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00:00Música
00:30Corpos no Porão
01:00Wood River, Illinois, 1978
01:08Wood River era uma pequena comunidade residencial
01:15Com bairros muito seguros, um ótimo lugar para viver e criar uma família
01:22Estávamos apenas a 30 minutos de St. Louis, era o melhor de dois mundos
01:29Um lugar cheio de gente trabalhadora
01:31Era um lugar incrível para jovens famílias
01:35O Mark e a Carla escolheram uma casa bem no centro de Wood River
01:40Para ser o primeiro lugar onde eles morariam juntos
01:44E eu acho que isso mostra bem o tipo de cidade que Wood River era
01:48Ambos passaram a infância em Wood River e queriam continuar morando ali
01:52Em 1978, era bem chocante que um casal fosse morar junto antes do casamento
02:03Ninguém fazia isso
02:06Mas ela era de outra geração
02:10A Carla Brown era muito independente
02:15Era um espírito livre
02:17Ela sabia cuidar de si mesma e tinha uma personalidade muito forte
02:23Porque havia crescido à sombra das duas irmãs mais velhas
02:26Eram três meninas
02:29A Connie era a mais velha, depois vinha eu e a Carla, que era sete anos mais nova
02:34Durante a infância mudamos bastante pelo país
02:37O meu pai trabalhava com construção, mas ele morreu num acidente industrial em 67
02:44Então éramos apenas minha mãe e as três meninas
02:47A mãe era viúva
02:50Ela se casou novamente
02:52Mas o relacionamento não durou muito
02:56E a Carla era muito próxima da mãe e das irmãs
02:59As irmãs Brown eram muito conhecidas na cidade
03:03E todo mundo sabia quem elas eram
03:06Fosse por causa da igreja ou qualquer outro motivo
03:08Elas estavam sempre na cidade
03:10Fazendo parte de tudo o que acontecia
03:13Elas estudavam em anos diferentes na escola
03:16Eram muito ativas na escola
03:18Elas participavam de tudo
03:21Tiravam notas altas
03:23Eram boas meninas
03:24A Carla seguia a gente para todo lado quando era nova
03:29Mas se tornou independente quando ficou mais velha
03:32Ela tinha suas ideias próprias
03:34Era de uma geração diferente da minha e da Connie
03:37Ela testava os limites de tudo
03:40E fazia certas coisas que sabia que não devia fazer
03:44E corria com as amigas
03:46Faz parte do amadurecimento
03:49Mas sim, ela era um espírito livre
03:51Ela sempre estava namorando
03:53Sempre tinha alguém com quem sair
03:55Porque também fazia muitas coisas com as amigas em grupo
03:59Ela era muito, muito popular
04:01E tinha o grupo de amigos mais diverso que eu já vi
04:06Acho que a Carla era o tipo de pessoa
04:10Que se relacionava bem com todo mundo
04:12Aceitava as pessoas pelo que elas eram
04:14E tinha muitos bons amigos
04:16Ela era alguém que gostava de todo tipo de gente
04:21E todo mundo gostava dela
04:22A Carla era deslumbrante
04:24Usava o cabelo loiro bem curto
04:26Tinha um rosto lindo
04:28Era muito simpática, muito carinhosa
04:31O tipo de mulher que quando chegava no lugar
04:33Todo homem parava para poder olhar
04:35A Carla tinha 22 anos
04:40Ia para a faculdade
04:42Tinha trabalhado um tempo como garçonete
04:45E estava completamente apaixonada pelo Mark
04:48Eu gostei do Mark desde o início
04:55Ele era um pouco mais velho que a Carla
04:57E havia servido o exército
05:00Na época ele era aprendiz de construção
05:02Mas ele era um cara legal
05:05Acho que havia uma certa relutância
05:07Da parte do Mark em se comprometer
05:09Era um jovem com uma vida social muito ativa
05:12E levou muito tempo para decidir
05:14Que estava pronto para deixar toda aquela agitação para trás
05:17E levar uma vida com a Carla
05:1821 de junho de 78
05:247 e meia da manhã
05:35Eles decidiram comprar uma casa juntos
05:37E a compra da casa era uma forma do Mark se comprometer
05:42A verdade é que a Carla queria se casar já havia um bom tempo
05:47Acho que na época que eles decidiram morar juntos
05:51Ela estava mais feliz que nunca
05:53Ela estava eufórica
05:56Queria se casar
05:58Queria ficar com o Mark
05:59E as coisas estavam acontecendo
06:0211h24 da manhã
06:15O Mark trabalhava na área de construção
06:20E tinha saído para o trabalho
06:22E as coisas estavam acontecendo
06:35E as coisas estão mudando
06:40E você é o único
06:42Alô?
07:01Você não vai acreditar, a casa é tão linda.
07:04Eu sei, é demais.
07:05E a gente está bem no centro.
07:07Está perto de onde a gente morava quando era criança, sabe?
07:10Você tem que vir aqui me visitar.
07:12A gente vai fazer alguma coisa bem legal.
07:16Tá bom, a gente combina.
