- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00E agora é um momento especial desse programa,
00:03porque agora nós vamos abrir o baú do Papa Antagonista
00:06para lembrar o que o próprio Ricardo Lewandowski
00:09falou sobre o Sérgio Moro ter aceitado o cargo de ministro
00:14no governo de Jair Bolsonaro,
00:17depois de ter sido juiz da Lava Jato.
00:20Em todas aquelas circunstâncias que eu já detalhei aqui
00:23e no meu artigo que está disponível em antagonista.com.br
00:26caso Lewandowski confirma hipocrisia do STF.
00:30Então vamos assistir aquele Lewandowski com a caneta na mão
00:34de ministro do Supremo Tribunal Federal
00:36sobre a suspeição de Sérgio Moro que ele endossou.
00:41Solta aí, produção.
00:42Parece-me possível dar como certa a ocorrência
00:45de uma inusitada e ilícita coordenação de esforços
00:49para a produção conjunta de elementos probatórios
00:53e de estratégias processuais desfavoráveis ao paciente,
00:58revelando uma inaceitável simbiose
01:01entre os órgãos responsáveis por investigar,
01:04acusar e julgar,
01:05que tem como origem motivações políticas
01:08e interesses pessoais do ex-juiz Sérgio Moro.
01:13As primeiras demonstradas, dentre outros fatos,
01:16pela aceitação ainda antes do término
01:19do segundo turno das eleições presidenciais
01:21de convite para ocupar o cargo de ministro da Justiça.
01:25No futuro, o governo de Jair Bolsonaro,
01:27conforme amplamente noticiado pela imprensa.
01:29Já há segundas recentemente tornadas públicas
01:33pela assunção da função de sócio-diretor
01:37da Alvarez e Marçal,
01:40firma estadunidense especializada na área
01:43de disputas e investigações.
01:45De acordo com a revista eletrônica Consultor Jurídico,
01:50ela é, entre aspas,
01:52administradora judicial da Odebrecht
01:54e faz assessoria financeira
01:57na recuperação da Sete Brasil,
01:59além de ter sido contratada pela Queiroz Galvão
02:02para a reestruturação do grupo.
02:03Muito bem, muito bem.
02:08Vamos voltar aqui ao ponto que interessa.
02:10É muito curioso esse pessoal citando os sites alinhados
02:13ao Gilmar Mendes, a ministros de Supremo Tribunal Federal.
02:18O Ricardo Lewandowski falou de origem,
02:21que tem como origem motivações políticas
02:24e interesses pessoais do ex-juiz Sérgio Moro.
02:28As primeiras, portanto ele estava se referindo
02:30às motivações políticas demonstradas,
02:34dentre outros fatos,
02:35pela aceitação, ainda antes do término
02:38do segundo turno das eleições presidenciais,
02:41de convite para ocupar o cargo de ministro da Justiça
02:44no futuro governo de Jair Bolsonaro.
02:47Olha só o Ricardo Lewandowski
02:50recriminando o Sérgio Moro
02:52por ter aceitado virar ministro
02:54do governo Bolsonaro
02:57depois de ter sido juiz.
03:00Dizendo, portanto, que como juiz,
03:02ele tinha motivações políticas dado que,
03:06de maneira demonstrada nas palavras dele,
03:08ele aceitou o cargo de ministro do governo.
03:11Quem é Ricardo Lewandowski
03:13para falar algo assim?
03:15Se ele próprio aceitou o cargo de ministro
03:18da Justiça e Segurança Pública no governo Lula.
03:20depois de ter dado um monte de decisões,
03:24como já resumimos aqui,
03:25mas ainda vamos listar em detalhes,
03:28favoráveis ao Lula e aos outros petistas
03:30enquanto era ministro do Supremo Tribunal Federal.
03:33Aliás, o Wilson lembrou o caso do Mensalão.
03:36A Folha de São Paulo, inclusive,
03:38testemunhou o Ricardo Lewandowski
03:39num telefonema falando
03:40que o Supremo estava coado
03:42com a faca no pescoço
03:44em razão da pressão da imprensa.
03:46E ele votou contra a denúncia
03:51contra o José Dirceu
03:52como chefe de quadrilha,
03:54divergindo o relator Joaquim Barbosa.
03:57Ele foi flagrado dizendo
03:58que estava tudo certo
04:00para amaciar para o Dirceu,
04:01mas a pressão era tanta
04:03que aí o resto do STF acabou
04:04não conseguindo amaciar.
04:07Eu sempre cito esse episódio
04:08que teve outros sub-enredos,
04:14teve até uma matéria do Globo
04:15sobre troca de mensagem
04:16entre o Lewandowski e a Carmem Lúcia
04:18que resultou em prêmio,
04:19sobre condenação de voto,
04:21sobre combinação de voto.
