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O diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o combate ao crime organizado precisa de cooperação interna e internacional. A declaração reforça a importância da "atuação da polícia no exterior" para enfrentar a criminalidade transnacional.

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Transcrição
00:00No último dia do Fórum de Lisboa, o diretor-geral da Polícia Federal declarou que o combate ao crime organizado deve ser feito com vigor e com cooperação transversal entre as instituições.
00:12O Luca Bassani acompanhou o evento e tem os detalhes. Luca, boa tarde. Quem mais passou pelo evento hoje?
00:19Boa tarde, Cuba. A todos que nos acompanham aqui no 3 em 1. Realmente foi um dia importante com falas de vários ministros, vários políticos que também estão aqui em Lisboa para o último dia do 13º Fórum de Lisboa,
00:38que hoje teve especialmente a fala do ministro Alexandre de Moraes, falando sobre o controle das big techs, maior regulamentação das redes, também deputado Atáboa Tamaral, deputado Orlando Silva,
00:49senador Rodrigo Pacheco, mas dentre tantas falas, aquela que chamou mais atenção é do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentando a internacionalização do PCC.
01:02Inclusive foi questionado pela própria mídia portuguesa, que vê com muita preocupação essa questão, já que o recrutamento de criminosos e as atividades ilegais, como o tráfico de drogas,
01:14a formação de uma quadrilha ainda maior em solo europeu, foi detalhada durante as últimas semanas.
01:22Nós separamos uma fala do diretor-geral. Vamos acompanhar.
01:25A Polícia Federal tem trabalhado muito, fundamentalmente em três eixos, que são a cooperação interna e internacional, a descapitalização do crime organizado,
01:37ou seja, o enfrentamento do poder logístico dessas entidades e também a prisão e isolamento de lideranças.
01:43E acredito que temos alguns bons resultados a apresentar, já apresentamos alguns e vamos continuar trabalhando com esses três pontos fundamentais,
01:54cada vez mais incentivando a integração doméstica no Brasil e também a cooperação internacional.
02:00Pois é, nós vemos que neste mesmo cenário há grande preocupação, não só das autoridades portuguesas, mas de outros países,
02:09em tentar coibir qualquer tipo de avanço dessas organizações criminosas dentro da Europa,
02:15considerando que em alguns países o problema relacionado com a utilização de drogas já tem sido uma questão extremamente frequente,
02:23principalmente em nações mais desenvolvidas no centro da Europa, Alemanha, por exemplo, onde eu moro, também é um país complexo nessa relação,
02:33mas há garantias das autoridades também portuguesas em uma cooperação mais ampla com a Polícia Federal do Brasil e outras autoridades também na América do Sul
02:43para tentar evitar com que haja uma ampliação ainda mais expressiva do que aquela que já foi observada durante os últimos anos.
02:52Obviamente que a gente vai ficar de olho, o Fórum de Lisboa termina, então hoje, logo mais voltarei para a minha sede na Alemanha,
03:01onde voltaremos a falar de assuntos internacionais.
03:04Mas, como a gente pode ver, muitas questões, tanto do mundo jurídico quanto político, foram abordadas aqui,
03:11nesses dias em que Lisboa se torna um pedacinho do Brasil também aqui na Europa.
03:16Obrigado, Luca Bassani, diretamente de Lisboa, em Portugal, acompanhando tudo o que acontece lá no Fórum de Lisboa,
03:23muitas autoridades, inclusive o presidente da Polícia Federal, falando dessa necessidade de atuação transversal com outras áreas e internacionalmente também.
03:34É o grande desafio da segurança pública o crime organizado, as facções criminosas,
03:39principalmente quando a gente exporta para tantos países do mundo o produto do crime brasileiro, o Alangani.
03:45Com certeza, né?
03:46Até porque o crime organizado, ele já está infiltrado agora no mercado legal,
03:53o que torna um desafio adicional para a sociedade brasileira.
03:57Você pega, por exemplo, o mercado de postos de combustível, Escova.
04:01O crime organizado se infiltrou, então, num primeiro momento, entra, lava o dinheiro, preços abaixo do mercado,
04:09quebra todo mundo e depois eles começam a praticar os preços que eles quiserem, de maneira legal.
04:15Olha que loucura!
04:17Não só isso, né?
04:18O crime organizado também acaba nos afetando no dia a dia,
04:21porque esses crimes nas grandes cidades, ocorrendo o tempo inteiro,
04:28é roubo de celular, é latrocínio.
