Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
O jornalista uruguaio Guillermo Draper comenta os resultados da legalização da maconha no Uruguai, que ocorreu em 2013. 

Desde então, habitantes do país foram autorizados a comprar a erva em farmácias, a plantar no próprio quintal ou a integrar clubes de maconha, podendo adquirir até 40 gramas de cannabis por mês. Draper é coautor do livro "Marihuana Oficial: Crónica de un Experimento Uruguayo" e conversou com os jornalistas Duda Teixeira e Rogério Ortega neste podcast Latitude.

Apoie o jornalismo independente. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/

Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter https://bit.ly/newsletter-oa

Leia mais em oantagonista.uol.com.br | crusoe.uol.com.br

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, seja muito bem-vindo. Esse é mais um podcast Latitude. Todo sábado às seis da tarde nós estamos
00:19aqui falando sobre assuntos do mundo e também sobre a diplomacia brasileira. Do meu lado,
00:25vocês conhecem Rogério Ortega. Ortega, muito bem-vindo ao programa. Obrigado, Duda. Boa noite,
00:31pessoal, que costuma ver o Latitude, os programas do canal do Antagonista. Ortega, o criador do
00:38bordão, então, por favor. Vamos lá. Latitude é um podcast para situar você no mundo. Bom, esse
00:45programa nós vamos falar sobre o que aconteceu com o experimento da maconha no Uruguai. Estamos
00:53falando disso agora por ocasião dos debates aí no STF sobre a liberação do porte de droga no Brasil
01:01e aí a gente teve a ideia aqui de convidar um dos jornalistas investigativos do Uruguai que mais
01:09entende do assunto, Guilhermo Draper, conhecido também como Guile. Guile está por aí? Seja bem-vindo.
01:16Bem-vindo, Guile.
01:17Olá, como estão? Obrigado pela invitação. Um gosto de estar com vocês.
01:20Joia. Bom, Guile trabalha no jornal Búsqueda, lá em Montevidéu, e também ele é o coautor do livro
01:29que eu tenho aqui, que dá à venda na Amazon, que é o Marihuana Oficial, crônica de um experimento
01:36uruguaio. Esse livro o Guile fez com o Christian Miller Siena, saiu em 2017 e contava toda a aventura
01:48uruguaia, que já estava, enfim, a legalização aí é anterior, né? Guile, vamos lá. Bom, vou pedir,
01:58então, Ortega, você começa com as perguntas?
02:00Pergunta. Começo. Vamos fazer aqui para os espectadores saberem como a gente costuma fazer
02:05já com os entrevistados hispanohablantes do Latitude. Nós vamos perguntar em português,
02:12o Guilhermo vai responder em espanhol e nós vamos traduzir o que eventualmente tenha ficado
02:18menos claro para os espectadores brasileiros. Então, vamos lá, Guile. Um dos argumentos que costumam
02:25ser dados aqui no Brasil em favor da legalização da maconha é que ela pode reduzir o número
02:32de pessoas nas prisões. Como aconteceu no Uruguai? Dá para dizer que a legalização da
02:38marihuana, da maconha no Uruguai, reduziu o número de pessoas nas prisões uruguais?
02:44Os números, sim, baixaram de algum tipo de pessoas que estavam presas porque se estabelecieron
02:56limites claros para a justicia para decidir quanto era tenência de marihuana para consumo
03:06personal e mais de esse número, de 40 gramos, já não se considerava marihuana para consumo
03:14personal, senão acopio para, possivelmente, posterior venda. Esse é um pouco o criterio
03:20que se estabeleceu com a lei e isso provocou que gente que tinha menos, que havia sido enviada
03:27a prisão por ter menos de 40 gramos, pude recurrir a lei para não ir presa outra vez, ou para
03:35ser liberada. Isso não quer dizer que a lei não tenha alguns problemas, a lei atual, porque
03:42tem gente que não está registrada nos registros estatais para poder plantar plantas em sua casa
03:49ou que tem mais plantas de que poderia plantar, de acordo com a lei, que estão sendo enviadas
03:55a prisão de todos modos. Ou seja, também aí depende da aplicação que lhe dão os juízes
04:00e os fiscais e a polícia às normas.
04:06Bom, está falando de 40 gramas, aqui a gente está na discussão ainda, né? De quanto
04:12seria? Falam aí de 25 gramas ou seis plantas fêmeas ou até de 60 gramas. Agora, Gui, a
04:24questão, você diz, então, reduziu a quantidade de gente nas prisões. Teve algum impacto no
04:32narcotráfico, taxa de homicídio, violência, alguma coisa assim?
04:37Não se pode saber porque não havia dados previos claramente que pudesse atribuir à
04:47a venda ilegal de marihuana um porcentagem dos crimes. O que sim vemos nos últimos anos
04:56em Uruguai é um crescimento dos homicídios relacionados com o narcotráfico e o crime organizado, um crescimento
05:04sostenido, como na região, mais além da aprobação ou não da lei. Com isso quero dizer que não há dados que
05:12mostrem que esta lei baixou os homicídios relacionados com o narcotráfico. Não sei, não haveria
05:20muito argumento para dizer que o crescimento que estamos vendo é produto da lei. Pensemos também que esta lei
05:28só regulou o mercado de marihuana quando o narcotráfico e o crime organizado, o cannabis, não
05:37suele ser o principal produto em quanto a ingresos globales de seu negócio.
