Na manhã desta segunda-feira (30), dois guardas civis municipais (GCM) de Cotia, na Grande São Paulo, foram presos em flagrante pela morte de um adolescente de 17 anos após um confronto que teve sua versão desmentida por imagens de câmeras de segurança. A morte aconteceu durante uma perseguição policial que começou no bairro Parque Ipê, no último domingo (29), e terminou com o jovem baleado enquanto corria com as mãos para cima.
O incidente foi inicialmente descrito pelos agentes como um confronto durante o qual o adolescente e outro suspeito atiraram contra os guardas. No entanto, após a análise de vídeos das câmeras de segurança, a versão apresentada pelos GCMs foi desmentida. As imagens mostram que o jovem estava desarmado, com as mãos para o alto e não representava ameaça quando foi atingido por dois disparos no lado esquerdo do tórax. O jovem caiu no chão e, apesar de não ter sido socorrido, os guardas não pararam a viatura e seguiram em frente, deixando o corpo no local.
José Osmar Ferreira da Silva, de 51 anos, e Sergio Ricardo Barbosa Pimenta da Silva, de 43 anos, foram detidos após a polícia concluir que suas versões estavam inconsistentes com as evidências. Inicialmente, alegaram que houve troca de tiros durante a perseguição, mas as imagens contradizem completamente a versão apresentada. Após nova declaração dos guardas, José Osmar admitiu que atirou contra o jovem, alegando que ele teria feito um movimento brusco, o que também foi questionado pela investigação.
Além dos dois guardas civis presos, outros dois agentes que participaram da ocorrência foram afastados de suas funções e tiveram as armas recolhidas para perícia. O caso segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
