinação de cores, poucos convidados se aventuram naquele aposento.
02:43À meia-noite, alguns notam uma figura diferente, sombria, coberta por um manto vermelho e com
02:50uma máscara que lembra a face rígida daqueles que são vítimas da morte vermelha.
02:54E assim, antes que os últimos ecos da última badalada desaparecessem no silêncio, vários
03:00dos convivas notaram a presença de uma figura mascarada que não havia chamado a atenção
03:05de ninguém até então.
03:08Próspero, enraivecido, pergunta quem era aquela figura misteriosa.
03:12O príncipe ordena que ela seja capturada e enforcada.
03:16Os convidados, com medo de se aproximarem, deixam que ela passe pelos seis primeiros aposentos.
03:21Próspero a persegue com uma adaga e a encurrala no sétimo quarto.
03:26Quando a figura se volta para ele, o príncipe lança um grito desesperado e cai morto.
03:31Os convidados aparecem e removem a máscara e o manto da figura.
03:36Não há nada embaixo.
03:37A fantasia está vazia.
03:39É então que eles entendem que aquela figura era a própria morte vermelha.
03:44Tal como aqueles fora das muralhas do castelo, eles também sucumbiriam à praga.
03:49De nada havia adiantado se encastelarem.
03:52Então, o conto termina.
03:55E o poder ilimitado da treva, da ruína e da morte vermelha, a tudo dominou.
04:02Mas por que estamos falando desse conto aqui?
04:04Porque a prepotência do príncipe próspero encontra paralelos nos políticos neozelandeses.
04:10Muitos acreditaram que a Nova Zelândia havia mostrado ao mundo como lidar com a gripe chinesa.
04:14O país havia evitado a primeira onda em março.
04:18Assim como a Austrália, discutida no vídeo Loucura em Melbourne, a Nova Zelândia também
04:23acreditou que poderia usar seu isolamento geográfico e um forte controle de fronteiras
04:28para evitar a entrada do vírus.
04:30O mundo poderia sofrer com a praga, mas eles estariam protegidos.
04:34Tal como o príncipe próspero e sua corte, eles acreditaram que poderiam se encastelar
04:39em sua ilha, como escreve Paul em seu conto, com tais precauções, os nobres desafiaram
04:46o contágio e que o mundo exterior tomasse conta de si próprio.
04:51À medida que o vírus se espalhava pelo mundo, mais a Nova Zelândia confinava sua população.
04:57No dia 22 de março, a primeira ministra Jacinda Ardern, com uma canetada, ordenou que todo
05:03o seu rebanho permanecesse no curral.
05:05Em agosto, a Suprema Corte do país considerou os primeiros dias de confinamento ilegais,
05:10mas o estrago já estava feito.
05:12Como era de se esperar, a extrema imprensa encampou a narrativa.
05:16Para a mídia, mesmo que a ordem de Ardern fosse ilegal, ela era justificada para impedir
05:22a pandemia.
05:23A atitude ousada de uma heroína que sabia mais do que seu próprio povo.
05:27Ao longo do mês seguinte, o país aplicou o confinamento mais restrito em todo o mundo,
05:32mais até do que a China comunista em Wuhan.
05:35No índice de rigor de confinamento, a Nova Zelândia atingiu inacreditáveis 96,3%.
05:41Haja como se tivesse a doença e fique em casa!
05:45Era a ordem que veio de cima.
05:47Lojas e negócios foram impedidos de abrir.
05:50A locomoção interna por todo o país foi proibida.
05:53Seguida de restrições para se deixar até a própria casa, a não ser para obter comida
05:58e remédio.
05:58A primeira ministra ordenou que os militares patrulhassem as ruas.
06:03A polícia encorajou os neo-zelandeses a denunciarem os concidadãos que tivessem a ousadia de
06:09sair de casa sem um motivo justificado.
06:12Apenas na primeira semana, houve 4.300 denúncias.
06:16Aqueles que saíram de casa seguidas vezes foram presos.