07:18Ai, o Mark está sendo tão legal em relação a todas as mudanças.
07:21Ai, ele está incrível e...
07:42O Mark voltou para casa com seu amigo Tom, depois do trabalho, no final daquela tarde.
08:05O Mark queria mostrar a casa ao Tom e, ao chegar, notou a porta destrancada e ele ficou um pouco irritado porque se preocupava com a segurança.
08:16O Mark chamou a Carla, mas não teve resposta.
08:29Carla!
08:30Eles andaram pela casa e o Mark achou que a Carla estava no porão.
08:36Carla!
08:36Mas ele certamente não estava preparado para o que viu quando desceu a escada.
08:46Ele viu as almofadas do sofá reviradas como se tivesse acontecido uma briga.
08:52Viu bandejas caídas no chão.
08:55E o sangue chamou a Carla novamente.
08:58Carla!
08:59Ela estava a pouco mais de um metro dali, com as mãos amarradas nas costas, com a cabeça mergulhada em um barril d'água de 100 litros.
09:12O Mark tirou ela do barril d'água e pediu para que o amigo ligasse para a emergência, pedindo ajuda da polícia e uma ambulância.
09:29Quando a polícia chegou, o Mark estava histérico.
09:35Ele chorava e gritava o nome da esposa.
09:38O Mark contou que havia encontrado o corpo da Carla no porão.
09:43O amigo tentou ajudar, dando informações para a polícia.
09:48A polícia de Wood River resolveu então ligar para um perito da polícia estadual.
09:55E ele fez uma análise preliminar do local do crime.
09:59Ele tirou fotos, procurou provas, preservando o caso e preservando as provas em volta do corpo.
10:13Eu era procurador estadual adjunto na época do crime.
10:17Fui até o local e desci no porão, onde via a cena, com meus próprios olhos.
10:22Era um ambiente muito estranho, frio como numa geladeira em que uma jovem havia morrido.
10:31Mas era mais do que isso.
10:33Havia um sentimento de que alguma coisa muito ruim havia acontecido lá.
10:41Não havia nenhum sinal de arrombamento.
10:44As fechadoras não estavam quebradas.
10:46Nenhuma janela havia sido quebrada.
10:48Todos os indícios sugeriam que uma briga havia começado no sofá.
10:52As condições do corpo da Carla indicavam que ela havia resistido e foi dominada.
11:22Havia duas meias masculinas amarradas em volta do pescoço.
11:27As mãos estavam amarradas nas costas com um fio elétrico branco.
11:33Ela estava nua, da cintura para baixo.
11:36A causa da morte havia sido o estrangulamento.
11:39As meias em volta do seu pescoço estavam tão apertadas que tiveram que ser cortadas.
11:43Era um local de crime muito estranho e o caso estava apenas começando.
11:49Estávamos em Cedar Rapids, em Iowa, quando recebemos a ligação de uma amiga dela.
12:06Que nos contou que a Carla havia sido assassinada.
12:11Foi muito chocante.
12:13Foi muito chocante.
12:14Estávamos no meio do nada.
12:17Sabe, era uma viagem de seis horas.
12:21E...
12:22Era terrível tentar conseguir alguma informação.
12:26Era uma época em que não havia telefones celulares nem nada disso.
12:34Foi arrasador.
12:36Foi muito tenso.
12:38Tudo o que se sabia era que ela tinha sido assassinada.
12:41Não sabíamos como, quando ou porquê.
12:46Nós voltamos para St. Louis.
12:49Foram as piores 24 horas da minha vida.
12:53Parávamos nos acostamentos, nos postos de gasolina,
12:56onde houvesse um telefone público,
12:58para ligar e tentar saber o que estava acontecendo.
13:03Finalmente consegui falar com a Connie, minha irmã mais velha, pelo telefone.
13:08E tudo o que ela disse foi dona, é pior do que pode imaginar, vem para casa.
13:21Há uma regra que diz que se investiga primeiros conhecidos antes dos desconhecidos.
13:26E esse era um caso perfeito para isso.
13:29A polícia quis checar logo de cara se o Mark podia ser um suspeito.
13:33Foi aquele mesmo jovem que encontrou o corpo da Carla.
13:40Ele chamou a polícia e, apesar de estar histérico,
13:43quando a polícia chegou,
13:46eles sabiam que precisavam investigar o Mark,
13:49talvez como o principal suspeito.
13:51Mas o Mark tinha um álibi irrefutável porque ele estava trabalhando.
14:02E estava a mais de 30 quilômetros de casa.
14:07Ele passou o dia inteiro no trabalho,
14:09não saiu de lá, nunca esteve fora da vista dos colegas
14:13e não teria como estar na casa no momento em que a Carla foi assassinada.
14:17A polícia começou a falar com os vizinhos.
14:26O crime ocorreu em plena luz do dia.
14:28Eles falaram com os vizinhos e perguntaram se eles tinham visto ou escutado alguma coisa.
14:35A casa ao lado da residência da Carla e do Mark
14:38era de um jovem chamado Dwayne Conway.
14:41Ele, então, contou à polícia que tinha passado a maior parte da tarde na varanda com um amigo.