05:44Não pensaria que a cocaína ou a pasta base de cocaína são produtos que têm, por
05:52os margens de ganancias, são maiores que a marihuana. Então, atacar só a produção e
06:01venda de marihuana ilegal não necessariamente vai ter um efecto inmediato ou forte sobre o combate
06:12de narcotráfico e aos homicídios violentos, que é uma preocupação.
06:18No caso do Uruguai, a legalização foi total. O Uruguai tem até a fabricação, a produção,
06:24a plantação da maconha, mas o que o Guilherme está explicando é que o narcotráfico vive
06:33também de outras drogas que têm um lucro maior. A margem de lucro da cocaína é claramente
06:39maior que a da maconha, né? E que o aumento que teve de violência ligada ao narcotráfico
06:45não tem relação com a legalização da maconha, não é isso, Gui? Uma coisa é a legalização,
06:52outra coisa é o que aconteceu com a violência ligada ao narcotráfico, né?
06:56O que sim parece claro é que aqueles que promocionavam a lei como uma solução ao delito,
07:10talvez prometiam mais do que a lei podia efetivamente provar à sociedade.
07:19É porque isso é interessante do caso do Uruguai, porque a questão da legalização,
07:27ela surgiu como uma proposta de uma solução para reduzir os crimes, né? Os crimes de roubo,
07:37de... Aqui no Brasil está se falando muito nisso, mais por essa questão de superlotação carcerária,
07:45mas no Uruguai era uma questão ligada à violência, né?
07:49Sim, exacto. Surgiu em meio do governo de José Mujica, em 2012,
07:56e era parte de um paquete de medidas de segurança que propusou o governo,
08:01em um momento em que a opinião pública estava reclamando
08:05porque haviam ocorrido delitos violentos que haviam impactado muito a sociedade,
08:12e então demandava, demandava ao governo uma resposta.
08:16E o governo de Mujica o que fez foi apresentar um paquete que, entre outras coisas,
08:21tinha isso de marihuana, que foi o que se levou um pouco à discussão pública,
08:26porque era o mais rupturista.
08:29O outro eram medidas mais clássicas de aumento de penas para outras coisas,
08:32medidas para a convivência,
08:34mas a discussão no Uruguai terminou em torno a se legalizaram ou não o canado.
08:40A pergunta que eu ia fazer para você agora, Guile,
08:47entra mais ou menos no que você já está respondendo.
08:52Por que o então presidente José Pepe Mujica
08:55havia começado a lutar pela legalização da maconha?
09:00Você está contando para a gente que era um pacote de medidas de segurança,
09:04não é isso que o Mujica propôs como resposta à alta dos crimes,
09:11dos delitos violentos no Uruguai,
09:13e dentro desse pacote estava a proposta de legalizar a produção,
09:17o consumo de maconha.
09:19Houve alguma coisa a mais, pressão da esquerda,
09:25algum fator ideológico que tenha influenciado nessa decisão do Mujica
09:31de mandar o projeto da legalização da maconha para o Congresso Uruguaio?
09:38O que está contado no livro que publicamos com um colega,
09:43o que nos dizem é que um dos principais impulsores disso
09:47foi seu ministro de defesa,
09:50que também foi companheiro dele quando ambos eram guerrilleros nos anos 70,
09:54Eleutério Fernandes Huidobro,
09:55mas com uma lógica de que os narcos não se pode enfrentar com balas,
10:02porque é uma pelea perdida,
10:06e porque se tem tentado isso durante décadas e tem fracasado.
10:10Nesse sentido, isso foi um pouco o que mais convenceu a Mujica
10:14para avançar nessa lei,
10:17que era dar liberdade à gente para que tome a decisão,
10:21mas Mujica sempre disse que ele não estava a favor de,
10:25ele disse, fumo livre,
10:28não era algo que ele queria promover.
10:30De fato, no paquete de medidas que lhes comenté,
10:34incluiu um que era de internação compulsiva de adictos,
10:39ou seja, de mandar os adictos à internação obrigatória,
10:42o qual é um pouco contradictorio, se quer,
10:46com essa ideia de liberar o consumo.
10:50Mas essas eram as contradicções próprias de Mujica
10:53e nessa política.
10:57Para que tenham uma ideia,
10:59a legalização da marihuana demorou,
11:01mas se aprobou a de la internação compulsiva,
11:03seu próprio partido,
11:04e aí, em boa parte da esquerda,
11:06fazia muito ruído essa ideia,
11:10então, no parlamento nunca prosperou.
11:11Mas porque não tinha nem sequer o apoio do seu partido.