04:23Eu sempre cito esse episódio
04:25do Ricardo Lewandowski no Mensalão
04:29para mostrar como o jornalismo vigilante
04:31é importante,
04:32como ministros do Supremo Tribunal Federal
04:35são suscetíveis a fazer o certo
04:37se há vigilância,
04:38porque se não há,
04:40eles fazem o errado,
04:41eles amaciam
04:42para aquele que merece cana,
04:44para aquele que merece cadeia,
04:46porque estava envolvido
04:47num esquema de suborno
04:48e depois se envolveu em outro,
04:50no caso do Petrolão.
04:52Vocês viram aí em vídeo
04:53o Lewandowski recriminando
04:55uma motivação política
04:56que ele depreende
04:58da aceitação de um cargo
05:00que ele próprio aceitou.
05:01Então podemos concluir
05:03que Lewandowski
05:04deu uma série de decisões
05:05no Supremo Tribunal Federal
05:07por motivação política.
05:09Está aí, cristalino, Madar.
05:11E assim,
05:13a gente tem toda uma história,
05:16eu trouxe também algumas decisões
05:18que o ministro Lewandowski
05:20tomou no Narrativas Antagonistas
05:22de hoje,
05:22alguns daqueles videozinhos
05:24do Recordar é Viver.
05:27A gente tem coisas
05:29que estão acontecendo
05:29na política brasileira
05:31que também dão um prenúncio
05:33de futuro,
05:34porque parece que
05:36condenações contra políticos
05:37são feitas sob medida
05:39para serem desfeitas depois.
05:43A gente viu isso acontecer
05:44muito nitidamente com o lulismo,
05:46o mensalão acabou,
05:48o petrolão foi muito mais rápido,
05:52aí tudo que o Jair Bolsonaro fez
05:54era tudo um absurdo.
05:56Então assim,
05:57o ministro da Justiça dele,
05:58imagina o ministro da Justiça
05:59era juiz da Lava Jato,
06:00não sei o quê,
06:00tudo um absurdo.
06:02Agora,
06:03o que está acontecendo?
06:04Porque a gente fica
06:04nessa oposição entre um e outro.
06:05Não é mais um absurdo
06:08o ministro da Justiça do cara
06:10ser alguém que julgou
06:12o processo que tinha a ver com ele.
06:15Então você vai aliviando isso,
06:17depois você alivia
06:18o outro grupo político
06:19para compor com ele.
06:22O cidadão acaba ficando
06:23com a impressão
06:24de que toda decisão judicial
06:26que é tomada contra um poderoso,
06:29ela é feita sob medida
06:30para ser desfeita depois
06:32e para essa história ser recontada.
06:35Então o que era corrupção
06:37passa a ser uma grande armação
06:40em que pessoas foram torturadas
06:42e foram obrigadas a se acusar.
06:46E os milhões que eles devolveram?
06:49Surgiram de onde?
06:50Eles devolveram milhões,
06:51eles plantaram dinheiro na cadeia
06:53e devolveram o dinheiro
06:55que eles plantaram na cadeia?
06:56Bilhões.
06:57Bilhões.
06:58Então assim,
06:58você já reconta isso.
07:00Agora a gente vê mais uma vez
07:02esse processo para se recontar
07:05e o Brasil aí refém de dois populismos.
07:09O que aconteceu hoje
07:11é algo que ficou muito claro.
07:14Há uma fusão do executivo com o judiciário
07:17e o legislativo está em contraponto.
07:20Vai haver uma dificuldade muito grande
07:23para o cidadão entender institucionalmente agora
07:27qual é a diferença
07:29do executivo para o judiciário.
07:33Isso para político é ótimo
07:35porque o brasileiro tem esse dom
07:36de votar em pilantra.
07:39O brasileiro não pode ver um pilantra
07:40que ele atravessa a rua para defender.
07:43Ele vê um pilantra,
07:44ele sai da casa dele para ir votar.
07:46Ele fala,
07:46eu vou votar no pilantra.
07:48Aí se falarem mal do pilantra,
07:50eu vou brigar com meu cunhado
07:52por causa do pilantra.
07:53E vou entregar a carteira.
07:55Vou entregar a carteira para ele.
07:58Vou botar o pilantra
07:59para decidir sobre a minha vida.
08:01O brasileiro adora um pilantra.
08:03Adora.
08:03Então o que acontece?
08:05Há muito tempo,
08:06isso não é de agora,
08:07a política brasileira
08:08se confunde com as páginas policiais
08:10porque tem muita gente
08:12que não é nem só o crime do colarinho branco.
08:15Tem gente que tem crime de todo tipo.
08:17Enfiada na política,
08:18com bons cargos.
08:20Enfiada por quê?
08:21Porque eles se enfiaram?
08:21Não.
08:22Porque o brasileiro
08:23gosta de acreditar em pilantra,
08:26gosta de passar pano para pilantra
08:27e se vai lá alguém falar contra o pilantra,
08:30ele ainda fica bravo.
08:32Então assim,
08:33essa gente tem se mantido.
08:34Então a política está sempre sendo julgada
08:36no judiciário primeiro por isso.
