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Sob a influência do presidente Donald Trump, os líderes da OTAN concordaram em elevar o patamar dos gastos militares de 2% para 5% do PIB em defesa até 2035. Essa medida visa fortalecer a capacidade de resposta da aliança em um cenário geopolítico instável.

O professor Ricardo Leães analisa os motivos por trás desse aumento e suas implicações para a segurança global.

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Transcrição
00:00A Europa e o Canadá concordaram com um aumento drástico nos gastos com defesa
00:04durante uma cúpula da OTAN em Haia, na Holanda,
00:07medida impulsionada pelas exigências do presidente americano Donald Trump.
00:11Quem conta pra gente é o Grieco Holtz.
00:15Na avaliação do republicano, um acordo representa o marco para os Estados Unidos e para o Ocidente.
00:22Quando os aliados atingirem esse número, e isso adicionará mais de um trilhão de dólares por ano,
00:28a nossa defesa comum, e isso é realmente uma vitória monumental, afirmou Trump,
00:34que não poupou críticas aos países que vinham investindo abaixo do esperado.
00:40Estávamos carregando muito mais do que a nossa parte justa.
00:44É bastante injusto, na verdade, mas esta é uma grande vitória para a Europa
00:48e, de fato, para a civilização ocidental.
00:51O chamado compromisso de Haia para a defesa estabelece que os 32 países da Aliança Atlântica
00:57aumentem seus gastos militares para 5% dos respectivos PIBs até 2035.
01:05Até então, a meta era de 2%, patamar que apenas 22 membros haviam alcançado no ano passado.
01:13Trump também aproveitou para demonstrar irritação com a Espanha,
01:17que anunciou a intenção de limitar seus investimentos na área a 2,1% do PIB.
01:22A declaração final da cúpula também reforça preocupações com a segurança regional
01:27e destaca a ameaça a longo prazo representado pela Rússia à estabilidade euroatlântica,
01:34além de citar a ameaça persistente do terrorismo como uma prioridade permanente da OTAN.
01:40Agora sim, voltando a falar com o professor Ricardo Leões.
01:45Professor, a questão da OTAN era algo que Donald Trump batia muito na tecla
01:49durante a campanha eleitoral ano passado,
01:51falou já disso bastante nesses primeiros meses de governo.
01:55Para onde vai a OTAN a partir de agora com essas mudanças?
01:58A gente pode esperar uma instituição, uma aliança militar fortalecida?
02:01Bom, Fabrício, tu deve lembrar que já no primeiro mandato do Donald Trump
02:07ele batia muito na tecla de que os Estados Unidos estariam
02:11incorrendo com a maior parte dos custos relativos à OTAN.
02:16Em determinados momentos, inclusive, ele ameaçou se retirar da OTAN,
02:20até motivo pelo qual no governo Biden houve algumas mudanças na legislação
02:26que dificultaram a saída dos Estados Unidos da OTAN,
02:29justamente porque os democratas estavam preocupados com a volta do Donald Trump
02:33em que pudesse precipitar alguma atitude nesse sentido.
02:37Então, não constitui uma novidade essa pressão que Donald Trump faz
02:40para que os países europeus aumentem os seus gastos.
02:44Até porque, Fabrício, não podemos nos esquecer
02:46que quando a gente está falando de gastos militares,
02:49muitos desses gastos vão justamente para a indústria armamentista dos Estados Unidos.
02:55A gente sabe que o complexo industrial de defesa dos Estados Unidos
02:58é muito importante que eles exerçam um lobby significativo na política do país
03:04e é claro que eles são os maiores interessados em medidas nesse sentido.
03:08Agora, eu, como sempre, quando a gente está falando de acordos internacionais,
03:13é importante a gente lembrar que tem elementos que estão nas entrelinhas.
03:17E o que está sendo muito pouco falado é que não constam punições
03:21para países que não chegarem até os 5%.
03:24Tanto que a determinação anterior era de 2% e nem todos os países a cumpriram.
03:31E tanto que a Espanha se recusou a atingir esse patamar de gastos militares.
03:38Além disso, Fabrício, eu gostaria de destacar um problema político e econômico também
03:43pelo qual a Europa pode passar nos próximos anos.
03:46Vários dos países europeus estão atravessando dificuldades.
03:50E o maior destaque, sem dúvida, é a Alemanha, a economia motriz da União Europeia,
03:55que está enfrentando muitas dificuldades, tanto por conta da ascensão da economia chinesa,
04:00quanto por conta da falta da energia que vinha da Rússia, que era uma energia muito barata.
04:05E essas populações estão cada vez mais insatisfeitas com esse cenário,
04:09o que a gente observa pelo avanço da extrema-direita no cenário eleitoral do continente europeu.
04:15Pois bem, se os países passarem a gastar mais com armamentos e reduzirem seus gastos em áreas sociais,
04:22esse problema pode ficar agravado.
04:24Então, essa situação pode precipitar mudanças políticas bem significativas no caso da Europa também.
04:32Conversamos com o professor e pesquisador de relações internacionais, Ricardo Leões,
04:36fazendo sua estreia aqui no JP Internacional.
04:38Professor, muito obrigado pela sua participação. Volte sempre.
04:45Eu que agradeço o convite, Fabrício. Foi um prazer.
04:47Até a próxima.

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