11:16Então, só traduzindo um pouco,
11:18o que o Guilherme está contando
11:19é que o pacote de segurança do Mujica
11:21previa também a internação compulsória
11:24de viciados em drogas,
11:26mas isso nunca aconteceu no Uruguai
11:28porque o Mujica não tinha apoio para isso
11:30dentro do próprio partido dele.
11:32Então, essa parte do pacote
11:33não foi aprovada pelo Congresso.
11:36Duda?
11:37Quer dizer, Guilherme,
11:38o Mujica acabou sendo adotado
11:40como um ícone progressista
11:42a favor da legalização da maconha,
11:44mas ele, pessoalmente,
11:46você diz que ele não era
11:47a favor dessa coisa do fumo livre
11:50e até apoiava essa internação compulsória.
11:52É isso?
11:52Exato.
11:54Exato.
11:54Mas ele,
11:56no começo do seu governo,
12:00ele teve uma conversa
12:01com os legisladores do seu partido,
12:04com seus congressistas,
12:06e ele disse que,
12:07basicamente,
12:08suas banderas,
12:09as banderas de seu governo,
12:10eram as clássicas banderas de trabalho,
12:13de pobreza,
12:15combatir as clássicas banderas de esquerda.
12:17E, de fato,
12:18desdeñou um pouco
12:19o tema da marihuana
12:21e de outra nova agenda
12:23que parte do seu partido político de esquerda
12:26impulsava.
12:28Aún assim,
12:29seu governo é muito conhecido
12:30porque, justamente,
12:33legalizou a marihuana,
12:36despenalizou o aborto,
12:38se aprovou no seu governo,
12:40se me equivoco,
12:40o matrimonio igualitario
12:42entre pessoas do mesmo sexo.
12:43Então,
12:44ele,
12:44pese a não ter essas banderas próprias,
12:47sim,
12:48permitiu que seu partido
12:50avançasse
12:50e nunca se opusou
12:53a que se discutissem
12:53estas coisas no parlamento
12:54e que, se havia que
12:55impulsarlas,
12:57ele as ia apoiar.
12:58Então,
12:58tinha esse grado
13:00de dar-lhe a liberdade
13:01aos seus parlamentares
13:02para que avançassem,
13:04aunque não era ele,
13:05em alguns casos,
13:05o que movissem primeiro.
13:11Interessante isso.
13:12Quer dizer,
13:12o Mujica,
13:13tinha essa cabeça
13:14mais da luta de classe,
13:16do marxismo
13:17trabalhador.
13:20Esquerda,
13:20old school,
13:21né?
13:22A velha esquerda,
13:24mas no governo dele
13:25avançaram várias
13:26dessas políticas
13:27progressistas,
13:28o Guilherme citou
13:29aí do aborto,
13:31casamento gay
13:32e legalização
13:33da maconha, né?
13:34Acho que no Uruguai
13:35também, Guilherme,
13:36essas políticas
13:36avançaram mais
13:37até porque o Uruguai
13:39não é um país
13:40muito religioso, né?
13:42Acho que é um país
13:42mais ateu,
13:44não é isso?
13:45Tem uma relação,
13:46tem?
13:46Sim,
13:49eu acho que sim
13:50que há mais margem,
13:52não há mais margem
13:53para esse tipo
13:54de políticas,
13:55porque é certo
13:55que a separação
13:56entre o Estado
13:57e a religião
13:59em Uruguai
13:59vem quase
14:02com o origem
14:03do país,
14:04ou seja,
14:04passaram um par
14:05de décadas
14:05entre a fundação
14:06do país
14:07como tal
14:08e a primeira lei
14:09que quitou,
14:10por exemplo,
14:11de mãos da igreja
14:12o manejo
14:13dos cemeterios,
14:15que foi a primeira
14:15pelea grande
14:16com a igreja,
14:17depois houve outras,
14:18Uruguai foi o primeiro
14:19país da América Latina
14:20em aprovar
14:20o divórcio
14:21por só
14:22a voluntade
14:23da mulher,
14:25então,
14:25se há uma
14:26larga tradição
14:27desse tipo
14:28de políticas
14:29que muitos
14:30dizem que está
14:31associado também
14:31a que essa
14:33temprana
14:33separação
14:34entre igreja
14:35e Estado.
14:38Posso,
14:39Dudu?
14:39Então,
14:40vamos lá.
14:41Guile,
14:42dá para avaliar,
14:44é possível saber
14:45quais os impactos,
14:47quais impactos
14:48a legalização
14:49da maconha
14:50teve sobre a saúde
14:52mental dos uruguaios
14:54e especialmente
14:55sobre os jovens?
14:59Bem,
14:59estive buscando,
15:02não encontrei
15:02nenhum estudo
15:03que seja
15:03muito preciso
15:04em quanto
15:05ao impacto
15:06na saúde mental
15:07dos jovens.