04:31Então, isso gerou uma situação onde o brasileiro, ele se torna preso,
04:36ele está preso dentro das suas residências, ele sai com medo e os criminosos estão aí livres, leves e soltos.
04:44Então, é um desafio muito grande e que passa pelo endurecimento penal,
04:49ou seja, aplicação também da lei que já está aí e manter o criminoso na cadeia,
04:54reduzindo o incentivo para ele praticar o crime.
04:57Gustavo Segre, inclusive, o presidente argentino, Javier Milley,
05:01na sua manifestação no encontro do Mercosul, ele fez ali algumas considerações a respeito do PCC e do Comando Vermelho.
05:08Citou o primeiro comando da capital, o Comando Vermelho,
05:11como os países aqui vizinhos devem se preocupar com a entrada dessas facções cada vez mais aqui na América do Sul.
05:19E aí, Segre?
05:20É, não é somente no Brasil, inclusive, a cidade de Rosário estava tomada pelo narcotráfico,
05:26hoje está um pouco melhor, a região da triple fronteira também preocupa muito,
05:32e aí vem essas questões de narrativas de novo.
05:35O presidente Lula, ontem conversávamos aqui sobre esse discurso no Mercosul,
05:39que falou que o Brasil estava para proteger os países do Mercosul,
05:43mas o país não consegue proteger a sociedade do PCC e do Comando Vermelho.
05:48Quando, agora, diputados, agora, dois dias atrás, um dia atrás,
05:52aprovou o aumento do cumprimento de pena obrigatório para 80% para crimes hediondos,
05:58adivinha você que nossa audiência e nos honra com a sua presença,
06:02diputados de que partidos votaram contra isso?
06:05Ou seja, o que estabelecia a norma era que,
06:07se alguma pessoa foi presa por estupro ou por violência para a mulher,
06:12tivesse que cumprir pelo menos 80% da pena,
06:16hoje é 50, 60, 80% da pena para poder ir para um regime melhor.
06:20Quem votou contra?
06:22Aqueles mesmos que defendem que a sociedade tem que ir contra o narcotráfico.
06:26É pura narrativa e vai derreter.
06:28Fala aí, Zé Maria Trindade.
06:31Olha, eu aprendi que a segurança pública está ali no auge do debate político,
06:36que não é à toa, não, né?
06:38Me dizem ali, estrategistas, que para tudo é preciso ter segurança pública.
06:43Desenvolvimento é preciso.
06:44Ninguém investe numa área que não tem segurança pública.
06:47Ninguém cria empregos, ninguém não desenvolve.
06:51A segurança pública é fundamental.
06:53E a gente vê o crescimento do crime organizado,
06:57a gente vê aqui no Brasil, não é.
06:58O crime está se tornando transnacional,
07:01criando laços entre as regiões.
07:06A gente vê, é claro que muita gente acha que não é crime,
07:10não deve se preocupar,
07:12mas essas organizações que fazem o dólar cabo,
07:15ou seja, o dólar não vai, o dólar não vem,
07:19é apenas um jogo de transferência.
07:21Você dá para o meu cliente tantos aí,
07:24quando você quiser transferir para cá, eu te garanto, né?
07:27Então, assim, é um exemplo de organização muito bem feita,
07:33calcada ali em critérios, em regras que eles criam.
07:37Então, criam um novo Estado dentro dos Estados.
07:41É preciso, sim, se preocupar com o crime organizado.
07:44Raul Jungmann, que foi ministro da Segurança Pública,
07:47ele me disse o seguinte,
07:48ou o Brasil leva a sério e desarticula essas organizações criminosas
07:56ou essas organizações vão dominar o Brasil.
08:00De lá para cá, senhores, foram eleitos governadores, prefeitos,
08:04e sabendo que o crime organizado entrou em várias prefeituras
08:08ou disputou outras, né, deputados,
08:13e deputados estaduais, vereadores e tal.
08:16E eles dominam, em certas regiões, o grupo eleitoral ali.
08:20A origem do poder é o voto.
08:22Eles dominam ali, o candidato não entra lá
08:25sem autorização do crime organizado.
08:28Então, é preciso priorizar isso mesmo.
08:31E, mais uma vez, quando se fala em investimentos,
08:34quando se fala em desenvolvimento,
08:37é preciso cuidar primeiro da base, da estrutura,
08:41e aí incluir a segurança pública, sim.
