- anteontem
O vereador Bruno Pedralva (PT) participou do EM Entrevista, podcast do Estado de Minas. A conversa já está disponível nas plataformas digitais.
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NotíciasTranscrição
00:00Olá, começa agora mais uma edição do Estado de Minas Entrevista, o programa aqui do jornal,
00:04que traz sempre pessoas importantes da política e do poder aqui em Minas Gerais,
00:08para poder comentar um pouco sobre a situação atual.
00:11Hoje a gente conversa com o vereador de Belo Horizonte pelo PT, Bruno Pedralva.
00:16Bruno, seja bem-vindo aqui ao nosso programa.
00:17A gente vai falar sobre uma semana importante para o partido,
00:21e que também foi importante aqui em Belo Horizonte em relação à relação com a Prefeitura,
00:25a relação com os servidores. Seja bem-vindo aqui ao nosso programa.
00:28Obrigado, Bernardo, Bruno e Orion.
00:30Meu nome é Bernardo Schilach, sou repórter da editoria de política do Jornal.
00:34Estou aqui com o Bruno Nogueira, meu colega de editoria. Tudo bem, Bruno?
00:36Eu sou o Jóia, Bernardo, vereador Bruno Pedralva, Orion, sempre um prazer.
00:40E também com o Orion Teixeira, jornalista e colunista aqui do Jornal do Estado de Minas.
00:43Seja bem-vindo, Orion.
00:44Obrigado, um abraço a todos vocês. É um prazer estar aqui. Bruno, Bernardo e Bruno também.
00:49É isso aí.
00:50Para a gente começar, vereador, eu queria perguntar para o senhor uma pergunta um pouco mais abrangente.
00:55A gente teve uma semana importante aqui na Prefeitura de Belo Horizonte.
00:59Na verdade, a gente está vivendo um momento, o PT participou no segundo turno da campanha de Fuad e Álvaro Damião.
01:06Desde então, muita coisa aconteceu, inclusive o falecimento do prefeito Fuad, Álvaro Damião tomando posse.
01:11E a relação deu uma estremecida nas últimas semanas com a viagem do prefeito a Israel.
01:17Foi alvo de críticas da bancada de esquerda na Câmara Municipal.
01:19E agora com a greve dos professores.
01:23A gente teve também, nessa semana, uma nomeação de vários nomes ligados a partidos para dentro da Prefeitura.
01:30E o PT foi contemplado com duas subsecretarias.
01:33Eu queria que, diante de todo esse cenário de avanços e recursos, o senhor fizesse um panorama para a gente
01:38de como é que está a relação do PT e da bancada de esquerda na Câmara Municipal com a atual Prefeitura de Belo Horizonte.
01:44Bom, o primeiro ponto é que nós entendemos que o governo municipal, liderado pelo Álvaro Damião,
01:50ele é uma gestão de direita, mas não é uma direita bolsonarista.
01:57Pelo menos até o presente momento, ele não embarcou nas grandes pautas do bolsonarismo no Brasil e em Belo Horizonte.
02:04No entanto, é uma gestão que faz acenos à direita e, às vezes, até à extrema-direita e acenos mais populares.
02:12Então, a gente entende, por exemplo, que o prefeito Álvaro Damião ter continuado o projeto do FUAD de fechar o aeroporto Cargos Prates
02:20para fazer moradia popular, parque, aquilo foi positivo, nós apoiamos.
02:25Um apelo meu, inclusive, ao prefeito, dialoguei várias vezes com ele, ampliação de equipes de saúde da família.
02:29A Prefeitura concordou, levamos o prefeito à Brasília, o Orião acompanhou, com o ministro Padilha, com a ministra Gleice,
02:36com a ministra Esther Dweck, avançamos em relação à ampliação de equipes de saúde da família em Belo Horizonte.
02:41Nós vamos ter mais 42 equipes atendendo o povo nas periferias.
02:45Algo que também foi um apelo meu e também de todos os servidores é a questão da data base,
02:50para que todo ano a gente tenha o mês de maio como referência para os reajustes.
02:54Foi algo importante.
02:55No entanto, o prefeito, na minha opinião, e eu disse isso a ele, errou quando fez a viagem a Israel,
03:01sem o menor propósito.
03:02Conhecer o modelo de segurança de um país em que o principal problema da segurança pública é guerra.
03:10Não tem nada a ver com a realidade nacional.