14:47Ele tinha bebido e fumado maconha.
14:52Mas ambos disseram que não notaram nada estranho acontecendo na casa da Carla
14:56até a polícia chegar.
15:04Enquanto a polícia checava os vizinhos e pessoas próximas,
15:08eles encontraram uma mulher que já tinha morado na casa onde o Mark e a Carla estavam morando.
15:13Ela estava passando de carro com seu neto.
15:16Um menino de seis ou sete anos de idade.
15:20Minha avó estava me levando no dentista
15:22e ela falou, vamos dar uma paradinha para você ver sua casa antiga.
15:25A gente tinha mudado de lá fazia uns nove meses.
15:29A gente passou de carro pela casa
15:31e viu a Carla Brown discutindo com um homem.
15:35Eu vi os dois por uns cinco segundos.
15:37Eles deram uma olhada rápida em um homem grande,
15:42de cabelos compridos e talvez uma barba.
15:45Não conseguiram olhar muito bem o seu rosto, mas o viram de relance.
15:50E essa foi a última vez que alguém viu a Carla com vida.
15:55Eu só fui entender o quanto aquilo foi importante muitos anos depois.
16:04E o que me impressiona de verdade é pensar na chance da gente parar ali.
16:09Quer dizer, você vai no dentista uma vez por ano e aí...
16:14Foi uma grande coincidência a gente ter visto os dois no dia que ela foi assassinada.
16:19A polícia também descobriu rapidamente que a Carla estava falando ao telefone
16:33com uma de suas melhores amigas por volta do meio-dia.
16:36Elas estavam conversando, a Carla estava contando as novidades,
16:39falando da mudança e enquanto elas conversavam, a Carla disse...
16:43Olha, tem alguém na porta. Eu tenho que desligar.
16:45E essa foi a última vez que a amiga falou com a Carla.
16:52Outras pessoas ligaram para o telefone da Carla naquele dia,
16:56depois daquela hora, mas as ligações não foram atendidas.
16:58O que indica que a vítima morreu cerca de seis horas antes da descoberta do corpo,
17:03por volta das cinco e meia da tarde.
17:06Então ela foi morta perto do meio-dia.
17:15Como Wood River era uma cidade pequena, com uma comunidade muito próxima,
17:27a polícia sabia que qualquer um que estivesse no círculo de amigos da Carla
17:32podia ser considerado um suspeito.
17:35A primeira pessoa que investigaram foi um arruaceiro local, chamado Jack Myers.
17:39O Jack conhecia a Carla muito bem.
17:43Eles andavam praticamente nos mesmos círculos sociais
17:47e todo mundo sabia que o Jack tinha andado em cima da Carla inúmeras vezes.
17:52Mas a Carla sempre rejeitou as investidas.
17:56A Carla era muito popular, mas às vezes ela se incomodava com a atenção que recebia.
18:01Ela teve uma foto sua publicada de biquíni, tirada na praia, que era... era linda.
18:09Sabe? Ela era linda.
18:11Tinha um cabelo loiro incrível e ela tinha um corpo perfeito.
18:17Ela era realmente bonita.
18:20E recebeu alguns telefonemas que a incomodaram.
18:23Quando se é tão bonita assim, esse tipo de coisa acontece.
18:28Mas era meio assustador.
18:29Mesmo as amigas mais próximas da Carla achavam que o Jack Myers era um provável suspeito.
18:36Ele já tinha se envolvido em incidentes violentos com mulheres.
18:41Mas o Jack passou pelo detector de mentiras.
18:47A polícia também investigou o antigo padrasto da Carla, Joe Shefford.
18:53O Joe Shefford era conhecido das autoridades.
18:57Ele tinha ficha na polícia de Wood River.
19:02E foi casado com a mãe da Carla por pouco tempo.
19:06No meu ponto de vista, todo mundo pode ser culpado até que se encontre alguma prova forte ou definitiva.
19:14E eu sei que investigam as pessoas próximas.
19:16Eu estava na faculdade.
19:18Quando a minha mãe se casou, a gente o chamava de Papa Joe.
19:22Mas eles não tiveram um bom relacionamento.
19:29Eu fiquei bem feliz quando a minha mãe se separou dele.
19:34Ele era um cara bem cruel.
19:36E sim, com certeza, considerávamos ele um suspeito.
19:43Algumas amigas da Carla disseram que não se sentiam bem perto dele.
19:47Uma delas contou que ele se insinuou sexualmente quando ela foi dormir na casa da Carla uma noite.
19:55Mas em pouco tempo, ele foi descartado como suspeito.
19:59Não havia nenhuma prova que o ligasse ao assassinato.
20:03O problema para a investigação da polícia
20:07é que havia uma lista quase interminável de possíveis suspeitos.
20:1428 de junho de 1978.
20:17Uma semana após o assassinato de Carla Brown.
20:20Eu queria que todo mundo fosse investigado antes de ser descartado.
20:25Mesmo que isso significasse interrogar o Terry, interrogar o Mark.
20:29Era o trabalho deles.