06:20A primeira ministra deu sermões, criticando os que desobedeciam e incentivando o uso de força
06:26policial para colocá-los em seus devidos lugares.
06:30Mas o príncipe próspero era feliz, destemido e sagaz.
06:35Escreve Paul em seu conto.
06:37Tal como aqui em Banania, as ações ditatoriais de Ardern não encontraram resistência.
06:42Os poucos que a criticavam foram rapidamente atacados pela turba enfurecida.
06:47Como eles ouçam questionar a ciência?
06:49Como eles desafiam a sabedoria de nossa governante iluminada?
06:53A Ardern se tornou o modelo de liderança, na qual o mundo todo deveria se inspirar.
06:59Como escreve Paul em seu conto, parecia estar cercado por uma alta e resistente muralha com
07:06portões de ferro.
07:08Em meados de maio, a Nova Zelândia suspendeu seu confinamento interno.
07:12Entre março e maio, a polícia neo-zelandesa havia processado 600 pessoas por violarem o confinamento
07:19e advertido outras 5 mil.
07:21Para os pandemínions do país, a liderança de Ardern havia se mostrado um caso indiscutível
07:27de sucesso.
07:28Parecia que graças à contenção inicial, a doença não havia se espalhado por lá.
07:33Assim, em junho, Ardern proclamou-se vitoriosa.
07:38Estamos confiantes de que eliminamos a transmissão do vírus.
07:40E como no resto do mundo, o confinamento deixou a economia neo-zelandesa em frangalhos.
07:47Pela primeira vez em três décadas, houve retração econômica.
07:51O turismo, uma atividade da qual muitos dependem, foi o setor mais prejudicado.
07:56Note que a estratégia de Ardern para suspender o confinamento interno residia na manutenção
08:02de um dos mais fortes controles de fronteiras no mundo.
08:06Visitantes estrangeiros estavam proibidos de entrar no país.
08:09Os residentes que voltavam do exterior eram obrigados a ficarem quarentenados por 14 dias
08:15sob intensa vigilância da polícia.
08:17Era o preço a ser pago.
08:19Tal como Próspero, Ardern encastelou o país.
08:23A reabertura interna dependia da habilidade de um governo erguer uma alta e resistente muralha
08:29com portões de ferro, criando uma barreira impenetrável e impedindo a entrada do resto
08:35do mundo.
08:35Além disso, essa estratégia deveria continuar indefinidamente, até que houvesse uma cura
08:41para a gripe chinesa.
08:43Então, no dia 9 de agosto, a Nova Zelândia celebrou o centésimo dia sem o vírus.
08:50O país havia derrotado a doença.
08:53Jornalistas mundo afora comemoravam o feito.
08:56E foi no quinto mês da reclusão, e quando a peste raivava mais furiosamente lá fora,
09:01que o Príncipe Próspero entreteve seus mil amigos com um baile de máscaras da mais
09:06extraordinária magnificência.
09:09Escreveu Paul.
09:10Até aqui no Brasil, a extrema imprensa exaltava a Nova Zelândia.
09:14Você deve se lembrar de reportagens sobre um certo ex-ator global que gosta de cuspir nos
09:20outros, dizendo que vivia em paz lá.
09:23Um dos países menos atingidos pelo vírus, elogiavam os jornalistas.
09:28Ardern usou os 100 dias para lançar sua campanha de reeleição.
09:33Mas eis que, tal como no conto de Alan Bowe, os convidados notaram a presença de uma figura
09:38mascarada até então despercebida.
09:41No centésimo segundo dia, o vírus reapareceu no país.
09:45Quatro pessoas de uma família em Auckland testaram positivo, desencadeando uma reação
09:50desesperada do governo.
09:51Em 24 horas, Auckland, a cidade mais populosa do país, estava novamente em confinamento.
09:58Polícia nas ruas e prisões dos que desobedeciam.
10:01As paredes do castelo haviam sido rompidas.
