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  • 27/06/2025
O Supremo Tribunal Federal discute nesta sexta-feira (27) em audiência pública a constitucionalidade das emendas parlamentares. Para o orçamento deste ano, estão previstos R$ 53 bilhões para essa finalidade. O ministro Flávio Dino inicia a discussão, que também terá presença de Hugo Motta e Davi Alcolumbre.

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Transcrição
00:00Acompanhar agora o início da discussão do ministro Flávio Dino do Supremo Tribunal Federal
00:04com os presidentes de Câmara e Senado a respeito das emendas parlamentares.
00:09Assunto importantíssimo e que a gente tem a discussão hoje em Brasília.
00:12Vamos conferir um trechinho aqui.
00:13No sentido de que se cuida de uma vontade individual.
00:18Todas as decisões que nós estamos aqui tratando foram do plenário do Supremo Tribunal Federal.
00:25É importante lembrar isso porque nós estamos tratando de um tema que foi confirmado inicialmente
00:33sob a relatoria da ministra Rosa Weber e depois sob a minha própria relatoria
00:38e no caso das decisões que eu proferi sobre plano de trabalho, prestação de contas, transparência, etc.
00:44Houve o referendo pelos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.
00:48E lembro, esses 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, indicados por 5 presidentes da República diferentes.
00:57E, portanto, não se cuida aqui de tratar de interesse de um ou outro partido político
01:01porque os 11 foram indicados, os 11 que votaram 11 a 0, foram indicados por 5 presidentes da República diferentes.
01:11E todos esses presidentes, chefes de governo, chefes de Estado eleitos pelo povo brasileiro, conviveram com as emendas.
01:18O tema das emendas impositivas, em particular, perpassa o governo da presidenta Dilma Rousseff,
01:24o governo do presidente Temer, o governo do presidente Bolsonaro e o governo do presidente Lula
01:29e perpassará também o próximo presidente da República, seja ele quem for.
01:35E, portanto, o esclarecimento primeiro que faço é que nós não estamos tratando de um tema de interesse de um governo.
01:42Naturalmente, há interesses dos governos, os pretéritos e os futuros que virão, regidos por esta Constituição.
01:53Lembro que um referendo de 11 a 0 equivaleria, simbolicamente, a uma lei aprovada por 513 deputados e 81 senadores,
02:04a unanimidade.
02:05Portanto, para expressar a importância desse diálogo que nós estamos aqui tratando.
02:11O segundo esclarecimento que faço é sobre a suposta lentidão atribuída ao Supremo Tribunal Federal
02:18na execução do dinheiro público.
02:20Obviamente, quando se cuida de aplicar o dinheiro privado de cada um, a pessoa tem a plena autonomia de gastar.
02:31Onde? A forma, como, que dia e a velocidade que desejar.
02:37No caso do dinheiro público, que não é propriedade individual de ninguém, é uma propriedade social,
02:43é claro que existe um devido processo, regrado na Constituição.
02:48Então, burocracia...
02:539 horas e 34 minutos?
02:55Repita.
02:559h34.
02:57...a aplicação do dinheiro público.
02:59Então, eventualmente, pode haver uma complicação, chamemos assim, no meio, nos meios,
03:07mas o objetivo mirado é exatamente a fidelidade à Constituição e ao interesse público.
03:14Nós estamos, por exemplo, nesse momento, dialogando com os bancos públicos, Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste,
03:21no âmbito da DPF 854, que não está aqui nessa audiência pública,
03:26para garantir que a reafetabilidade chegue até o fornecedor final,
03:31ou seja, não apenas ao destinatário da emenda, o município, o Estado, o ente da sociedade civil,
03:40mas chegue até os fornecedores dos serviços ou das compras que foram contratadas a partir de uma emenda parlamentar,
03:49garantindo o ciclo completo.
03:51A identificação da origem, coisa que já foi ajustada com todos os poderes do Estado,
03:57envolvendo, obviamente, o plano de trabalho que foi homologado pelo Supremo,
04:01elaborado pelos poderes legislativo e executivo,
04:05até o destinatário último desse dinheiro que pertence àqueles que estão na Praça dos Três Poderes.
04:14E o último esclarecimento é que não há, nesse instante, nenhum bloqueio,
04:19nenhuma suspensão de emenda parlamentar.
04:21É porque há, infelizmente, como disse, uma desinformação,
04:26em que haveria, por parte do Supremo, uma deliberação de sustar emendas parlamentares.
04:34Eventualmente, claro, caso a caso,
04:36se uma emenda está sendo objeto de uma investigação na Polícia Federal,
04:40é claro que o magistrado competente pode, e eventualmente deve, sustar este pagamento.