15:08Há estudios de,
15:10podemos dizer,
15:10estudios de consumo
15:11da população
15:14que transita
15:15por a educação média,
15:17que se faz
15:17em Uruguai,
15:18se faz
15:18cada dois ou três anos
15:20encostas
15:21na edade
15:23liceal,
15:24que são entre
15:26três e quinte anos,
15:29para ver
15:30qual é a prevalência
15:31de seu consumo,
15:32quanto
15:33se han provado
15:34de uma vez
15:34e consumen,
15:35se consumen
15:36nos últimos 12 meses
15:37ou nos 30 dias.
15:39E,
15:40desde que se aprobou
15:41a lei,
15:42houve um pequeno
15:43salto
15:44entre 2011
15:45e 2016,
15:47que é
15:48uma e outra
15:48encosta,
15:49que passou,
15:50eu tenho
15:52aqui os dados,
15:52perdão,
15:53que não quero
15:54errar,
15:54mas,
15:55em 2011,
15:56por exemplo,
15:58estudiantes de
15:58ensenança média,
15:59estudiantes de liceo,
16:01o 12%
16:02em 2011
16:03disse que
16:03havia consumido
16:05cannabis
16:05nos últimos
16:06dois meses.
16:07E,
16:07em 2014,
16:09com a legalização
16:10aprobada,
16:11disse o 17%,
16:13e,
16:14em 2016,
16:15o 19%,
16:17e esse 19%
16:18se mantuvo
16:19entre os últimos
16:20seis,
16:22sete anos.
16:24Que quero dizer
16:24com isto,
16:25que há um
16:26salto inicial
16:28entre que,
16:29antes da aprobación
16:30e depois da aprobación,
16:32e depois
16:33uma estabilização,
16:34mas,
16:35se um
16:35mira para trás,
16:37já venia
16:37um crescimento
16:38da gente
16:40que declarava
16:41consumir.
16:41Recordemos que
16:42estas são
16:42encostas
16:43de gente
16:44que diz
16:45que consumiu
16:46algo,
16:46que consumiu
16:47uma substância,
16:48e que no passado
16:49era uma substância
16:49prohibida,
16:50e depois
16:50deixou de ser
16:51prohibida.
16:51Então,
16:52pode haver também
16:52que mais gente
16:54se anime
16:54a dizer algo
16:56que já
16:56fazia antes
16:57e que antes
16:58não
16:58declarava.
17:00Por isso,
17:00é difícil
17:01dizer,
17:02se aumentou
17:03porque há
17:04consumidores
17:04novos,
17:04capaz que aumentou
17:05porque há
17:07mais gente
17:08que consome,
17:08mas também
17:09uma parte
17:09porque há mais
17:10gente que declara.
17:11difícil dizer,
17:14o Guilherme está
17:15dizendo que houve
17:16um crescimento
17:17entre os
17:18quem admitia
17:20ter consumido
17:20cannabis
17:21no ensino médio
17:21uruguaio,
17:22logo que a lei
17:23foi aprovada,
17:24mas se estabilizou
17:25nos últimos
17:27sete anos,
17:29e que é difícil
17:29saber se o crescimento
17:31foi só pelo consumo
17:32ou porque mais
17:33gente se dispôs
17:34a dizer
17:34que fuma maconha
17:35depois da legalização
17:37no país.
17:39Guilherme,
17:40agora,
17:40eu lembro
17:41de quando
17:42aconteceu a legalização
17:44no Uruguai
17:44que havia
17:45uma preocupação
17:47de tratar
17:49os viciados,
17:51então uma coisa
17:52meio que do Estado
17:53ia cuidar
17:54dessas pessoas
17:54que fumam maconha
17:56e iam orientar
17:58e fazer campanhas
17:59para que elas
18:01abandonassem
18:02o vício,
18:03não era uma coisa
18:04meio paternalista,
18:05e aí dentro
18:06dessa ideia
18:07tinha uma questão
18:09de vender
18:09um cigarro
18:11de maconha
18:12estatal
18:13nas farmácias
18:16e que esse cigarro
18:18seria um cigarro
18:19com uma quantidade
18:19mais fraca
18:21de THC,
18:22que é aquela substância
18:23que dá barato,
18:24porque aí as pessoas
18:26iam começar
18:26a fumar um cigarro
18:27mais fraco
18:28de maconha
18:29e aí em algum momento
18:30eles iam abandonar
18:31o vício,
18:32como quem usa,
18:33por exemplo,
18:34adesivo de nicotina,
18:35esse tipo de coisa.
18:37Esse cigarro
18:38fraquinho
18:39de maconha
18:40continua sendo vendido
18:41por aí?