08:43O Brasil tem que fazer esse enfrentamento.
08:46E aí, o senhor Fábio Piperno, a gente viu ali falando justamente o diretor da Polícia Federal.
08:50E, recentemente, a Polícia Federal tem ganhado muitas novas atribuições, né.
08:55A gente viu, recentemente, o governo passando a responsabilidade para a Polícia Federal
09:00de cuidar da burocracia dos CACs.
09:03Era das Forças Armadas, passou para a Polícia Federal.
09:05Aí, a gente vê o projeto da PEC da Segurança,
09:09o Ministério da Justiça, ampliando ainda mais as competências,
09:12até função de polícia ostensiva,
09:15para a Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, né.
09:18Só que a gente não vê falando em aumento de efetivo,
09:20aumento de estrutura, ou seja,
09:22como é que a Polícia Federal vai continuar cuidando de tudo
09:24que já tinha que cuidar?
09:25Estou falando de desvio de dinheiro público,
09:27de verba federal,
09:27de fronteiras em relação aos crimes que acontecem nessas áreas, né,
09:33porque o tráfico internacional é de competência da Polícia Federal
09:35e da Justiça Federal,
09:37sendo que agora tem mais um monte de atribuição.
09:39E aí, não vai enfraquecer o combate ao crime organizado
09:42esse tanto de nova atribuição chegando lá para a Polícia Federal do Brasil?
09:47Claro, eu acho que tem sim.
09:49Eu acho que, primeiro, que a Polícia Federal é uma corporação
09:52que dá orgulho ao Brasil.
09:53É a melhor corporação de segurança que o Brasil tem.
09:55Então, não adianta imaginar também que a Polícia Federal vai dar conta de tudo.
10:00Eu, por exemplo, eu acho que o Brasil deveria revisar
10:03o papel constitucional das Forças Armadas.
10:06Não faz sentido nenhum, por exemplo,
10:09você ter um monte de gente aqui, na sede do Ibirapuera,
10:13sem ter o que fazer, com todo o respeito,
10:16e faltar gente, por exemplo, nas fronteiras.
10:20Então, eu acho que o Brasil deveria começar a rever isso.
10:24Por que, por exemplo, tanta gente na Vila Militar lá no Rio de Janeiro
10:28e, enfim, a fronteira lá com o Paraguai, inclusive a fronteira seca,
10:34ser algo tão poroso assim.
10:36Então, está na hora do Brasil repensar isso,
10:39sem demagogia e sem revanchismo.
10:42O diagnóstico de que está muito difícil combater o crime transnacional,
10:48ele é correto.
10:49A gente viu recentemente o que aconteceu lá no Equador,
10:52o cartel de Sinaloa, mexicano, agindo lá no Equador,
10:56que virou praticamente um narco-estado.
10:58Como é que vai combater isso agora?
11:00Então, o Brasil está se tornando isso.
11:04E vejam, infelizmente,
11:07essa, digamos, essa presença na economia formal,
11:11que é cada vez mais ostensiva por parte do crime organizado,
11:16ela também acaba dando falsos argumentos
11:20para políticos oportunistas,
11:23para secretários de segurança, para governadores,
11:25até para, enfim, para o governo federal,
11:28que quando levantam a mão e falam,
11:30ah, porque no meu governo, no meu período,
11:32a violência está diminuindo,
11:34porque hoje o número de homicídios está caindo.
11:36É evidente que vai cair.
11:38Vai cair porque o crime organizado,
11:40ele não estimula mais, por exemplo,
11:42o combate entre facções.
11:44Ele vai fazer o que fez ontem aqui no,
11:47enfim, nesses bancos.
11:48Ele vai lá, dá um jeito, arruma um hacker,
11:51entra lá e limpa um bilhão de reais.
11:53Para fazer um bilhão de reais assaltando o banco,
11:56que é o que ele fazia antigamente,
11:58quanto sangue vai ser, teria sido derramado, né?
12:01Quantas operações ele teria que organizar?
12:04Então, é muito mais cômodo e inteligente
12:08para ele fazer esse tipo de ação
12:10do que entrar no banco.
12:12Só que aí, né, o, enfim,
12:15a autoridade vai falar,
12:16puxa vida, viu, só como diminuiu aqui
12:18a violência no meu, enfim, no meu período aqui.
12:21Mentira!
12:22Agora, a gente precisa ocupar
12:25quem está desocupado,
12:27no caso, as Forças Armadas.

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