03:13Aqui o problema da segurança é muito vinculado à injustiça social, às dificuldades do serviço público.
03:17Não tem nada a ver com o modelo de Israel.
03:19É claro que a gente pode conhecer o que for.
03:21Pode ir nos Estados Unidos conhecer a experiência boa.
03:23Pode ir na China, pode ir em Cuba, onde for.
03:25Noruega, Dinamarca.
03:26Não é esse o problema.
03:27Mas e naquele momento em que Israel declaradamente faz um genocídio com o povo palestino,
03:32foi um erro político.
03:34E muito para além da decisão de ir, depois de estar lá,
03:39ficou muito claro com o aperto que o Damião passou lá em Brasília.
03:42Eu me coloquei até solidariamente a ele.
03:44Não sei se eu contei para vocês.
03:45Eu ajudei, sim, a mediar a relação do Álvaro, o contato do Álvaro com a ministra Gleice Hoffman,
03:51para que pudesse o governo federal ajudar no salvamento do Álvaro Damião.
03:57Independente de qualquer questão, uma questão até humanitária.
03:59No entanto, eu esperaria que ele tivesse tido a hombridade de, ao chegar no Brasil,
04:06denunciar o que o Estado de Israel está fazendo.
04:10Inclusive colocando em risco a própria integridade dele,
04:13à medida em que fazem um ataque premeditado.
04:18Naturalmente, o Israel sabia que ia ter reação.
04:20Enfim, eu acho que o Álvaro deveria ter feito uma fala mais crítica à postura de Israel no mundo
04:25e das guerras que tem conduzido.
04:28E também a conduta do prefeito na greve dos professores também está sendo inadequada.
04:33A gente, como eu disse, ajudou muito nas mediações, nas negociações com a saúde,
04:37nas negociações com os servidores da prefeitura, de modo geral.
04:40E conseguimos, os servidores fizeram paralisação, os médicos também fizeram algumas ações.
04:46Mas a gente conseguiu, em diálogo, a prefeitura cedeu um pouco mais
04:50e os servidores saíram, sim, com um sentimento de avanço.
04:52Além dos 2,49, a maioria das categorias, Orion, conseguiu avanço de carreira
04:57que, na prática, vão representar em torno de 7,6% de aumento até o final do ano.
05:02No entanto, na educação, ainda que tenha, sim, as dificuldades de negociação,
05:06você não pode sair enfrentando uma greve de massas.
05:09A greve não é do sindicato, a greve é dos professores.
05:12E aí, infelizmente, essas medidas de cortar ponto, entrar na justiça,
05:17de ir para a imprensa falar mal da greve, na prática, botou fogo na greve.
05:22A greve está mais forte, inclusive, a ponto que as pessoas estarem acampadas
05:25lá em frente à prefeitura.
05:26A gente ainda quer achar uma solução negociada.
05:30Eu estou à disposição do prefeito, estou à disposição do sindicato,
05:32não só eu, como estou na nossa bancada de esquerda.
05:35E diria vários vereadores da Câmara, eu até conversei com o Juliano,
05:38presidente da Câmara, que também foi a público, pediu uma solução negociada para a greve.
05:41Segunda-feira nós vamos ter uma audiência na Câmara
05:43e eu espero que a gente consiga achar um termo comum
05:46que implique, sim, atendimento de pautas específicas da educação.
05:51Realmente, o 2.49, Arion, eu concordo com o argumento do prefeito
05:55em relação à inflação de janeiro a abril.
05:58Não dá para mexer nos 2.49, mas tem que mexer nas pautas específicas da educação,
06:03para que, de algum modo, a categoria possa entender, sim,
06:05que houve um avanço, houve um esforço da prefeitura,
06:09para que a gente possa, no que vem, voltar a negociar a data base.
06:12Então, o mais importante do que conceder algum índice de reposição é o diálogo, né?
06:17Quer dizer, isso aí é inegociável.
06:19Tem que haver diálogo.
06:20Começou mal quando ele viajou para fora, deixando uma greve aqui na cidade.
06:24Exato.
06:25Em relação às numerações, vereador, a gente teve, nessa semana, o Jimmy,
06:31na subsecretaria de gestão ambiental, e a Luana de Souza, na subsecretaria de assistência social.
06:37Qual é o balanço do partido com esses nomes que foram escolhidos pelo Damião?
06:41Bom, primeiro, o importante é deixar claro e público, né?