20:30Eu lembro que uns dias depois,
20:33o Mark pediu que eu fosse até a casa com ele
20:36para pegar algumas coisas que estavam lá.
20:39Eu levei ele até a casa.
20:41Não queria que ele fosse até lá sozinho.
20:47Dava para ver que ainda estava em choque.
20:50E eu estava bem nervoso também.
20:53Era uma coisa meio assustadora.
20:54Descer a escada foi meio difícil.
21:00Quando cheguei lá embaixo,
21:01tive uma sensação de pavor.
21:03Eu não queria estar lá.
21:05Era uma sensação muito, muito fria,
21:08muito assustadora.
21:10Era assustador.
21:10Era assustador.
21:11A polícia prosseguiu com a investigação
21:28e duas das pessoas de interesse das autoridades
21:32eram Duane Conway,
21:34o vizinho que morava ao lado da casa do Mark e da Carla,
21:38e o amigo dele que se chamava John Prenti.
21:41A polícia suspeitava deles
21:44porque a varanda da casa do Duane
21:47ficava a poucos metros
21:49da residência da Carla e do Mark.
21:53E se houvesse alguma briga violenta lá dentro,
21:56seria praticamente impossível
21:58que duas pessoas sentadas na varanda do Duane
22:01não tivessem ouvido alguma coisa.
22:04Eles pediram para que os dois fossem à delegacia
22:06dar um depoimento
22:08e passar pelo detector de mentiras.
22:11Ambos concordaram.
22:17O John Prenti passou no teste
22:19que indicava que ele não sabia nada
22:22sobre o assassinato da Carla
22:24e estava dizendo a verdade,
22:25segundo o examinador.
22:28Mas o Duane Conway
22:29ficou tão perturbado
22:31e tão nervoso durante o teste
22:34que o examinador disse
22:36que não podia afirmar
22:38se ele estava falando a verdade
22:39ou estava mentindo.
22:42Duas semanas depois.
22:45As semanas se passaram
22:46e a polícia sofria
22:48uma gigantesca pressão do público
22:50e da família da Carla
22:52para que algum avanço fosse feito
22:54na investigação.
22:56A família da Carla
22:58ficou absolutamente chocada
23:00porque a polícia não conseguia identificar
23:03pelo menos um suspeito,
23:05alguém a quem investigar.
23:07muito menos fazer uma prisão.
23:11A polícia de Wood River
23:13estava tendo muita dificuldade.
23:16Eles são bons para tirar gatos
23:17de cima das árvores,
23:19coisas desse tipo,
23:20mas eles não solucionavam assassinatos.
23:23E ficamos muito frustrados
23:25porque não parecia
23:26que eles iam pedir ajuda.
23:28achávamos que havia outros órgãos
23:31que poderiam ajudar.
23:32Mas eu acho que a polícia
23:34de Wood River
23:35queria resolver o caso,
23:37queria receber os créditos
23:39por descobrir
23:40quem matou a Carla Brown.
23:43A comunidade estava muito revoltada
23:48porque todos ficaram sabendo
23:50que o assassinato
23:51aconteceu em meio a uma série
23:53de invasões e de assaltos.
23:57Na época em que a Carla Brown
23:59foi morta,
24:00houve outros crimes sexuais
24:01na região.
24:03Havia um estuprador em série
24:04agindo ali.
24:05após o assassinato,
24:09o chefe de polícia
24:10de Wood River
24:10renunciou
24:12quando descobriram
24:13que ele havia escondido
24:15do público
24:1614 crimes
24:18envolvendo estupros
24:20e agressões sexuais.
24:24Enquanto a polícia
24:25investigava o assassinato
24:26da Carla,
24:27houve outra invasão domiciliar
24:29perto dali
24:30a poucas quadras
24:31da casa da Carla
24:32e do Mark.
24:33Um homem invadiu
24:35uma casa
24:35e atacou sexualmente
24:37a mulher que morava lá.
24:42A polícia conseguiu
24:44efetuar uma prisão
24:45depois que a mulher
24:46ligou para denunciar
24:47que havia sido molestada
24:49por uma pessoa
24:50que invadiu sua casa.
24:51Seu nome era Tony Garza.
24:54Ele admitiu
24:55ser responsável
24:56por algumas invasões
24:57e crimes sexuais
24:58que ocorreram,
25:00mas disse que não tinha
25:01assassinado a Carla.
25:04Mas o Tony Garza
25:05se encaixava
25:06na descrição do homem
25:08que a mulher
25:09e seu neto
25:10viram na entrada
25:12da casa
25:12falando com a Carla.
25:14A polícia
25:15conseguiu o depoimento
25:17de dois colegas
25:18de cela
25:19do Tony Garza
25:20e os dois
25:21e os dois disseram
25:22que o Tony
25:24tinha confessado
25:25para eles
25:26que tinha matado
25:28a Carla.
25:42Enquanto investigava o Tony Garza
25:44pelo assassinato
25:45da Carla Brown,
25:46a polícia
25:47conseguiu depoimentos
25:49dos colegas
25:49de cela dele
25:50que disseram
25:51que o Tony
25:52confessou
25:52que tinha matado
25:53a Carla.