18:41O que,
18:45um pouco
18:46de contexto,
18:47o que é
18:49Uruguai
18:49é uma legalização
18:50muito controlada
18:51por o Estado,
18:53ou seja,
18:54eu posso,
18:55para comprar,
18:55para conseguir
18:56marihuana legal,
18:58tenho que registrarme
18:59em um registro estatal,
19:00ou seja,
19:00tenho que deixar
19:01meus dados
19:01em um registro estatal,
19:03deve ser maior
19:04de 18 anos,
19:04por suposto,
19:06e tenho que,
19:07posso elegir
19:07por três caminhos
19:08que são,
19:09que se anulan
19:10entre si,
19:11tenho que elegir
19:11um,
19:12depois posso
19:13borrarme
19:14e voltar a subir,
19:15mas são três caminhos
19:16independentes entre si,
19:17autocultivo
19:18em minha casa
19:20de até 8 plantas,
19:23compro em farmacias,
19:24como,
19:25doutor,
19:27de até 40 gramas
19:28por mês,
19:29que é o máximo
19:30mensual que posso comprar,
19:32ou,
19:33anotar em um
19:34club de membrosidade,
19:35que aí,
19:36com outra gente,
19:37se produce,
19:39se cultiva,
19:40e eu,
19:40como socio,
19:41me llevo
19:4140 gramas por mês
19:43também,
19:43ese é o tope,
19:4440 gramas por mês.
19:46O que se pensou
19:47sempre é que
19:48a marihuana
19:50que se vende
19:50em farmacias,
19:52que se vende
19:52em uns paquetitos
19:53bastante
19:54bem diseñados,
19:57tinha que ter
19:59um THC
20:01mais baixo,
20:01ou seja,
20:02que tuviera menos
20:03efecto psicoactivo,
20:05e que se alguém
20:06queria ter
20:07um efecto
20:07psicoactivo maior,
20:08podia
20:08auto-cultivar,
20:10elegir as outras vías.
20:13Por iso,
20:14se pensaba
20:15que,
20:15se pensaba
20:17primeiro que a maioria
20:18ia ir a os clubes,
20:19a las farmacias,
20:20porque
20:21non tínen tempo
20:22ou interesse
20:23em plantar
20:23nas suas casas,
20:25e que os que,
20:26e se esa maioria
20:27ia ir a conseguir
20:28un produto
20:28com menor
20:29nivel de impacto
20:31psicoactivo.
20:33en el último año,
20:35el gobierno
20:35cambió un poco eso
20:37y empezó a vender
20:39un producto
20:40con mayor
20:40efecto
20:41psicoactivo
20:42que está
20:44notándose
20:44en el mercado,
20:45o sea,
20:45hay más gente
20:46que está
20:48yendo a comprar
20:49a las farmacias
20:51que antes
20:52de que estuviera
20:52esta marihuana
20:54con más efecto.
20:55explicando
20:58um pouquinho
20:58o que o Gui
20:59falou,
21:00tinham três opções
21:02de você adquirir
21:03maconha
21:03no Uruguai
21:04quando a lei
21:05foi desenhada.
21:07Você podia
21:07comprar
21:08na farmácia,
21:10você podia
21:10plantar
21:11no seu quintal,
21:14né,
21:14até oito plantas,
21:17não é isso,
21:17Gui?
21:17Ou então
21:19você participava
21:20de um clube
21:20e aí
21:21esse clube
21:22plantava,
21:24produzia
21:25e distribuía
21:26para os seus sócios
21:28até 40 gramas
21:29por mês.
21:30E o que o Gui
21:31está dizendo
21:31é que
21:32essa maconha
21:33que era vendida
21:34na farmácia,
21:35o governo
21:36deixou ela
21:38mais forte,
21:39com mais THC
21:40e aí com isso
21:41aumentou a quantidade
21:42de gente
21:42que tem interesse
21:43nisso.
21:45Gui,
21:45o governo
21:46fez isso
21:47porque estava vendo
21:48que as pessoas
21:48estavam perdendo
21:49interesse
21:49com a maconha
21:51com baixo THC?
21:54O argumento
21:57do governo
21:57é que
21:58querem roubar
21:59ao mercado negro
22:02os consumidores,
22:04ou seja,
22:04querem que a gente
22:04elija o mercado legal
22:06para consumir
22:06e para que elija
22:08o mercado legal
22:08para consumir
22:09hai que ponerle
22:10hai que ofrecerle
22:12un buen producto,
22:13un producto de calidad
22:14e o que buscan
22:16alguns consumidores
22:17é un produto
22:19que tenga
22:19máis THC.
22:21É uma...
22:23Se a ideia
22:23é roubarle
22:24como...
22:24O sea,
22:25a lei tenía
22:25como argumento
22:26quitarle,
22:27digamos roubarle
22:28se querem,
22:29ao mercado
22:29ilegal
22:31a os consumidores
22:32que vayan
22:32ao mercado legal.
22:33Bueno,
22:33eso se hace
22:34con precios
22:34máis baixos
22:35e con un melhor
22:36produto.
22:37Esa é um pouco
22:37a lógica.
22:38Para darle
22:38também máis variedade
22:39da gente
22:40que quere comprar.
22:42Então,
22:43a lógica,
22:43o Guilho explicou,
22:44é o governo
22:45competindo
22:46com o mercado negro
22:47da droga,
22:47certo?
22:48A gente tem que ter
22:48um produto melhor.
22:49Tentando oferecer
22:50um produto
22:51mais barato
22:51e melhor.
22:54Exato.
