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Transcrição
00:00As imagens feitas de celular mostram uma confusão na porta da casa da família
00:05que mantém um comércio de espetinhos e caldinho na cidade de Garapu, no Cabo de Santo Agostinho.
00:11O marido da dona do estabelecimento varria a calçada depois do fim das vendas,
00:16quando pelo menos seis homens chegaram em dois veículos que, segundo ele, não estavam sequer identificados.
00:23Neste vídeo é possível ouvir a discussão por conta da identificação da equipe.
00:28Cadê a sua identificação? Cadê a sua identificação?
00:33Olha, dando choque aqui, sem identificação nenhuma.
00:36Olha aqui, sem identificação, atuando, sem identificação, atuando aqui, sem identificação.
00:43Depois disso, os ânimos ficam ainda mais exaltados.
00:46Marcelo, de 52 anos, dá suporte à esposa no espetinho há pelo menos três anos.
00:51Em casa, o trabalhador que sofre com diabetes e linfalgite, que provoca esse inchaço na perna,
00:57contou como tudo começou.
00:59Chegou as duas caminhonetes, branca, sem identificação nenhuma, sem brema nenhuma de prefeitura nem nada.
01:06E parou. E o rapaz já veio com medo de som na mão.
01:09Esse som aí é de quem? Eu digo, é meu.
01:12Aí eu disse, quem é você? Se identifica? Você é algum policial?
01:14Você é policial civil? Você é policial militar? Você é guarda municipal?
01:17Porque você está sem identificação.
01:19Quem tem que se identificar é você.
01:20Ele disse, não, quem vai se identificar é você.
01:22Eu digo, não, eu não vou não. Como é seu nome? Eu digo, eu não tenho um nome não.
01:25Aí quer dizer que você não vai falar seu nome não.
01:27Eu disse, não. Você não quer se identificar?
01:29Aí ele disse, então eu vou levar seu som.
01:31Eu digo, meu som você não leva não.
01:32O momento mais tenso foi quando um disparo de arma não letal, de choque, foi efetuado.
01:38Depois disso, o Marcelo conta que ainda foi levado na viatura como se fosse um criminoso.
01:43Foi muita humilhação.
01:44Marcelo ainda denuncia que foi agredido pelos guardas.
01:47E eles chutaram nessa perna aqui. Como essa é boa, eu não sentia nada.
01:51Mas a partir do momento que ele chutou essa daqui, foi quando eu caí a primeira vez.
01:54Aí consegui me levantar. Depois eles chutaram de novo.
01:58Essa de novo. Aí eu caí de novo.
01:59Aí foi quando eu estava sentado, em frente à porta do carro, assim, sentado.
02:05E ele falou, teve um que falou assim, se ele reagir, atira de novo.
02:08Aí quando ele pegou meu braço, assim, que eu puxei, ele foi e atirou de novo.
02:12Com aquela arma de choque.
02:13De início, o comerciante tinha recebido a informação de que a operação montada pela Guarda Municipal
02:18teria surgido a partir de uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco,
02:23que teria recebido denúncias, reclamações de moradores aqui da cidade de Garapu
02:28sobre som alto, bagunça, tudo sendo provocado por estabelecimentos comerciais
02:33que ficam perto de residências.
02:35Seu Marcelo garante que esse não é o caso.
02:38Já que o som não costuma ficar ligado até tarde da noite e muito menos alto.
02:44Esse não foi o único episódio polêmico de atuação da Guarda Municipal
02:48e das equipes de controle urbano do Cabo na última sexta-feira.
02:52Este vídeo mostra a confusão que já havia ocorrido mais cedo
02:55quando um ambulante também foi abordada para ter a mercadoria recolhida.
03:00O sargento Almeida, policial militar e hoje vereador na cidade,
03:04está acompanhando as denúncias e inclusive garantiu apoio jurídico para os comerciantes.
03:09Foi uma ação totalmente desastrosa, descoordenada.
03:14A gente vê que o prefeito fala sempre que a violência está alta no Cabo
03:17e ele está usando a guarda para a finalidade que não devia,
03:21que é estar realmente oprimindo comerciante, trabalhador de bem.
03:24Pega essa mesma guarda que usou essa truculência, essa forma agressiva,
03:28bota na comunidade para pegar bandido.
03:30Contra o comerciante foi feito um TCO por ameaça, desobediência e lesão corporal.
03:36Mas ele também registrou uma queixa contra os guardas
03:39e está formalizando uma denúncia na corrigidoria do próprio município.
03:44Exatamente, quando eu cheguei lá na delegacia, uma coisa que eu achei muito errado.
03:49Por quê? Porque se vão tomar depoimento, eu acharia que tinha que tomar depoimento de um por vez
03:54para ver se todo mundo dizia a mesma coisa.
03:56Mas não, juntaram todos os seis e entraram todos os seis para dar o depoimento.
04:02Entendeu?
04:03Aí, é claro que todos os seis combinaram de falar a mesma coisa.
04:07E eu saí de lá como...
04:09que tinham ameaçado ele com desacato e lesão corporal.
04:15Eu que tinha lesionado eles.
04:17E aí, vai, aí vai.

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