25:54Mas a descrição
25:54que lhe deu
25:55do crime
25:56não era nem um pouco
25:57parecida
25:58com o que a polícia
26:00sabia dos fatos.
26:01E eles perceberam
26:03que os depoimentos
26:04tinham sido baseados
26:05nas reportagens
26:07da imprensa
26:08e não no relato
26:09do autor do crime.
26:10o que eles acharam
26:13que podia ser
26:14uma pista
26:15no caso
26:15se revelou
26:16uma farsa.
26:22Naquele momento
26:23a população
26:24de Wood River
26:25estava apavorada.
26:27Primeiro o assassinato
26:28de uma jovem
26:29no porão
26:29da sua casa
26:30em plena luz
26:31do dia
26:31e depois
26:32uma série
26:33de invasões
26:34domiciliares
26:35e crimes sexuais.
26:37As pessoas
26:38sentiam
26:38que não estavam
26:39mais seguras
26:40em suas casas.
26:42As vendas
26:42de fechaduras
26:43e armas de fogo
26:44dispararam
26:45na região
26:46de Wood River
26:47e a polícia
26:49sofria
26:49uma enorme pressão
26:51e muitas críticas.
26:53Eu entendo
26:55que a polícia
26:55de uma cidade
26:56pequena
26:57felizmente
26:58não está acostumada
26:59a lidar
27:00com casos
27:01de assassinatos
27:02e isso é bom
27:02até você ter
27:04um homicídio.
27:05Iamos sempre
27:08para Wood River
27:10a cada dois meses
27:11íamos à delegacia
27:12para ver
27:12o que estava acontecendo
27:14e meio que
27:15chamar a atenção
27:16deles.
27:17Sabe,
27:17não tem mais nada
27:18que possam fazer?
27:19Não queríamos
27:20que o caso esfriasse.
27:25Apesar dos melhores
27:26esforços
27:26da polícia
27:27de Wood River
27:28o caso
27:28não conseguia avançar.
27:30As pistas
27:31eram poucas
27:32e espaçadas.
27:33O assassinato
27:34da Carla Brown
27:34foi arquivado.
27:451980
27:46Pouco mais
27:48de dois anos
27:48após o assassinato
27:49da Carla
27:50houve uma eleição
27:51e um novo
27:52procurador estadual
27:53foi escolhido
27:54para o condado
27:54de Madison.
27:55Don Weber.
27:57No meu primeiro dia
27:58eu fui até
27:59os arquivos
28:00peguei tudo
28:01o que havia
28:01sobre o caso
28:02da Carla Brown
28:03coloquei na minha mesa
28:04e disse
28:05vamos resolver
28:06esse caso.
28:12O Don Weber
28:13e eu
28:13estudamos juntos
28:14no ensino médio.
28:15Lembro que ele
28:15disse que ia
28:16reabrir o caso
28:17da Carla Brown
28:18e que nunca havia
28:19esquecido
28:20esse assassinato
28:21porque a foto
28:22dela lembrava
28:23muito uma garota
28:24que estudou
28:25conosco.
28:28Don prometeu
28:28a si mesmo
28:29e a Carla Brown
28:31que não
28:31descansaria
28:32até resolver
28:32o caso.
28:39Depois de ler
28:40os arquivos
28:41eu queria
28:41formar uma
28:42força-tarefa.
28:43A polícia
28:43de Wood River
28:44era bem
28:44intencionada
28:45queria resolver
28:46o caso.
28:47Tiveram alguns
28:47anos para isso
28:48e não conseguiram.
28:49Então era
28:50hora de reunir
28:51um grupo
28:51com mais recursos
28:53e mais conhecimento.
28:55O procurador
28:55do condado
28:56de Madison
28:57Don Webber
28:57está obcecado
28:58com o homicídio
28:59de Carla Brown.
29:00Todo mundo
29:00era suspeito
29:01e ninguém
29:02era suspeito.
29:03Esse é o problema
29:04de investigações
29:05como esta.
29:06Você tem
29:06cem suspeitos
29:08mas acaba
29:08não focando
29:09em ninguém.
29:10Começamos
29:11a analisar
29:11todos os indícios
29:12cuidadosamente.
29:14Um dos primeiros
29:14investigadores
29:15do caso
29:16teve a oportunidade
29:17de assistir
29:18uma apresentação
29:18do John Douglas
29:19do FBI
29:20que estava desenvolvendo
29:22o método
29:22de elaboração
29:23do perfil
29:24psicológico
29:24de criminosos.
29:26ele estava
29:27entrevistando
29:28assassinos
29:28em série
29:29de todo o país
29:30como o Ted Bundy
29:31esse tipo
29:32de criminoso
29:33para desenvolver
29:36a habilidade
29:37de analisar
29:38os indícios
29:39analisar
29:40o local
29:41do crime
29:41e a partir
29:42daí inferir
29:43o tipo
29:44de pessoa
29:45que cometeria
29:45aquele crime.