04:46Mas não há, por parte do Supremo Tribunal Federal,
04:51qualquer medida proibitiva quanto à execução de emendas parlamentares.
04:56Finalmente, para que nós possamos, sem delongas, passar para os primeiros expositores.
05:02Nós estamos tratando aqui de uma circunstância similar àquela que o Supremo enfrentou ontem,
05:08no que se refere ao marco civil da internet.
05:10São valores constitucionais que devem ser objeto de concordância.
05:16Porque eles têm a mesma estatura.
05:19Então, ontem, nós estávamos tratando do marco civil, do artigo 19, da lei 12.965 e do 21, claro,
05:28sob o palio dos valores da liberdade e da responsabilidade.
05:33No que se refere a esta audiência pública,
05:36todas as exposições, em última análise, creio,
05:40transitarão por alguns problemas.
05:43Primeiro, o Congresso Nacional, órgão de soberania nacional e popular,
05:51decidiu criar as emendas impositivas.
05:53É verdade.
05:54E isto tem um peso fundamental na arena institucional brasileira.
05:59Se cuida de emendas constitucionais aprovadas...
06:02Nove horas e trinta e sete minutos.
06:04Repita.
06:04Nove e trinta e sete.
06:07Seguimos aqui no Jornal da Manhã.
06:08Nós estamos acompanhando o ministro Flávio Dino,
06:12que deu início a uma sessão, uma audiência pública, na verdade,
06:15para tratar das emendas parlamentares.
06:18Devem participar dessa reunião de hoje também.
06:20O presidente da Câmara, além do presidente do Senado,
06:23entre outras autoridades.
06:24desde o senhor Caio e Cristiano Vilela,
06:26seguem analisando aqui os principais temas junto com a gente.
06:29Ô, Vilela, será que finalmente a gente vai ter aí uma saída
06:32para essas emendas?
06:34E quem sabe mais transparência,
06:36como o ministro tem pregado aí já há algum tempo.
06:39Ele tem se tornado ali uma espécie de paladino das emendas, né, Vilela?
06:44Olha, Nonato, essa é a nossa torcida.
06:45Para que essa questão envolvendo as emendas parlamentares,
06:49que, ademais de ser algo realmente totalmente fora dos parâmetros
06:55do que seriam as atribuições, as atividades inerentes ao poder legislativo,
07:00nós temos um abuso que foi cometido,
07:02que está sendo cometido ao longo dos últimos anos
07:04e que precisa realmente que o judiciário se posicione
07:08no sentido de colocar um fim, colocar uma trava
07:11a esses excessos que têm sido praticados.
07:14E eu vejo nesse sentido que o Supremo Tribunal Federal
07:16está caminhando justamente no sentido de colocar
07:20maior transparência, de fazer com que o escrutínio da sociedade
07:24em relação à forma como são gastos esses valores,
07:28à forma como são destinados esses valores,
07:31possa ser feito de uma forma mais transparente,
07:34adequado aos parâmetros constitucionais
07:36e que, pelo menos, apesar de não ser um instrumento muito saudável,
07:41mas que, na sua finalidade, ele possa ser legal, correto
07:44e que a sociedade possa avaliar se ele está sendo bem ou mal empregado.
07:48Deise, como você vê o impacto de uma possível mudança, então,
07:52no controle das emendas parlamentares?
07:56Saraya, eu acho muito difícil uma mudança muito forte
08:01em relação às emendas parlamentares,
08:03porque isso prejudicaria todo o sistema.
08:05A gente sabe que hoje a política brasileira
08:07acaba funcionando em cima das emendas parlamentares,
08:10então eu acredito que possa haver alguma alteração,
08:13mas ela não vai ser substancial, não.
08:15Fato é que o STF tem nas mãos agora,
08:18ele está diante de uma possibilidade
08:20de julgar essa legalidade da questão das emendas impositivas
08:26e pode definir se o sistema brasileiro
08:28vai continuar sendo um sistema fraturado,
08:31onde essas emendas são selecionadas,
08:33a execução delas é feita através de uma política de ocasião
08:37ou se a execução das emendas vai realmente
08:40para o benefício da população.
08:42Então, é muito mais, esse julgamento é muito mais
08:45além de se a Constituição foi seguida.
08:48Ela é uma continuidade,
08:50é um julgamento sobre a continuidade do clientelismo
08:53ou a quebra dessa política fragmentada
08:56que beneficia esses poucos no Congresso Nacional.
08:59Eu acredito que a mudança,
09:00por mais que o Flávio Dino e o STF estejam em cima disso,
09:03acho que a mudança vai ser muito pequena,
09:05mas é um debate que deve ser levado adiante
09:07porque ele é fundamental
09:08para a sobrevivência política brasileira.
09:12Obrigado.

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