CPI do MST de olho em Guilherme Boulos

O Antagonista

anteontem

Relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP) ainda não fala em convocar o colega de Câmara Guilherme Boulos (Psol-SP, foto) para prestar explicações na comissão instalada para investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas disse que ele pode aparecer por lá, se quiser.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro disse que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que impulsionou a carreira política de Boulos, está no escopo de apuração da CPI. “O MTST é a versão urbana do MST. O MST nas cidades chama-se MTST. É exatamente igual (…) Nada nos impede de analisar esses exemplos que são análogos ao MST. É a mesma coisa”, afirmou.

Salles e Boulos disputam espaço para se candidatar à Prefeitura de São Paulo no próximo ano. O caminho do esquerdista parece mais fácil, pois ele já tem um acordo com o PT — resta saber se será cumprido. Já o direitista ainda tenta se entender com o próprio partido.

“Se o Boulos quiser participar do debate é legítimo [na CPI], até porque ele é deputado federal, pode vir à comissão a qualquer momento. Não precisa ser convocado para isso, pode participar do debate normalmente”, diz Salles. O convite não é oficial, mas está feito.

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00:00E o relator da CPI do MST, Ricardo Salles, ainda não fala em convocar o seu colega, o Guilherme Boulos,

00:08para prestar explicações no âmbito da CPI do MST, a CPI que foi instalada para investigar as ações do movimento dos trabalhadores sem terra.

00:18Todavia, ele concedeu entrevista para a Folha de São Paulo e disse que o MST foi que impulsionou a carreira de Boulos

00:28e isso está no escopo da apuração.

00:31Só para trazer um detalhe aqui para vocês, para quem acompanha o Meio Gim Brasília e gosta de estar informado sobre os bastidores da política,

00:37Boulos e Ricardo Salles são os dois possíveis candidatos.

00:42Boulos, junto ao PT, junto à esquerda, na verdade, apoiado pelo PT, é um candidato à Prefeitura de São Paulo também.

00:49O Ricardo Salles tem feito negociações talvez um pouco mais complexas para também ser o nome do PL à Prefeitura de São Paulo.

00:58Tudo isso gera uma especulação sobre a possibilidade da CPI do MST via enrijecer, já que o Ricardo Salles é o relator da CPI

01:08e ele pode vir a trazer dados e fatos sobre o Guilherme Boulos.

01:13Boulos também tem criticado e tem falado sobre o uso eleitoreiro da CPI do MST

01:19por conta dessa eleição de São Paulo, que ainda é uma grande incógnita.

01:27A gente tem, inclusive, alguns vídeos do início dessa CPI aqui para vocês.

01:32Vamos, solta aí para a gente.

01:33O MST, em primeiro lugar, não é nenhum grupo de pessoas que queiram o bem desse país.

01:41São um grupo desocupado, que não tem CNPJ, que é composto por um bandido desocupado.

01:46Tem o CPF também.

01:47Não tem CNPJ.

01:48Não tem CNPJ.

01:49Não tem CNPJ.

01:50Não tem CNPJ.

01:50Vem falar isso de um movimento social.

01:52E se existe o CPF?

01:52Você é responsável pelo crime de tortura, meu senhor.

01:55Vem falar de movimento social.

01:57E se existe um bandido nesse país, é o teu presidente da república.

02:01O relator, o relator, o relator sabe.

02:31Ele trabalhou com o ministro de meio ambiente.

02:35Então ele não tem interesse.

02:36O que vai ser tratado aqui é a invasão de terra por bandidos, financiado por esse governo.

02:43Mas era quase óbvio.

02:44A gente já sabia, já se tinha a previsão de que essa CPI do MST seria, de fato, um palco de polarização política.

02:51Muito embora a gente saiba que tem um objetivo central de investigação do movimento dos trabalhadores sem terra

02:56e invasão de terras produtivas, que é algo necessário e que precisa, de fato, ser investigado,

03:01já que o movimento invadiu, inclusive, terras do governo, terras da Embrapa, fazendas produtivas

03:08e diversas outras propriedades de fazendeiro, a gente sabia que isso ia acontecer.

03:12Mas, do outro lado, a gente também sabia que isso ia virar palco político, ideológico e de polarização.

03:19O começo da CPI do MST já foi dessa forma.

03:22Cercado por bate-boca, cercado por diversas trocas de farpas entre os parlamentares,

03:29deputados trocando acusações e fugindo completamente do escopo real dessa CPI,

03:34que é investigar o movimento dos trabalhadores sem terra,

03:37que é trazer à tona e trazer luz sobre essas invasões que, de fato,

03:42prejudicam a agropecuária, prejudicam os produtores, prejudica, inclusive, o governo.

03:47Mas, o que a gente tem visto e acompanhado é o que virou quase que a tônica dessas comissões,

03:55tanto a CPI do MST, tanto a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados

04:00e, possivelmente, que está prevista para a semana que vem, a CPI do 8 de janeiro.

04:04É um palco de divisão, de polarização e de debates ideológicos.

04:09O tema do trabalhador, as pautas dos trabalhadores, as pautas da população brasileira

04:16ficam sempre em segundo plano, porque, na verdade, é uma troca de farpas real.

04:20A gente acompanhou aí, eu vou soltar mais um trecho para vocês dessa comissão,

04:24do início da comissão da CPI do MST, para vocês terem ideia de como é que essa comissão começou.

04:29Troca de farpas, acusações, bate-boca, nenhum debate produtivo,

04:33não chegou a nenhum momento algo concreto que venha para trazer um alento para o trabalhador,

04:39que quer uma resposta de fato.

04:40Confira aí mais um trechinho dessa comissão.

04:43O MST, em primeiro lugar, não é nenhum grupo de pessoas que queiram o bem desse país.

04:50São um grupo desocupado, que não tem CNPJ, que é composto por um bandido desocupado.

04:55Tem o CPF também.

04:57Não tem CNPJ.

04:58Não tem CNPJ.

05:00E se existe o MST pelo crime de tortura, meu senhor, vem falar de movimento social.

05:06E se existe um bandido nesse país, é o teu presidente da república.

05:13Infelizmente, a gente lamenta esse bate-pouco entre os parlamentares.

05:17A gente sabe que isso vai acontecer, possivelmente, nas próximas sessões.

05:20Mas a gente segue acompanhando e, principalmente, fazendo apelo aos parlamentares.

05:24Parlamentar, você que acompanha a CPI, chegue a um desfecho, convoque quem precisa ser convocado,

05:30ouça os autores envolvidos nesse processo, ouça quem está, de fato, envolvido nessa questão

05:36e dê uma resposta para a população.

05:39É o que a gente espera em relação à CPI e é o que a gente espera que vocês tragam para a população.

05:44Respostas.

05:45E não bate-boca, que de bate-boca a gente já está cheio.

05:51Legenda Adriana Zanotto

06:00Legenda Adriana Zanotto

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