22:55Uma aclaración
22:55que o governo
22:56sempre dice
22:57que não é
22:57o que vende,
22:58que é certo,
23:01pero
23:01é casi
23:03que é do governo.
23:04O que dicen é
23:05que o governo
23:06elige empresas
23:07que são
23:07as empresas
23:08privadas
23:09que producen
23:10em um predio
23:10estatal
23:11marihuana
23:11que o nível
23:15de THSS
23:15nos dá
23:16o Estado.
23:16O sea,
23:17o Estado
23:17decide
23:18que é o que
23:18se vende,
23:20quem o produce
23:20e onde
23:21e quem
23:22o vende
23:23e onde.
23:24Então,
23:24de hecho,
23:24o Estado
23:25não é que
23:25ela produce
23:26o Estado,
23:26mas é mais
23:28cercano
23:28a isso.
23:29Não temos
23:30funcionários públicos
23:32cosechando
23:33marihuana,
23:34são
23:34empleados
23:36de empresas
23:37privadas,
23:37mas o Estado
23:39está em todo
23:39o processo.
23:42Guilho estava
23:43dizendo que não tem
23:43funcionário público
23:44colhendo maconha,
23:46mas o Estado
23:46está em todo o processo,
23:47porque é o Estado
23:48quem escolhe
23:48quem são as empresas
23:49privadas que vão
23:50plantar,
23:51cuida da distribuição
23:53e tal.
23:54Guilho,
23:55eu queria fazer
23:56uma comparação
23:57agora com os
23:57Estados Unidos.
23:59Hoje,
24:00ou pelo menos
24:00até o fim
24:01de 2022
24:02nos Estados Unidos,
24:0423 dos
24:0550 Estados
24:07americanos
24:07tinham legalizado
24:09o consumo
24:10recreativo
24:11da maconha.
24:12Em todos
24:13esses casos
24:13houve votação
24:14em cada Estado,
24:15houve plebiscito,
24:17houve votações,
24:20houve decisão
24:21da população
24:22sobre legalizar
24:23o consumo
24:24recreativo
24:24ou não
24:25e houve
24:25e passou
24:26pelo legislativo
24:27também
24:27para regular
24:28como se faria
24:30a distribuição,
24:31como esses
24:31aspectos mais,
24:33esses detalhes
24:34da legalização.
24:36No Uruguai,
24:37pelo que você
24:37nos contou,
24:38foi uma proposta
24:39do executivo
24:40do governo
24:40do então
24:41presidente
24:41Pepe Morica
24:42que foi discutida
24:43por cerca de um ano
24:44no Congresso,
24:45e foi aprovada
24:46pelo Congresso.
24:48Aqui no Brasil
24:49a discussão
24:50está se dando
24:51somente
24:52no...
24:52quer dizer,
24:53a possibilidade
24:55não é exatamente
24:55a discussão
24:56mas a possibilidade
24:57de que a maconha
24:59seja legalizada
25:00ou descriminalizada
25:01está se dando
25:02só no âmbito
25:03do Supremo Tribunal Federal
25:04e já houve
25:05uma discussão
25:07aqui,
25:08inclusive o presidente
25:09do Senado brasileiro
25:11Rodrigo Pacheco
25:12fez uma crítica
25:12a isso
25:13dizendo que
25:13era um assunto
25:16de competência
25:17do legislativo
25:18que o legislativo
25:19brasileiro
25:20deveria decidir
25:21sobre esse caso.
25:23Qual é a sua opinião?
25:24Qual é o poder
25:25judiciário
25:27ou legislativo
25:28que deveria
25:31cuidar
25:33de um assunto
25:34como esse
25:35da descriminalização
25:38do consumo
25:39de maconha?
25:39A ver,
25:43seguindo
25:44o que
25:44passou
25:44no Uruguai
25:45que no Uruguai
25:45até foi
25:46polêmico
25:47que o tema
25:47começasse
25:48na discussão
25:48porque
25:49como eu disse
25:49não havia
25:50uma maioria
25:50da opinião
25:51pública
25:51a favor
25:51não era algo
25:52que demandaram
25:53grandes
25:53maioria
25:54por dizer
25:54de algum modo
25:55que a discussão
25:58se procese
25:59a nível
25:59do Congresso
26:00parece
26:01o mais natural
26:02porque
26:02se está discutindo
26:06o acordo
26:08social
26:08ou seja,
26:08as reglas
26:09da sociedade
26:10então,
26:11um tendo
26:11a pensar
26:12que
26:12é melhor
26:14ao menos
26:15que o
26:16trate
26:16o poder
26:18legislativo
26:19antes
26:19que o poder
26:20judicial
26:21obviamente
26:23não digo
26:27que seja
26:28incorrecto
26:29fazer o outro
26:30modo
26:30mas
26:30um tendo
26:31a pensar
26:32que é mais
26:32lógico
26:34o processo
26:34por que
26:35os representantes
26:37do povo
26:39electos
26:41democráticamente
26:41são os que
26:42tomam
26:43uma decisão
26:43dessa magnitude
26:44Guili,
26:47no começo
26:48da lei
26:49havia uma preocupação
26:50grande
26:50do turismo
26:51da maconha
26:52você achava
26:53que
26:54os brasileiros
26:55os argentinos
26:56todos iriam lá
26:57para o Uruguai
26:57só para fumar
26:59e
27:00que pé que
27:01bom,
27:02e aí acho que a lei
27:02evitava que isso
27:04acontecesse
27:05mas deu certo?