29:48E o Douglas
29:50concordou
29:50em olhar
29:52o caso
29:52da Carla Brown
29:53para saber
29:54se conseguia
29:55ver
29:56alguma coisa
29:57que tinha
29:57passado
29:58despercebida
29:59na investigação
29:59preliminar
30:00e ele fez
30:02uma análise
30:04tão incrível
30:05do local
30:07do crime
30:07que deixou
30:08todo mundo
30:09atordoado.
30:11Ele olhou
30:12as fotos
30:13do local
30:13do crime
30:14e fez uma
30:14pergunta
30:15ela foi
30:15agressiva
30:16ou dócil?
30:17E a resposta
30:17foi agressiva.
30:18Ele ficou
30:19olhando um pouco
30:19e então
30:20começou
30:20a traçar
30:22um perfil
30:23psicológico
30:24do assassino.
30:25Ele disse
30:26o que temos
30:26aqui
30:27é um homem
30:27branco
30:28de idade
30:28entre 25
30:29e 30
30:30anos.
30:31Ele morava
30:31ou estava
30:32visitando
30:32uma casa
30:33a uma distância
30:34de uma ou duas
30:34casas
30:35da vítima
30:35na época.
30:36Ele serviu
30:37a marinha,
30:38tem algum tipo
30:38de experiência
30:39prática
30:40com energia
30:40elétrica,
30:42nunca teve
30:42jeito com as
30:43mulheres,
30:44passou cerca
30:44de um mês
30:45na região
30:46e depois
30:46foi embora.
30:47E o mais
30:48interessante
30:49ficou por último.
30:50Ele disse
30:51ele dirigiu
30:52um carro
30:52velho e detonado,
30:53vermelho ou laranja,
30:55provavelmente
30:55um Volkswagen.
30:58O John Douglas
30:59fez
31:00uma análise
31:02que parecia
31:03a saída
31:03de um filme.
31:04É meio
31:04assustador
31:05que eles possam
31:06fazer isso.
31:08O Douglas
31:09disse o que
31:09tínhamos que fazer
31:10era colocar
31:11o assassinato
31:12de volta
31:12na imprensa
31:13o máximo possível.
31:14Ele disse
31:15que o assassino
31:16era complacente
31:17e que achava
31:18que ia ficar impune
31:19e tínhamos
31:20que deixá-lo
31:21nervoso.
31:22Ele disse
31:22se fizerem
31:22seu direito
31:23ele vai acabar
31:25telefonando
31:26para vocês
31:27porque vai ficar
31:29tão obcecado
31:30em saber
31:31como está
31:31a investigação
31:32que ele vai ligar
31:34mas quando fizer isso
31:35vai tentar disfarçar
31:37dizendo
31:37algo como
31:38sou testemunha
31:40mas não quero
31:40ser suspeito.
31:41Poucas semanas
31:52depois
31:52um dos investigadores
31:54se encontrou
31:55com um perito
31:56forense
31:57que estava
31:58revolucionando
31:59a investigação
32:01de crimes
32:01usando o computador
32:03para melhorar
32:05as fotografias
32:06de locais
32:07de crimes.
32:07O investigador
32:10perguntou
32:11se ele estaria
32:11disposto a olhar
32:12as fotos
32:13do caso
32:14Carla Brown
32:15usando essa nova
32:16técnica
32:16de computador.
32:20Ele notou
32:21marcas de mordida
32:22no pescoço
32:23e no colo
32:24da Carla
32:25que não foram
32:26percebidas
32:27pela polícia
32:27nem pelos peritos
32:29forenses
32:29durante a autópsia.
32:31os investigadores
32:33acreditavam
32:33que aquelas
32:34marcas de mordida
32:35podiam
32:37ajudar
32:38a pelo menos
32:38diminuir
32:39o número
32:39de suspeitos.
32:41Até onde eu sei
32:42pelo que eu posso ver
32:43em outros casos
32:45e condenações
32:46marcas de mordida
32:47são tão únicas
32:47quanto impressões digitais.
32:51O Douglas sugeriu
32:53que seria
32:53uma boa ideia
32:54exumar o corpo
32:55porque a pele
32:57reteria
32:58as marcas de mordida
33:00após o enterro
33:01mesmo depois
33:02de tanto tempo.
33:04Nós tivemos
33:04que fazer exumação
33:05porque não havia
33:06boas fotos
33:07das marcas de mordida.
33:09Para a exumação
33:10eu não sei
33:10se era obrigatório
33:11mas eles nos consultaram
33:13pediram
33:14a nossa permissão
33:15conversamos
33:16e decidimos
33:16que devíamos
33:17fazer tudo
33:18que fosse possível
33:20para ajudar
33:21na investigação
33:22e eu
33:23se bem me lembro
33:25tivemos que dar
33:26a permissão.
33:27Tom Weber
33:28está à procura
33:28de uma prova
33:29conclusiva
33:30marcas de mordida
33:32segundo ele
33:33quem matou
33:33Carla Brown
33:34deixou uma marca
33:35de mordida
33:36no pescoço dela
33:37amanhã um perito
33:38vai examinar o corpo
33:39na esperança
33:40de que essa marca
33:41de mordida
33:41corresponda
33:42aos registros
33:43odontológicos
33:44do assassino.