10:04A morte vermelha estava lá dentro.
10:06Quando os olhos do príncipe próspero caíram sobre aquela figura espectral, viram no tomado
10:11de convulsões.
10:12A princípio, um forte tremor de pânico.
10:15Para logo depois, enrubercer-se de raiva.
10:18Vendo sua reeleição ameaçada, Ardern também se enrubeceu de raiva.
10:23Com a eficácia de suas medidas questionada, o caos auto-infligido em Auckland e a crescente
10:29pressão dos partidos de oposição, Ardern adiou as eleições em um mês, para meados
10:35de outubro.
10:36Sua reeleição, que parecia garantida, agora está em risco.
10:40É verdade que o número de mortes provocadas pela gripe chinesa ainda é extremamente baixo
10:45no país, com apenas 22 fatalidades.
10:49Mas os custos das medidas ditatoriais impostas por Ardern ainda vão aparecer.
10:54Longe de ser científica, a abordagem neozelandesa se aproxima de práticas medievais, de se encastelar
11:01pelo tempo que for necessário, esperando que a crise passe e que a fortaleza proteja a população
11:07das aflições do mundo exterior.
11:09No longo prazo, essa tática é insustentável e está fadada ao fracasso.
11:14A estratégia medieval de encastelamento é inerentemente frágil.
11:19A qualquer momento, ela pode colapsar e levar ao caos.
11:22Cedo ou tarde, as muralhas do castelo são puladas.
11:25Ao invés de considerá-lo um modelo a ser seguido, o mundo deveria evitar a política
11:31adotada pela Nova Zelândia a todo o custo.
11:33Sabemos praxeologicamente que os impactos da intervenção estatal serão devastadores,
11:39e isso para não mencionar a questão ética, que deveria ser suficiente para rechaçar
11:43quaisquer medidas do tipo.
11:45Um dos temas de A Máscara da Morte Vermelha é a inevitabilidade da morte.
11:50E então, reconheceram a presença da morte vermelha.
11:54Escreve o autor.
11:56Talvez por serem materialistas, muitas pessoas hoje parecem se recusar a aceitar que um dia
12:01morrerão, procuram se encastelar em suas abadias e cultivar a ilusão de que viverão
12:07eternamente.
12:08Mas o curioso é que, paradoxalmente, por medo da morte, deixam de viver.
12:13Na analogia que fizemos com o conto do Paul, há duas diferenças importantes que devem
12:18ser ressaltadas.
12:19Primeiro, a Morte Vermelha era uma epidemia de verdade, com uma altíssima taxa de mortalidade.
12:25Segundo, mesmo assim, o Príncipe Próspero e sua corte não deixaram de aproveitar a vida
12:32da melhor maneira que podiam.
12:34Os Reis do Gado, em seus delírios megalomaníacos, acreditam ser capazes de extinguir um vírus
12:40usando os fuzis estatais.
12:42Os senhores bofinhos gadosos e sua fé cega na onipotência do Estado acreditam que políticos
12:47conseguirão erradicar uma doença à força.
12:50Ambos estão errados.
12:51Não é assim que a coisa funciona.
12:53Tal como a Morte Vermelha, a peste chinesa, infinitamente mais fraca, seguirá o seu curso
12:59normal, independentemente de quaisquer medidas autoritárias que venham a ser tomadas pelos
13:04governantes.
13:05Não adianta nos encastelarmos em nossas casas, esperando que o vírus se extinga ou que uma
13:11vacina seja desenvolvida em tempo recorde.
13:14Quem nos salvará dela será o nosso velho e bom sistema imunológico, como sempre foi,
13:20como é e como sempre será.
13:23Obrigado por sua audiência.
13:25Se você gostou deste vídeo, clique no ícone de curtir abaixo e compartilhe o vídeo em
13:29sua rede social.
13:30Se você deseja ser notificado de outros vídeos, clique em se inscrever e depois no ícone de
13:35campainha.
13:35Um abraço e até a próxima.
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