Após o retorno da exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália, os dados mostram queda na entrada de estrangeiros no Brasil. Segundo a Embratur, o fluxo que crescia no 1º trimestre de 2025 recuou no 2º trimestre, após a nova regra entrar em vigor em abril. A medida foi determinada por decreto do presidente Lula. Reportagem: Larissa Pansani
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00:00O Brasil interrompeu a alta no fluxo de turistas estrangeiros após passar a cobrar vistos de Estados Unidos, Canadá e Austrália.
00:09Com as novas regras desde abril, o país registrou queda de 0,6% na entrada de visitantes.
00:16A reportagem é de Larissa Pansani.
00:19O motivo pode estar em uma medida que entrou em vigor no dia 10 de abril.
00:23A retomada da exigência de visto para turistas desses países, previsto em um decreto do presidente Lula.
00:28A medida foi tomada pelo governo por conta de um entendimento de que esse tipo de norma demanda reciprocidade e não pode ser tomada de forma unilateral, como foi o caso.
00:38Na época em que foi lançada, a expectativa era de que os países beneficiados também suspendessem a exigência para turistas brasileiros, o que não aconteceu.
00:48Por isso, a determinação de visto foi retomada.
00:50Os dados compilados pela Embratur a partir de informações da Polícia Federal e do Ministério do Turismo mostram uma inversão no fluxo de turistas.
00:59No primeiro trimestre de 2025, foram 320.229 estrangeiros entrando no país, contra 255.522 em 2024, ou seja, um aumento de 25,3%.
01:13Já no segundo trimestre, já com a nova regra, foram 175.491 pessoas, contra 177.526 em 2024, uma redução de 0,6%.
01:26Dos três países, os Estados Unidos foram responsáveis pelo maior fluxo de turistas ao Brasil no primeiro semestre, com 410 mil visitantes, o equivalente a 83% do acumulado.
01:37O texto, assinado pelo presidente Lula em maio de 2023, revogava outro decreto originalmente criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro,
01:46que dispensava visto, de forma unilateral, para esses países além do Japão.
01:51Quando o novo decreto foi apresentado, o governo do petista justificou que a ideia inicial do texto não foi cumprida.