33:46Era um dia bonito
33:46e ensolarado
33:47o céu estava azul
33:49lembro que
33:49quando eles abriram
33:50a câmera mortuária
33:51de concreto
33:52ela se bilou
33:54que era macabro
33:54mas era um bom sinal
33:56porque indicava
33:57que ela estava
33:59bem vedada
34:00e teria
34:01preservado melhor
34:02as condições
34:03do corpo
34:04no caixão
34:04os investigadores
34:08reexaminaram
34:09o corpo
34:09da Carla
34:10o patologista
34:11disse que a Carla
34:12havia morrido
34:13afogada
34:14e não estrangulada
34:15como havia sido
34:16declarado
34:17antes
34:17com os novos
34:22indícios em mãos
34:23incluindo a análise
34:25do Douglas
34:26que acreditava
34:27que o assassino
34:28era alguém
34:29que se sentia
34:30confortável
34:31naquele bairro
34:32eles decidiram
34:36investigar
34:36novamente
34:37os dois homens
34:39que estavam
34:39perto da casa
34:40no momento
34:42do crime
34:42Dwayne Conway
34:44e John Pratton
34:45John Pratton
34:48tinha passado
34:49no teste
34:50do polígrafo
34:50em 1978
34:52mas o Dwayne Conway
34:53não
34:53a polícia
34:54levou
34:55o Dwayne Conway
34:56novamente
34:57para a delegacia
34:58para ser questionado
34:59agora
35:00dessa vez
35:01por um especialista
35:02da polícia estadual
35:04ele estava
35:05muito nervoso
35:06muito perturbado
35:07mas insistiu
35:09que não tinha
35:09feito nada errado
35:10quando o Dwayne Conway
35:17estava na delegacia
35:18eles estavam
35:19falando sobre o caso
35:20na sala do Weber
35:21quando o John Pratton
35:23telefonou
35:23e disse
35:24eu ficaria
35:25muito feliz
35:26em dar qualquer
35:27informação que puder
35:29porque eu estava
35:30ali do lado
35:30só não quero ser
35:31um suspeito
35:32nada dessa natureza
35:33mas eu estou
35:34curioso
35:35quando o Pratton
35:36ligou
35:36só confirmou
35:37tudo o que o Douglas
35:38tinha dito
35:38que ia acontecer
35:39no perfil psicológico
35:40que elaborou
35:41para nós
35:42sabe
35:43foi uma coisa
35:44incrível
35:44ficamos impressionados
35:46quando a polícia
35:52voltou a investigar
35:53o Pratton
35:53uma das coisas
35:54que eles queriam
35:55descobrir
35:55era o carro
35:57que ele tinha
35:58na época do crime
35:59John Pratton
36:00tinha uma velha
36:01Volkswagen
36:02Variant
36:02vermelha
36:03na época
36:04em que ocorreu
36:04o assassinato
36:05que se correspondia
36:06à descrição
36:07que o John Douglas
36:08deu
36:08do carro
36:09que o assassino
36:09provavelmente teria
36:11a polícia
36:12sabia
36:12com a marca
36:13da mordida
36:14em mãos
36:15que era possível
36:16incriminar
36:17ou excluir
36:19um suspeito
36:20da investigação
36:20com um molde
36:21de sua arcada
36:22dentária
36:22assim foram
36:24tirados
36:25os moldes
36:26dos dentes
36:27do Dwayne Conway
36:27e do John Pratton
36:29para que um dentista
36:30forense
36:31pudesse determinar
36:32se algum deles
36:34correspondia
36:34à marca
36:35da mordida
36:36encontrada
36:36no pescoço
36:37da carne
36:38eles levaram
36:40o molde
36:41dos dentes
36:42para o perito
36:44em Nova York
36:45ele examinou
36:46o molde
36:46dos dentes
36:47do John Pratton
36:48tirou algumas medidas
36:50comparou
36:50com a foto
36:51e com as marcas
36:52e disse
36:52esse é o seu cara
36:54autoridades
36:55dizem que
36:56marcas de mordida
36:56estão ligadas
36:57a suspeito
36:58de homicídio
36:59isso
36:59deu à polícia
37:01as provas
37:02necessárias
37:03para prender
37:04o John Pratton
37:05quando
37:09Pratton
37:09foi preso
37:10algumas testemunhas
37:11se apresentaram
37:12e contaram
37:13que ele tinha falado
37:15sobre o crime
37:16e citado fatos
37:18sobre o local
37:19do crime
37:20que ninguém
37:21que não tivesse
37:21estado no local
37:22poderia saber
37:23ele sabia
37:24sobre o barril
37:25cheio d'água
37:26sobre as mãos
37:27amarradas
37:27atrás das costas
37:28John Pratton
37:29sabia mais
37:30do que devia
37:31alguns amigos
37:34do John Pratton
37:36falaram
37:37que ele
37:38não aceitava
37:39a rejeição
37:40das mulheres
37:41a mesma coisa
37:42que o Douglas
37:42contou
37:43um dos amigos
37:44chegou a dizer
37:45que nunca tinha
37:46visto alguém
37:47ficar tão agitado
37:48e deprimido
37:49ao ser rejeitado
