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  • 30/06/2025

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Transcrição
00:00Olha gente, como toda história tem dois lados, duas versões, a gente veio ouvir o que diz a mulher que foi a responsável, apontada pela polícia como a responsável pela morte do Leonardo Silva dos Santos de 30 anos.
00:14A gente viu as imagens do que aconteceu, essa jovem de 22 anos, mãe de 3 filhos, o bebezinho de 11 meses, que estava o tempo todo ali naquele cenário, onde o crime aconteceu.
00:25Está com ela, mas claro que ela está muito abalada diante de tudo o que ocorreu, ela foi autuada em flagrante pelo homicídio, teve a prisão convertida para domiciliar, ela não está em liberdade, ela não está solta, mas também não está em uma unidade prisional, tem que ficar presa no domicílio.
00:42Ela está aqui conosco, também acompanhada das advogadas que estão representando essa jovem e que vão falar com a gente também, mas eu já quero começar perguntando, antes de falar sobre o momento do crime em si, que a gente já viu as imagens, que a gente já entendeu ali um pouco do que aconteceu, como é que chegou naquele ponto de discussão?
00:59Vocês tiveram um relacionamento aí de dois anos, como fruto aí, bebezinho, né, que estava nos braços, uma hora nos teus braços, na outra hora nos braços dele, mas por que chegou nesse ponto de briga, de confusão, que a família dele me falou que ali não foi a única, não foi a primeira, né?
01:16Depois de um tempo, começou os ciúmes, começou a começar a discussão, toda vez a gente sempre discutia, tudinho tinha o ciúme, e desde sempre ele me ameaçava, né, ficava falando que eu sabia que ele tinha contato com arma, com não sei o que, em qualquer momento ele podia fazer o que eu quisesse comigo, tudinho, assim, no começo não chegava a me bater, mas ficava me ameaçando, falando as coisas, fazendo o meu psicólogo, tinha dias que eu nem dormia de destruída.
01:45Vocês estavam juntos ainda, ou ali tinha sido uma visita dele na tua casa para ver o filho?
01:52Não, a gente não estava mais junto, desde que meu filho tinha seis meses, mas eu sempre deixava ele ir para lá, ele dormia lá, mas eu sempre deixava claro a ele que eu era uma pessoa livre, que era para ele viver a vida dele, para ele conhecer uma pessoa, e que eu nunca ia afastar o meu filho dele, porque ele era um bom pai para o meu filho.
02:13Por que foi aquela discussão naquele dia, naquele momento? Qual foi o motivo de chegar naquele ponto?
02:19Ele já ficava, ele já era muito ciumento, já falava muitas coisas, e naquele dia ele foi lá para avisar que tinha passado, que eu estava tanto ajudando ele, ele foi lá informar que tinha passado tudinho, e daí eu chamei ele para almoçar, eu disse, vamos almoçar.
02:34Quando eu coloquei meu celular na mesa, ele pegou meu celular e viu as mensagens, e daí ele começou a dizer que se eu não fosse dele não ia ser de mais ninguém, que ele ia me matar e ia levar meu filho.
02:46E ele me puxou para o quarto, ele sabia que tinha câmera na sala, então tudo aconteceu na cozinha e no quarto.
02:54É aí que eu quero chegar nesse ponto do que as imagens começam a mostrar e do que as imagens também não mostram.
03:00Você disse à polícia que você agiu em legítima defesa, que você pegou a faca e ali acabou cometendo aquele ato, que eu imagino que você deve se arrepender, mas porque você achava que pudesse morrer.
03:11No entanto, as imagens, ou boa parte das imagens, mostram você sempre mais agressiva, mais agitada, e mesmo no momento que ele está com o filho nos braços, que ele vai para perto de você e pede calma ali para você, é quando você acaba cometendo agressão.
03:27O que aconteceu antes para que você imaginasse que ele pudesse querer ali te matar?
03:33Porque ele pegou a faca, ele apertou meu pescoço, ele me jogou contra a parede, ele pegou a faca, botou no meu pescoço, ficou dizendo, eu vou lhe matar, eu vou lhe matar.
03:40Eu peguei meu celular, tentei ligar com a polícia três vezes, tentei falar com a lei Maria da Penha pelo celular, e ele barra meu celular e ficava, vinha cá, vinha cá.
03:50Teve até um momento que eu fui para a sala, e depois ele pegou o álcool, o isqueiro, e foi atrás de mim, meu filho ainda estava lá na sala, o do meio, e eu fiquei com muito medo.
04:01E o tempo todo eu tentei manter a calma, e ele só ali falando, só falando, só falando, e eu tentando manter a calma pelos meus filhos.
04:08Muito do que você relatou agora não aparece nas imagens, mas a gente teve acesso a uma nova imagem que mostra ele com a faca nas mãos, ali no sofá.
04:17Quando ele parecia até te abraçar, e em algum momento ele chega a encostar com a faca na tua perna, na tua coxa, não é?
04:23Que momento foi aquele?
04:25Foi o momento que ele ficou falando que me amava, que era para mim ser só dele, que se eu não ficasse com ele, eu não ia ficar com mais ninguém.
04:33Vamos agora falar sobre um outro ponto que também chocou muita gente que assistiu nas sextas-feiras imagens, que é já depois que ele está ferido, que ele vai para fora, não é?
04:42E ele chegou a colocar o bebezinho no cercadinho ali, e ele vai para fora, e você verbaliza, não é?
04:47Como se estivesse fazendo pouco caso ali da situação dele de ferimento.
04:52Não sei se você imaginava que ele estava tão grave, ou se aquilo que você falou foi da boca para fora, ou realmente era teu desejo que ele morresse.
05:00Que momento foi aquele, se você se arrepende de algo que falou ali?
05:05Não me arrependeu muito, eu não sabia que aquilo ia acontecer.
05:09Não era para acontecer.
05:11Eu estava sem cabeça, sem noção de nada.
05:15Ele dizia que ia levar meu filho.
05:17E todo mundo sabe que eu faço de tudo pelo meu filho.

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