Ciro Gomes fez uma aula de história sobre favelas para tentar se retratar, após a frase negativa sobre favelas a empresários no Rio ontem (31). Ele publicou um vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (1°) com uma nova versão sobre a fala. "Esta é a verdadeira fala de Ciro sobre as favelas", diz a publicação.
O pedetista recorreu à guerra de Canudos (1886-1897) na Bahia e a origem dos morros no Rio de Janeiro. Além disso, o candidato à Presidência criticou o comportamento das elites em relação aos mais vulneráveis. "As elites utilizam as armas da usura, da ganância, do preconceito e do esquecimento", afirma.
Em meio à retratação, Ciro Gomes tirou um espaço para criticar os líderes nas pesquisas de intenção de voto. "Eu peço uma virada de consciência em todos nós. O Brasil não vai resolver sua tragédia social com o abandono dos pobres como faz [Jair] Bolsonaro ou com a enrolação e distribuição de migalhas aos miseráveis como faz Lula", disse.
Ontem (31), durante um encontro na Firjan, Ciro disse aos empresários presentes que eles eram “gente preparada” e que seu plano econômico seria difícil de explicar numa “favela”. A declaração foi mal recebida por eleitores e outros políticos.
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00:00Hoje, as elites brasileiras não fazem manifestações diretas contra os pobres das favelas, os pobres dos sertões e os pobres de todas as periferias,
00:09mas utilizam as armas da usura, da ganância, do preconceito e do esquecimento.
00:14Hoje, um Brasil cego fecha os olhos para os bairros da periferia, para as cidades da periferia, para os estados da periferia.
00:21Não veem que, tirando as oportunidades dos pobres e das classes médias, estão se empurrando o Brasil cada vez mais para a periferia do mundo.
00:30Chega! Precisamos colocar nosso povo e nosso belo país no centro do progresso e das decisões mundiais.
00:37Este é o seu verdadeiro lugar na história.
00:41Eu peço a Deus uma virada de consciência em todos nós.
00:45O Brasil não vai resolver sua tragédia social com o abandono dos pobres, como faz Bolsonaro.
00:50Nem com a enrolação e distribuição de migalhas aos miseráveis, como faz Lula.
