PGR pede ao STF condenação de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

Estado de Minas

anteontem

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta segunda-feira (14/7) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro condenação por liderar uma organização criminosa visando efetuar o golpe de Estado.

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Após a entrega das alegações, Moraes vai intimar o delator do caso, o tenente-coronel Mauro Cid, para que sua defesa também apresente a manifestação final por escrito. Em seguida, um novo prazo de 15 dias será aberto para que os demais envolvidos entreguem suas defesas. Somente após esse processo é que a Primeira Turma do STF poderá marcar o julgamento — que deve ocorrer em meados de setembro.

Imagens: Arquivo Pessoal
Locução: Maria Lúcia Passos

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00:00A Procuradoria-Geral da República pediu ao STF a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por envolvimento em uma trama golpista.

00:11O Procurador-Geral, Paulo Gonê, acusou os oito réus do chamado Núcleo 1 por crimes como golpe de Estado e organização criminosa.

00:19Segundo Gonê, o grupo liderado por Bolsonaro e composto por figuras-chaves do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência,

00:28implementou um plano sistemático de ataque às instituições democráticas, com o objetivo de impedir a alternância de poder nas eleições de 2022

00:38e minar o funcionamento dos demais poderes, especialmente o judiciário.

00:43Para a PGR, os ataques de 8 de janeiro de 2023 fizeram parte desse plano.

00:50Naquele dia, apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos três poderes em Brasília.

00:56O documento afirma que o objetivo final era instalar um regime de governo alternativo,

01:02após a deposição do governo legitimamente eleito, e promover a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

01:10As alegações finais da PGR foram entregues nesta segunda-feira, dia 14 de julho,

01:16e são a última etapa antes do julgamento pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal.

01:22Goné afirma que o plano golpista previa a anulação das eleições, a prisão de autoridades públicas e a intervenção em tribunais.

01:31Segundo ele, os comandantes das Forças Armadas relataram ter sido pressionados,

01:37inclusive por meio de ataques virtuais a aderir ao golpe.

01:41Além de Bolsonaro, a PGR pediu a condenação de outros sete aliados.

01:46O próximo passo será a intimação do Tenente-Coronel Mauro Cid, delator do caso,

01:52para apresentar sua manifestação final por escrito.

01:55Depois disso, os demais réus também terão 15 dias para enviar suas defesas.

02:01Só então, o STF poderá marcar o julgamento, que deve ocorrer em meados de setembro.

02:06O julgamento pode resultar na absolvição caso os ministros entendam que não há provas suficientes,

02:12ou na condenação dos réus com penas individualizadas.

02:16O Núcleo 1 é considerado o mais importante pela PGR, por reunir a cúpula da suposta organização.

02:23Além de Jair Bolsonaro, também são réus.

02:26Walter Braga Neto, ex-ministro da Casa Civil e vice na Chapa de 2022, acusado de financiar o plano.

02:33Augusto Heleno, general da Reserva e ex-ministro do GSI,

02:37que teria ajudado a espalhar fake news sobre o sistema eleitoral.

02:41Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, acusado de pressionar as Forças Armadas

02:46e apresentar versão do decreto golpista.

02:49Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, apontado por omissão nos atos de 8 de janeiro

02:56e por manter uma minuta golpista em casa.

02:59Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da ABIN,

03:03que teria usado o órgão para atacar o sistema eleitoral.

03:06Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, que, segundo a PGR,

03:11teria colocado tropas à disposição do plano.

03:14E Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência, que detalhou o plano em delação premiada

03:20e é acusado de repassar a ordens de Bolsonaro ao grupo.

03:24As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa,

03:29dano ao patrimônio público e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

03:34As investigações se baseiam em documentos, registros digitais, testemunhos e na delação de Mauro Cid.

03:43Saiba mais sobre esse caso em em.com.br.

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