06:44São indicações que não são da bancada de vereadoras e vereadores do PT.
06:49Nossa postura, como eu disse, em relação ao governo, é uma postura de independência.
06:54E, como eu já disse, a gente tem apoiado algumas medidas e criticado outras, né?
06:59Inclusive, o fato da gente não ter cargos no governo nos dá essa liberdade de, sim,
07:03ir a público apontar críticas quando a gente julgar necessário.
07:06As indicações, elas partiram especificamente de um deputado federal, que é o Reginaldo Lopes,
07:12em função das articulações que tem junto ao Executivo, mas isso não partiu da bancada.
07:17E não partiu do PT Municipal, o Partido Municipal, a direção municipal do partido também não foi consultada.
07:23A gente acredita que, enfim, na política, naturalmente, compõe uma gestão,
07:29a gente não pode demonizar a política.
07:31É necessário, sim, trazer agrupamentos, discutir com forças, com lideranças,
07:37para compor uma prefeitura.
07:39É óbvio que isso tudo tem que ser mediado por um projeto político, né, Orion?
07:43O que eu quero para a cidade de Belo Horizonte?
07:46Eu quero construir que modelo de saúde?
07:48Eu quero fortalecer a atenção primária?
07:50Eu quero cuidar de que forma do espaço urbano, das contradições, do plano diretor?
07:57Enfim, tudo isso tem que ser mediado por um projeto e não simplesmente um balcão de negócio,
08:00porque isso não avança na cidade.
08:02A situação da bancada de não ter sido consultada, o que estranha para a gente é o fato de um deputado federal,
08:09lá em Cina, lá em Brasília, influenciar uma administração municipal,
08:13sendo que o prefeito vai precisar dessa boa relação com a Câmara Municipal.
08:17E vocês não fizeram uma manifestação pública, mas um vice-presidente do PT fez sim,
08:22e contestando esses rumos, essa relação da prefeitura com o Reginaldo, do PT com o Reginaldo.
08:28A gente espera que a gente possa avançar, em especial agora pós-PED, pós as eleições internas do PT,
08:34que é um momento muito importante para nós, para vocês terem uma ideia,
08:363 milhões de brasileiros estão aptos a votar nas eleições do PT,
08:40são 3 milhões de filiados, aqui em Belo Horizonte são mais de 27 mil.
08:45Então a gente espera que a gente possa sair daqui, apesar das divergências internas,
08:49com o partido mais unificado e que a gente possa sim fazer um debate
08:52com a direção municipal do PT eleita a respeito da nossa relação,
08:56enquanto bancada, enquanto partido, com o prefeito.
08:58Deixando claro que as indicações dos nomes indicados pelo deputado federal Reginaldo Lopes
09:03não amarram o PT ao governo e não amarram a nossa bancada ao prefeito Álvaro Damião.
09:10Leandro, o senhor citou a questão do PED, o processo de eleições diretas do PT,
09:14agora domingo, e o senhor também citou a questão do Reginaldo Lopes.
09:19Ele teve aí a articulação para fazer o nome da deputada Dandara crescer em Minas Gerais,
09:26mas teve uma questão na justiça ali, foi barrada pelo Diretório Nacional.
09:30Como é que o senhor avalia essa disputa hoje no PT em Minas Gerais
09:33e que rumo o senhor espera do partido para os próximos anos?
09:38Primeiro, me digam aí qual partido, hoje no Brasil, faz eleição direta
09:45para os seus cargos de direção.
09:46Para você ter uma ideia, Belo Horizonte, nós vamos eleger até o presidente da regional,
09:50presidente do município, presidente do estado federal,
09:53e além do presidente ou da presidenta, nós vamos eleger as chapas.
09:58E de acordo com o número de votos de cada chapa, nós vamos compor uma direção proporcional.
10:01Então, primeiro, uma saudação a essa experiência democrática
10:05de construção coletiva partidária mesmo.
10:08Isso é o que a gente acha que devia ser feito em todo o Brasil,
10:10não esses partidos de aluguel aí que o sujeito,
10:12por interesses pequenos e imediatos ali, ele vai compondo partido
10:16para pegar um pedaço do fundo partidário,
10:18para garantir melhores condições para ele ser eleito.
10:20Então, realmente...
10:21Tem partidos que tem dono há muito tempo, né?
10:23E um presidente que é de quase 10 anos.
10:25Exato.
10:26Desde que for.
