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Transcrição
00:00A Polícia Civil de Caruaru investiga o homicídio que aconteceu na noite da segunda-feira,
00:06aqui na rua São Caetano, em Caruaru, no bairro do Centenário.
00:11A vítima, Renan William Muniz Torres, de 19 anos de idade, estava morando sozinho em Caruaru.
00:19Segundo informações do pai, do William, aos 15 anos de idade, ele começou a fumar maconha
00:26e logo tornou-se usuário de crack.
00:30Foi aí onde a vida do adolescente foi completamente destruída.
00:35Aos 19 anos, os familiares não sabiam onde ele estava.
00:39Só quando Renan foi executado que o pai tomou conhecimento,
00:45através de um aplicativo de mensagens que se tratava do filho dele.
00:49Renan foi assassinado exatamente aqui, na esquina do Beco de Deda.
00:55Ele caiu na calçada.
00:57Segundo informações da Polícia Civil, suspeito, ainda não identificado,
01:03se aproximou da vítima e efetuou aproximadamente oito disparos de arma de fogo,
01:09possivelmente de revólver.
01:11A família do Renan tentou fazer de tudo para que ele deixasse o mundo das drogas.
01:17Inclusive, ele passou um período internado em uma clínica de reabilitação,
01:24mas não conseguiu se livrar do crack.
01:27Nós conversamos com o pai da vítima, que nos conta mais detalhes.
01:31Eu estava ontem em casa, mas minha esposa, um colega meu, mandou umas fotos.
01:36Aí eu procurei saber direitinho, aí vi realmente que era ele desse.
01:40Foi por volta de 9h40 da noite, 10h da noite de ontem.
01:44O seu filho estava aqui em Caruaru, mas você mora em Santa Cruz do Capibari.
01:48É, meu menino estava aqui em Santa Cruz, ou aqui em Caruaru.
01:52Eu trabalho em Santa Cruz.
01:53Até então, eu sabia que ele estava em Vitória de Santo Antônio,
01:56que ele estava internado em uma clínica de recuperação, até onde eu fiquei sabendo.
02:00Aí ontem veio essa notícia. Eu pensava que ele estava em Vitória.
02:04O seu filho era dependente químico há quanto tempo?
02:07Era mais ou menos 4 anos, que ele estava em dependência de produto químico, de crack.
02:13Ele era usuário de crack.
02:15Em Pesqueira, na casa da avó, o seu filho vendeu tudo para alimentar o vício.
02:21Foi, realmente. Vendeu tudo de cerâmica, de banheiro, fio, telha.
02:24Tudo que deu para ele vender, ele vendeu.
02:26Destruiu a casa toda, para sustentar o vício.
02:30Quando o teu filho, o Helder, entrou nessa vida das drogas,
02:34com aproximadamente 15 anos, que vocês descobriram,
02:39vocês conversavam muito com ele?
02:40Rapaz, ele conversava. Ele, como eu sou mecânico, entendeu?
02:44Eu levava ele para o sino, aí começou a querer ficar dormindo até tarde, entendeu?
02:49Aí começou a desandar. O cara dá conselho, aí acha ruim,
02:52aí quer fazer o que quer, passar um dia, dois fora de casa,
02:55aí termina se afaixando.
02:57Tanto os pais e a família se afaixam, como ele mesmo se afaixam, entendeu?
03:02Porque não aceitam, não aceitam.
03:04Eu acho que pai, mãe, nenhum, não quer o mal para o filho.
03:06O mais errado que ele seja, entendeu?
03:08Aí termina se afaixando, entendeu?
03:11Você tinha conhecimento se, além da droga,
03:15ele estava praticando ilícito para alimentar o vício?
03:18Rapaz, provavelmente, porque ele não trabalha.
03:21Quase todo usuário de craque não trabalha.
03:24Tem que ter algum rendimento financeiro para sustentar, entendeu?
03:28Provavelmente estava.
03:30Eu não vi, não sei, mas provavelmente 90% que estava, entendeu?
03:34Separei da mãe dele, ele tinha 9 para 10 anos,
03:37eu e minha mãe que criou ele, tem ele mais 4 irmãos, entendeu?
03:41Ele é o segundo de 5 que tem.
03:43Só tem uma caçula de 17 anos.
03:45É triste, é triste, entendeu?
03:47Eu acho que eu não desejo o pior inimigo da pessoa, entendeu?
03:50Eu não quero que ninguém passe o que eu estou passando.
03:53Só eu e Deus sabem o que eu estou passando, entendeu?
03:55Estou fazendo de tudo para ser forte,
03:58mas eu vou conseguir, meu Deus é o maior, entendeu?
04:00Fala um pouco do Renan antes do vício.
04:03Rapaz, era um moleque muito, assim,
04:07sem covardia, não tinha maldade com ninguém, entendeu?
04:11Você pedia para ele fazer um negócio, não tinha cara feia,
04:13não sabia dizer não.
04:14Não sabia dizer não, entendeu?
04:16Eu não tenho até isso aí, eu não tenho o que falar dele, não.
04:20Prestativo.
04:21O que dizer aos tantos pais e mães que estamos assistindo agora
04:25e passam por problemas semelhantes
04:27e vivem histórias muito parecidas com a sua?
04:31Rapaz, é triste, é triste.
04:33E a tendência pelo caminhar da carruagem é piorar.
04:38Cada dia é piorar.
04:39Você vê todo dia, você vê índice de homicídio,
04:42todo dia você vê e é piorando.
04:43A tendência é piorar.
04:45Só Deus me empate e misericórdia de todo mundo, tendência.
04:48Esse homicídio ocorreu na noite de ontem,
04:49foi atendida pela Força de Tarefa de Homicídios.
04:53A vítima não tinha sido identificada,
04:55mas o pai compareceu hoje no IML e o reconheceu.
04:58A informação é que a vítima,
05:00há muito tempo já não se encontrava com a família,
05:02estava em Caruaru.
05:04O pai nem sabia que ele estava aqui
05:05e que ele era usuário de crack.
05:07Doutor, o que deve ter acontecido?
05:09Acerto de contas, dívida por drogas?
05:12É o local onde ele foi morto,
05:13ali tem o intenso tráfico de drogas,
05:15muitos usuários também.
05:16A gente acredita que ele estava devendo
05:18para algum traficante no local
05:19e acabou sendo vítima desse homicídio.
05:22Prevalece a lei do silêncio?
05:23É, ali é difícil, como tem alguma testemunha,
05:25porque as pessoas também temem represália
05:27do pessoal do tráfico.
05:29Não foi encontrada nenhuma testemunha no local,
05:31mas a gente vai atrás de imagens,
05:33tentar localizar alguém que tenha
05:34alguma informação sobre essa vítima também.

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