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O 3º Arrastão do Pavulagem coloriu as ruas de Belém neste domingo (29/06) com música, tradição, inclusão e sustentabilidade. Entre os milhares de brincantes, estavam a pedagoga Lucelle Oliveira, que participa há 36 anos e considera o Arraial "família, alegria e esperança". O instrutor de dança Ygor Felipe Oliveira celebrou seus 14 anos de dança no Pavulagem, destacando a energia única do movimento. A programação contou ainda com a presença do Cordão de Pássaro Colibri, da Ilha de Outeiro, e da comitiva inclusiva do Boi de Rodas. Para o músico e um dos fundadores Junior Soares, o evento é um palco coletivo de cultura e diversidade. Tudo isso em um cortejo que também reafirma o compromisso com o meio ambiente, com ações de reciclagem e educação ambiental.

Reportagem: Eva Pires/ Especial O Liberal
Imagens: Carmem Helena

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Transcrição
00:00Para você, o que o Arraial do Pavolagem representa para o povo paraíano?
00:04Olha, é muito complicado dizer isso, porque eu sou um dos criadores do Arraial do Pavolagem.
00:08Então, para mim, para nós, é um canal de conhecimento que a gente tem que trazer para todo mundo,
00:14das nossas histórias musicais, das nossas histórias dos nossos grupos culturais do Brasil,
00:18do Pará principalmente, dos nossos mestres, das nossas mestras,
00:21desse universo da cultura paraense para dentro de um foguedo
00:24e aproximar essas pessoas cada vez na sua cultura.
00:26Então, o Arraial do Pavolagem, para mim, tem muito esse papel hoje, né?
00:28Além de oportunizar a presença das pessoas com deficiência, as pessoas atípicas, né?
00:34Os idosos, as crianças, ter um espaço onde todo mundo possa realmente conviver com a cultura paraense
00:40é uma estratégia que nós adotamos, é isso que eu sempre espero e acho que por isso que a gente existe hoje em dia.
00:45A preparação é tentar ficar calma, porque a ansiedade tem a cada rastão, né?
00:50A gente tenta ficar calma, aí vai separando os acessórios todos, escolha saia,
00:55a blusa é a mesma, né? Mas escolhe a saia, escolhe as bijuterias,
00:59pega o instrumento e vê o sapato bem confortável e se hidrata bastante para enfrentar esse calor.
01:05Como é que tu concilia os ensaios com a tua rotina de pedagogo?
01:09Nossa, é muito corrido. É muito corrido porque eu trabalho oito horas diárias,
01:13aí manhã e tarde, aí saio da escola e vou correndo para os ensaios,
01:18depois vou para a academia e assim eu vou.
01:19O que o Raial do Pavilagem representa para ti?
01:23Primeiro, a família, né? Porque quem me trouxe para cá foi a minha mãe, aos seis anos, quando eu tinha seis anos.
01:30E depois é alegria, é amizade, é esperança num futuro melhor, num futuro de preservação, um futuro de paz, é isso.
01:40É uma preparação, assim, muito trabalho, muito intensa, mas ao mesmo tempo muito divertida,
01:44porque o mês de maio para a gente é um mês da nossa preparação, né?
01:48E os domingos é o domingo da nossa combinância, que é a combinância das nossas oficinas e dos ensaios.
01:53Então a gente apresenta no domingo tudo o que a gente aprendeu,
01:56a troca que nós fizemos no mês de maio, a gente mostra tudo aqui nos domingos de junho.
02:01Desde quando eu entrei até hoje eu sempre fui da dança.
02:05Então, são 14 anos de dança, a minha parte preferida é a dança.
02:09Pra ti, o que a dança do Pavilagem tem de diferente das outras manifestações culturais?
02:13É uma dança de rua, onde a gente tá livre, onde a gente não segue uma, digamos, uma regra.
02:20Mas a gente tá na rua, a gente tá livre, a gente tá brincando.
02:23Então, pra mim, esse que é o diferencial da dança do Arraial do Pavilagem, pra mim.
02:27E também é um aprendizado, porque a gente aprende muito sobre os nossos ritmos, né?
02:30Do estado, de várias partes do estado.
02:32Então o Arraial do Pavilagem, ele traz esse mix pra dentro da dança, da percussão.
02:37Então, pra mim, é isso que é o diferencial.
02:43E aí

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