10:26Acho que isso é um exemplo positivo de construção coletiva partidária democrática.
10:32Naturalmente, durante as disputas internas, às vezes os ânimos ficam aflorados, né?
10:38Isso faz parte das disputas.
10:41O PT, ele não é um partido, digamos, que tem um chefe,
10:47embora nós tenhamos a grande liderança do presidente Lula.
10:50O Lula, ele não decide sozinho as eleições, né?
10:53Ele pode apoiar um outro candidato, ter uma preferência,
10:56mas, na realidade, as urnas é que falam, né?
10:58Não pede internamente.
11:00E a gente espera que, aqui em Minas, em especial,
11:03o que aconteceu foi que a corrente majoritária do PT,
11:05ela acabou se dividindo, né?
11:08E a gente tem grandes lideranças históricas,
11:11como o ex-prefeito Patroza Ananis,
11:13a nossa querida ministra Macaé,
11:15a família dos Dulce, né?
11:17Luiz Dulce, a Luísa Dulce.
11:19E também a Gleide Andrade, né?
11:23Todo esse agrupamento unificado em torno da candidatura
11:26da nossa deputada estadual Leninha,
11:28com apoio, né?
11:30Do Rogério, da Ana Pimentel, enfim,
11:32de todas as forças que a gente chama de esquerda, do PT,
11:36do meu apoio, inclusive,
11:38do MST, dos movimentos do campo popular, enfim.
11:41E a gente acredita que...
11:43Uma pena, eu acho, a Dandara não ter podido concorrer,
11:46mas, ao mesmo tempo, a gente tem que entender
11:48que o partido, como instituição,
11:50ele tem as suas regras,
11:51elas precisam ser seguidas, né?
11:52E as regras têm que valer pra Dandara,
11:55ou pra Reginaldo, pra Patrus, pra todo mundo.
11:58Acho que é importante que a gente saia daqui com esse entendimento.
12:01A contribuição partidária, inclusive,
12:02é uma obrigação de todo mundo.
12:04Eu estou vereador em Belo Horizonte,
12:05mas não foi eleito só com meus votos.
12:07Eu voto da chapa que elege pra fazer o coeficiente eleitoral,
12:10então é legítimo e necessário.
12:11Eu pago religiosamente,
12:14todo dia, 10, a minha contribuição partidária,
12:18porque eu acredito que isso é, sim,
12:19democrático, legítimo,
12:21e a gente não pode abrir exceções pra isso,
12:23especialmente nós, que somos parlamentares
12:25e que temos mandato.
12:26Mas o que o senhor espera do partido daqui pra frente?
12:28Porque se tem muito uma discussão
12:29de que o PT tem que fazer mais assentos ao centro,
12:33virar um pouco mais ao centro,
12:34ao invés de virar pra esquerda.
12:36O senhor acha que isso está em jogo agora também?
12:38Sem dúvida, esse é o ponto fundamental que está em jogo.
12:40O futuro do Brasil, o futuro do governo,
12:45passa também pela essa discussão
12:46de qual vai ser a linha política do PT.
12:49Porque, neste momento,
12:51a gente está discutindo no Brasil
12:55essa questão dos impostos.
12:58Uma parte da sociedade brasileira,
13:00que historicamente levanta a bandeira
13:02pra não pagar mais imposto,
13:05é representada pelaquela turma dos super ricos,
13:08dos milionários, dos bilionários,
13:10que pagam muito menos imposto.
13:11A carga tributária é muito maior
13:12pra quem ganha pouco no Brasil.
13:15Quase 860 bilhões de isenções
13:17pra grandes empresas no Brasil.
13:21Ah, mas essas pessoas é que movem a economia.
13:24Sim, são importantes a gente ter incentivos,
13:26mas eles não podem ter uma carga tributária
13:28tão mais baixa,
13:29porque, afinal de contas,
13:30proporcionalmente pagam muito menos.
13:31Então, agora, o governo Lula,
13:34e, na minha opinião, de uma forma muito acertada,
13:36está dizendo ao povo brasileiro,
13:38nós queremos isentar quem ganha até 5 mil reais
13:41de imposto de renda.
13:42Isso pega, gente, quase 90% de quem paga imposto,
13:45hoje, Orinho.
13:46E queremos cobrar de quem ganha mais de 50 mil por mês.