27:07Sim,
27:08a lei
27:10
27:11se pode comprar
27:13como já lhes disse
27:13registrándose
27:14em um registro estatal
27:15e só
27:16o podem fazer
27:17uruguaios
27:17maiores de idade
27:18ou gente
27:19que tenha
27:20a cidadania
27:20natural e legal
27:22uruguai
27:23isso deixa
27:25fora
27:25os extranjeros
27:26deixa fora
27:27os turistas
27:27agora
27:28no parlamento
27:28se está discutindo
27:29uma lei
27:31para habilitar
27:32a venda
27:33a turistas
27:35que conta
27:37com o apoio
27:37de parte
27:39do governo
27:39parte do
27:40oficialismo
27:41mas
27:42que vem
27:43um pouco
27:43mais lenta
27:43a discussão
27:44porque
27:44tem parte
27:44do oficialismo
27:45que está
27:45em contra
27:46então
27:47é difícil
27:47chegar
27:48a uma
27:48maioria
27:48hoje
27:49com os votos
27:50do bloco
27:51oficialista
27:52a que se
27:53habilite
27:53mas
27:54se está
27:54discutindo
27:55e
27:57os que estão
27:57a cargo
27:58de la lei
27:58de implementá-la
27:59querem
28:00que se
28:00apruebe
28:01porque
28:01dizem que
28:01não tem
28:02sentido
28:02essa
28:02discriminação
28:03entre
28:03cidadãos
28:05que vêm
28:06de afuera
28:06e uruguaios
28:07que
28:07estão
28:08habilitados
28:08isso é
28:13um problema
28:14a questão
28:14da maconha
28:15da legalização
28:15é um problema
28:17hoje
28:18no uruguai
28:18as pessoas
28:19estão
28:19discutindo
28:19isso
28:20ou foi
28:21uma coisa
28:21que acabou
28:23sendo pacificada
28:24e já
28:26não tem
28:26volta
28:27e é isso
28:27mesmo
28:28Bom,
28:31há alguns
28:32sectores
28:33políticos
28:33que ainda
28:34traem
28:35o tema
28:35sobre todo
28:36sectores
28:36que
28:37estão
28:38à direita
28:39no
28:40eleitorado
28:42em
28:42seus posicionamentos
28:43políticos
28:44que sigam
28:45questionando
28:46a legalização
28:48são
28:49uma minoria
28:50é um partido
28:50por exemplo
28:51que tem 10%
28:52dos votos
28:52que é bastante
28:53mas não tem um impacto
28:55por si só
28:56não pode
28:56dar marcha atrás
28:58e como eu disse
28:59a maioria do governo
29:01está pensando
29:01em habilitar
29:03isso para turistas
29:04então
29:04há como uma discussão
29:05que já
29:06parece bastante
29:08difícil
29:09que se revierta
29:10e em parte
29:12responde
29:13algo
29:13que
29:14falamos um pouco
29:16no princípio
29:16é que
29:17há muito medo
29:19do impacto
29:20da lei
29:21que
29:21gerou um aumento
29:23muito grande
29:23de consumidores
29:25é um pouco
29:26o que diziam
29:27os críticos
29:27que iria provocar
29:29que muita
29:30mais gente
29:30consumisse
29:31em medida
29:32que esses
29:33grandes
29:34miedos
29:34não se
29:36vêm
29:36na rua
29:37não há
29:38zombis
29:38como dizem
29:39alguns
29:39não há
29:40zombis
29:41de canábis
29:42recorrendo
29:43Montevideo
29:44como que
29:45a lei
29:45não teve
29:46não
29:47gerou tantos
29:48problemas
29:48então
29:49deixa de estar
29:50dentro
29:50da discussão
29:51guile
29:54você estava
29:55dizendo
29:55que
29:56na época
29:57da aprovação
29:58da lei
29:59pelo congresso
30:00uruguaio
30:00não havia
30:01maioria
30:02popular
30:03em favor
30:04da descriminalização
30:05da maconha
30:06isso mudou
30:08de lá
30:08para cá
30:08sim
30:11em parte
30:13por isso
30:13porque
30:13não havia
30:14porque
30:14creo que
30:15os maiores
30:16temores
30:17que havia
30:19em quanto
30:19a um aumento
30:20exponencial
30:22do consumo
30:23não ocorreram
30:25e
30:26e
30:27e
30:27e
30:27então
30:28isso
30:28faz
30:28que
30:28a gente
30:29que
30:29se
30:29oponía
30:30por esse
30:30temor
30:30se deixara
30:31de oponer
30:31ou seja
30:32é como
30:32uma aprovação
30:33tácita
30:34se se
30:34quer
30:34a uma
30:35nova
30:35realidade
30:36joia
30:39perfeito
30:39perfeito