08:38E depois,
08:39porque a gente estabeleceu
08:40uma espécie de tapetão,
08:42acho que aí na última década,
08:45o partido perde uma coisa no Congresso,
08:49ele vai para a justiça
08:50e a justiça decide.
08:51Então já começava a ficar uma coisa muito confusa,
08:55onde termina um poder,
08:56onde começa o outro.
08:58Agora, gente,
08:59agora está sedimentado.
09:02Foi feita essa fusão
09:03e isso não será mais anormal daqui em diante.
09:07O que é ruim para o poder judiciário,
09:10porque o brasileiro não confia em político,
09:12na instituição política.
09:13Quando você pergunta,
09:14ele diz que não confia.
09:15Ele não confia no outro corrupto,
09:16no dele ele confia,
09:17mas na instituição não.
09:19Mas na parte técnica do poder judiciário,
09:22sempre confiou.
09:24Vai erodir essa confiança.
09:26E para você ter poder no poder judiciário,
09:29você depende da indicação dos políticos,
09:31que vão crescer ainda mais o poder deles.
09:35Então a gente está vendo uma mudança
09:37que vai ficar para esse governo
09:39e para os próximos.
09:41E que é uma concentração de poder
09:42que não é boa para a democracia.
09:46Muito bem.
09:47Eu falei aqui sobre a questão
09:49das motivações políticas
09:51citadas pelo Ricardo Lewandowski
09:53e passei a palavra para Amadá
09:55antes de falar dos interesses pessoais
09:58que ele apontou.
09:59Ele citou o caso da consultoria
10:01Álvares e Marçal,
10:03a qual o Moro foi se ligar,
10:06mas tinha uma cláusula no contrato
10:08de que não podia tratar dos assuntos da Odebrecht,
10:11que não foi uma empresa que ele favoreceu
10:12com uma decisão,
10:13foi uma empresa que ele prejudicou.
10:16É que qualquer que seja o seu julgamento
10:19a respeito desse vínculo empregatício
10:22do Sérgio Moro com a consultoria,
10:24sobre o qual eu já escrevi um monte de artigos
10:27e aí é preciso tirar do baú,
10:29o fato é que o Lewandowski
10:31estava apontando que o Moro,
10:35portanto, agia quando o juiz,
10:38com interesses pessoais,
10:41já que depois ele se tornou
10:44diretor dessa consultoria especializada
10:48na área de disputas e investigações.
10:50Quer dizer, como se ele tivesse prejudicado
10:52empresas de propósito
10:53para depois trabalhar a favor delas,
10:55sendo que ele atuou numa consultoria
10:57sem atuar diretamente no caso
10:59daquelas empresas.
11:01O Lewandowski,
11:02o Lewandowski se tornou parecerista
11:05do Joesley Batista.
11:07Então, nós podemos concluir
11:09pelo mesmo raciocínio do Lewandowski,
11:12que ele atuou no Supremo Tribunal Federal
11:14com interesses pessoais.
11:17Ou não podemos,
11:19porque seremos censurados
11:21se nós julgarmos assim,
11:22mas eu estou seguindo simplesmente
11:23o raciocínio lógico dele,
11:26quando era ministro do Supremo Tribunal Federal,
11:28votar pela suspeição do Sérgio Moro.
11:30O Ricardo Lewandowski
11:32deu uma decisão favorável
11:33aos irmãos Batista,
11:35evitando que eles precisassem
11:37desembolsar mais de 600 milhões de reais.
11:41É só pegar aí também
11:42nos artigos que eu escrevi
11:43a respeito disso.
11:45Aliás, o primeiro foi logo
11:46que ele aceitou virar parecerista,
11:48foi...
11:48E o Lewandowski Gilmar?
11:50Que eu publiquei,
11:51é só para eu procurar no meu X,
11:53no Twitter,
11:54arroba fmourabrasil,
11:55e o Lewandowski Gilmar,
11:57que vocês vão encontrar
11:58esse artigo detalhado.
12:00Então, ele deu uma decisão,
12:02quando era ministro,
12:03que aliviou o Joésio
12:04de pagar 620 milhões de reais,
12:07se eu não me engano.
12:08E aí, depois,
12:09se tornou um parecerista,
12:11um advogado, portanto,
12:12remunerado pelos irmãos Batista,
12:15em 800 mil reais,
12:16de acordo com valores
12:16divulgados pelo jornal O Globo,
12:18por um parecer que,
12:19em caso de vitória judicial,
12:20pode render a ele
12:21o dobro do valor,
12:221 milhão e 600 mil reais,
12:23isso só em um processo,
12:25e ainda não está muito claro
12:27se ele está envolvido em outros,
12:28e, portanto, faturando milhões,
12:29ou está para faturar milhões de reais.
12:33Então,
12:34o que vai ser?
12:34E aí,
12:35o que vai ser?
12:36Transcrição e Legendas Pedro Negri
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