13:49O IOF, que é o Imposto de Operação Financeira,
13:52o governo propôs cobrar,
13:54não o IOF pra quem usa cartão de crédito aqui no Brasil
13:56pra fazer uma comprinha parcelada,
13:57mas é pra quem faz compras no exterior,
13:59pra quem investe dinheiro em paraísos fiscais.
14:02Infelizmente, o Congresso,
14:03que está mais vinculado ao interesse dos milionários,
14:05dos super ricos,
14:06derrubou o decreto do IOF.
14:07Agora, recentemente, Alexandre de Moraes
14:09acertadamente caçou a decisão do Congresso Nacional,
14:13porque o Congresso pode derrubar um decreto do Executivo,
14:16o Legislativo pode derrubar um decreto do Executivo,
14:18caso ele exorbite a sua função reclamentadora.
14:21Ele cometeu um ato ilegal.
14:22O Executivo cometeu um ato ilegal,
14:23cabe derrubar pelo Legislativo.
14:25Mas não é o caso.
14:26Então, eu acho que nós precisamos sim politizar
14:28a sociedade brasileira,
14:29no sentido de que eu sou médico do SUS,
14:32meu salário é pago por quem?
14:34Pelos impostos.
14:35A vacina que chega,
14:37que salvou a gente da pandemia da Covid,
14:39é SUS, é dinheiro público.
14:41A educação é EMEI,
14:43o transporte público tem dinheiro público.
14:45Então, só existe política pública no Brasil
14:47porque alguém paga imposto.
14:48E o problema é que o pobre paga mais imposto do que o rico.
14:51Agora, nós estamos tentando inventar essa pirâmide.
14:53E nós não vamos fazer isso é precarizando o serviço público,
14:56privatizando como o Zema está fazendo.
14:57Nós vamos fazer isso cobrando de quem tem mais dinheiro.
15:00Então, assim, nós estamos numa decisão.
15:02E eu finalizo dizendo o seguinte,
15:03Bruno, conversava com o Orion agora recentemente sobre isso.
15:06O governo Lula,
15:08a grande base de sustentação dele,
15:10ainda que tenha tido sim pessoas de direita
15:12que votaram no Lula,
15:14por causa da ameaça da extrema direita bolsonarista,
15:16ele só tem força política e eleitoral
15:19graças ao povo brasileiro,
15:20as classes C, D e E,
15:23e a classe trabalhadora.
15:25Se o governo deixa de lutar
15:26para melhorar a vida dessas pessoas,
15:28para que elas paguem menos impostos
15:30e tenham mais dinheiro no bolso,
15:31mais políticas públicas,
15:32não vai ter nem chance de Lula disputar as eleições.
15:35O centro e a direita liberal
15:37não vai estar com o Lula
15:38se o Lula tiver amor às pesquisas.
15:40Eles vão lançar uma candidatura do centro
15:42ou vão apoiar alguém da direita.
15:43Então, o Lula está corretíssimo,
15:45porque manter a base eleitoral do Lula,
15:48os 30%, 40% que historicamente votaram no Lula,
15:51unificados,
15:52é o que vai garantir o Lula no segundo turno
15:54e que vai garantir que a gente derrote,
15:55mais uma vez,
15:56a extrema direita
15:56e garanta um projeto de justiça social
15:59e crescimento com distribuição de renda.
16:01Vereador, para a gente já ir finalizando
16:03e aproveitar esse tema também,
16:04a gente está chegando agora,
16:06na metade desse primeiro ano
16:08da legislatura em Belo Horizonte
16:09e a discussão na Câmara Municipal,
16:11principalmente esse embate
16:12entre os vereadores da extrema direita,
16:14da direita,
16:15os mais conservadores
16:16e a bancada de esquerda,
16:18ficou muito focada em algumas questões
16:21que para o eleitor
16:22podem até parecer comezinhas,
16:24datas comemorativas.
16:26A gente está chegando agora
16:27no dia 7 de julho,
16:29que foi uma data disputada
16:30entre esquerda e direita
16:31sobre métodos contraceptivos naturais
16:34e prevenção de ISTs.
16:36Eu queria que o senhor fizesse um balanço
16:38dessa discussão que ficou focada
16:40em datas comemorativas
16:42e menos em avanços práticos
16:44e como que essa questão
16:46do serviço público,
16:48da discussão sobre a taxação
16:50dos super ricos,
16:51do aceno às classes mais pobres,
16:54que é uma discussão de Brasília,
16:57do Congresso Nacional,
16:58pode ser replicada em âmbito municipal
17:00aqui em Belo Horizonte,
17:01se isso está na pauta do senhor
17:03e dos seus colegas
17:04da bancada de esquerda
17:05da Câmara de Belo Horizonte.