37:51por uma mulher
37:52John Douglas
37:55fez um perfil
37:56completo
37:57do assassino
37:57da Carla
37:58e ele correspondia
37:59perfeitamente
38:00ao John Pratton
38:01e quando
38:01quando ele
38:03finalmente foi preso
38:04nós olhamos
38:05para trás
38:06e percebemos
38:07como ele era
38:08incrível
38:08o John Douglas
38:10acertou na mosca
38:12a teoria do Weber
38:19era que o John
38:20foi falar
38:21com a Carla
38:22na esperança
38:24de ter uma
38:24relação sexual
38:26mas ela o rejeitou
38:28a discussão deles
38:43pode ter começado
38:44do lado de fora
38:45mas continuou
38:46no porão
38:46onde houve
38:47um confronto físico
38:48a violência
38:50saiu do controle
38:52e custou
38:53a vida da Carla
38:54Música
39:01Evo, get ready, we're moving on
39:10Evo, get ready, we're moving on
39:31Acho que ele acreditava que ela já estava morta quando a colocou na água
39:46A pior parte pra mim foi a encenação
39:54Ter colocado a vítima no barril com água
39:57E o que o Douglas falou pra nós
39:58É que quando se tem água, seja privado, uma banheira, um barril como esse
40:03Sempre significa que o local do crime foi montado
40:06O assassino tenta alterar os elementos
40:09Pra disfarçar o que realmente aconteceu
40:11E acho que foi o que ele fez neste caso
40:14A Carla tinha as mãos amarradas com um cabo elétrico
40:18Foi por isso que o Douglas achou que ele tinha experiência na área
40:23Porque usou um cabo elétrico
40:25Não uma corda, barbante ou coisa parecida
40:28E ele fez o que o Douglas conseguiu identificar
40:32De algum jeito, magicamente
40:34Como um nó da marinha
40:36Ele sabia que aquele nó era usado na marinha
40:38E concluiu que o assassino havia servido na marinha
40:41E incluiu isso no perfil dele
40:43Vendo uma foto do John Prant na época do crime
40:47Ele usava boné de beisebol
40:49Tinha a barba por fazer
40:51Não cortava o cabelo
40:52Havia um bom tempo
40:53Ele não tinha uma aparência muito boa
40:56Mas então, dois anos depois
40:59Ele aparece com um bom corte de cabelo
41:02Um sujeito apresentável
41:03Com uma pasta bem profissional
41:04Como o Douglas disse que ele faria
41:06Porque havia ficado impune
41:08Depois de cometer o assassinato
41:09John Prant foi considerado culpado
41:13Pelo homicídio de Carla Brown
41:15Ele foi condenado a 75 anos de prisão
41:19Marca de mordida é pista de assassinato
41:23A marca de mordida foi essencial para a atenção
41:27Que esse caso teve
41:29Foi a abertura de uma nova perspectiva
41:32Na ciência forense
41:34Quando digo isso, gosto de enfatizar
41:36Que foi o que aconteceu
41:39Mas que mais tarde acabou decaindo
41:41Atualmente, marcas de mordida
41:43Foram basicamente relegadas ao esquecimento
41:46Acho que os tribunais nem levam mais
41:48As marcas de mordida a sério
41:50Não mesmo
41:51Mas no caso da Carla Brown
41:53A marca de mordida também não pareceu
41:55Ter causado nenhuma grande impressão no júri
41:58Os jurados disseram que
42:01Ignoraram esse fato
42:02Diante de todas as outras provas do caso
42:05Acho que o assassinato da Carla chocou toda a comunidade
42:17Ela parecia tão inocente
42:20Tão vibrante
42:21Tão...
42:23Tão viva
42:23E...
42:24O crime assustou todo mundo
42:26Fez com que as pessoas pensassem na própria mortalidade
42:29Em suas próprias famílias
42:31Faz mais de 45 anos
42:33Sabemos que a Carla tocou a vida de muita gente
42:36Nos seus 23 anos
42:37E quando pensamos em tudo
42:40Que ela podia ter feito
42:41Nesses 45 anos
42:43E no futuro
42:44É uma pena
42:45Que o mundo
42:46Tenha perdido isso
42:48E nossa família não tenha visto
42:50O que ela podia ter se tornado
42:52Tivemos um desfecho
42:55Não aquele que eu queria
42:56Mas foi um desfecho
42:57Ele foi condenado
42:59Todos os suspeitos que havia
43:01Foram descartados
43:02Quando encontramos a pessoa certa
43:04A família ficou aliviada
43:06A comunidade se tranquilizou
43:08E hoje é um lugar relativamente pacífico
43:11Onde as pessoas nem sabem mais
43:13Em qual caso houve o crime
43:14Em 2019
43:22Após cumprir menos de 38 anos
43:25De sua pena
43:25John Prant foi solto
43:27Ele ainda vive
43:28Em Illinois
43:29Em Illinois