30:40guile
30:40super obrigado
30:42pelos esclarecimentos
30:43muitíssimo obrigado
30:44pela conversa
30:45a gente conversou
30:46pode
30:46fazer
30:47um comentário
30:49mais
30:49que
30:49me quedo
30:51pendiente
30:51perdão
30:52porque
30:53temos
30:53falado
30:53de
30:54falta
30:56de
30:56impactos
30:56reales
30:57no
30:57narcotráfico
30:58ou
30:58no
30:59combate
31:00ao
31:01delito
31:01uma coisa
31:02que é
31:02certa
31:02é que
31:03em Uruguai
31:03segundo
31:03os registros
31:04um 80%
31:06um 80 mil
31:07pessoas
31:08consumem
31:10marihuana
31:10por vías
31:11legais
31:11seja
31:1260 mil
31:13estão inscritos
31:14em farmacias
31:1410 mil
31:16em clubes
31:16e 10 mil
31:17autocultivo
31:19no
31:19lugar
31:20quer dizer
31:21que 80 mil
31:21pessoas
31:22que
31:22para consumir
31:23uma substância
31:24que
31:24querem
31:25consumir
31:25não
31:26têm
31:26que ir
31:26ao
31:26narcotráfico
31:27e essas
31:2880 mil
31:28pessoas
31:29que
31:29no
31:29Uruguai
31:30são
31:30bastante
31:31em Brasil
31:31obviamente
31:32são
31:32muito poucas
31:33mas
31:3480 mil
31:34pessoas
31:3580 mil
31:35uruguaios
31:36evitas
31:38ir
31:39ao
31:39narco
31:40ir ao
31:41crime
31:41organizado
31:42para comprar
31:43um produto
31:43que querem
31:44consumir
31:44e isso
31:46pelo menos
31:48é um ponto
31:48a favor
31:48para não
31:49dar marcha
31:50atrás
31:50na lei
31:51E aí
31:53tem uma
31:54diferença
31:54para o que está
31:55sendo debatido
31:56no Brasil
31:56agora
31:57porque no Brasil
31:58como a questão
31:59está só pelo
32:00STF
32:00é só o porte
32:02de maconha
32:03que vai ser
32:04descriminalizado
32:05o narcotráfico
32:07todo o
32:08processo que
32:09vem antes
32:10que é a
32:11distribuição
32:11plantio
32:12distribuição
32:13continuaria
32:14sendo ilegal
32:15o Brasil
32:16não está
32:16discutindo
32:16a legalização
32:17é uma
32:19diferença
32:19que o
32:21experimento
32:21uruguaio
32:21tem
32:22para o que está
32:22acontecendo
32:23que deve
32:24acontecer
32:24aqui no Brasil
32:25de uma vez
32:25que só falta
32:26um voto
32:27no STF
32:28para provar
32:29a descriminalização
32:30do pote
32:31de maconha
32:32é isso
32:34Guilherme
32:34desde 1974
32:38que era legal
32:40consumir
32:41o que hizo
32:42esta lei
32:42foi
32:43fazer isso
32:43que vocês
32:44dizem
32:44de legalizar
32:45todo o processo
32:46então
32:48venimos
32:48de um passado
32:49distinto
32:50também
32:50a hora
32:52das discussões
32:53Perfeito
32:55Bom
32:56Guilherme
32:58super obrigado
32:59sempre bom
33:00conversar com você
33:01muitíssimo obrigado
33:03muito
33:03muitíssimas
33:04graças
33:04nós conversamos
33:06com Guilhermo
33:06Draper
33:07ele é jornalista
33:08uruguaio
33:09do jornal
33:10Búsqueda
33:11em Montevidéu
33:12e ele é
33:12coautor
33:13desse livro
33:14aqui
33:14que está
33:14na Amazon
33:15Marijuana
33:17oficial
33:17com H
33:18Marijuana
33:19Marijuana
33:19oficial
33:19crônica
33:20de um experimento
33:22uruguaio
33:22é isso
33:24esse foi mais um podcast
33:25latitude
33:25todo sábado
33:27seis da tarde
33:28a gente está aqui
33:29falando sobre
33:29temas do mundo
33:31e também
33:32sobre diplomacia
33:33brasileira
33:34e
33:36falta falar
33:37também estamos
33:39nas
33:39todas as plataformas
33:40de podcast
33:41exato
33:42estamos no youtube
33:43por onde você
33:44provavelmente está
33:44nos vendo agora
33:45mas também no spotify
33:47e no apple podcast
33:48caso você queira
33:49nos ouvir
33:50como eu sempre digo
33:51curtam
33:52compartilhem
33:53espalhem a palavra
33:54do latitude
33:54pela internet
33:55é isso
33:56boa noite
33:57e até semana que vem
33:58boa noite
33:59até a próxima
33:59tchau
34:24tchau

Recomendado