17:07Sim, ficou muito claro
17:08que a extrema-direita
17:09na Câmara Municipal
17:10quer fazer da Câmara
17:12um campo de disputa
17:16sobre comportamento.
17:18E eu digo muito claramente,
17:20a Câmara Municipal
17:21não tem nem poder legal,
17:25constitucional,
17:25para discutir se o professor
17:27vai usar a Bíblia em sala de aula,
17:29se pode ou não pode usar
17:30banheiro unissex.
17:32São questões que são
17:34do foro íntimo das pessoas
17:35e são questões
17:37que são atribuições
17:37de outros agentes
17:39do sistema público.
17:41Não é o vereador
17:43que vai discutir o livro
17:43que o professor vai usar
17:44na sala de aula, gente.
17:46Então, assim,
17:46isso é uma cortina de fumaça
17:47na realidade
17:48para fazer agitação
17:50com setores mais conservadores,
17:52moralistas,
17:53na sociedade
17:54e definitivamente
17:55não resolve o problema real
17:56do povo brasileiro,
17:57nem do povo de Belo Horizonte.
17:58A gente tem atuado
17:59de uma forma bem diferente,
18:01nossos projetos lá
18:02são, por exemplo,
18:03o tarifa zero
18:03que nós ajudamos
18:04a articular junto
18:05com a vereadora Isa
18:06e estamos aí
18:06com 22 vereadores.
18:07Por quê?
18:08Porque é um problema real
18:08o transporte público
18:09na cidade e a gente
18:10acha que a solução
18:10é a tarifa zero
18:12para democratizar o acesso
18:13e a gente também
18:14diminuiu o tanto
18:15que gasta
18:16com as empresas mesmo
18:19tocando
18:20e administrando o recurso.
18:21Então, nós queremos
18:22trazer isso
18:22para ser mais público
18:23o sistema de transporte.
18:25De mesmo modo,
18:25apresentamos projetos,
18:26por exemplo,
18:27para defender
18:27nossas matas
18:28da cidade,
18:29a mata do Isidora,
18:30que é onde nasce
18:32lá o Ribeirão do Isidora,
18:33que é um dos ribeirões
18:34maiores da nossa cidade,
18:36um dos que a gente
18:38ainda tem
18:38de área verde
18:40na cidade,
18:40que inclusive vai estar
18:41na pauta esse mês
18:42lá na Câmara Municipal,
18:43projeto de lei
18:43para garantir
18:44pagamento no quinto dia útil
18:46para os trabalhadores
18:46da prefeitura,
18:47o piso da enfermagem,
18:48enfim, nós estamos
18:48tentando trabalhar
18:49com problemas reais
18:50e concretos
18:50na vida do povo
18:51de Belo Horizonte
18:52e não fazer debate
18:53sobre comportamento,
18:53que as pessoas
18:54sejam livres
18:54para amar,
18:55para rezar,
18:56para orar,
18:57para se relacionarem
18:59com quem elas quiserem.
19:00Isso não cabe
19:00ao vereador
19:01e nem à Câmara Municipal
19:02ficar entrando
19:03nas discussões
19:04de comportamento.
19:06Perfeito, vereador.
19:07Queria agradecer
19:07a presença do senhor
19:08aqui no nosso programa
19:09e deixar um espaço
19:11para o senhor
19:11fazer suas considerações finais.
19:13Obrigado.
19:13Eu que agradeço
19:14a atenção de vocês
19:16e o compromisso democrático
19:17sempre do Estado de Minas
19:19de estar ouvindo
19:20em todos os lados
19:20da política municipal.
19:21Obrigado.
19:22Orion, Bruno,
19:23agradecer também.
19:23A gente volta
19:24numa próxima oportunidade.
19:25Para você que acompanhou
19:27aqui o EM Entrevista
19:28e essa e várias outras entrevistas
19:30que a gente já fez aqui
19:31estão disponíveis
19:32no canal do YouTube
19:33do Portal UI
19:34e a cobertura completa
19:35do que acontece
19:36na política municipal
19:37aqui em Belo Horizonte,
19:38no Estado e no Brasil,
19:39você segue acompanhando
19:40no em.com.br.
19:41Um abraço
19:42e até a próxima.
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