CNC acredita que tarifaço é economicamente injustificável

Jovem Pan News

anteontem

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) declarou que o "tarifaço" imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros é economicamente injustificável. A entidade afirmou que, apesar da medida, seguirá apostando nas sólidas relações entre Brasil e EUA, incentivando a retomada do diálogo para reverter a taxação de 50%.

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00:00Ainda falando sobre o tarifácio, a China critica Donald Trump pela tarifa ao Brasil

00:04e acusa os Estados Unidos de coerção.

00:07O país asiático avalia que a igualdade de soberania e a não intervenção em assuntos domésticos

00:13são princípios importantes da carta da ONU.

00:17O Ministério das Selações Exteriores avalia que as taxas minam a ordem do comércio internacional.

00:23Como o Brasil, a China faz parte do grupo dos BRICS,

00:26bloco que foi ameaçado por Donald Trump com um novo tarifácio.

00:30O gigante asiático pondera que as tarifas não deveriam ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência.

00:40Já o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, acredita que São Paulo vai ser o estado mais afetado

00:46pelo novo tarifácio de Donald Trump.

00:48Repórter Beatriz Manfredini.

00:51Exatamente. Viana deu as declarações depois de uma reunião com o presidente Lula,

00:55que convocou ministros e autoridades para falar do tarifácio.

00:59E, de acordo com Viana, o Sudeste será a região mais afetada do país.

01:04Porque os quatro estados que aqui estão, eles são responsáveis pelo envio de 70% das exportações brasileiras

01:12aos Estados Unidos.

01:14Desses quatro estados, o de São Paulo é realmente o mais afetado.

01:18Por isso, Jorge Viana, inclusive, ressaltou a importância de uma conversa e uma atividade unida

01:26entre o governo federal e o governo do estado de São Paulo.

01:30Apesar disso, relembro, Tarcísio já disse que acionou a Embaixada dos Estados Unidos

01:35por meio da própria gestão estadual, mas que não pretende conversar sobre o assunto com o governo federal.

01:41Mas Jorge Viana destacou, então, que isso seria importante,

01:44uma vez que o estado de São Paulo é exatamente o mais afetado.

01:48Ele disse ainda que vão abrir conversas com a Embaixada sobre o assunto.

01:53O próprio governador do estado, Tarcísio de Freitas,

01:55disse que a Embaixada seria uma das empresas mais afetadas aqui por esse tarifácio.

01:59Mas, por outro lado, apesar da preocupação,

02:02Jorge Viana tem dito que acha possível reverter a situação

02:05antes do dia 1º de agosto,

02:07que é o dia em que essas tarifas começam, então, a ser aplicadas.

02:11E isso, realmente, se o governo brasileiro não conseguir abrir um diálogo

02:15com o governo norte-americano.

02:17Jorge Viana, então, acredita que isso vai ser possível,

02:19diz que Lula está aberto ao diálogo

02:22e que a lei da reciprocidade, de devolver os impostos na mesma moeda,

02:27digamos assim, só será acionada em último caso.

02:30A gente tem o posicionamento de algumas entidades

02:32que também têm demonstrado preocupação com esses impostos,

02:36como, por exemplo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

02:39diz que está preocupada e que a medida é injustificada,

02:43já que os Estados Unidos têm se beneficiado

02:45da relação econômica com o Brasil nos últimos 10 anos.

02:48Eles dizem que teve um superávit em favor dos norte-americanos

02:52de 51 bilhões de dólares,

02:53com base no Ministério do Desenvolvimento,

02:55Indústria, Comércio e Serviços,

02:57e também da Associação Brasileira da Indústria de Café.

03:00Também demonstrou preocupação,

03:02falou que o tarifácio representa um grave retrocesso

03:06nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos

03:09e pediu atuação estratégica, firme e diplomática por parte do Brasil.

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